terça-feira, 11 de agosto de 2015

PERDÃO

"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." (Lc: 23, 34)

A falta de perdão, ou seja, o ressentimento acalentado é uma das maiores causas da insanidade mental que acomete o homem. O rancor é sentimento que acompanha o homem de vida em vida - é um espectro que o assombra indefinidamente! Perdoemos, entendendo que, de fato, os que nos ferem não sabem o que fazem. Não fiquemos a ruminar vingança contra quem quer que seja. Perdoar é esquecer e desejar que o outro seja feliz, mas desejar com toda a sinceridade. Se for o caso, e na maioria das vezes é, tenhamos a humildade de pedir perdão a quem magoamos. Para seguir adiante, na direção da luz, o coração precisa estar livre. Todo vínculo fora do amor é algema. Não nos prendamos aos cipoais do caminho, nas infelizes questiúnculas nascidas do amor-próprio exacerbado. Quem se sente ofendido e magoado é magoado e ofendido em seu orgulho. Toda pessoa que realmente se sente ofendida é porque estava necessitando de uma quebra na coluna dorsal de sua vaidade. Odiar é sempre a maneira de enlouquecer mais facilmente. Sigamos, pois, adiante, não indiferentes e insensíveis, mas imperturbáveis ante os obstáculos naturais de um orbe de provas e expiações. Não esperemos ser ofendidos para perdoar, pois a árvore do perdão, o tempo todo, deve estar sempre carregada de frutos.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

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