"Pois quem não é contra nós é por nós." (Mc: 9, 40)
A lição de Jesus sobre tolerância religiosa tem sido esquecida por muita gente.
E não nos reportamos apenas aqueles que, inadvertidamente, combatem os que pertencem a outras crenças, mas também, e principalmente, aos que, por inflexib>ilidade de opinião, se opõem aos próprios companheiros de fé.
No episódio que comentamos, João, em nome de uma pretensa pureza doutrinária, comunica ao Mestre: "... vimos um homem que em teu nome expelia demônios, o qual não nos segue; e nós lho proibimos, porque não seguia conosco."
Vejamos que os próprios seguidores diretos de Jesus, em seu nome, reivindicavam para si a primazia, inclusive, de aliviar o sofrimento alheio. Aquele homem anônimo não estava contrariando os princípios da fraternidade que o Mestre apregoava e, tampouco, não disputava discípulos entre os que os apóstolos arrebanhavam. Ele simplesmente "expelia demônios", porque era óbvio que João e seus amigos, por mais se esforçassem, não poderiam atender a todos.
De maneira geral, sem excluir nenhuma, os adeptos das mais diversas crenças religiosas, notadamente os espíritas, têm muito que aprender no que tange à Verdade, que não é propriedade de ninguém em particular.
A rigor, para seguir Jesus, ninguém carece de se filiar a qualquer crença formal - basta-lhe, para tanto, que vivencie o amor que Ele nos ensinou!
A posição inflexível dos ortodoxos tem, ao longo do tempo, impedido que as ovelhas, espalhadas em diversos rebanhos, se reúnam no mesmo aprisco, sob a égide do Divino Pastor.
Por este motivo, contrariando o conceito exterior de pureza, tão a gosto dos judeus conservadores, Jesus sempre se sentava à mesa sem lavar as mãos.
(Obra: Saúde Metal À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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