Se aspiras a obter solução adequada às provas que te firam, não te guies pela rota do desespero.
Tens contigo uma chave bendita, a chave da humildade, cunhada no metal puro da paciência. Perante quaisquer tropeços da estrada, usa semelhante talento do espírito e alcançarás para logo a equação de harmonia e segurança a que se pretendes chegar.
Nada perderás, deixando falar alguém com mais autoridade do que aquela de que porventura disponhas; nunca te diminuirás por desistir de uma contenda desnecessária; em coisa alguma te prejudicarás abraçando o silêncio de conceitos deprimentes que te sejam desfechados; não sofrerás prejuízo em te calando nesta ou naquela questão que diga respeito exclusivamente às tuas conveniências e interesses pessoais; grandes lucros no campo íntimo te advirão da serenidade ou da complacência com que aceites desprestígios ou preterição; jamais te arrependerás de abençoar ao invés de reclamar, ainda mesmo em ocorrências que te amarguem as horas; e a simpatia vibrará sempre em teu favor, toda vez que cedas de ti mesmo, a benefício dos outros.
Efetuemos os investimentos valiosos de paz e felicidade, suscetíveis de serem capitalizados por nós, através de pequenos gestos de tolerância e bondade, e o programa de trabalho a que a vida nos dedique ganhará absoluta eficiência de execução.
Seja na vida particular ou portas a dentro de casa, no grupo de serviço a que te vinculas ou na grande esfera social em que se te decorre a existência, sempre que te vejas à beira do ressentimento ou revide, rebeldia ou desânimo, nunca te entregues à irritação.
Tenta a humildade.
(Obra Emmanuel / Chico Xavier – “Mãos unidas”)
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