"E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho" (Mc: 14, 23)
Até Jesus experimentou necessidade de conversa mais íntima com Deus.
O que fazemos sem ninguém a nos observar é o que, realmente, nos caracteriza a personalidade.
Sobre o palco, o ator sempre se confunde com o personagem que representa - no camarim, longe
da plateia, ele tira a maquiagem e se mostra sem subterfúgios.
Analisemos o teor dos nossos pensamentos, quando estamos a sós, e busquemos conhecer a
natureza das nossas mais veladas intenções.
O homem, para que possa acreditar em si e inspirar credibilidade aos outros, precisa ser sincero consigo.
A desonestidade também adoece o espírito.
Com as suas atitudes contraditórias, muitos, representando em público o que não são na intimidade,
perdem totalmente a fé em si e terminam por ensandecer.
Como são vazias as palavras pronunciadas apenas com a boca, sem que nelas o coração tome parte!
A atitude de Jesus orando sozinho deve ser referencial de honestidade religiosa para os adeptos de
todas as crenças.
Infelizmente, ainda soam atuais as palavras do Mestre repreendendo os escribas e fariseus:
"...hipócritas ! porque devorais as casas das viúvas e, para justificá-lo, fazeis longas orações..."
Se, em nós, a fé em Deus se transformou em conveniência ou num jogo de interesses inferiores, cavamos, sem perceber, profundo abismo do qual haja tempo, e pranto, para dele nos resgatarmos.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)
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