quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

NA INSTRUMENTALIDADE

“Como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?” (1 Cor.: 14, 7)


Cada companheiro de serviço cristão deveria considerarse instrumento nas mãos do Divino Mestre, a fim de que a sublime harmonia do Evangelho se faça
irrepreensível para a vitória completa do bem.
Todavia, se a Ilimitada sabedoria do Celeste Emissor se mantém soberana e perfeita, os receptores terrenos pecam por deficiências lamentáveis.
Esse tem fé, mas não sabe tolerar as lacunas do próximo.
Aquele suporta cristamente as fraquezas do vizinho, contudo, não possui energia nem mesmo para governar os próprios impulsos.
Aquele outro é bondoso e confiante, mas foge ao estudo e à meditação, favorecendo a ignorância.
Outro, ainda, é imaginoso e entusiasta, entretanto, escapa sutilmente ao esforço dos braços.
Um é conselheiro excelente, no entanto, não santifica os próprios atos.
Outro retém brilhante verbo na pregação doutrinária, todavia, é apaixonado
cultor de anedotas menos dignas com que desfigura o respeito à revelação de que é portador.
Esse estima a castidade do corpo, mas desvairase pela aquisição de dinheiro fácil.
Outro, mais além, conseguiu desprenderse das posses de ouro e terra, casa e moinho, mas cultiva verdadeiro incêndio na carne.
É indiscutível a nossa imperfeição de seguidores da Boa Nova.
Por isso mesmo, guardamos o título de aprendizes.
O Planeta não é o paraíso terminado e achamonos, por nossa vez, muito distantes da angelitude.
Todavia, obedecendo ou administrando, ensinando ou combatendo, é indispensável afinar o nosso instrumento de serviço pelo diapasão do Mestre, se não
desejamos prejudicarlhe as obras.
Evitemos a execução insegura, indistinta ou perturbadora, oferecendolhe
plena boavontade na tarefa que nos cabe, e o Reino Divino se manifestará mais rapidamente onde estivermos.

(Obra: FONTE VIVA - Chico Xavier / Emmanuel)

Nenhum comentário:

Postar um comentário