segunda-feira, 14 de abril de 2025

A marcha


“Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte.” (Lucas, 13:33) 


Importa seguir sempre, em busca da edificação espiritual definitiva.

Indispensável caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em degraus de ascensão.

Traçando o seu programa, referia-se Jesus à marcha na direção de Jerusalém, onde o esperava a derradeira glorificação pelo martírio.

Podemos aplicar, porém, o ensinamento às nossas experiências incessantes no roteiro da Jerusalém de nossos testemunhos redentores. 

É imprescindível, todavia, esclarecer a característica dessa jornada para a aquisição dos bens eternos. 

Acreditam muitos que caminhar é invadir as situações de evidência no mundo, conquistando posições de destaque transitório ou trazendo as mais vastas expressões financeiras ao círculo pessoal.

Entretanto, não é isso.

Nesse particular, os chamados “homens de rotina” talvez detenham maiores probabilidades a seu favor.

A personalidade dominante, em situações efêmeras, tem a marcha inçada de perigos, de responsabilidades complexas, de ameaças atrozes.

A sensação de altura aumenta a sensação de queda.

É preciso caminhar sempre, mas a jornada compete ao Espírito eterno, no terreno das conquistas interiores.

Muitas vezes, certas criaturas que se presumem nos mais altos pontos da viagem, para a Sabedoria Divina se encontram apenas paralisadas na contemplação de fogos-fátuos.

Que ninguém se engane nas estações de falso repouso.

Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se e atender ao Cristo, diariamente.

Para fixarmos semelhante lição em nós, temos nascido na Terra, partilhando-lhe as lutas, gastando-lhe os corpos e nela tornaremos a renascer.

Espírito: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro Pão Nosso

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Saúde e Espiritualidade: Conselho de Medicina Estabelece Nova Comissão para Explorar a Conexão

O Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil deu um passo significativo ao criar a Comissão de Saúde e Espiritualidade, com o objetivo de explorar a relação entre espiritualidade e saúde. Esta decisão reflete um interesse crescente pela interação entre fé e bem-estar físico e emocional, um tema que ganha espaço tanto na comunidade médica quanto entre o público geral.

A comissão, formada por médicos e pesquisadores de diversas áreas e crenças, não focará em religião específica, mas investigará como práticas espirituais como oração e meditação podem complementar tratamentos convencionais, potencialmente beneficiando os processos de recuperação e prevenção de doenças. Estudos já indicam que tais práticas podem liberar neurotransmissores que promovem bem-estar, além de reduzir a incidência de depressão e ansiedade entre pacientes.

A espiritualidade é vista não como um substituto, mas como um complemento que pode ser integrado à orientação médica, enfatizando uma abordagem mais holística e humanizada no tratamento médico. A Comissão também planeja realizar um fórum nacional para discutir suas descobertas e promover um diálogo mais amplo sobre o papel da espiritualidade na medicina moderna.

Este movimento do CFM alinha-se com as perspectivas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reconhece a espiritualidade como um fator importante na saúde dos indivíduos, sugerindo uma mudança paradigmática em como a medicina pode abordar o cuidado ao paciente de maneira mais integrativa e respeitosa às suas crenças e práticas pessoais.


Texto e vídeo produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Antes de Servir

“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.” 
 (Mateus, 20:28.)


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados.

 A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.

Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.

 A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.

Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos.

Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.

O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir.

Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da 

moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.

Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando.

 Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.

Podes começar hoje mesmo.

Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início.

Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.


Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: Pão Nosso 

 

quarta-feira, 12 de março de 2025

Rogar

“Não se faça a minha vontade, mas a tua.” — JESUS (Lucas, 22.42)



1 É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.

2 Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.

3 Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes. 4 O que ontem era importante para nós costuma descer para as linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.

5 Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.

6 Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.

7 Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.

8 Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, frequentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.

9 Aprendamos, assim, a trabalhar, esperando pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos.

10 Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua.”

Espíriro: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna (151)


quinta-feira, 6 de março de 2025

Bases

“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” — (JOÃO, 13.8)



1 É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.

2 Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.

3 O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.

4 Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.

5 Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.

6 Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. ( † )

Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Caminho, Verdade e Vida (Capítulo 5).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Opiniões Convencionais

“A multidão respondeu: Tens demônio; quem procura matar-te?”  (Jo: 7, 20)


Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. O convencionalismo e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.

Se toleras ofensas com amor, chama-te covarde.

Se perdoas com desinteresse, considera-te tolo.

Se sofres com paciência, nega-te valor.

Se espalhas o bem com abnegação, acusa-te de louco.

Se adquires características do amor sublime e santificante, julga-te doente.

Se desestimas os gozos vulgares, classifica-te de anormal.

Se te mostras piedoso, assevera que te envelheceste e cansaste antes do tempo.

Se adotas a simplicidade por norma, ironiza-te às ocultas.

Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualifica-te de bajulador.

Se reverencias a Lei, aponta-te como medroso.

Se és prudente e digno, chama-te fanático e perturbado.

No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais, ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. 14 Em seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o reinado da compreensão.


É indispensável suportar-lhe a inconsciência para atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.


Não te irrites, nem desanimes. O próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública.


Espírito: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: Caminho, Verdade e Vida (177)

Sempre Agora

“… eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” (Segunda Epístola de Paulo aos  Coríntios, capítulo 6. versículo 2.)


Há também uma sinonímia para as estâncias da vida e oportunidades da alma.

Todas as circunstâncias significam ocasiões para o cultivo de valores do espírito, como sejam:

  • saúde — edificação;
  • moléstia — aprimoramento;
  •  juventude — preparo;
  • madureza — juízo;
  •  prosperidade — construção;
  • penúria — diligência;
  • êxito — serviço;
  • fracasso — experiência;
  • direção — exemplo;
  • subalternidade — cooperação;
  • regozijo — prudência;
  • tristeza — coragem;
  • liberdade — disciplina;
  • compromisso — fidelidade;
  • casamento — aprendizado;
  • celibato — abnegação;
  • trabalho — dever;
  • repouso — proveito.

As mais diversas situações do cotidiano expressam a vinda de momento adequado para que venhamos a realizar o melhor.

Não te ponhas, assim, a aguardar o futuro para atender à procura da verdade e à lavoura do bem.

O apóstolo Paulo, profundo conhecedor das necessidades humanas, indica acertadamente o tempo da elevação espiritual como sendo sempre agora.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Palavras de Vida Eterna (Lição 150).

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Não basta ver

“E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” -(Lucas, 18:43.)


A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho.

O enfermo de boa-vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus.

 E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.

A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. 

Quase todos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.

Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.

Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contacto com a fé.

Em razão disso, a Terra está repleta dos que crêem e descrêem, estudam e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.

Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.

O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será redimido.

É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Vinha de Luz

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Mediunidade e Genética: O Que Dizem as Pesquisas Científicas?

A relação entre mediunidade e genética tem despertado o interesse de cientistas e estudiosos da espiritualidade há décadas. Embora a mediunidade seja historicamente vista como um fenômeno espiritual, algumas pesquisas recentes têm buscado investigar possíveis bases biológicas para essa capacidade, especialmente no campo da neurociência e da genética. Mas será que a mediunidade pode ser herdada? Há evidências científicas que sustentam essa ideia?

O Que é Mediunidade?

A mediunidade, segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, é a capacidade de intermediar a comunicação entre o plano espiritual e o material. Ela se manifesta de diversas formas, como a psicografia, a psicofonia, a clarividência e a incorporação. Embora seja mais estudada dentro do Espiritismo, fenômenos semelhantes também são relatados em outras tradições religiosas e místicas.

Estudos Científicos sobre Mediunidade e Genética

Pesquisas sobre a mediunidade têm se concentrado principalmente na área da neurociência, buscando identificar padrões cerebrais associados a experiências mediúnicas. No entanto, algumas investigações tentam compreender se há um fator hereditário envolvido.

1. Estudos sobre Hereditariedade

Diversos médiuns relatam que outros membros da família também possuem faculdades mediúnicas, o que levanta a hipótese de que possa haver um componente genético. Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (NUPES), analisou a atividade cerebral de médiuns em transe psicográfico e identificou padrões diferentes de funcionamento cerebral durante essas experiências. Embora o estudo não tenha investigado diretamente a genética, ele sugere que a mediunidade envolve processos neurológicos distintos.

Outros estudos analisam se determinadas famílias apresentam maior predisposição à mediunidade. No entanto, até o momento, não há um mapeamento genético conclusivo que demonstre uma correlação direta entre herança genética e mediunidade.

2. Genes Associados à Espiritualidade

Pesquisas sobre espiritualidade e genética identificaram genes que podem estar relacionados a experiências transcendentais. O gene VMAT2, apelidado de "gene de Deus" por alguns cientistas, tem sido estudado por seu possível papel na predisposição à espiritualidade e experiências místicas. No entanto, ele não pode ser considerado um gene da mediunidade, pois suas influências são muito mais amplas e envolvem percepções subjetivas de conexão espiritual.

Outro aspecto analisado é o papel da serotonina e da dopamina, neurotransmissores que regulam a percepção, emoções e estados alterados de consciência. Algumas pesquisas indicam que pessoas com habilidades mediúnicas podem ter padrões específicos nesses sistemas de neurotransmissão, mas ainda não há uma explicação definitiva.

3. Mediunidade e Epigenética

Uma abordagem interessante para compreender a mediunidade no contexto biológico é a epigenética, que estuda como fatores ambientais podem influenciar a expressão dos genes. Alguns estudiosos sugerem que experiências espirituais, práticas meditativas e até mesmo o ambiente familiar podem ativar ou desativar determinados genes ligados à sensibilidade e à percepção extra-sensorial.

O Que Diz a Doutrina Espírita?

No Espiritismo, a mediunidade é vista como uma faculdade inerente ao espírito, que pode ser desenvolvida ao longo das reencarnações. A hereditariedade genética pode, no máximo, influenciar condições físicas e psicológicas que facilitam ou dificultam sua manifestação, mas a mediunidade em si seria uma característica da alma, não do corpo físico.

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, explica que a mediunidade não depende de fatores materiais, embora algumas condições orgânicas possam torná-la mais ou menos ativa em determinado indivíduo. Dessa forma, mesmo que a ciência venha a encontrar correlações genéticas, o Espiritismo ainda sustentaria que sua origem é espiritual.

Conclusão

As pesquisas científicas sobre mediunidade e genética ainda estão em estágios iniciais. Embora haja indícios de que fatores biológicos possam estar associados à predisposição mediúnica, não há provas conclusivas de que a mediunidade seja determinada geneticamente. O estudo desse fenômeno continua a ser um desafio tanto para a ciência quanto para a espiritualidade, abrindo espaço para novas investigações e diálogos entre esses campos do conhecimento.

Para os espíritas, a mediunidade continua sendo uma faculdade do espírito, enquanto a ciência busca compreender os mecanismos cerebrais e biológicos que possam estar envolvidos. Seja qual for a origem, a mediunidade segue sendo uma ponte entre o material e o espiritual, desafiando nossa compreensão sobre os limites da existência humana.