terça-feira, 28 de agosto de 2012

ORAR SOZINHO


"E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho" (Mc: 14, 23)

Até Jesus experimentou necessidade de conversa mais íntima com Deus.

O que fazemos sem ninguém a nos observar é o que, realmente, nos caracteriza a personalidade.

Sobre o palco, o ator sempre se confunde com o personagem que representa - no camarim, longe
da plateia, ele tira a maquiagem e se mostra sem subterfúgios.

Analisemos o teor dos nossos pensamentos, quando estamos a sós, e busquemos conhecer  a
natureza das nossas mais veladas intenções.

O homem, para que possa acreditar em si e inspirar credibilidade aos outros, precisa ser sincero consigo.

A desonestidade também adoece o espírito.

Com as suas atitudes contraditórias, muitos, representando em público o que não são na intimidade,
perdem totalmente a fé em si e terminam por ensandecer.

Como são vazias as palavras pronunciadas apenas com a boca, sem que nelas o coração tome parte!

A atitude de Jesus orando sozinho deve ser referencial de honestidade religiosa para os adeptos  de
todas as crenças.

Infelizmente, ainda soam atuais as palavras do Mestre repreendendo os escribas e fariseus:

"...hipócritas ! porque devorais as casas das viúvas e, para justificá-lo, fazeis longas orações..."

Se, em nós, a fé em Deus se transformou em conveniência ou num jogo de interesses inferiores, cavamos, sem perceber, profundo abismo do qual haja tempo, e pranto, para dele nos resgatarmos.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

Nenhum comentário:

Postar um comentário