Reunião pública de 30-1-61 - 1ª Parte, cap. III, item 8
Há quem deseje tranqüilidade ideal na Terra, com a pretensão de fugir ao erro.
Casa branca no aclive da serra, com o vale rente.
Clima doce e perfume da natureza.
Nenhum aborrecimento.
Nenhum cuidado.
Falta alguma.
Problema algum.
Solidão saborosa em que o morador consiga estirar-se, inerte, em poltronas e redes.
***
No entanto, é no trato da luta que as forças se enrijam e as qualidades se aperfeiçoam.
Considerando-se que o mal é a experiência inferior nos quadros da experiência mais nobre,
é nos serviço do amparo mútuo e da tolerância recíproca que havemos de transforma-lo em
bem duradouro, como se tomássemos as nossas próprias sombras de ontem para convencê-
las na luz de hoje.
Livres, estamos interligados perante a Lei, para fazer o melhor, e, escravizados aos
compromissos expiatórios, estaremos acorrentados uns aos outros no instituto da
reencarnação, segundo a Lei, para anular o pior que já foi feito por nós mesmos nas
existências passadas.
Ninguém progride sem alguém.
***
Abençoemos, assim, as provações que nos abençoam.
Trabalho é ascensão.
Dor é burilamento.
Toda adversidade avisa, todo sofrimento instrui, todo pranto lava, toda dificuldade e toda
crise seleciona.
Virtude solitária é pão na vitrine.
Competência no palanque é usura da alma.
Todos somos alunos na escola da vida.
E ninguém consegue aprender sem dar a lição.
(Chico Xavier / Emmanuel)
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