quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Mortos? Não



Antero de Quental


Nós não somos os mortos condenados

Aos sepulcros de treva e cinzas frias,

Tristes evocações das agonias,

Sob os dobres dos sinos de finados...


Não estamos nas lápides sombrias

Dos cemitérios ermos e isolados,

Somos somente amigos apartados

Pelo... espaço das horas fugidias.


Crede que a luta é a nossa eterna herança,

Com a qual marchamos plenos da esperança

Que une os mundos e os seres nos seus laços.


Depois da morte, a luz de um novo dia

Resplende, transbordante de harmonia

Pela serenidade dos espaços.


(Psicografia de Francisco Cândido Xavier)

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