sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A relação entre o Espiritismo e a Música

Durante séculos a arte é reconhecida como o veículo mais eficaz na realização da percepção humana, pois além de retratar o pensamento humano com ideias e ideais, ressalta os sentimentos que atuam de forma direta nas emoções, tanto naqueles que produzem, quanto daqueles que a admiram.

Segundo estudiosos, o maior objetivo da arte é o de estimular a consciência da sociedade para uma visão mais ampla e bela da vida, reconstruindo cultura, hábitos e povos, além de decorar o mundo com cores, harmonia, melodias, emoções e educação sentimental.

Na Revista Espírita de 1860, por Allan Kardec, edição de dezembro, encontramos a seguinte afirmação: “Quando dizemos que a Arte Espírita será uma arte nova, queremos dizer que as ideias e as crenças espíritas darão lugar às produções do gênio um cunho particular, como ocorreu com as ideias e crenças cristãs, e não que os assuntos cristãos caiam em descrédito; longe disso; mas, quando um campo está respingado, o ceifador vai colher alhures, e colherá abundantemente no campo do Espiritismo. Sim, repetimos, o Espiritismo abre para a arte um campo novo, imenso e ainda não explorado. E quando o artista trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, colherá nessa fonte as mais sublimes inspirações”.

A relação entre o Espiritismo e a Música, Leon Denis, no livro “Espiritismo na Arte”, afirma que "O canto e a música, em sua íntima união, podem produzir a mais alta impressão. Quando ela é sustentada por nobres palavras, a harmonia musical pode elevar as almas às regiões celestes. É o que se realiza com a música religiosa, com o canto sacro".

Música Espírita, segundo os estudiosos desta filosofia, é a definição das informações do espiritismo nas letras ou a inspiração nos acordes. A música em especial, destaca-se entre as ramificações da Arte Espírita por ser considerada pela espiritualidade a “voz de Deus” no mundo, conforme afirma o espírito Esteta no livro citado acima de Leon Denis.

Música e Educação

No livro “A Educação segundo o Espiritismo” de Dora Incontri, no capítulo ‘A Música na Educação’, em uma mensagem recebida no dia 09 de Dezembro de 1991, Mozart afirma que “Educação e Música, duas palavras que ressoam harmoniosamente juntas. Deixai que a música freqüente a alma desde cedo, tocando sutilmente as fibras divinas do ser e a moralidade e o amor brotarão mais facilmente nas vossas crianças. Ora, exatamente nas crianças que em vosso planeta ainda chegam experimentando a bênção do adormecimento”.










No livro “Céu Azul” psicografado por Célia Xavier Camargo, o autor espiritual César Augusto Melero, no capítulo 34 – Despedida de Sheila, fala sobre a importância da Melodia. “Na Espiritualidade temos criações musicais belíssimas, diria até indescritíveis, pela falta de elementos similares aí na Terra. Nossos irmãos menos felizes, espíritos que vibram em esferas mais densas, sofredores e aflitos, rancorosos e vingativos, são incapazes de ouvi-las. Contudo, escutam as melodias que os companheiros encarnados cantam e, assim como estes, se deixam envolver por elas e se emocionam. Não raro, essas canções ajudam a modificar o teor vibratório de suas mentes, possibilitando o socorro da equipe espiritual”.





A Relação entre as notas, cores e chacras

O livro “A cura pela música e pela cor”, de Mary Bassano, descreve sobre as várias composições musicais que podem elevar nossa consciência, além de esclarecer a relação entre as notas, as cores e os chacras. Segundo a autora, a cor vermelha está relacionada com o chacra básico e com a nota “do”; o laranja (a segunda cor) está relacionado com o chacra genésico, correspondente à nota “ré”; o amarelo se relaciona com o chacra gástrico e com a nota “mi”; o verde corresponde ao chacra cardíaco e à nota “fá”; o azul se relaciona com o chacra laríngeo, correspondente à nota “sol”; o índigo (azul marinho) corresponde ao chacra frontal e à nota “lá”; o violeta (a sétima cor) está relacionado ao chacra coronário, correspondente à nota “si”.

Kardec e a Música

Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita apresenta dentro do contexto do Pentateuco, a importância da Música na renovação dos pensamentos para o crescimento intelecto/emocional do espírito que anseia melhorar-se.

Em ‘O Livro dos Espíritos’, livro II – capítulo VI – Vida Espírita, encontramos a pergunta número 251 que questiona: "Os Espíritos são sensíveis a Música? – A música tem para os espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades muito desenvolvidas”.

Na obra ‘O Livro dos Médiuns’, segunda parte – capítulo XVI – parágrafo 190 Médiuns Especiais para os Efeitos Intelectuais – Aptidões Diversas, afirma que: “Médiuns Músicos: os que executam, compõem ou escrevem música sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como para as comunicações literárias”.

A boa música com temática espírita são canções que ajudam na reflexão e no processo criativo para o alcance de uma vida melhor, quando assimiladas e entendidas. Afirmam os estudiosos desta arte que estas são melodias que elucidam os espíritos sobre os vários temas já abordados tantas vezes pela oratória e pela literatura dentro e fora de uma entidade espírita.

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