"Supondes que vim para dar paz à Terra? Não, eu vo-lo afirmo, antes, divisão." (Lc: 12, 51)
cada vez mais.
Cada vez mais, a sua consciência haverá de cobrar-lhe atitudes coerentes.
A vinda de Jesus à Terra representa um divisor de águas em nosso mundo interior.
Despertos por suas palavras, não mais lograremos nos acomodar no que somos.
Os alvitres do Mestre em nós jamais emudecerão.
Inevitável, pois, que o conflito se estabeleça.
Sempre nos sentiremos impelidos a fugir à vulgaridade em nossos sentimentos e aspirações.
Francisco de Assis dizia que no Dicionário Divino não existe a palavra "basta"...
Isto significa que, por mais nos doemos, mais sentiremos necessidade de nos doar, até a nossa total entrega.
Quando o homem toma consciência de que é o construtor do próprio destino, não mais consegue se aquietar.
Viverá sempre aflito pela sua definitiva união com Deus!
O bem-aventurado da aflição é alguém que, serenamente, não cessa de ansiar pela luz e, à procura dela, caminha à exaustão.
Não se trata de loucura convencional, mas de sublime desassossego. Como escreveu Paulo, em sua primeira carta aos Coríntios (I Cor: 1,18):
"Certamente a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus."
Não esperemos, pois, pela paz, antes de ter alcançado a vitória.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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