Na Ilusão dos Sentidos
Muitos espíritos, quando deixam o corpo, se não pesam sobre eles maiores entraves conscienciais, embora não olvidando os compromissos afetivos da retaguarda, seguem o seu caminho…
Assim que se reconhecem libertos dos laços que os prendiam à matéria, fitam os próprios despojos com certa indiferença e se afastam, às vezes, em definitivo, do cenário de suas lutas e provas.
Não chegam a esquecer os parentes e os amigos, mas experimentam imensa sensação de alívio, qual alguém que, após determinado período de ausência, regressasse ao seu habitat natural.
As pessoas de modo geral,precisam compreender que é assim, para que não se decepcionem quando,porventura, não consigam obter notícias diretas deste ou daquele parente desencarnado. Quem não se sentiria,por exemplo,satisfeito por se salvar de um naufrágio ou por ter-se visto livre de um perigo iminente?
A concepção da morte para quem não morre é completamente diferente…Os homens é que, atordoados pela ilusão dos sentidos, vêem na morte o mais terrível dos acontecimentos.
Acordando do que, para eles, é uma espécie de hipnose, o espírito não quer olhar para trás…
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