"Ele retrucou: Se é pecador, não sei: uma cousa sei: Eu era cego, e agora vejo." (Jo: 9, 25)
Extremamente sábia a resposta daquele homem cego que Jesus curou, misturando saliva com terra e aplicando-lhe aos olhos cerrados desde o berço.
Os fariseus, colhendo-lhe o depoimento, intentavam, uma vez mais, enredar o Mestre em sua tramas para fazê-lo desaparecer de cena, posto que, por ele, se sentiam moralmente desautorizados perante o povo.
Contra, porém, as obras que o Senhor realizava, não possuíam argumento algum.
Aquele cego de nascença que foi lavar-se no tanque de Siloé (a palavra significa "Enviado", em clara alusão ao Cristo) passou a ser uma propaganda viva de seus feitos...
Se, verdadeiramente, desejamos nos escudar daqueles que se erigem por adversários gratuitos de nosso esforço, que a lição nos sirva de exemplo. A única maneira de impormos silêncio aos que nos perseguem com sanha incompreensível é através de nossas realizações no bem.
Respondeu o cego aos fariseus que o interpelavam a respeito de Jesus: "É pecador?": "Não sei e não me importa. A única coisa que sei é que eu era cego e agora vejo!".
As boas obras invalidam qualquer acusação contra o seu autor, porque, sobre o exemplo, a palavra, por mais eloquente, jamais haverá de prevalecer.
Desde que o mundo é mundo, os teóricos da fé, porque não se encorajam a traduzi-la em ações cotidianas, se opõem aos que buscam vivenciá-la na prática.
Neles, a agilidade intelectual contrasta com a rigidez do sentimento.
Enquanto perseveramos, com sinceridade de propósitos, em nossas humildes atividades no bem, os nossos opositores continuarão falando de nós sem repercussão alguma.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - (Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)
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