quarta-feira, 30 de julho de 2014

Quando há luz


"O amor do Cristo nos constrange". - Paulo. (2 Coríntios, 5:14).

Quando  Jesus  encontra  santuário  no  coração  de  um  homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente. 
Não há mais  lugar dentro dele para a adoração  improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante. 
Algo de indefinível na terrestre linguagem transtornalhe o espírito. 
Categorizao  a massa  comum  por  desajustado,  entretanto,  o  aprendiz  do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser. 
Renova .se lhe toda a conceituação da existência. 
O que ontem era prazer, hoje é  ídolo quebrado o que  representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono. 
Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar. 
A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o a servir sem descanso. 
Converte  .se lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias. 
A  própria  vida  física  afigura-se-lhe  um  madeiro,  em  que  o Mestre  se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado. 
O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral. 
Insatisfeito,  embora  resignado;  firme  na  fé,  não  obstante  angustiado; 
servindo  a  todos,  mas  sozinho  em  si mesmo,  segue,  estrada  afora,  impelido  por 
ocultos e indescritíveis aguilhões... 
Esse  é  o  tipo  de  aprendiz  que  o  amor  do  Cristo  constrange,  na  feliz expressão de Paulo. Vergasta-o a  luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo. 
Para o mundo, será inadaptado e louco. 
Para Jesus, é o vaso das bênçãos. 
A flor é uma linda promessa, onde se encontre. 
O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje. 
Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bemaventurados sejam os seguidores  do  Cristo  que suam  e  padecem,  dia  a  dia,  para  que  seus  irmãos  se reconfortem e se alimentem no Senhor!

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

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