segunda-feira, 20 de maio de 2013
Funções do Sofrimento
Com propriedade afirmou Buda, numa das suas quatro nobres verdades, que tudo
no mundo é sofrimento, em face da transitoriedade da organização material ante a
incomparável imortalidade do espírito.
Para compreender-se o sofrimento e as funções que opera no ser, é necessário
remontar-se-lhe às causas, conforme acentua o nobre codificador do Espiritismo,
Allan Kardec, esclarecendo que, não sendo atuais, certamente são anteriores,
apoiando-se na reencarnação.
É compreensível, portanto, sua informação, tendo-se em vista que o efeito procede
sempre de uma causa; se esta não é próxima encontra-se remota, mas sempre
existente.
Cada espírito escreve a trajetória que deverá percorrer mediante os pensamentos,
as palavras e as ações que se permite durante cada experiência carnal. Transferindo
de uma para outra as conquistas e os prejuízos, capacita-se para desenvolver a seu
deus interno através dos esforços de auto-iluminação e de santificação.
Uma das funções do sofrimento é demonstrar que todos são iguais, por isso mesmo,
experimentam idênticos tipos de padecimentos, na pobreza ou no excesso, na
penúria ou na abastança, na juventude ou na velhice, na infância ou na idade
adulta, portadores de beleza ou feiúra, famosos ou ignorados...
O conhecimento do Espiritismo e das suas propostas de amor faculta o equilíbrio
necessário para os enfrentamentos da evolução, como se apresentem no
transcurso da existência.
Oferecendo coragem e bom ânimo, demonstra que tudo obedece à planificação
divina e que não cai uma folha da árvore que não seja pela vontade de Deus,
conforme asseverou Jesus.
A fim de exemplificar que não existem exceções nas planificações divinas, Jesus,
que não tinha quaisquer dívidas perante a Consciência Cósmica, veio amar e
experimentar a ingratidão humana, submetendo-se ao holocausto com paciência,
misericórdia e amor inexcedíveis.
(Obra: Jesus e Vida - Divaldo Franco/Joanna de Ângelis)
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