"Digo-te que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo." (Lc: 12. 59)
Raros são os homens que, realmente, se sentem em dívida de gratidão com a Vida.
Quase todos pensam em dela extrair o máximo e não em algo acrescentar ao seu
divino patrimônio.
Vejamos o que, por exemplo, vem ocorrendo com a Terra, que o homem esgota em
todos os seus recursos.
Por ambição e descaso, a continuar assim, dentro em pouco, o palacete terrestre
estará transformado em ruínas...
Espécies animais se encontram em extinção, córregos e riachos desaparecem ,
florestas inteiras foram dizimadas, glebas outrora férteis padecem erosão...
A responsabilidade do homem não é somente para com o próximo, mas também
para com a casa planetária que habita. Perante a Lei Divina, ele igualmente há de
responder pela agressão que vem fazendo à Natureza. E a consciência há de lhe
pedir contas por uma única árvore que decepar sem necessidade...
O homem da atualidade vem comprometendo as futuras gerações, esquecido de que
ele mesmo, na condição de filho de seu filho, haverá de voltar ao mundo para
amargar as consequências de sua incúria.
Do reino mineral à espécie humana, quem desrespeita a Criação em um só dos
seres e das coisas criadas por Deus não viverá em paz, enquanto não devolver à
economia da Vida o derradeiro centavo que lhe deve.
Talvez seja pela sua falta de reverência à Natureza, a começar do jardim de sua casa,
ou do pobre animal abandonado com cuja fome não se importa, ou, ainda, da
poluição que, irresponsável, fomenta, é que muita gente não saiba o que é ter
paz no coração.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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