quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Dr. Adolfo Bezerra de Menezes: o Médico dos Pobres e Apóstolo do Espiritismo

 

O nome de Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti permanece vivo no coração dos brasileiros não apenas como um médico dedicado e generoso, mas também como uma das figuras mais importantes na consolidação do Espiritismo em nosso país. Conhecido como o “Médico dos Pobres” e apelidado de “Kardec Brasileiro”, sua trajetória de vida revela a união entre ciência, fé e amor ao próximo.

Primeiros passos e formação

Nascido em 29 de agosto de 1831, na então Freguesia de Riacho do Sangue, no Ceará, Bezerra de Menezes demonstrou desde cedo vocação para o estudo e a solidariedade. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1851, ingressando na Faculdade de Medicina. Para custear seus estudos, lecionava filosofia e matemática, até concluir o curso em 1856 com a tese “Diagnóstico do Cancro”. Pouco tempo depois, foi nomeado cirurgião-tenente do Corpo de Saúde do Exército, cargo que exerceu com dedicação.

O Médico dos Pobres

Sua prática médica, no entanto, se tornou muito maior do que títulos ou cargos oficiais. Bezerra jamais negava atendimento a quem o procurava, mesmo que fosse durante uma refeição ou em meio ao descanso. Muitos relatos apontam que, além de oferecer consultas gratuitas, frequentemente comprava remédios com seus próprios recursos para entregar a famílias necessitadas. Essa entrega absoluta à causa humanitária lhe rendeu o título de “Médico dos Pobres”, transformando seu consultório em refúgio de esperança para os desvalidos da sociedade carioca do século XIX.

Atuação política e social

Bezerra de Menezes também teve forte atuação na política. Como vereador e deputado, defendeu temas relevantes para a época, como a abolição da escravatura, a educação dos libertos, a melhoria da saúde pública e medidas de assistência em períodos de seca no Nordeste. Sua atuação, tanto nos cargos públicos quanto como escritor, sempre refletiu uma preocupação sincera com os mais frágeis e esquecidos pela sociedade.

Obras literárias

No campo literário, deixou uma produção significativa. Publicou romances de fundo moral e espiritual, como “A Casa Assombrada” (1865) e “História de um Sonho” (1868), que já refletiam sua intuição para os temas ligados à espiritualidade. Também escreveu ensaios de impacto social, como “A Escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem danos para a Nação” (1869), em que se posicionava contra a escravidão, e artigos sobre os efeitos das secas no Nordeste. Mais tarde, sob o pseudônimo “Max”, publicou no jornal O Paiz uma série de textos doutrinários que difundiram os fundamentos do Espiritismo de forma clara e acessível ao público. Em todas essas obras, unia raciocínio lúcido e profundo senso moral, demonstrando sua preocupação com os destinos da humanidade.

Ética médica e espiritual

A visão de Bezerra sobre a medicina estava profundamente entrelaçada à sua fé. Para ele, o médico não era um comerciante da saúde, mas um verdadeiro servidor da vida. Sua famosa declaração — “O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição quando alguém lhe chora à porta” — traduz sua convicção de que cuidar do próximo é missão sagrada. Quando conheceu o Espiritismo, em meados da década de 1880, encontrou nele o alicerce espiritual que unia sua prática profissional à vivência cristã. Tornou-se defensor ardoroso da caridade como exercício da fé e da ciência em ação.

Líder espírita

Em 1889, assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB). Na instituição, trabalhou pela unificação do movimento, implantou estudos sistemáticos das obras de Allan Kardec e fundou serviços de assistência aos necessitados. Foi reeleito em 1895, permanecendo no cargo até o fim da vida. Sua liderança ajudou a consolidar o Espiritismo como religião organizada no Brasil, inspirando gerações de médiuns, dirigentes e trabalhadores da causa.

O legado de um apóstolo

Bezerra de Menezes faleceu em 11 de abril de 1900, no Rio de Janeiro, deixando um legado de fé, caridade e amor ao próximo. Sua vida inteira foi marcada pela coerência entre o que pregava e o que fazia, motivo pelo qual é lembrado como o “Apóstolo da Caridade”. Hoje, seu exemplo segue inspirando não apenas os espíritas, mas todos aqueles que acreditam na força transformadora da solidariedade.


O Dr. Adolfo Bezerra de Menezes continua sendo um farol moral e espiritual. Sua biografia mostra que a verdadeira grandeza não está no poder ou na riqueza, mas na capacidade de servir. Como médico, escritor, político e espírita, deixou à humanidade uma herança preciosa: o testemunho de que ciência e fé, quando guiadas pelo amor, podem caminhar juntas para transformar o mundo.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

🌿 Santo Agostinho – Um Coração Inquieto em Busca de Deus

No dia 28 de agosto, a Igreja celebra a memória de Santo Agostinho de Hipona (354–430 d.C.), uma das figuras mais influentes da história do pensamento cristão. Sua trajetória é marcada por intensas buscas filosóficas, profundas transformações espirituais e um legado teológico que atravessa os séculos. Mais do que um nome nos altares, Santo Agostinho foi um homem inquieto, sincero e sedento de Verdade — características que o tornam tão próximo de quem também busca Deus com sinceridade de alma.

🧠 Santo Agostinho como Filósofo

Agostinho foi um dos maiores pensadores da Antiguidade Tardia. Antes de sua conversão ao cristianismo, ele mergulhou em diversas correntes filosóficas, como o maniqueísmo e o neoplatonismo. Com uma mente brilhante e questionadora, escreveu obras que marcaram a história da filosofia ocidental, como Confissões e A Cidade de Deus. Foi ele quem formulou reflexões profundas sobre o tempo, a liberdade, a alma e o sentido da existência. Para Agostinho, “nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Deus” — um pensamento que ecoa até hoje como símbolo do anseio humano pelo transcendente.

Santo Agostinho e a Igreja Católica

Depois de sua conversão, Agostinho foi batizado por Santo Ambrósio e, mais tarde, tornou-se bispo de Hipona (atual Argélia). Como pastor, destacou-se por sua firmeza doutrinária e sensibilidade espiritual. Combatia heresias, defendia a fé cristã e orientava os fiéis com ternura e firmeza. Sua influência foi tamanha que recebeu o título de Doutor da Igreja, sendo considerado um dos pilares da teologia católica. Seu ensinamento sobre a graça, a misericórdia e o livre-arbítrio permanece como base sólida da espiritualidade cristã até os dias de hoje.

Santo Agostinho na Visão Espírita

A Doutrina Espírita também reserva a Santo Agostinho um lugar de destaque. No Livro dos Espíritos, ele é citado diversas vezes como um dos Espíritos Superiores que colaboraram com Allan Kardec na codificação do Espiritismo. Segundo os relatos espirituais, Agostinho teria compreendido, após a morte, que muitas de suas intuições filosóficas se afinavam com as verdades reencarnacionistas e espirituais. É dele, inclusive, o conselho presente na questão 919 da obra: “Conhece-te a ti mesmo” — resposta considerada a chave do progresso moral. Sua evolução no mundo espiritual, segundo o Espiritismo, o tornou um espírito sábio, humilde e dedicado ao bem da humanidade.

💬 Santo Agostinho em Frases

💬 Conclusão

Santo Agostinho nos ensina que ninguém nasce santo, mas todos somos chamados à transformação. Seu exemplo mostra que é possível sair das sombras da dúvida e dos excessos para a luz do amor e da sabedoria. Que neste 28 de agosto, sua memória nos inspire a cultivar um coração inquieto — não de ansiedade, mas de desejo sincero de crescer, servir e encontrar a paz verdadeira que só Deus pode dar. Como ele mesmo disse: “Ama e faze o que quiseres.”


Texto e imagem produzidos com inteligência Artificial.
Autor responsável: Jos é Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

O filho egoísta

“Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo, há tantos anos, sem jamais transgredir um mandamento teu, e nunca me deste um cabrito para alegrar-mecom os meus amigos.” – (Lucas, 15:29.)


A parábola não apresenta somente o filho pródigo.

Mais aguçada atenção e encontraremos o filho egoísta. 

O ensinamento velado do Mestre demonstra dois extremos da ingratidão filial.

Um reside no esbanjamento; o outro, na avareza. 

São as duas extremidades que fecham o círculo da incompreensão humana. 

De maneira geral, os crentes apenas enxergaram o filho que abandonou o lar paterno, a fim de viver nas estroinices do escândalo, tornando-se credor de todas as punições; e raros aprendizes conseguiram fixar o pensamento na conduta condenável do irmão que permanecia sob o teto familiar, não menos passível de repreensão. 

Observando a generosidade paterna, os sentimentos inferiores  que o animam sobem à tona e ei-lo na demonstração de sovinice. 

Contraria-o a vibração de amor reinante no ambiente doméstico; alega, como autêntico preguiçoso, os anos de serviço em família; invoca, na posição de crente vaidoso, a suposta observância da Lei Divina e desrespeita o genitor, incapaz de partilhar-lhe o justo contentamento. 

Esse tipo de homem egoísta é muito vulgar nos quadros da vida. 

Ante o bem-estar e a alegria dos outros, revolta-se e sofre, 

através da secura que o aniquila e do ciúme que o envenena. 

Lendo a parábola com atenção, ignoramos qual dos filhos é o mais infortunado, se o pródigo, se o egoísta, mas atrevemo-nos a crer na imensa infelicidade do segundo, porque o primeiro já possuía a bênção do remorso em seu favor.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.


Áudio 


https://drive.google.com/file/d/185h9LEqBLBf6L5QYyANaUe8RjoUjRLv8/view?usp=drivesdk

terça-feira, 26 de agosto de 2025

MELINDRES




Evangelho em casa


O culto do Evangelho em casa — pelo menos uma vez por semana — ser-vos-á uma fonte de alegrias e bênçãos.

Renovemos o contato com os ensinamentos de Jesus, tanto quanto nos seja possível, e não somente o lar que nos acolhe se transformará em celeiro de compreensão e solidariedade, mas também a própria vida se nos fará luminoso caminho de ascensão à felicidade real.

Espírito: Batuíra.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Mais Luz (1ª Edição - 1970)

Madre Teresa de Calcutá: um coração entregue ao próximo

Madre Teresa de Calcutá nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skopje (atual Macedônia), com o nome de Anjezë Gonxhe Bojaxhiu. Desde jovem demonstrava uma profunda vocação religiosa e um desejo ardente de servir aos mais pobres. Aos 18 anos, ingressou nas Irmãs de Nossa Senhora do Loreto e partiu para a Irlanda e, depois, para a Índia, onde passou praticamente toda a sua vida.

Foi em Calcutá que seu chamado mais intenso floresceu: diante da miséria extrema das ruas, decidiu dedicar-se inteiramente aos “mais pobres entre os pobres”. Em 1950 fundou a Congregação das Missionárias da Caridade, que cresceu para milhares de membros atuando em diversos países. Sua missão era simples e profunda: ver no sofredor a face de Cristo e amá-lo com todo o coração.


O bem realizado

As casas fundadas por Madre Teresa acolhiam doentes terminais, crianças abandonadas, leprosos e pessoas rejeitadas pela sociedade. Ela não oferecia apenas cuidados físicos, mas sobretudo dignidade, carinho e o senso de que cada vida tem valor inestimável.

O testemunho de sua vida tornou-se uma luz para o mundo: ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1979 e, mesmo sob grande reconhecimento internacional, manteve-se humilde e fiel à simplicidade. Costumava dizer: “Não podemos fazer grandes coisas, mas podemos fazer pequenas coisas com grande amor.”

Um exemplo universal

Madre Teresa faleceu em 1997, deixando uma obra que ultrapassa fronteiras religiosas. Foi canonizada pela Igreja Católica em 2016, reconhecida como Santa Teresa de Calcutá.

No entanto, sua mensagem toca também os corações de outras tradições espirituais. Para os espíritas, Madre Teresa representa o exemplo vivo da caridade em ação — aquela que Allan Kardec apresenta em O Evangelho segundo o Espiritismo como “benevolência para com todos, indulgência para com as imperfeições dos outros, e perdão das ofensas”.

Ao enxergar no sofredor um irmão, ela viveu o princípio fundamental da Doutrina Espírita: fora da caridade não há salvação. Seu legado inspira a todos nós a transformarmos fé em obras, amor em atitude, compaixão em vida.


👉 Leia, compartilhe e reflita: a verdadeira grandeza não está no poder ou na fama, mas em servir ao próximo com amor.

Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

CENSO 2022: O ESPIRITISMO VAI ACABAR?


Contra a insensatez

“Sois vós tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, acabeis agora pela carne?” (Gálatas, 3:3)


Um dos maiores desastres no caminho dos discípulos é a falsa compreensão com que iniciam o esforço na região superior, marchando em sentido inverso para os círculos da inferioridade. 

Dão, assim, a ideia de homens que partissem à procura de ouro, contentando-se, em seguida, com a lama do charco.

Semelhantes fracassos se fazem comuns, nos vários setores do pensamento religioso.

Observamos enfermos que se dirigem à espiritualidade elevada, alimentando nobres impulsos e tomados de preciosas intenções; conseguida a cura, porém, refletem na melhor maneira de aplicarem as vantagens obtidas na aquisição do dinheiro fácil.

Alguns, depois de auxiliados por amigos das esferas sublimadas, em transcendentes questões da vida eterna, pretendem atribuir a esses mesmos benfeitores a função de policiais humanos, na pesquisa de objetivos menos dignos.

Numerosos aprendizes persistem nos trabalhos do bem; contudo, eis que aparecem horas menos favoráveis e se entregam, inertes, ao desalento, reclamando prêmio aos minguados anos terrestres em que tentaram servir na lavoura do Mestre Divino e plenamente despreocupados dos períodos multimilenários em que temos sido servidos pelo Senhor.

Tais anomalias espirituais que perturbam consideravelmente o esforço dos discípulos procedem dos filtros venenosos compostos pelos pruridos de recompensa.

Trabalhemos, pois, contra a expectativa de retribuição, a fim de que prossigamos na tarefa começada, em companhia da humildade, portadora de luz imperecível.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

Deus e os Elementos Essenciais à Vida

A ciência nos mostra que quatro elementos químicos são fundamentais para a constituição da vida: Carbono (C), Hidrogênio (H), Nitrogênio (N) e Oxigênio (O). Juntos, eles formam a base de todas as moléculas orgânicas, como proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos. Sem eles, a vida tal como conhecemos seria impossível.

Mas, para além da explicação científica, a Doutrina Espírita nos convida a refletir: quem estabeleceu as leis que regem a matéria? Quem ordenou o universo de modo que os elementos se combinem de forma tão harmônica? A resposta está logo no início de O Livro dos Espíritos:

“Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas.” (LE, questão 1)

Ciência e Espiritismo: duas linguagens complementares

Os químicos identificam o papel fundamental de CHNO na biologia. O Espiritismo reconhece esse fato, mas amplia o olhar: a matéria não existe por si mesma, nem se organiza ao acaso. Kardec afirma que o universo se apoia em dois princípios gerais: o material e o espiritual (LE, q. 27-28).

Além disso, encontramos no conceito de Fluido Cósmico Universal (A Gênese, cap. VI, item 11) a origem de todas as formas materiais. É dessa substância primitiva que derivam os elementos químicos, sob o comando da vontade divina. Assim, cada átomo de carbono, cada molécula de oxigênio, cada célula viva, carrega em si a marca da inteligência superior que tudo governa.

Vida orgânica e vida espiritual

Se os elementos químicos explicam o corpo, apenas o espírito explica a vida. Kardec dedica várias questões de O Livro dos Espíritos (60 a 68) para mostrar que:

  • As leis da natureza são expressão da Lei de Deus.

  • A vida orgânica resulta da combinação da matéria, mas não se confunde com a vida espiritual.

  • O princípio vital é uma força distinta que anima a matéria, mas que se extingue quando o espírito a abandona.

Portanto, os elementos CHNO são apenas instrumentos materiais. A finalidade da vida não está neles, mas na alma imortal que os utiliza temporariamente para sua jornada evolutiva.

Conclusão: o sopro divino

Quando olhamos para o milagre da vida, percebemos que a ciência aponta o como, mas a espiritualidade revela o porquê. Carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio são peças fundamentais de uma engrenagem maior. O motor divino que lhes dá sentido é Deus, a causa primária, o Pai que sustenta o universo com sabedoria e amor.

Como ensina Emmanuel:

“Acima de todas as expressões da vida, palpita o Espírito Divino, em sua eterna manifestação de sabedoria e de luz.” (A Caminho da Luz, cap. 1)

Assim, cada respiração, cada célula, cada batida do coração é um hino silencioso que nos convida a reconhecer: Deus é o princípio e o fim da vida.


Referências

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. FEB. Questões 1, 27-28, 60-68.

  • KARDEC, Allan. A Gênese. FEB. Capítulo VI – Uranografia geral.

  • XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito Emmanuel). A Caminho da Luz. FEB, cap. 1.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Ante o Sublime

 
Existem expressões no Evangelho que, à maneira de flores a se salientarem num ramo divino, devem ser retiradas do conjunto para que nos deslumbremos ante o seu brilho e perfume peculiares.
A voz celeste, que se dirige a Simão Pedro, nos Atos, abrange horizontes muito mais vastos que o problema individual do apóstolo.
O homem comum está rodeado de glórias na Terra, entretanto, considera-se num campo de vulgaridades, incapaz de valorizar as riquezas que o cercam.
Cego diante do espetáculo soberbo da vida que lhe emoldura o desenvolvimento, tripudia sobre as preciosidades do mundo, sem meditar no paciente esforço dos séculos que a Sabedoria Infinita utilizou no aperfeiçoamento e na seleção dos valores que o rodeiam.
Quantos milênios terá exigido a formação da rocha?
Quantos ingredientes se harmonizam na elaboração de um simples raio de sol?
Quantos óbices foram vencidos para que a flor se materializasse?
Quanto esforço custou a domesticação das árvores e dos animais?
Quantos séculos terá empregado a Paciência do Céu na estruturação complexa da máquina orgânica em que o Espírito encarnado se manifesta?
A razão é luz gradativa, diante do sublime.
Não te esqueças, meu irmão, de que o Senhor te situou a experiência terrestre num verdadeiro paraíso, onde a semente minúscula retribui na média do infinito por um e onde águas e flores, solo e atmosfera te convidam a produzir, em favor da multiplicação dos Tesouros eternos.
Cada dia, louva o Senhor que te agraciou com as oportunidades valiosas e com os dons divinos.
Pensa, estuda, trabalha e serve.
Não suponhas comum o que Deus purificou e engrandeceu.
NOSSA REFLEXÃO
Tudo na Terra tem um fim útil, pois é criatura de Deus. Os mais insignificantes vermes têm seu lugar na harmonia da natureza. Inclusive nós. Quantos séculos para atingir a perfeição que hoje nos apresenta na forma de frutos, vegetações as mais diversas possíveis. Nada foi feito de um dia para a noite. A Gênese se deu em eras que passaram uma após a outra, conforme consta em A Gênese (Allan Kardec)
Devemos agradecer toda a criação e sermos cuidadosos com ela, para que possamos usufruir de toda a sua peculiaridade.
Hoje em dia há movimentos ativistas e científicos apontando para o fim dos recursos naturais que mantém a própria natureza, incluindo nossos corpos, instrumentos de nossa evolução espiritual.
A natureza nos dá as mais diversas respostas ao desprezo do que nos é sagrado, que conforme Emmanuel assinala, foi “[...] o que Deus purificou e engrandeceu”.
Que sejamos conscientes e ambientalistas, na medida de nosso conhecimento.
Que Deus nos ajude.

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Ninguém se retira

“Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? tu tens as palavras da vida eterna.” – (Jo: 6, 68)


A medida que o Mestre revelava novas características de sua doutrina de amor, os seguidores, então numerosos, penetravam mais vastos círculos no domínio da responsabilidade.

Muitos deles, em razão disso, receosos do dever que lhes caberia, afastaram-se, discretos, do cenáculo acolhedor de Cafarnaum. 

O Cristo, entretanto, consciente das obrigações de ordem divina, longe de violar os princípios da liberdade, reuniu a pequena assembleia que restava e interrogou aos discípulos:

– Também vós quereis retirar-vos?

Foi nessa circunstância que Pedro emitiu a resposta sábia, para sempre gravada no edifício cristão.

Realmente, quem começa o serviço de espiritualidade superior com Jesus jamais sentirá emoções idênticas, a distância dEle. 

A sublime experiência, por vezes, pode ser interrompida, mas nunca aniquilada.

Compelido em várias ocasiões por impositivos da zona física, o companheiro do Evangelho sofrerá acidentes espirituais submetendo-se a ligeiro estacionamento, contudo, não perderá definitivamente o caminho.

Quem comunga efetivamente no banquete da revelação cristã, em tempo algum olvidará o Mestre amoroso que lhe endereçou o convite.

Por este motivo, Simão Pedro perguntou com muita propriedade:

- Senhor, para quem iremos nós?

É que o mundo permanece repleto de filósofos, cientistas e reformadores de toda espécie, sem dúvida respeitáveis pelas concepções humanas avançadas de que se fazem pregoeiros; na maioria das situações, todavia, não passam de meros expositores de palavras transitórias, com reflexos em experiências efêmeras.

Cristo, porém, é o Salvador das almas e o Mestre dos corações e, com Ele, encontramos os roteiros da vida eterna.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

Matéria, Fluido e Espírito: Uma Explicação à Luz de Kardec

Quando estudamos a Doutrina Espírita, encontramos uma base sólida em Allan Kardec sobre a constituição da Criação e o papel de Deus na origem de todas as coisas. Para compreender melhor essa visão, é importante distinguir três elementos fundamentais: Matéria, Fluido Espiritual e Espírito, unidos pelo Perispírito.

Deus, o Criador

Kardec nos ensina que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas (O Livro dos Espíritos, questão 1). Ele cria tanto a matéria visível, que compõe os mundos e os corpos, quanto os fluidos espirituais, que são uma forma mais sutil de matéria — invisível aos olhos humanos, mas essencial na dinâmica do universo.

A Matéria

É o elemento que forma os corpos físicos: planetas, objetos, corpos orgânicos. Tudo o que podemos tocar ou perceber com os sentidos materiais está no campo da matéria.


Os Fluidos Espirituais

Kardec explica que o Fluido Cósmico Universal (FCU) é o “elemento primitivo” do qual derivam todas as formas da matéria. Em sua essência mais sutil, ele se apresenta como fluidos espirituais, invisíveis, que servem de meio de ação para os Espíritos.

Podemos compreender melhor com uma analogia: assim como o ar invisível pode ser colocado em movimento e produzir o som de uma flauta, também os fluidos espirituais são movimentados pela vontade do Espírito, gerando efeitos que percebemos no mundo material.

O Espírito

O Espírito é o ser inteligente da Criação. É nele que reside a consciência, a vontade e o livre-arbítrio. É criado simples e ignorante, destinado a evoluir através das experiências sucessivas, até alcançar a perfeição.


O Perispírito

Entre o Espírito e o corpo físico, há um laço indispensável: o perispírito. Kardec o define como o “envoltório semi-material” do Espírito (O Livro dos Espíritos, questão 93).
Ele cumpre funções essenciais:
  • Ligar o Espírito ao corpo, permitindo a encarnação.
  • Transmitir sensações e comandos, como o sopro e a coordenação.
  • Interagir com os fluidos espirituais, atuando como intermediário entre os dois planos da vida.

Uma Harmonia Universal

Assim, vemos que o esquema é harmonioso:

Deus cria a matéria e os fluidos espirituais.

O Espírito, ser inteligente, utiliza o perispírito para se manifestar na matéria.

E os fluidos espirituais, moldados pela vontade do Espírito, explicam fenômenos como as curas, as comunicações e até as manifestações mediúnicas.

Tudo isso está em perfeita consonância com a lei divina, mostrando que nada existe sem razão e que o universo inteiro é regido por uma ordem profunda.

Conclusão

Estudar esses conceitos à luz de Kardec nos ajuda a compreender melhor a nossa posição na Criação. Somos Espíritos em jornada, utilizando a matéria e o perispírito como instrumentos temporários, mas sempre guiados por Deus, a inteligência suprema.

Essa visão nos convida à responsabilidade: usar bem o corpo, disciplinar a vontade e harmonizar nossos pensamentos e sentimentos para que, assim como o flautista extrai a melodia do sopro invisível, também nós possamos extrair do fluido cósmico obras de amor, luz e progresso.

👉 E você, já tinha refletido sobre como Espírito, perispírito e matéria se conectam na sua vida?
Deixe seu comentário e compartilhe essa reflexão para que mais pessoas possam compreender os ensinamentos de Kardec.

📖 Referências

  • KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 1ª ed., 1857.
  • KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 1ª ed., 1861.
  • KARDEC, Allan. A Gênese. 1ª ed., 1868.
  • XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito Emmanuel). O Consolador. FEB, 1940.
  • XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito Emmanuel). A Caminho da Luz. FEB, 1939.
  • XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito André Luiz). Nosso Lar. FEB, 1944.
  • XAVIER, Francisco Cândido (pelo Espírito André Luiz). Evolução em Dois Mundos. FEB, 1958.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveirav.
Colaboração: Alessandra Frederico (@umtoquedefe)

 

Crer em vão

“Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado, se não é que crestes em vão.” (I Cor.: 15, 2)

Qual acontece a muitas flores que não atingirão a frutescência na estação adequada, existem inúmeras almas, nos serviços da crença, que não alcançam em longos períodos de luta terrestre a iluminação de si mesmas, por haverem crido em vão nos trilhos da vida. 

Paulo de Tarso foi muito explícito quando asseverou aos coríntios que eles seriam salvos se retivessem o Evangelho.

A revelação de Jesus é campo extenso onde há lugar para todos os homens, em nos referindo aos serviços diversos.

Muitos chegam à obra, todavia, não passam além da letra, cooperando nas organizações puramente intelectuais;  uns improvisam sistemas teológicos, outros contribuem na  estatística e outros ainda se preocupam com a localização histórica do Senhor. 

É imperioso reconhecer que toda tarefa digna se reveste de utilidade a seu tempo, de conformidade com os sentimentos do colaborador; contudo, no que condiz com a vida eterna que o Cristianismo nos desdobra ao olhar, é imprescindível retermos em nós o ensinamento do Mestre, com vistas à necessária aplicação.

Cada aprendiz há de ser uma página viva do livro que Jesus está escrevendo com o material evolutivo da Terra.

 O discípulo gravará o Evangelho na própria existência ou então se preparará ao recomeço do aprendizado, porquanto, sem fixar em si mesmo a luz da lição, debalde terá crido.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.


segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Não é só

“Mas agora despojai-vos também de todas estas coisas: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes de vossa boca.”  (Colossenses, 3:8.)


Na atividade religiosa, muita gente crê na reforma da personalidade, desde que o discípulo da fé se desligue de certos bens materiais.

Um homem que distribua grande quantidade de rouparia e alimento entre os necessitados é tido à conta de renovado no Senhor; contudo, isto constitui modalidade da verdadeira transformação, sem representar o conjunto das características que lhe dizem respeito.

Há criaturas que se despojam de dinheiro em favor da beneficência, mas não cedem no terreno da opinião pessoal, no esforço sublime de denunciação.

Enormes fileiras de aprendizes proclamam-se dispostas à prática do bem; no entanto, exigem que os serviços de benemerência se executem conforme os seus caprichos e não segundo Jesus. 

Em toda parte, ouvem-se fervorosas promessas de fidelidade ao Cristo; todavia, ninguém conseguirá semelhante realização sem observar o conjunto das obrigações necessárias.

Pequeno erro de cálculo pode trair o equilíbrio de um edifício inteiro.

Eis por que em se despojando alguém de algum patrimônio material, a benefício dos outros, não se esqueça também de desintegrar, em derredor dos próprios passos, os velhos envoltórios do rancor, do capricho doentio,do julgamento apressado ou da leviandade criminosa, dentro dos quais afivelamos pesada máscara ao rosto, de modo a parecer o que não somos.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Revides

“Na verdade é já realmente uma falta entre vós terdes demandas uns contra os outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? por que não sofreis, antes, o dano?”  (I Cor: 6, 7) 


Nem sempre as demandas permanecem nos tribunais judiciários, no terreno escandaloso dos processos públicos.

Expressam-se em muito maior escala no centro dos lares e das instituições.

Aí se movimentam, através do desregramento mental e da conversação em surdina, no lodo invisível do ódio que asfixia corações e anula energias.

Se vivem, contudo, é porque componentes da família ou da associação as alimentam com o óleo da animosidade recalcada.

Aprendizes inúmeros se tornam vítimas de semelhantes perturbações, por se acastelarem nos falsos princípios regenerativos.

De modo geral, grande parte prefere a atitude agressiva, de espada às mãos, esgrimindo com calor na ilusória suposição de operar o conserto do próximo.

Prontos a protestar, a acusar e criticar nos grandes ruídos, costumam esclarecer que servem à verdade.

Por que motivo, porém, não exemplificam a própria fé, suportando a injustiça e o dano heroicamente, no silêncio da alma fiel, antes da opção por qualquer revide?

Quantos lares seriam felizes, quantas instituições se converteriam em mananciais permanentes de luz se os crentes do Evangelho aprendessem a calar para falar, a seu tempo, com proveito?

Não nos referimos aqui aos homens vulgares e, sim, aos discípulos de Jesus.

Quanto lucrará o mundo, quando o seguidor do Cristo se sentir venturoso em ser mero instrumento do bem nas Divinas Mãos, esquecendo o velho propósito de ser orientador arbitrário do Serviço Celeste? 

Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.

Áudio

12.08.2025 | EVANGELHO NO LAR VIRTUAL - O Evangelho Segundo o Espiritism.o

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Saibamos lembrar

“Lembrai-vos das minhas prisões.” (Colossenses: 4, 18) 


Nas infantilidades e irreflexões costumeiras, os crentes recordam apenas a luminosa auréola dos espíritos santificados na Terra.

Supõem muitos encontrá-los, facilmente, além do túmulo, a fim de receber-lhes preciosas lembranças.

Não aguardam senão o céu, através de repouso brilhante na imensidade cósmica...

Quantos se lembrarão de Paulo tão-somente na glorificação?

Entretanto, nesta observação aos colossenses, o grande apóstolo exorta os amigos a lhe rememorarem as prisões, como a dizer que os discípulos não devem cristalizar o pensamento na antevisão de facilidades celestes e, sim, refletir, seriamente, no trabalho justo pela posse do reino divino.

A conquista da espiritualidade sublimada tem igualmente os seus caminhos.

É indispensável percorrê-los.

Antes de fixarmos a coroa resplandecente dos apóstolos fiéis, meditemos nos espinhos que lhes feriram a fronte.

Paulo conseguiu atingir as culminâncias, entretanto, quantos golpes de açoite, pedradas e ironias suportou, adaptando-se aos ensinamentos do Cristo, em escalando a montanha!...

– Não mires, apenas, a superioridade manifesta daqueles a quem consagras admiração e respeito.

Não te esqueças de imitá-los afeiçoando-te aos serviços sacrificiais a que se devotaram para alcançar os divinos fins.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.
Áudio 

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Conflito

“Acho então esta lei em mim: quando quero fazer o bem, o mal está comigo.” – Paulo. (Romanos: 7, 21) 


Os discípulos sinceros do Evangelho, à maneira de Paulo de Tarso, encontram grande conflito na própria natureza. 

Quase sempre são defrontados por enormes dificuldades nos testemunhos.

No instante justo, quando lhes cabe revelar a presença do Divino Companheiro no coração, eis que uma palavra, uma atitude ligeira os traem, diante da própria consciência, indicando-lhes a continuidade das antigas fraquezas.

A maioria experimenta sensações de vergonha e dor.

Alguns atribuem as quedas à influenciação de espíritos maléficos e, geralmente, procuram o inimigo no plano exterior, quando deveriam sanar em si mesmos a causa indesejável de sintonia com o mal.

É indubitável que ainda nos achamos em região muito distante daquela em que possamos viver isentos de vibrações adversas, todavia, é necessário verificar a observação de Paulo, em nós próprios.

Enquanto o homem se mantém no gelo da indiferença ou na inquietação da teimosia, não é chamado à análise pura; entretanto, tão logo desperta para a renovação, converte-se o campo íntimo em zona de batalha.

Contra a aspiração bruxuleante do bem, no dia que passa, levanta-se a pesada bagagem de sombras acumuladas em nossas almas desde os séculos transcorridos.

Indispensável, portanto, grande serenidade e resistência de nossa parte, a fim de que o progresso alcançado não se perca.

O Senhor concede-nos a claridade de Hoje para esquecermos as trevas de Ontem, preparando-nos para o Amanhã, no rumo da luz imperecível.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso,
Áudio 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Renovação necessária

“Não extingais o Espírito.”  (1 Ts: 5:19.) 


Quando o apóstolo dos gentios escreveu esta exortação, não desejava dizer que o Espírito pode ser destruído, mas procurava renovar a atitude mental de quantos vivem sufocando as tendências superiores. 

Não raro, observamos criaturas que agem contra a própria consciência, a fim de não se categorizarem entre os espirituais.

Entretanto, as entidades encarnadas permanecem dentro de laborioso aprendizado, para se erguerem do mundo na qualidade de espíritos gloriosos.

Esta é a maior finalidade da escola humana.

Os homens, contudo, demoram-se largamente a distância da grande verdade. Habitualmente, preferem o convencionalismo a rigor e, somente a custo, abrem o entendimento às realidades da alma.

Os costumes, efetivamente, são elementos poderosos e determinantes na evolução, todavia, apenas quando inspirados por princípios de ordem superior.

É necessário, portanto, não asfixiarmos os germens da vida edificante que nascem, todos os dias, no coração, ao influxo do Pai Misericordioso.

Irmãos nossos existem que regressam da Terra pela mesma porta da ignorância e da indiferença pela qual entraram.

Eis por que, no balanço das atividades de cada dia, os discípulos deverão interrogar a si mesmos: 

– “Que fiz hoje? Acentuei os traços da criatura inferior que fui até ontem ou desenvolvi as qualidades elevadas do espírito que desejo reter amanhã?”


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio



segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Caminhos

"Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela." — Jesus. (Mateus, 7:13)

A advertência do Senhor é bastante expressiva.

A maioria dos homens prefere o caminho largo da facilidade.

Muitos companheiros, na Terra, reclamam contra os padrões da fé, alegando que Jesus não desejaria ver os filhos do mundo sob o guante de qualquer sofrimento.

E muitos crentes imaginam que aceitar o Evangelho será recolher bênçãos imediatas de conforto material.

Entretanto, o Senhor foi claro.

A porta da redenção é estreita.

O caminho para a libertação é apertado.

Isso equivale a dizer que o aprendizado do homem, em sua ascensão divina, é feito de esforço e disciplina.

Toda libertação real exige esforço profundo de iluminação interior.

Ninguém se livra da prisão das sombras para a liberdade da luz sem suor e lágrimas.

Não te deixes, pois, enganar.

A senda que conduz ao resgate das dívidas passadas e à aquisição dos tesouros eternos é cheia de desafios educativos.

Não se trata de punição ou castigo, mas de reerguimento necessário.

Entra pela porta estreita do dever e não te percas na larga estrada da indisciplina.

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

O mundo e a crença

“O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos.” – (Mc: 15, 32.)


Por isso que são muito raros os homens habilitados à verdadeira compreensão da crença pura em seus valores essenciais, encontramos os que injuriaram o Cristo para confirmá-lo.

A mentalidade milagreira sempre nadou na superfície dos sentidos, sem atingir a zona do espírito eterno, e, se não alcança os fins menos dignos aos quais se dirige, descamba para os desafios mordazes.

E, no caso do Mestre, as observações não partem somente do populacho.

Assevera Marcos que os principais dos sacerdotes com os escribas partilhavam dos movimentos insultuosos, como a dizer que intelectualismo não traduz elevação espiritual.

Os manifestantes conservavam-se surdos para a Boa Nova do Reino, cegos para a contemplação dos benefícios recebidos, insensíveis ao toque do amor que Jesus endereçara aos corações.

Pretendiam apenas um espetáculo.

Descesse o Cristo da Cruz, num passe de mágica, e todos os problemas de crença inferior estariam resolvidos.

O divino interpelado, contudo, não lhes deu outra resposta, além do silêncio, dando-lhes a entender a magnitude de seu gesto inacessível ao propósito infantil dos inquiridores.

Se és discípulo sincero do Evangelho, não te esqueças de que, ainda hoje, a situação não é muito diversa.

Trabalha, ponderadamente, no serviço da fé.

Une-te ao Senhor, dá quanto puderes em nome dEle e prossegue servindo na extensão do bem, convicto de que o vasto mundo inferior apenas te pedirá maliciosamente distrações e sinais.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.