domingo, 22 de junho de 2025

Estuda Emmanuel? Atenção às Editoras!

Você já reparou que a mesma lição de um livro da Coleção Fonte Viva, de Emmanuel por Chico Xavier, pode ter conteúdo diferente dependendo da editora? Pois é… isso acontece, e muitos leitores ainda não sabem.

Se você participa de grupos de estudo, coordena encontros doutrinários ou simplesmente estuda sozinho com afinco, é bom ficar atento: o número da lição pode não dizer tudo.

📖 A Doutrina é a mesma. A edição, nem sempre.

A FEB (Federação Espírita Brasileira), editora original das obras psicografadas por Chico Xavier, publica os livros da coleção (Caminho, Verdade e Vida, Pão Nosso, Vinha de Luz, Fonte Viva, Palavras de Vida Eterna) com uma sequência fiel ao que foi recebido pelo médium.

Mas outras editoras, como a FEESP (Federação Espírita do Estado de São Paulo), reorganizaram os livros para facilitar o uso em cursos e estudos sistematizados. Isso pode significar que:

A lição 100 da edição da FEB pode não ser a mesma lição 100 da FEESP.

O conteúdo, a citação bíblica e até o tema tratado podem variar completamente.


🎯 Por que isso é importante?

Porque esse detalhe pode gerar confusão entre os estudantes, principalmente quando:

Alguém faz uma citação sem mencionar a editora;

Grupos diferentes estudam a mesma lição, mas percebem que os temas não coincidem;

Alguém pesquisa na internet ou em aplicativos e encontra outro conteúdo com o mesmo número.


Mais grave ainda: isso pode comprometer estudos, palestras, artigos e publicações que citem os livros de forma imprecisa, sem o devido cuidado editorial.

✅ O que fazer para evitar confusões?

Aqui vão algumas orientações práticas:

1. Sempre cite a editora ao mencionar uma lição:

> “Estudaremos a lição 101 do livro Pão Nosso, edição FEB.”




2. Inclua a citação bíblica ou o primeiro trecho da lição como referência:

> “É a lição que começa com: ‘Em tudo dai graças’ – 1 Tessalonicenses 5:18.”




3. Em grupos ou estudos coletivos, alinhe previamente qual versão está sendo utilizada.


4. Evite confiar apenas na numeração ao consultar sites ou aplicativos.



🌾 O cuidado também é caridade

Como trabalhadores do bem e semeadores da mensagem de Jesus, não basta apenas repetir ou divulgar: é preciso estudar com atenção, divulgar com responsabilidade e viver com coerência.

Se Emmanuel confiou a nós essas lições por mãos tão fiéis como as de Chico, que saibamos honrar esse legado com estudo sério e transparente — inclusive quando o assunto são as editoras.


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📌 Fica o alerta, com carinho, para todos que amam estudar e divulgar a Doutrina Espírita com seriedade.
Se você já passou por essa confusão com os números das lições, escreva para nós. Vamos compartilhar experiências e aprender juntos!

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Projeto Semear Para Colher

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Quando a Ciência Escuta a Voz do Espírito: A Jornada de Marlene Nobre

A Dra. Marlene Rossi Severino Nobre (1937–2015) foi uma renomada médica ginecologista e uma das principais referências no campo da medicina e espiritualidade no Brasil. Reconhecida tanto pela competência técnica quanto pela profundidade espiritual, ela dedicou sua vida à integração entre ciência médica e os princípios da Doutrina Espírita.

Trajetória Médica e Espírita

Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, mais tarde, tornou-se ginecologista em São Paulo, onde atuou profissionalmente por décadas. Sua vivência espiritual, no entanto, sempre caminhou ao lado da carreira médica. Casada com Dr. Freitas Nobre, político respeitado e também espírita, formou uma família comprometida com o ideal cristão.

Em 1995, fundou a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), consolidando um movimento iniciado anteriormente em São Paulo. A iniciativa teve como missão integrar profissionais de saúde de diversas áreas com base na visão médico-espírita do ser humano — como espírito imortal encarnado, dotado de corpo, mente e perispírito.

Papel na Divulgação da Medicina Espírita

Dra. Marlene participou ativamente da Associação Médico-Espírita de São Paulo (AME-SP) desde 1968, sendo uma de suas organizadoras pioneiras. A partir daí, iniciou um esforço nacional e internacional para unificar os profissionais espíritas da área da saúde. Foi também presidente da AME-Internacional, que agrega instituições similares de diversos países.

Publicou diversos livros, entre eles:

Sua obra combina pesquisa científica, vivência espiritual e exemplos práticos de como a medicina pode ser humanizada quando compreende o ser como espírito.

Legado

Dra. Marlene deixou um legado duradouro: centenas de médicos e profissionais da saúde sensibilizados com a abordagem integral do ser humano; congressos médicos-espíritas nacionais e internacionais; e a publicação de textos que unem fé e razão com clareza, ética e profundidade.

Faleceu em 5 de janeiro de 2015, mas seu exemplo permanece vivo. Para muitos, ela é símbolo de compromisso com Jesus, Kardec e a Ciência.

Imagem obtida através da Internet.
Links para obras disponíveis na Amazon via Kindle (gratuitas).
Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira

Perdoa Sempre

“E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros.” (2 Timóteo: 2, 2).


Os discípulos do Evangelho, no Espiritismo cristão, muitas vezes evidenciam insuportável entusiasmo, ansiosos de estender a fé renovada, contagiosa e ardente.

No entanto, semelhante movimentação mental exige grande cuidado, não só porque assombro e admiração não significam elevação interior, como também porque é indispensável conhecer a qualidade do terreno espiritual a que se vai transmitir o poder do conhecimento.

Claro que não nos reportamos aqui ao ato de semeadura geral da verdade reveladora, nem à manifestação da bondade fraterna, que traduzem nossas obrigações naturais na ação do bem.

Encarecemos, sim, a necessidade de cada irmão governar o patrimônio de dádivas espirituais recebidas do plano superior, a fim de não relegar valores celestes ao menosprezo da maldade e da ignorância. 

Distribuamos a luz do amor com os nossos companheiros de jornada; todavia, defendamos o nosso íntimo santuário contra as arremetidas das trevas. 

Lembremo-nos de que o próprio Mestre reservava lições diferentes para as massas populares e para a pequena comunidade dos aprendizes; não se fez acompanhar por todos os discípulos na transfiguração do Tabor; na última ceia, aguarda a ausência de Judas para comentar as angústias que sobreviriam. 

É necessário atentarmos para essas atitudes do Cristo, compreendendo que nem tudo está destinado a todos.

Os espíritos enobrecidos que se comunicam na esfera carnal adotam sempre o critério seletivo, buscando criaturas idôneas e fiéis, habilitadas a ensinar aos outros.

Se eles, que já podem identificar os problemas com a visão iluminada, agem com prudência, nesse sentido, como não deverá vigiar o discípulo que apenas dispõe dos olhos corporais?

Trabalhemos em benefício de todos, estendamos os laços fraternais, compreendendo, porém, que cada criatura tem o seu degrau na infinita escala da vida.


Espírito: Emmauel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Qualquer Um (Plínio Oliveira)


Título: Qualquer Um
Artista: Plínio Oliveira.
Álbum: Pra Te Fazer Feliz
Ano de Lançamento: 2021.
Colaboração: Sonia Cabral.

Programa ILUMINAÇÃO | Episódio #30 | Jorge Elarrat | Adriane Bacarin | ...

E o adúltero?

“E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.” (João: 8, 4.)

O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhantes, sem enxergá-lo em si mesmo.

Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.

Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolherá o adúltero que não foi trazido a julgamento pelo cuidado popular?

Seria ela a única responsável?

Se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, em que furna se ocultava aquele que ajudava a fazê-la?

A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor.

Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado.

O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais eloquente que qualquer declaração verbal.

Ao lado da mulher adúltera, permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.

O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal.

No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar. 


Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destaque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento da célebre sugestão de Jesus.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.


Michael Jackson- Heal The World (Letra & Tradução) By Vivi Amorim

sexta-feira, 13 de junho de 2025

MOMENTOS COM JOANNA – ADRIANE BACARIN (PR) | 13.06.2025

O Édito de Milão: Liberdade Religiosa no Império Romano

O Édito de Milão foi um marco fundamental na história da humanidade, especialmente para os cristãos. Ele foi promulgado em 13 de junho de 313 d.C., resultado de um acordo entre os imperadores Constantino I (do Ocidente) e Licínio (do Oriente), na cidade de Milão, na Itália.

Contexto histórico.

Antes do Édito, os cristãos eram perseguidos no Império Romano. Praticar a fé cristã podia levar à prisão, tortura ou até à morte. O Édito de Milão veio para mudar esse cenário.

O que estabelecia o Édito?

O Édito não apenas cessou as perseguições, mas concedeu liberdade religiosa a todos os cidadãos do Império Romano — não só aos cristãos! Ele permitia que cada pessoa pudesse escolher livremente sua religião, sem sofrer punições ou restrições do governo.

Além disso, o Édito determinou que as propriedades das igrejas e dos cristãos, que haviam sido confiscadas, fossem devolvidas.

Por que foi tão importante?

O Édito de Milão foi o primeiro passo para a tolerância religiosa em uma época marcada por intolerância e perseguições. Ele abriu caminho para o crescimento do Cristianismo, que, décadas depois, se tornaria a religião oficial do Império Romano.

A partir desse documento, a ideia de liberdade de consciência e de religião começou a se fortalecer no mundo ocidental.

Texto produzido com inteligência artificial.
Colaboração: Eduardo Giannelli.



Em Espírito


“Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.” (Rom: 8,13)


Quem vive segundo as leis sublimes do espírito respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés.

Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima.

Vale-se do dia qual aprendiz aplicado, que estima na permanência sobre a Terra valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar.

Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento.

Na ignorância alheia, descobre preciosas possibilidades de serviço. 

Nas dificuldades e aflições da estrada recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento.

Vê passar obstáculos como vê correr nuvens.

 Ama a responsabilidade, mas não se prende à posse.

Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio.

Ampara sem inclinações doentias.

Serve sem escravizar-se.

Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador.

Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na consciência e no coração, os próprios tesouros. 

Bem-aventurado o homem que segue vida afora em espírito!

Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

No paraíso

“E respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc: 23, 43)



À primeira vista, parece que Jesus se inclinou para o chamado bom ladrão, através da simpatia particular.

Mas não é assim.

O Mestre, nessa lição do Calvário, renovou a definição de paraíso.

Noutra passagem, Ele mesmo asseverou que o Reino Divino não surge com aparências exteriores.

Inicia-se, desenvolve-se e consolida-se, em resplendores eternos, no imo do coração.

Naquela hora de sacrifício culminante, o bom ladrão rendeu-se incondicionalmente a Jesus Cristo.

O leitor do Evangelho não se informa, com respeito aos porfiados trabalhos e às responsabilidades novas que lhe pesariam nos ombros, de modo a cimentar a união com o Salvador, todavia, convence-se de que daquele momento em diante o ex-malfeitor penetrará o céu.

O símbolo é formoso e profundo e dá ideia da infinita extensão da Divina Misericórdia.

Podemos apresentar-nos com volumosa bagagem de débitos do passado escuro, ante a verdade; mas desde o instante em que nos rendemos aos desígnios do Senhor, aceitando sinceramente o dever da própria regeneração, avançamos para região espiritual diferente, onde todo jugo é suave e todo fardo é leve.

 Chegado a essa altura, o espírito endividado não permanecerá em falsa atitude beatífica, reconhecendo, acima de tudo, que, com Jesus, o sofrimento é retificação e as cruzes são claridades imortais.

Eis o motivo pelo qual o bom ladrão, naquela mesma hora, ingressou nas excelsitudes do paraíso.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

O “não” e a luta

“Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” (Mateus: 5, 37)


Ama, de acordo com as lições do Evangelho, mas não permitas que o teu amor se converta em grilhão, impedindo-te a marcha para a vida superior.

Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação, entretanto, não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios para o caminho alheio.

Atende com alegria ao que te pede um favor, contudo, não cedas à leviandade e à insensatez.

Abre portas de acesso ao bem-estar aos que te cercam, mas não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.

Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto, sê leal e sincero em tuas atitudes.

O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações, todavia, o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais construtivo.

Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo e, por vezes, a própria vida.

Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o “não” deve ser dito sem aspereza.

Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca; urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais perturba.

O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.

As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as palavras.

“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho.

Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel.

Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer.


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.



Asseio Verbal

“Mas a nossa palavra seja: Sim, sim; não, não.”(Mt: 5, 37)

A higiene do verbo deve ser cultivada com esmero.

Fujamos à conversação fútil.

Palavras são instrumentos sutis de nosso pensamento.

Conversa em desalinho é porta aberta à desordem mental.

Reportagens escabrosas, que envolvem a malícia e a crueldade, a calúnia e a suspeita, são agentes dissolventes da estabilidade e da paz.

Evitemos as anedotas apimentadas, que ferem a dignidade do próximo.

Narrativas tristes ou chocantes impressas ou faladas, quando não tragam fins edificantes, trazem a carga de sombra, deprimindo o coração.

Falemos com equilíbrio e bom senso.

A palavra deve ser portadora de harmonia, qual ocorre à música nobre, cuja melodia nos induz ao bem.

Emitamos vocábulos compreensivos e esclarecedores, que consolem, instruam e construam para a vida melhor.

Toda palavra que expresse revolta ou destruição, ainda mesmo quando aparentemente vazada em razões justas, é sempre portadora de veneno invisível.

Guardemos o asseio verbal em qualquer circunstância.

Se é possível preservar o corpo contra a enfermidade, é igualmente possível resguardar o espírito contra o mal.

E, como assepsia é defesa, asseio verbal é segurança.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

📖 Livro: Palavras de Vida Eterna – Capítulo 63.


terça-feira, 10 de junho de 2025

O “mas” e os discípulos

“Tudo posso naquele que me fortalece.” (Fil: 4:13.)


O discípulo aplicado assevera:

– De mim mesmo, nada possuo de bom, mas Jesus me suprirá de recursos, segundo as minhas necessidades.

– Não disponho de perfeito conhecimento do caminho, mas Jesus me conduzirá.

O aprendiz preguiçoso declara:

– Não descreio da bondade de Jesus, mas não tenho forças para o trabalho cristão.

– Sei que o caminho permanece em Jesus, mas o mundo não me permite segui-lo.

O primeiro galga a montanha da decisão.

Identifica as próprias fraquezas, entretanto, confia no Divino Amigo e delibera viver-lhe as lições.

O segundo estima o descanso no vale fundo da experiência inferior.

 Reconhece as graças que o Mestre lhe conferiu, todavia, prefere furtar-se a elas.

O primeiro fixou a mente na luz divina e segue adiante.

O segundo parou o pensamento nas próprias limitações.

O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos define a posição íntima perante o Evangelho.

Colocada à frente do Santo Nome, exprime-nos a firmeza e a confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situanos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.

Três letras apenas denunciam-nos o rumo.

– Assim recomendam meus princípios, mas Jesus pede outra coisa.

– Assim aconselha Jesus, mas não posso fazê-lo.

Através de uma palavra pequena e simples, fazemos a profissão de fé ou a confissão de ineficiência.

Lembremo-nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses:

– “Tudo posso naquele que me fortalece.”


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



Credores no lar

“Honrai vosso pai e vossa mãe...”. (Mt: 19, 19)


“Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade;é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados, como eles fizeram conosco na infância.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 14, item 3.)

No devotamento dos pais, todos os filhos são joias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros, que te apoiam a alma, surgem os filhos credores, alcançando- te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço.

É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.

Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces inspiradores do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.

Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em teu lugar.

Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

Quando te vejas diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio o luminoso certificado de tua própria libertação.

Do Livro da Esperança, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Segundo a Carne

Para quem vive segundo a carne, isto é, de conformidade comos impulsos inferiores, a estação de luta terrestre não é mais que uma série de acontecimentos vazios.

Em todos os momentos, a limitação ser-lhe-á fantasma incessante.

Cérebro esmagado pelas noções negativas, encontrar-se-á com a morte, a cada passo.

Para a consciência que teve a infelicidade de esposar concepções tão escuras, não passará a existência humana de comédia infeliz.

No sofrimento, identifica uma casa adequada ao desespero.

No trabalho destinado à purificação espiritual, sente o clima da revolta.

Não pode contar com a bênção do amor, porquanto, em face da apreciação que lhe é própria, os laços afetivos são meros acidentes no mecanismo dos desejos eventuais.

A dor, benfeitora e conservadora do mundo, é-lhe intolerável. a disciplina constituí-lhe angustioso cárcere e o serviço aos semelhantes representa pesada humilhação. 

Nunca perdoa, não sabe renunciar, dói-lhe ceder em favor de alguém e, quando ajuda, exige do beneficiado a subserviência do escravo.

Infeliz o homem que vive, respira e age, segundo a carne!

Os conflitos da posse atormentam-lhe o coração, por tempo indeterminado, com o mesmo calor da vida selvagem.

Ai dele, todavia, porque a hora renovadora soará sempre!

E, se fugiu à atmosfera da imortalidade, se asfixiou as melhores aspirações da própria alma,

 se escapou ao exercício salutar do sofrimento, se fez questão de aumentar apetites e prazeres pela absoluta integração com o “lado inferior da vida”, que poderá esperar do fim do corpo, senão sepulcro, sombra e impossibilidade, dentro da noite?

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



sexta-feira, 6 de junho de 2025

Pesquisa Nacional Espírita - PNE / 2025


A PNE / 2025 está em sua 11ª Edição.
Realizada anualmente desde 2015, vem colaborando com o estudo e a gestão do Movimento Espírita Brasileiro.

Para responder a pesquisa, clique aqui!

Murmurações


“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” (Filipenses, 2:14.)


Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.

É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia. 

Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso autoexame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.

Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.

É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta. 

É fácil identificá-los.

 Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. 

Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.

Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.

Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



quarta-feira, 4 de junho de 2025

NO CREDIÁRIO DA VIDA

Deixa que a compaixão te aclare os olhos e lubrifique os ouvidos, a fim de que possas ver e escutar em louvor do bem.

Quantas vezes geramos complicações e agravamos problemas, unicamente pelo fato de exigir dos outros, aquilo de santo ou de heroico que ainda não conseguimos fazer!

À frente das incompreensões ou perturbações do cotidiano, procuremos reagir como estimaríamos que os demais reagissem, se as dificuldades fossem nossas. A Terra está repleta dos que censuram e acusam. Amparemo-nos mutuamente.

Às vezes, pronuncias palavras menos felizes, nas horas de irritação ou desânimo, que apreciarias reaver a fim de inutilizá-las, se isso fosse possível, e agradeces a bondade do ouvinte que se dispõe a atirá-las no cesto do esquecimento.

Nos atos injustos, nas decisões impensadas ou nos erros que perpetramos, somos gratos à misericórdia daqueles que nos acolhem com brandura e entendimento, extinguindo no silêncio os resultados de nossas falhas involuntárias.

Proclamamos a necessidade do progresso da alma, afirmamos o impositivo de nosso próprio aperfeiçoamento...

Iniciemos esse esforço meritório a favor de nós, reconhecendo que os outros carregam provações e fraquezas semelhantes às nossas, quando não sejam problemas e obstáculos muito mais aflitivos.

Admiremos nossos companheiros quando se apliquem ao bem ou quando se harmonizem com o bem; entretanto, sempre que resvalem no mal, busquemos tratá-los na base do amor que declaramos cultivar com Jesus, de vez que todo investimento de tolerância que fizermos hoje, a benefício do próximo, no crediário da vida, ser-nos-á amanhã precioso depósito que poderemos sacar no socorro àqueles a quem mais amamos, ou mesmo no auxílio a nós.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Alma e Coração.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Sacudir o pó

“E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.” (Mt: 10, 14)

Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirarem desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência.

Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.

O ensinamento, porém, é mais profundo.

Recomenda a extinção do fermento doentio.

Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.

Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantermos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.

Se alguém te não recebeu a boa-vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias?

Tal atitude não soluciona os problemas espirituais.

Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem?

Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos.

Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo.

Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.




AULA DE PAZ

Há coragem para variadas situações — disse o mentor da Vida Maior — temos a coragem de empreender grandes obras, a coragem de esquecer as ofensas, aquela de sofrer por amor a determinadas criaturas, aquela outra de arrostar com as piores dificuldades, sem perder a esperança.

Mas, a nosso ver, a coragem maior é a de aceitar os nossos erros no caminho para o Senhor, receber críticas com humildade, sofrer em razão dessas nossas mesmas faltas, tudo fazer ao nosso alcance, a fim de corrigir-nos com paciência sem perder o bom ânimo e seguir para a frente.

Médium: Francisco Cândido Xavier.
Espírito: Emmanuel.
Livro:- Material de Construção.