quinta-feira, 17 de novembro de 2011

PARENTES

"Mas se alguÈm n„o tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua famÌlia, negou a fÈ e È pior do que o infiel." (I Tm: 5, 8)



A casualidade não se encontra nos laÁos da parentela.

Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consanguíneas.

Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é
indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns
corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a
Humanidade.

Inútil È a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo teto,
porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.

Temos companheiros de voz adocicada e edificante na propaganda
salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na
atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno
das próprias tarefas.

Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de
flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza
nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais
conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o
chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.

Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para
com a própria família, estaremos negando a fé.

Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a
realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo
aos desígnios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando
paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do
lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das
grandes experiências.

(Obra: Fonte Viva - Francisco Cândido Xavier / Emmanuel - FEB)

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