Antero de Quental
Nós não somos os mortos condenados
Aos sepulcros de treva e cinzas frias,
Tristes evocações das agonias,
Sob os dobres dos sinos de finados...
Não estamos nas lápides sombrias
Dos cemitérios ermos e isolados,
Somos somente amigos apartados
Pelo... espaço das horas fugidias.
Crede que a luta é a nossa eterna herança,
Com a qual marchamos plenos da esperança
Que une os mundos e os seres nos seus laços.
Depois da morte, a luz de um novo dia
Resplende, transbordante de harmonia
Pela serenidade dos espaços.
(Psicografia de Francisco Cândido Xavier)
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