segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Ante o Sublime

 
Existem expressões no Evangelho que, à maneira de flores a se salientarem num ramo divino, devem ser retiradas do conjunto para que nos deslumbremos ante o seu brilho e perfume peculiares.
A voz celeste, que se dirige a Simão Pedro, nos Atos, abrange horizontes muito mais vastos que o problema individual do apóstolo.
O homem comum está rodeado de glórias na Terra, entretanto, considera-se num campo de vulgaridades, incapaz de valorizar as riquezas que o cercam.
Cego diante do espetáculo soberbo da vida que lhe emoldura o desenvolvimento, tripudia sobre as preciosidades do mundo, sem meditar no paciente esforço dos séculos que a Sabedoria Infinita utilizou no aperfeiçoamento e na seleção dos valores que o rodeiam.
Quantos milênios terá exigido a formação da rocha?
Quantos ingredientes se harmonizam na elaboração de um simples raio de sol?
Quantos óbices foram vencidos para que a flor se materializasse?
Quanto esforço custou a domesticação das árvores e dos animais?
Quantos séculos terá empregado a Paciência do Céu na estruturação complexa da máquina orgânica em que o Espírito encarnado se manifesta?
A razão é luz gradativa, diante do sublime.
Não te esqueças, meu irmão, de que o Senhor te situou a experiência terrestre num verdadeiro paraíso, onde a semente minúscula retribui na média do infinito por um e onde águas e flores, solo e atmosfera te convidam a produzir, em favor da multiplicação dos Tesouros eternos.
Cada dia, louva o Senhor que te agraciou com as oportunidades valiosas e com os dons divinos.
Pensa, estuda, trabalha e serve.
Não suponhas comum o que Deus purificou e engrandeceu.
NOSSA REFLEXÃO
Tudo na Terra tem um fim útil, pois é criatura de Deus. Os mais insignificantes vermes têm seu lugar na harmonia da natureza. Inclusive nós. Quantos séculos para atingir a perfeição que hoje nos apresenta na forma de frutos, vegetações as mais diversas possíveis. Nada foi feito de um dia para a noite. A Gênese se deu em eras que passaram uma após a outra, conforme consta em A Gênese (Allan Kardec)
Devemos agradecer toda a criação e sermos cuidadosos com ela, para que possamos usufruir de toda a sua peculiaridade.
Hoje em dia há movimentos ativistas e científicos apontando para o fim dos recursos naturais que mantém a própria natureza, incluindo nossos corpos, instrumentos de nossa evolução espiritual.
A natureza nos dá as mais diversas respostas ao desprezo do que nos é sagrado, que conforme Emmanuel assinala, foi “[...] o que Deus purificou e engrandeceu”.
Que sejamos conscientes e ambientalistas, na medida de nosso conhecimento.
Que Deus nos ajude.

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