A história espiritual da humanidade é repleta de espíritos missionários que renascem repetidamente para auxiliar no progresso moral e intelectual do planeta. Entre eles, destaca-se Joanna de Ângelis, mentora espiritual do médium Divaldo Pereira Franco. Suas obras, psicografadas a partir de meados do século XX, abordam temas como psicologia profunda, espiritualidade e autoconhecimento. Mas quem foi Joanna de Ângelis em suas vidas anteriores? E qual a importância da sua encarnação como Sóror Joana Angélica de Jesus para a história do Brasil?
As encarnações conhecidas de Joanna de Ângelis
Segundo registros da tradição espírita (em especial relatos recebidos por médiuns confiáveis), Joanna de Ângelis teria vivido diversas existências marcantes. Entre as mais conhecidas, destacam-se:
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Joanna de Cusa, no século I, companheira de Jesus e mártir cristã.
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Uma possível existência na Idade Média, como freira dedicada ao serviço espiritual (embora existam poucas confirmações precisas).
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Sóror Joana Angélica de Jesus, no Brasil colonial.
Ainda que nem todas as encarnações sejam confirmadas de forma oficial ou unânime dentro do movimento espírita, a vida como Sóror Joana Angélica é uma das mais bem documentadas historicamente e espiritualmente referenciadas.
Sóror Joana Angélica: a mártir da Independência baiana
Joana Angélica de Jesus nasceu em Salvador, Bahia, no dia 12 de dezembro de 1761. Ainda jovem, ingressou no Convento da Lapa, onde se destacou por sua dedicação à vida religiosa e ao cuidado das irmãs. Com o tempo, tornou-se abadessa — função que demandava coragem, liderança e fé inabalável.
No início do século XIX, o Brasil vivia uma efervescência política que culminaria, em 1822, na Independência formal em relação a Portugal. A Bahia, particularmente, foi palco de intensas lutas contra as tropas portuguesas, pois ali persistia resistência ao movimento emancipatório. O chamado Movimento de 2 de Julho de 1823, que consolidou a independência baiana, foi decisivo para garantir a unidade territorial do Brasil.
Em 19 de fevereiro de 1822, soldados portugueses invadiram o Convento da Lapa em busca de rebeldes baianos. A madre Joana Angélica, ao perceber o perigo, colocou-se à frente do portão, tentando impedir a entrada violenta dos soldados. Em um gesto de coragem e altruísmo, foi mortalmente ferida com uma baioneta. Seu sacrifício transformou-a em símbolo da resistência baiana e da luta pela liberdade.
Historicamente, seu martírio antecedeu em alguns meses a Proclamação da Independência (7 de setembro de 1822), mas foi decisivo para inflamar o sentimento de luta que culminaria na expulsão final dos portugueses da Bahia em 2 de julho de 1823. Esse episódio foi fundamental para consolidar a Independência do Brasil, garantindo que o país permanecesse unido.
O legado espiritual
Do ponto de vista espírita, a vida de Sóror Joana Angélica é vista como mais um capítulo missionário de Joanna de Ângelis, voltado ao sacrifício pelo próximo e à defesa dos ideais superiores. Seu gesto de amor extremo — dar a vida para proteger inocentes — ecoa o ensino do Cristo de "ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos" (João 15:13).
Após essa existência marcante, Joanna de Ângelis continuou seu trabalho no plano espiritual, guiando e inspirando encarnados, sobretudo através das psicografias de Divaldo Franco. Sua mensagem atual enfatiza a libertação interior, a reforma íntima e a prática constante do amor.
Conclusão: semeadura eterna
O exemplo de Joanna de Ângelis, especialmente na figura de Sóror Joana Angélica, é uma verdadeira semente de coragem, amor e fé. Ao estudarmos sua trajetória, somos convidados a refletir sobre nossa própria responsabilidade na construção de um Brasil mais justo, fraterno e espiritualizado.
Ela nos lembra que cada pequeno gesto de abnegação e cada passo rumo ao autoconhecimento são partes de uma grande colheita espiritual — aquela que semeamos todos os dias em silêncio e dedicação.
Referências recomendadas:
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Obras psicografadas por Divaldo Pereira Franco, especialmente "Plenitude", "O Despertar do Espírito" e "Jesus e Atualidade".
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Documentos históricos sobre a Independência da Bahia e a vida de Joana Angélica de Jesus.
Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.