quinta-feira, 27 de março de 2025

Antes de Servir

“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.” 
 (Mateus, 20:28.)


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados.

 A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.

Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.

 A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.

Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos.

Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.

O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir.

Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da 

moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.

Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando.

 Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.

Podes começar hoje mesmo.

Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início.

Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.


Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: Pão Nosso 

 

quarta-feira, 12 de março de 2025

Rogar

“Não se faça a minha vontade, mas a tua.” — JESUS (Lucas, 22.42)



1 É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.

2 Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.

3 Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes. 4 O que ontem era importante para nós costuma descer para as linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.

5 Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.

6 Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.

7 Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.

8 Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, frequentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.

9 Aprendamos, assim, a trabalhar, esperando pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos.

10 Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua.”

Espíriro: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna (151)


quinta-feira, 6 de março de 2025

Bases

“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” — (JOÃO, 13.8)



1 É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.

2 Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.

3 O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.

4 Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.

5 Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.

6 Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. ( † )

Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Caminho, Verdade e Vida (Capítulo 5).