quinta-feira, 28 de agosto de 2025

O filho egoísta

“Mas, respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo, há tantos anos, sem jamais transgredir um mandamento teu, e nunca me deste um cabrito para alegrar-mecom os meus amigos.” – (Lucas, 15:29.)


A parábola não apresenta somente o filho pródigo.

Mais aguçada atenção e encontraremos o filho egoísta. 

O ensinamento velado do Mestre demonstra dois extremos da ingratidão filial.

Um reside no esbanjamento; o outro, na avareza. 

São as duas extremidades que fecham o círculo da incompreensão humana. 

De maneira geral, os crentes apenas enxergaram o filho que abandonou o lar paterno, a fim de viver nas estroinices do escândalo, tornando-se credor de todas as punições; e raros aprendizes conseguiram fixar o pensamento na conduta condenável do irmão que permanecia sob o teto familiar, não menos passível de repreensão. 

Observando a generosidade paterna, os sentimentos inferiores  que o animam sobem à tona e ei-lo na demonstração de sovinice. 

Contraria-o a vibração de amor reinante no ambiente doméstico; alega, como autêntico preguiçoso, os anos de serviço em família; invoca, na posição de crente vaidoso, a suposta observância da Lei Divina e desrespeita o genitor, incapaz de partilhar-lhe o justo contentamento. 

Esse tipo de homem egoísta é muito vulgar nos quadros da vida. 

Ante o bem-estar e a alegria dos outros, revolta-se e sofre, 

através da secura que o aniquila e do ciúme que o envenena. 

Lendo a parábola com atenção, ignoramos qual dos filhos é o mais infortunado, se o pródigo, se o egoísta, mas atrevemo-nos a crer na imensa infelicidade do segundo, porque o primeiro já possuía a bênção do remorso em seu favor.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.


Áudio 


https://drive.google.com/file/d/185h9LEqBLBf6L5QYyANaUe8RjoUjRLv8/view?usp=drivesdk

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