"Ora, ouvindo tais palavras, um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe: Bem-aventurado aquele que comer pão no Reino de Deus." - (Lc: 14, 15).
O homem que, ouvindo Jesus, disse o que o Evangelista registrou acima, assim não se manifestou apenas por ter escutado as suas palavras, mas, porque, sobretudo, as compreendeu.
Ouvir é de todos; raros, porém, os que assimilam o que escutam.
Ninguém vive tão-só pelos seus sentidos físicos.
Duas pessoas não contemplam a paisagem com os mesmos olhos...
O entendimento é fruto da maturidade espiritual e não da mera informação.
Poucos são os que procuram auscultar, em profundidade, as lições que se encontram exaradas no Evangelho.
Em todas elas, há uma interpretação literal e outra, mais significativa, à qual somente têm acesso os que se dispõem a refletir para além das palavras.
Porque se apegam ao espírito da letra, os que não se fanatizam decepcionam-se.
Pensar é fundamental para a fé.
Atentemos para o detalhe da narrativa de Lucas: "... um dos que estavam com ele à mesa...".
Na companhia do Mestre, quem alcança certa compreensão da Vida costuma ficar sozinho.
Os outros permanecem na expectativa de maiores explicações e, porque não enxergam o que alguém já vê sem grande esforço, simplesmente negam a existência da luz.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)
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