"Mas Jesus disse: Quem me tocou? Como todos negassem, Pedro [com seus companheiros] disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem [e dizes: Quem me tocou ?]." (Lc: 8, 45)
Assediado pela multidão, com certeza muitos eram os que, de maneira voluntária ou involuntária, tocavam no Senhor...
Aquela pobre mulher, no entanto, lograra tocar-lhe apenas na orla da veste e ficara curada!
Qual a diferença que poderia haver entre o seu toque e o dos demais, talvez, como ela, portadoresa cura de enfermidades no corpo ou moléstias na alma?
Por que motivo o Senhor nem sequer atinara com as outras mãos que o incomodavam, aflitas e súplices, pousando-lhe sobre o corpo?
O episódio, narrado por Lucas, é descrito com detalhes que não podem ser omitidos: aquele irmã, que padecia de uma hemorragia havia doze anos, "veio pos trás" de Jesus, e , mesmo assim, não passou ignorada pela sua divina percepção: "Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder".
O toque da cura é o toque da fé !Quem se coloca em condições de receber, embora ignorado como o fenômeno se processe, ao simples ato de estender a mão naturalmente recebe.
A anônima mulher, dita hemorroísa, não havia se colocado nem mesmo dentro do campo visual do Senhor, nem por Ele fora tocada em um só fio de seus cabelos, mas, num átimo, se viu integralmente curada.
A cura para qualquer mal que nos atormenta, desde que, motivados pela fé, nos disponhamos a movimentar os próprios recursos espirituais, está dentro de nós. Por isto, a quantos proporcionava a bênção da cura, o Senhor, esquivando-se de todo mérito, repetia: "A tua fé te salvou" !
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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