A História mostra, de maneira indiscutível, que a mulher tem sido discriminada em todas as épocas e que a sua importância na sociedade sempre foi menosprezada. No Velho testamento já aparece Eva em conluio com a serpente, e ao morder a maçã acaba legando para a humanidade a herança do "pecado original". Na Bíblia a mulher chama o esposo de "patrão" e "senhor", e poderá até mesmo ser repudiada pelo marido, sem contrapartida. Por volta de 1900 a.C. as regiões dos sumérios (Golfo Pérsico) foram dominadas pelos amoritas que criaram o Império Babilônico. Dentre os reis amoritas destacou-se o rei Hamurábi que é o autor do mais antigo código de leis escrito até antão. Uma das leis desse código prevê: "Se a esposa de um homem é apanhada na cama com outro homem, os amantes serão amarrados e jogados nas águas. Se o marido da mulher desejar poupá-la, o rei também poderá poupar o seu súdito", (nesse caso, o amante.). Filósofos da antiguidade, como Pitágoras, por exemplo, escreveram: "Existe um princípio bom que criou a ordem, a luz e o homem e um princípio mau que criou o caos, as trevas e a mulher". Entretanto, com Jesus começa o legítimo feminismo; inaugura-se uma nova era para as esperanças feministas. Ao levantar a mulher decaída em plena praça pública, indicou, claramente, as injustiças do coração masculino, cristalizado durante milênios no egoísmo. Com o Mestre começamos a aprender que em questões de sexo ninguém erra sozinho".(1). Apesar das lições preconizadas por Jesus, vamos encontrar teólogos, como Santo Agostinho a afirmar: " a mulher é uma besta insegura e instável". E, durante a terrível Inquisição, muitas mulheres sensitivas (médiuns) foram queimadas sob a acusação de bruxaria. Exemplo máximo: Joana D'Arc. Por muito tempo ainda se discutia se a mulher tinha alma. SÉCULOS XVIII e XIX Felizmente, a partir do século XVIII, principalmente, essa situação começa a mudar mulheres "guerreiras" ousaram desafiar o sistema até então estabelecido; algumas pagando com a própria vida, à exemplo de Olympe de Gouges: dramaturga, ativista política, abolicionista francesa contrária à pena de morte e que em 1781 redigiu uma declaração "Dos Direitos da Mulher e Cidadã", sendo por isso guilhotinada em 1793, em plena vigência da revolução Francesa que tinha como lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade". E o mais paradoxal é que Olympe havia sido, inicialmente, simpatizante da Revolução. Já o século XIX marcaria uma atuação mais intensa das mulheres na luta por seus direitos como é o caso da francesa Flora Tristan, feminista e ativista ligada ligada aos direitos das classes trabalhadoras. Autora de vários livros sendo o mais conhecido "A Peregrinação de um pária" onde relata suas experiências de mulher separada do marido. Em 1840 publicaria outra obra: " Os passeios de Londres", criticando o sistema social londrino e afirmando que "a mulher é o proletário do proletário, pois o homem mais oprimido quer oprimir outro ser, a mulher. 08 de MARÇO DE 1857 No dia 08 de março de 1857, na cidade de Nova Iorque, teria acontecido uma greve de operárias em indústria téxtil. A greve foi violentamente reprimida pela polícia. Em homenagem a essas e todas as outras mulheres historicamente ligadas aos movimentos sociais e feministas surgiram movimentos a fim de definir o dia 8 de março como Dia da Mulher. Finalmente, em 1975 a ONU oficializou a data e designou esse ano como o Ano Internacional da Mulher. 18 de ABRIL DE 1857 Neste dia, em Paris, vinha à luz a primeira edição de "O Livro dos Espíritos". Na sua capa traz o sub título de Filosofia Espiritualista. Composto de perguntas feitas pelo cientista Allan Kardec aos Espíritos Superiores, em sua Terceira Parte trata também da "Igualdade dos direitos do homem e da mulher", conforme reproduzimos abaixo alguns tópicos: Pergunta 817: O homem e a mulher são iguais perante Deus e têm os mesmos direitos? Resposta: - Deus não deu a ambos a inteligência do bem e do mal e a faculdade de progredir? Pergunta 818: De onde procede a inferioridade moral da mulher em certas regiões? Resposta: - Do domínio injusto e cruel que o homem exerceu sobre ela. Uma consequência das instituições sociais e do abuso da força sobre a fragilidade. Entre os homens pouco adiantados do ponto de vista moral a força é o direito. Pergunta 820: A debilidade física da mulher não a coloca naturalmente na dependência do homem? Resposta: - Deus deu a força a uns para proteger o fraco e não para o escravizar. Deus apropriou a organização de cada ser às funções que ele deve desempenhar. Se deu menor força física à mulher, deu-lhe ao mesmo tempo maior sensibilidade, em relação com a delicadeza das funções maternais e a debilidade dos seres confiados aos seus cuidados. Pergunta 821: As funções a que a mulher foi destinada pela Natureza têm tanta importância quanto as conferidas ao homem? Resposta: - Sim, e até maior; pois é ela quem lhe dá as primeiras noções da vida. PARABÉNS PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER !!!
Muita paz.
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