terça-feira, 4 de julho de 2017

PAZ


Não perguntemos quantas guerras teremos que vencer por um pouco de paz.
A paz não é uma situação exterior, mas sim uma condição íntima. Às vezes,
apesar do conflito em derredor, encontraremos a paz que não existe na
quietude em torno de nós.
A paz do mundo está sempre sujeita à transitoriedade das coisas em que se
fundamenta.
A invariável paz, que é fruto da consciência tranqüila pelo dever retamente
cumprido, eis a que devemos aspirar!
Jesus passou sobre a Terra, imperturbável sem sua trajetória, embora à volta
de si a agitação fosse imensa.
Se nos encontramos no clima de grandes lutas, pacifiquemo-nos para que o
desequilíbrio de fora não nos desestruture por dentro.
Assim como o peixe sobre à tona para respirar, elevemos o pensamento na
prece, haurindo energias nas fontes inesgotáveis do Mais Alto.
Tenhamos sempre uma palavra de conciliação, um gesto de serenidade e um
sorriso amigo para oferecer aos que se exaltam, perdendo o controle sobre as
próprias emoções.
A paz verdadeira também é uma força que se propaga de maneira contagiosa,
envolvendo em seu suave magnetismo os corações que se afligem.
Não façamos a nossa paz depender incondicionalmente da paz daqueles que
convivem conosco.
Compreendamos as lutas dos companheiros e os auxiliemos quanto esteja ao
nosso alcance sem, no entanto, permitir que nos invadam o santuário íntimo
em que necessitamos nos resguardar em paz.


(Obra: Lições da Vida - Carlos A. Baccelli/Irmão José)

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