quinta-feira, 24 de julho de 2014

Glorifiquemos


“Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre.” – Paulo. (Fil: 4, 20.)


Quando o vaso se retirou da cerâmica, dizia sem palavras:
– Bendito seja o fogo que me proporcionou a solidez.
Quando o arado se ausentou da forja, afirmava em silêncio:
– Bendito seja o malho que me deu forma.
Quando a madeira aprimorada passou a brilhar no palácio, exclamava, sem voz:
– Bendita seja a lâmina que me cortou cruelmente, preparando-me a beleza.
Quando a seda luziu, formosa, no templo, asseverava no ín-timo:
– Bendita seja a feia lagarta que me deu vida.
Quando a flor se entreabriu, veludosa e sublime, agradeceu, apressada:
– Bendita a terra escura que me encheu de perfume.
Quando o enfermo recuperou a saúde, gritou, feliz:
– Bendita seja a dor que me trouxe a lição do equilíbrio.
Tudo é belo, tudo é grande, tudo é santo na casa de Deus.
Agradeçamos a tempestade que renova, a luta que aperfeiçoa, o sofrimento que ilumina.
A alvorada é maravilha do céu que vem após a noite na Terra.
Que em todas as nossas dificuldades e sombras seja nosso Pai glorificado para sempre.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário