Descobriu-se lesada afetivamente pela conduta menos responsável de seu marido e, amargurada, procurou, por várias vezes, consolar-se, buscando a presença amiga de Chico Xavier.
Houve um dia, porém, em que, sentindo-se em desventura maior, compareceu à reunião do Grupo Espírita da Prece, na esperança de encontrar alívio com aquele coração profundamente ligado ao Senhor.
Não foi sem mágoa que trouxe à memória a figura daquela que imprevistamente se impusera como rival. Diante do Chico, deixou que seus sentimentos afloressem e indagou, aflita:
- Chico, o que fazemos para aceitar as pessoas que entram violentamente no direito de felicidade nossa ?
- Minha filha, quando o Cristo nos exortou a perdoar setenta vezes sete vezes, não estava só nos dando um código de moral, mas também de saúde do corpo. Quem perdoa imuniza-se, cria anticorpos... Se o mal não está com você, não lhe dè cadeira!...
Confiou-me a estimada irmã que, quando o Chico lhe deu esta resposta, ela, antes, jamais se sentira envolvida por contagiantes vibrações de amor, carinho e compreensão. Saturara seu espírito de fluidos superiores, fortalecendo o coração para os duros embates da vida.
(Obra: Encontros com Chico Xavier - Cezar Carneiro de Souza)
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