sexta-feira, 16 de março de 2018

Desencarnação de Stephen Hawking

Almir Del Prette/
São Carlos/SEOB


Grande parte dos meios de comunicação noticiou, no dia 14 de março do ano em curso, o passamento do notável cientista, aos 76 anos de idade. Pode parecer estranho aos leitores deste instrumento de divulgação do movimento espírita, “O informando”, acostumados a leituras sobre os grandes vultos do espiritismo e conteúdos doutrinários espiritas, que nos ocupemos desse acontecimento. Afinal, trata-se de alguém que nunca explicitou de forma clara e inequívoca que aceitava a ideia de Deus. Isso tudo é verdadeiro, porém também é verdade que ele nunca se alinhou como militante de um movimento ateísta.

A vida desse cientista pende de maneira notável para uma atitude biófila e, mesmo em situação orgânica complicada, jamais perdeu a esperança e a perseverança de viver com toda plenitude que lhe era possível. O termo biofilia, aqui empregado, foi utilizado por Erich Fromm para se referir a pessoas que valorizam a vida em oposição à necrofilia que explicita tendência negativas e destrutivas. No primeiro caso temos a celebração da vida, a alegria, à sociabilidade. No segundo, o cultivo da tristeza, do isolamento e até mesmo o prazer pela dor.

Stephen superou inúmeras dificuldades a começar lutando com um diagnóstico de doença degenerativa, Esclerose lateral Amiotrófica (ELA), no final da adolescência, cujo prognóstico indicava perda gradual de movimentos e morte prematura. Entretanto, ele teve que se reinventar e afirmou em entrevista a BBC que sobreviver após os 21 anos de idade lhe soava como um bônus. Disse ainda compreender as pessoas que em situações semelhantes desejam a morte, mas que ele “gostava de viver e sentia que tinha muita coisa a fazer”. E de fato viveu intensamente!

Costumeiramente podia ser visto na cidade de Cambridge, “pilotando” sua cadeira de rodas junto dos filhos... Além de pesquisar, dar aulas e proferir conferências encontrou tempo para participar de inúmeras outras atividades como de composições com Pink Floyd, por exemplo, keep tal king, da série cômica the big beng. theory, escreveu histórias infantis, por exemplo, “George e o segredo do universo” e popularizou a sua teoria de tempo e espaço com o livro “Breve História do Tempo”, com 10 milhões de exemplares vendidos no mundo. Sua contribuição à Física, a Astrofísica e Astronomia, o coloca junto aos grandes nomes como Newton e Einstein. Se seu problema orgânico era prova ou expiação é uma especulação de nenhuma importância. Importa sim lhe enviarmos nossas melhores vibrações de paz e de breve refazimento com agradecimentos pelos exemplos marcantes que deixou para toda a humanidade. 


Confira "Mundo Espírita

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