terça-feira, 27 de maio de 2025

Tenhamos Paz

“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I Ts: 5, 13)

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável que o aprendiz procure a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial.

Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas.

Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência.

Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio



segunda-feira, 26 de maio de 2025

Melhor sofrer no bem

“Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal.” 


Para amealhar recursos financeiros que será compelido a abandonar precipitadamente, o homem muitas vezes adquire deploráveis enfermidades, que lhe corroem os centros de força, trazendo a morte indesejável.

Comprando sensações efêmeras para o corpo de carne, comumente recebe perigosos males que o acompanham até aos últimos dias do veículo em que se movimenta na Terra.

Encolerizando-se por insignificantes lições do caminho, envenena órgãos vitais, criando fatais desequilíbrios à vida física.

Recheando o estômago, em certas ocasiões, estabelece a viciação de aparelhos importantes da instrumentalidade fisiológica, renunciando à perfeição do vaso carnal pelo simples prazer da gula.

Por que temer os percalços da senda clara do amor e da sabedoria, se o trilho escuro do ódio e da ignorância permanece repleto de forças vingadoras e perturbantes?

Como recear o cansaço e o esgotamento, as complicações e incompreensões, os conflitos e os desgostos decorrentes da abençoada luta pela suprema vitória do bem, se o combate pelo triunfo provisório do mal conduz os batalhadores a tributos aflitivos de sofrimento?

Gastemos nossas melhores possibilidades a serviço do Cristo, empenhando-lhe nossas vidas.

A arma criminosa que se quebra e a medida repugnante consumada provocam sempre maldição e sombra, mas para o servo dilacerado no dever e para a lâmpada que se apaga no serviço iluminativo reserva-se destino diferente.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio



quinta-feira, 22 de maio de 2025

Herança divina

"Mas, se sois filhos, sois logo herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo."
Paulo (Romanos, 8:17)

O pensamento de Paulo de Tarso, nesse versículo, não deixa qualquer dúvida quanto ao sublime destino das criaturas.

Muitos aprendizes do Evangelho desanimam na luta redentora, declarando-se fracos e inferiores. Alegam impossibilidade de aproximar-se da luz e receiam as tentações do caminho. Não compreendem que semelhante atitude mental é um desacato ao Pai Amoroso que nos concedeu a vida.

Quando o homem afirma não poder vencer as fraquezas próprias, quando declara que o bem é impraticável na Terra, está inconscientemente blasfemando.

Se existe uma herança divina para os homens, é imprescindível que todos se disponham a recebê-la. Como filhos de Deus, devem cultivar a esperança, trabalhar com alegria, combater as próprias imperfeições e prosseguir confiantes.

O Pai não lhes teria outorgado tarefa superior às suas forças.

Cada espírito possui o seu patrimônio de possibilidades divinas. É indispensável desenvolvê-lo para alcançar a herança imortal que Jesus legou.

Espírito: Emmanuel.
Medium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caminho, Verdade e Vida.

Lógica da Providência

“Depois que fostes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” – Paulo. (Hebreus, 10:32.)



Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores.

Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círculos religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais.

Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-se, espetacularmente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade.

 O fenômeno, entretanto, é natural, porquanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento.

O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclarecimentos.

A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcende à compreensão humana.

O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados.

Só após aprenderem a ver com o espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes.

 Nascer-lhes-á nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições.

Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências, são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania.

Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto.

Só a luz espiritual garante o êxito nas provações.

Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças.

Espírito: Emmanuel.
Nédium:  Emmanuel/Chico Xavier.
Do livro Pão Nosso.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Em Cadeias

“Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.” (Efésios: 6, 20.) 


Observamos nesta passagem o apóstolo dos gentios numa afirmativa que parece contraditória, à primeira vista.

Paulo alega a condição de emissário em cadeias e, simultaneamente, declara que isto ocorre para que possa servir ao Evangelho, livremente, quanto convinha.

O grande trabalhador dirigia-se aos companheiros de Éfeso, referindo-se à sua angustiosa situação de prisioneiro das autoridades romanas; entretanto, por isto mesmo, em vista do difícil testemunho, trazia o espírito mais livre para o serviço que lhe competia realizar.

O quadro é significativo para quantos pretendem a independência econômico-financeira ou demasiada liberdade no mundo, a fim de exemplificarem os ensinamentos evangélicos.

Há muita gente que declara aguardar os dias da abundância material e as facilidades terrestres para atenderem ao idealismo cristão.

Isto, contudo, é contrassenso.

O serviço de Jesus se destina a todo lugar.

Paulo, entre cadeias, se sentia mais livre na pregação da verdade.

Naturalmente, nem todos os discípulos estarão atravessando esses montes culminantes do testemunho.

Todos, porém, sem distinção, trazem consigo as santas algemas das obrigações diárias no lar, no trabalho comum, na rotina das horas, no centro da sociedade e da família.

Ninguém, portanto, tente quebrar as cadeias em que se encontra, na mentirosa suposição de que se candidatará a melhor posto nas oficinas do Cristo.

Somente o dever bem cumprido nos confere acesso à legítima liberdade.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.

Áudio

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Divaldo Franco: Gratidão e Luz na Despedida de um Missionário do Amor

Na noite de 13 de maio de 2025, desencarnou, aos 98 anos, o médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco, uma das maiores referências do espiritismo no Brasil e no mundo. O falecimento ocorreu em Salvador, Bahia, na Mansão do Caminho, instituição que ele próprio fundou e onde dedicou grande parte de sua vida à caridade e à educação.

Divaldo Franco nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana (BA), sendo o caçula de 13 irmãos. Desde cedo, manifestou sua mediunidade, relatando experiências espirituais desde os quatro anos de idade. Ao longo de quase um século de vida, Divaldo tornou-se um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, realizando mais de 20 mil conferências em 71 países e publicando mais de 260 livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas. Suas obras, psicografadas de mais de 200 autores espirituais, levaram consolo, esperança e esclarecimento a milhões de pessoas.

Além de seu trabalho como médium e escritor, Divaldo foi um notável educador e filantropo. Em 1952, fundou a Mansão do Caminho, em Salvador, que se tornou referência em assistência social, educação e promoção humana. A instituição acolheu milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo-lhes oportunidades de estudo, formação profissional e, sobretudo, amor e dignidade.

Divaldo também foi reconhecido internacionalmente como um embaixador da paz, promovendo valores como a tolerância, o respeito e a solidariedade. Recebeu centenas de homenagens e prêmios por sua atuação humanitária e por seu compromisso com a construção de um mundo melhor.

Sua partida deixa uma lacuna imensa no movimento espírita e no coração de todos que tiveram o privilégio de acompanhar sua trajetória. Seu exemplo de dedicação, humildade e amor ao próximo permanece como inspiração para todos nós.

Agradecemos profundamente a Divaldo Pereira Franco por toda a luz, amor e trabalho que dedicou à humanidade. Que os amigos espirituais o acolham com carinho e paz, e que seu legado continue a iluminar caminhos e corações por muitas gerações.

Foto: G1

Texto produzido com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Preserva a ti próprio


“Vai, e não peques mais.” (João, 8:11.) 


A semente valiosa que não ajudas, pode perder-se.

A árvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição.

A fonte que não amparas, poderá secar-se.

A água que não distribuis, forma pântanos.

O fruto não aproveitado, apodrece.

A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil.

A enxada que não utilizas, cria ferrugem.

As flores que não cultivas, nem sempre se repetem.

O amigo que não conservas, foge do teu caminho.

A medicação que não respeitas na dosagem e na oportunidade que lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico.

Assim também é a Graça Divina.

Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, se não usas os conhecimentos elevados que recebes para benefício da própria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem de cima, não te vale a dedicação dos mensageiros espirituais.

Debalde improvisarão eles milagres de amor e paciência, na solução de teus problemas, porque sem a adesão de tua vontade, ao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarão imprestáveis.

“Vai, e não peques mais.”

O ensinamento de Jesus é suficiente e expressivo.

O Médico Divino proporciona a cura, mas se não a conservamos, dentro de nós, ninguém poderá prever a extensão e as consequências dos novos desequilíbrios que nos sitiarão a vigilância.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Vós, entretanto


 “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.” (Romanos,15:1.)


Com que objetivo adquire o homem a noção justa da confiança em Deus?

Para furtar-se à luta e viver aguardando o céu?

Semelhante atitude não seria compreensível.

O discípulo alcança a luz do conhecimento, a fim de aplicá-la ao próprio caminho.

Concedeu-lhe Jesus um traço do Céu para que o desenvolva e estenda através da terra em que pisa.

Receber o sagrado auxílio do Mestre e subtrair-se-lhe à oficina de redenção é testemunhar ignorância extrema.

Dar-se a Cristo é trabalhar pelo estabelecimento de seu reino.

Os templos terrestres, por ausência de compreensão da verdade, permanecem repletos de almas paralíticas, que desertaram do serviço por anseio de bem-aventurança. 

Isto pode entender-se nas criaturas que ainda não adquiriram o necessário senso da realidade, mas vós, os que já sois fortes no conhecimento, não deveis repousar na indiferença ante os impositivos sagrados a luz acesa, pela infinita bondade do Cristo, em vosso mundo íntimo.

É imprescindível tome cada um os seus instrumentos de trabalho, na tarefa que lhe cabe, agindo pela vitória do bem, no círculo de pessoas e atividades que o cercam.

Muitos espíritos doentes, nas falsas preocupações e na ociosidade do mundo, poderão alegar ignorância.

Vós, entretanto, não sois fracos, nem pobres da misericórdia do Senhor.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



quarta-feira, 7 de maio de 2025

Quando orardes


"E, quando estiverdes orando, perdoai.” (Marcos, 11:25.)


A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares.as operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contacto com o sentido eterno e criador da vida infinita. 

Examine cada aprendiz as sensações que experimenta ao se colocar na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

A mente que ora permanece em movimentação na esfera invisível.

As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando não se conhecem entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração.

Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.

É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente.

É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho:

– “E, quando estiverdes orando, perdoai.”

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.