quarta-feira, 18 de junho de 2025

Quando a Ciência Escuta a Voz do Espírito: A Jornada de Marlene Nobre

A Dra. Marlene Rossi Severino Nobre (1937–2015) foi uma renomada médica ginecologista e uma das principais referências no campo da medicina e espiritualidade no Brasil. Reconhecida tanto pela competência técnica quanto pela profundidade espiritual, ela dedicou sua vida à integração entre ciência médica e os princípios da Doutrina Espírita.

Trajetória Médica e Espírita

Graduou-se em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e, mais tarde, tornou-se ginecologista em São Paulo, onde atuou profissionalmente por décadas. Sua vivência espiritual, no entanto, sempre caminhou ao lado da carreira médica. Casada com Dr. Freitas Nobre, político respeitado e também espírita, formou uma família comprometida com o ideal cristão.

Em 1995, fundou a Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil), consolidando um movimento iniciado anteriormente em São Paulo. A iniciativa teve como missão integrar profissionais de saúde de diversas áreas com base na visão médico-espírita do ser humano — como espírito imortal encarnado, dotado de corpo, mente e perispírito.

Papel na Divulgação da Medicina Espírita

Dra. Marlene participou ativamente da Associação Médico-Espírita de São Paulo (AME-SP) desde 1968, sendo uma de suas organizadoras pioneiras. A partir daí, iniciou um esforço nacional e internacional para unificar os profissionais espíritas da área da saúde. Foi também presidente da AME-Internacional, que agrega instituições similares de diversos países.

Publicou diversos livros, entre eles:

Sua obra combina pesquisa científica, vivência espiritual e exemplos práticos de como a medicina pode ser humanizada quando compreende o ser como espírito.

Legado

Dra. Marlene deixou um legado duradouro: centenas de médicos e profissionais da saúde sensibilizados com a abordagem integral do ser humano; congressos médicos-espíritas nacionais e internacionais; e a publicação de textos que unem fé e razão com clareza, ética e profundidade.

Faleceu em 5 de janeiro de 2015, mas seu exemplo permanece vivo. Para muitos, ela é símbolo de compromisso com Jesus, Kardec e a Ciência.

Imagem obtida através da Internet.
Links para obras disponíveis na Amazon via Kindle (gratuitas).
Texto produzido com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira

Perdoa Sempre

“E o que de mim, diante de muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem a outros.” (2 Timóteo: 2, 2).


Os discípulos do Evangelho, no Espiritismo cristão, muitas vezes evidenciam insuportável entusiasmo, ansiosos de estender a fé renovada, contagiosa e ardente.

No entanto, semelhante movimentação mental exige grande cuidado, não só porque assombro e admiração não significam elevação interior, como também porque é indispensável conhecer a qualidade do terreno espiritual a que se vai transmitir o poder do conhecimento.

Claro que não nos reportamos aqui ao ato de semeadura geral da verdade reveladora, nem à manifestação da bondade fraterna, que traduzem nossas obrigações naturais na ação do bem.

Encarecemos, sim, a necessidade de cada irmão governar o patrimônio de dádivas espirituais recebidas do plano superior, a fim de não relegar valores celestes ao menosprezo da maldade e da ignorância. 

Distribuamos a luz do amor com os nossos companheiros de jornada; todavia, defendamos o nosso íntimo santuário contra as arremetidas das trevas. 

Lembremo-nos de que o próprio Mestre reservava lições diferentes para as massas populares e para a pequena comunidade dos aprendizes; não se fez acompanhar por todos os discípulos na transfiguração do Tabor; na última ceia, aguarda a ausência de Judas para comentar as angústias que sobreviriam. 

É necessário atentarmos para essas atitudes do Cristo, compreendendo que nem tudo está destinado a todos.

Os espíritos enobrecidos que se comunicam na esfera carnal adotam sempre o critério seletivo, buscando criaturas idôneas e fiéis, habilitadas a ensinar aos outros.

Se eles, que já podem identificar os problemas com a visão iluminada, agem com prudência, nesse sentido, como não deverá vigiar o discípulo que apenas dispõe dos olhos corporais?

Trabalhemos em benefício de todos, estendamos os laços fraternais, compreendendo, porém, que cada criatura tem o seu degrau na infinita escala da vida.


Espírito: Emmauel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.


segunda-feira, 16 de junho de 2025

Qualquer Um (Plínio Oliveira)


Título: Qualquer Um
Artista: Plínio Oliveira.
Álbum: Pra Te Fazer Feliz
Ano de Lançamento: 2021.
Colaboração: Sonia Cabral.

Programa ILUMINAÇÃO | Episódio #30 | Jorge Elarrat | Adriane Bacarin | ...

E o adúltero?

“E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando.” (João: 8, 4.)

O caso da pecadora apresentada pela multidão a Jesus envolve considerações muito significativas, referentemente ao impulso do homem para ver o mal nos semelhantes, sem enxergá-lo em si mesmo.

Entre as reflexões que a narrativa sugere, identificamos a do errôneo conceito de adultério unilateral.

Se a infeliz fora encontrada em pleno delito, onde se recolherá o adúltero que não foi trazido a julgamento pelo cuidado popular?

Seria ela a única responsável?

Se existia uma chaga no organismo coletivo, requisitando intervenção a fim de ser extirpada, em que furna se ocultava aquele que ajudava a fazê-la?

A atitude do Mestre, naquela hora, caracterizou-se por infinita sabedoria e inexcedível amor.

Jesus não podia centralizar o peso da culpa na mulher desventurada e, deixando perceber o erro geral, indagou dos que se achavam sem pecado.

O grande e espontâneo silêncio, que então se fez, constituiu resposta mais eloquente que qualquer declaração verbal.

Ao lado da mulher adúltera, permaneciam também os homens pervertidos, que se retiraram envergonhados.

O homem e a mulher surgem no mundo com tarefas específicas que se integram, contudo, num trabalho essencialmente uno, dentro do plano da evolução universal.

No capítulo das experiências inferiores, um não cai sem o outro, porque a ambos foi concedido igual ensejo de santificar. 


Se as mulheres desviadas da elevada missão que lhes cabe prosseguem sob triste destaque no caminho social, é que os adúlteros continuam ausentes da hora de juízo, tanto quanto no momento da célebre sugestão de Jesus.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.


Michael Jackson- Heal The World (Letra & Tradução) By Vivi Amorim

sexta-feira, 13 de junho de 2025

MOMENTOS COM JOANNA – ADRIANE BACARIN (PR) | 13.06.2025

O Édito de Milão: Liberdade Religiosa no Império Romano

O Édito de Milão foi um marco fundamental na história da humanidade, especialmente para os cristãos. Ele foi promulgado em 13 de junho de 313 d.C., resultado de um acordo entre os imperadores Constantino I (do Ocidente) e Licínio (do Oriente), na cidade de Milão, na Itália.

Contexto histórico.

Antes do Édito, os cristãos eram perseguidos no Império Romano. Praticar a fé cristã podia levar à prisão, tortura ou até à morte. O Édito de Milão veio para mudar esse cenário.

O que estabelecia o Édito?

O Édito não apenas cessou as perseguições, mas concedeu liberdade religiosa a todos os cidadãos do Império Romano — não só aos cristãos! Ele permitia que cada pessoa pudesse escolher livremente sua religião, sem sofrer punições ou restrições do governo.

Além disso, o Édito determinou que as propriedades das igrejas e dos cristãos, que haviam sido confiscadas, fossem devolvidas.

Por que foi tão importante?

O Édito de Milão foi o primeiro passo para a tolerância religiosa em uma época marcada por intolerância e perseguições. Ele abriu caminho para o crescimento do Cristianismo, que, décadas depois, se tornaria a religião oficial do Império Romano.

A partir desse documento, a ideia de liberdade de consciência e de religião começou a se fortalecer no mundo ocidental.

Texto produzido com inteligência artificial.
Colaboração: Eduardo Giannelli.



Em Espírito


“Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.” (Rom: 8,13)


Quem vive segundo as leis sublimes do espírito respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés.

Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima.

Vale-se do dia qual aprendiz aplicado, que estima na permanência sobre a Terra valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar.

Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento.

Na ignorância alheia, descobre preciosas possibilidades de serviço. 

Nas dificuldades e aflições da estrada recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento.

Vê passar obstáculos como vê correr nuvens.

 Ama a responsabilidade, mas não se prende à posse.

Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio.

Ampara sem inclinações doentias.

Serve sem escravizar-se.

Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador.

Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na consciência e no coração, os próprios tesouros. 

Bem-aventurado o homem que segue vida afora em espírito!

Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quinta-feira, 12 de junho de 2025

No paraíso

“E respondeu-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.” (Lc: 23, 43)



À primeira vista, parece que Jesus se inclinou para o chamado bom ladrão, através da simpatia particular.

Mas não é assim.

O Mestre, nessa lição do Calvário, renovou a definição de paraíso.

Noutra passagem, Ele mesmo asseverou que o Reino Divino não surge com aparências exteriores.

Inicia-se, desenvolve-se e consolida-se, em resplendores eternos, no imo do coração.

Naquela hora de sacrifício culminante, o bom ladrão rendeu-se incondicionalmente a Jesus Cristo.

O leitor do Evangelho não se informa, com respeito aos porfiados trabalhos e às responsabilidades novas que lhe pesariam nos ombros, de modo a cimentar a união com o Salvador, todavia, convence-se de que daquele momento em diante o ex-malfeitor penetrará o céu.

O símbolo é formoso e profundo e dá ideia da infinita extensão da Divina Misericórdia.

Podemos apresentar-nos com volumosa bagagem de débitos do passado escuro, ante a verdade; mas desde o instante em que nos rendemos aos desígnios do Senhor, aceitando sinceramente o dever da própria regeneração, avançamos para região espiritual diferente, onde todo jugo é suave e todo fardo é leve.

 Chegado a essa altura, o espírito endividado não permanecerá em falsa atitude beatífica, reconhecendo, acima de tudo, que, com Jesus, o sofrimento é retificação e as cruzes são claridades imortais.

Eis o motivo pelo qual o bom ladrão, naquela mesma hora, ingressou nas excelsitudes do paraíso.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quarta-feira, 11 de junho de 2025

O “não” e a luta

“Mas seja o vosso falar: sim, sim; não, não.” (Mateus: 5, 37)


Ama, de acordo com as lições do Evangelho, mas não permitas que o teu amor se converta em grilhão, impedindo-te a marcha para a vida superior.

Ajuda a quantos necessitam de tua cooperação, entretanto, não deixes que o teu amparo possa criar perturbações e vícios para o caminho alheio.

Atende com alegria ao que te pede um favor, contudo, não cedas à leviandade e à insensatez.

Abre portas de acesso ao bem-estar aos que te cercam, mas não olvides a educação dos companheiros para a felicidade real.

Cultiva a delicadeza e a cordialidade, no entanto, sê leal e sincero em tuas atitudes.

O “sim” pode ser muito agradável em todas as situações, todavia, o “não”, em determinados setores da luta humana, é mais construtivo.

Satisfazer a todas as requisições do caminho é perder tempo e, por vezes, a própria vida.

Tanto quanto o “sim” deve ser pronunciado sem incenso bajulatório, o “não” deve ser dito sem aspereza.

Muita vez, é preciso contrariar para que o auxílio legítimo se não perca; urge reconhecer, porém, que a negativa salutar jamais perturba.

O que dilacera é o tom contundente no qual é vazada.

As maneiras, na maior parte das ocasiões, dizem mais que as palavras.

“Seja o vosso falar: sim, sim; não, não”, recomenda o Evangelho.

Para concordar ou recusar, todavia, ninguém precisa ser de mel ou de fel.

Bastará lembrarmos que Jesus é o Mestre e o Senhor não só pelo que faz, mas também pelo que deixa de fazer.


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.



Asseio Verbal

“Mas a nossa palavra seja: Sim, sim; não, não.”(Mt: 5, 37)

A higiene do verbo deve ser cultivada com esmero.

Fujamos à conversação fútil.

Palavras são instrumentos sutis de nosso pensamento.

Conversa em desalinho é porta aberta à desordem mental.

Reportagens escabrosas, que envolvem a malícia e a crueldade, a calúnia e a suspeita, são agentes dissolventes da estabilidade e da paz.

Evitemos as anedotas apimentadas, que ferem a dignidade do próximo.

Narrativas tristes ou chocantes impressas ou faladas, quando não tragam fins edificantes, trazem a carga de sombra, deprimindo o coração.

Falemos com equilíbrio e bom senso.

A palavra deve ser portadora de harmonia, qual ocorre à música nobre, cuja melodia nos induz ao bem.

Emitamos vocábulos compreensivos e esclarecedores, que consolem, instruam e construam para a vida melhor.

Toda palavra que expresse revolta ou destruição, ainda mesmo quando aparentemente vazada em razões justas, é sempre portadora de veneno invisível.

Guardemos o asseio verbal em qualquer circunstância.

Se é possível preservar o corpo contra a enfermidade, é igualmente possível resguardar o espírito contra o mal.

E, como assepsia é defesa, asseio verbal é segurança.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

📖 Livro: Palavras de Vida Eterna – Capítulo 63.


terça-feira, 10 de junho de 2025

O “mas” e os discípulos

“Tudo posso naquele que me fortalece.” (Fil: 4:13.)


O discípulo aplicado assevera:

– De mim mesmo, nada possuo de bom, mas Jesus me suprirá de recursos, segundo as minhas necessidades.

– Não disponho de perfeito conhecimento do caminho, mas Jesus me conduzirá.

O aprendiz preguiçoso declara:

– Não descreio da bondade de Jesus, mas não tenho forças para o trabalho cristão.

– Sei que o caminho permanece em Jesus, mas o mundo não me permite segui-lo.

O primeiro galga a montanha da decisão.

Identifica as próprias fraquezas, entretanto, confia no Divino Amigo e delibera viver-lhe as lições.

O segundo estima o descanso no vale fundo da experiência inferior.

 Reconhece as graças que o Mestre lhe conferiu, todavia, prefere furtar-se a elas.

O primeiro fixou a mente na luz divina e segue adiante.

O segundo parou o pensamento nas próprias limitações.

O “mas” é a conjunção que, nos processos verbalistas, habitualmente nos define a posição íntima perante o Evangelho.

Colocada à frente do Santo Nome, exprime-nos a firmeza e a confiança, a fé e o valor, contudo, localizada depois dele, situanos a indecisão e a ociosidade, a impermeabilidade e a indiferença.

Três letras apenas denunciam-nos o rumo.

– Assim recomendam meus princípios, mas Jesus pede outra coisa.

– Assim aconselha Jesus, mas não posso fazê-lo.

Através de uma palavra pequena e simples, fazemos a profissão de fé ou a confissão de ineficiência.

Lembremo-nos de que Paulo de Tarso, não obstante apedrejado e perseguido, conseguiu afirmar, vitorioso, aos filipenses:

– “Tudo posso naquele que me fortalece.”


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



Credores no lar

“Honrai vosso pai e vossa mãe...”. (Mt: 19, 19)


“Honrar a seu pai e sua mãe não consiste apenas em respeitá-los; é também assisti-los na necessidade;é proporcionar-lhes repouso na velhice; é cercá-los de cuidados, como eles fizeram conosco na infância.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 14, item 3.)

No devotamento dos pais, todos os filhos são joias de luz, entretanto, para que compreendas certos antagonismos que te afligem no lar, é preciso saibas que, entre os filhos-companheiros, que te apoiam a alma, surgem os filhos credores, alcançando- te a vida, por instrutores de feição diferente.

Subtraindo-te aos choques de caráter negativo, no reencontro, preceitua a eterna bondade da Justiça Divina que a reencarnação funcione, reconduzindo-os à tua presença, através do berço.

É por isso que, a princípio, não ombreiam contigo, em casa, como de igual para igual, porquanto reaparecem humildes e pequeninos.

Chegam frágeis e emudecidos, para que lhes ensines a palavra de apaziguamento e brandura.

Não te rogam a liquidação de débitos, na intimidade do gabinete, e sim procuram-te o colo para nova fase de entendimento.

Respiram-te o hálito e escoram-se em tuas mãos, instalando-se em teus passos, para a transfiguração do próprio destino.

Embora desarmados, controlam-te os sentimentos.

Não obstante dependerem de ti, alteram-te as decisões com simples olhar.

De doces inspiradores do carinho, passam, com o tempo, à condição de examinadores constantes de tua estrada.

Governam-te impulsos, fiscalizam-te os gestos, observam-te as companhias e exigem-te as horas.

Reaprendem na escola do mundo com o teu amparo, todavia, à medida que se desenvolvem no conhecimento superior, transformam-se em inspetores intransigentes do teu grau de instrução.

Muitas vezes choras e sofres, tentando adivinhar-lhes os pensamentos para que te percebam os testemunhos de amor.

Calas os próprios sonhos, para que os sonhos deles se realizem.

Apagas-te, a pouco a pouco, para que fuljam em teu lugar.

Recebes todas as dores que te impõem à alma, com sorrisos nos lábios, conquanto te amarfanhem o coração.

E nunca possuis o bastante para abrilhantar-lhes a existência, de vez que tudo lhes dás de ti mesmo, sem faturas de serviço e sem notas de pagamento.

Quando te vejas diante de filhos crescidos e lúcidos, erguidos à condição de dolorosos problemas do espírito, recorda que são eles credores do passado a te pedirem o resgate de velhas contas.

Busca auxiliá-los e sustentá-los com abnegação e ternura, ainda que isso te custe todos os sacrifícios, porque, no justo instante em que a consciência te afirme tudo haveres efetuado para enriquecê-los de educação e trabalho, dignidade e alegria, terás conquistado em silêncio o luminoso certificado de tua própria libertação.

Do Livro da Esperança, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier


segunda-feira, 9 de junho de 2025

Segundo a Carne

Para quem vive segundo a carne, isto é, de conformidade comos impulsos inferiores, a estação de luta terrestre não é mais que uma série de acontecimentos vazios.

Em todos os momentos, a limitação ser-lhe-á fantasma incessante.

Cérebro esmagado pelas noções negativas, encontrar-se-á com a morte, a cada passo.

Para a consciência que teve a infelicidade de esposar concepções tão escuras, não passará a existência humana de comédia infeliz.

No sofrimento, identifica uma casa adequada ao desespero.

No trabalho destinado à purificação espiritual, sente o clima da revolta.

Não pode contar com a bênção do amor, porquanto, em face da apreciação que lhe é própria, os laços afetivos são meros acidentes no mecanismo dos desejos eventuais.

A dor, benfeitora e conservadora do mundo, é-lhe intolerável. a disciplina constituí-lhe angustioso cárcere e o serviço aos semelhantes representa pesada humilhação. 

Nunca perdoa, não sabe renunciar, dói-lhe ceder em favor de alguém e, quando ajuda, exige do beneficiado a subserviência do escravo.

Infeliz o homem que vive, respira e age, segundo a carne!

Os conflitos da posse atormentam-lhe o coração, por tempo indeterminado, com o mesmo calor da vida selvagem.

Ai dele, todavia, porque a hora renovadora soará sempre!

E, se fugiu à atmosfera da imortalidade, se asfixiou as melhores aspirações da própria alma,

 se escapou ao exercício salutar do sofrimento, se fez questão de aumentar apetites e prazeres pela absoluta integração com o “lado inferior da vida”, que poderá esperar do fim do corpo, senão sepulcro, sombra e impossibilidade, dentro da noite?

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



sexta-feira, 6 de junho de 2025

Pesquisa Nacional Espírita - PNE / 2025


A PNE / 2025 está em sua 11ª Edição.
Realizada anualmente desde 2015, vem colaborando com o estudo e a gestão do Movimento Espírita Brasileiro.

Para responder a pesquisa, clique aqui!

Murmurações


“Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” (Filipenses, 2:14.)


Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores.

É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia. 

Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso autoexame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações.

Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações.

É indispensável conservar-se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta. 

É fácil identificá-los.

 Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. 

Seu verbo é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam.

Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.

Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



quarta-feira, 4 de junho de 2025

NO CREDIÁRIO DA VIDA

Deixa que a compaixão te aclare os olhos e lubrifique os ouvidos, a fim de que possas ver e escutar em louvor do bem.

Quantas vezes geramos complicações e agravamos problemas, unicamente pelo fato de exigir dos outros, aquilo de santo ou de heroico que ainda não conseguimos fazer!

À frente das incompreensões ou perturbações do cotidiano, procuremos reagir como estimaríamos que os demais reagissem, se as dificuldades fossem nossas. A Terra está repleta dos que censuram e acusam. Amparemo-nos mutuamente.

Às vezes, pronuncias palavras menos felizes, nas horas de irritação ou desânimo, que apreciarias reaver a fim de inutilizá-las, se isso fosse possível, e agradeces a bondade do ouvinte que se dispõe a atirá-las no cesto do esquecimento.

Nos atos injustos, nas decisões impensadas ou nos erros que perpetramos, somos gratos à misericórdia daqueles que nos acolhem com brandura e entendimento, extinguindo no silêncio os resultados de nossas falhas involuntárias.

Proclamamos a necessidade do progresso da alma, afirmamos o impositivo de nosso próprio aperfeiçoamento...

Iniciemos esse esforço meritório a favor de nós, reconhecendo que os outros carregam provações e fraquezas semelhantes às nossas, quando não sejam problemas e obstáculos muito mais aflitivos.

Admiremos nossos companheiros quando se apliquem ao bem ou quando se harmonizem com o bem; entretanto, sempre que resvalem no mal, busquemos tratá-los na base do amor que declaramos cultivar com Jesus, de vez que todo investimento de tolerância que fizermos hoje, a benefício do próximo, no crediário da vida, ser-nos-á amanhã precioso depósito que poderemos sacar no socorro àqueles a quem mais amamos, ou mesmo no auxílio a nós.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Alma e Coração.

segunda-feira, 2 de junho de 2025

Sacudir o pó

“E se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó de vossos pés.” (Mt: 10, 14)

Os próprios discípulos materializaram o ensinamento de Jesus, sacudindo a poeira das sandálias, em se retirarem desse ou daquele lugar de rebeldia ou impenitência.

Todavia, se o símbolo que transparece da lição do Mestre estivesse destinado apenas a gesto mecânico, não teríamos nele senão um conjunto de palavras vazias.

O ensinamento, porém, é mais profundo.

Recomenda a extinção do fermento doentio.

Sacudir o pó dos pés é não conservar qualquer mágoa ou qualquer detrito nas bases da vida, em face da ignorância e da perversidade que se manifestam no caminho de nossas experiências comuns.

Natural é o desejo de confiar a outrem as sementes da verdade e do bem; entretanto, se somos recebidos pela hostilidade do meio a que nos dirigimos, não é razoável nos mantermos em longas observações e apontamentos, que, ao invés de conduzir-nos a tarefa a êxito oportuno, estabelecem sombras e dificuldades em torno de nós.

Se alguém te não recebeu a boa-vontade, nem te percebeu a boa intenção, por que a perda de tempo em sentenças acusatórias?

Tal atitude não soluciona os problemas espirituais.

Ignoras, acaso, que o negador e o indiferente serão igualmente chamados pela morte do corpo à nossa pátria de origem?

Encomenda-os a Jesus com amor e prossegue, em linha reta, buscando os teus sagrados objetivos.

Há muito por fazer na edificação espiritual do mundo e de ti mesmo.

Sacode, pois, as más impressões e marcha alegremente.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.




AULA DE PAZ

Há coragem para variadas situações — disse o mentor da Vida Maior — temos a coragem de empreender grandes obras, a coragem de esquecer as ofensas, aquela de sofrer por amor a determinadas criaturas, aquela outra de arrostar com as piores dificuldades, sem perder a esperança.

Mas, a nosso ver, a coragem maior é a de aceitar os nossos erros no caminho para o Senhor, receber críticas com humildade, sofrer em razão dessas nossas mesmas faltas, tudo fazer ao nosso alcance, a fim de corrigir-nos com paciência sem perder o bom ânimo e seguir para a frente.

Médium: Francisco Cândido Xavier.
Espírito: Emmanuel.
Livro:- Material de Construção.

sexta-feira, 30 de maio de 2025

Necessário acordar

“Desperta, ó tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e o Cristo te esclarecerá.” (Ef.: 5, 14)


Grande número de adventícios ou não aos círculos do Cristianismo acusa fortes dificuldades na compreensão e aplicação dos ensinamentos de Jesus.

 Alguns encontram obscuridades nos textos, outros perseveram nas questiúnculas literárias.

 Inquietam-se, protestam e rejeitam o pão divino pelo envoltório humano de que necessitou para reservar-se na Terra.

Esses amigos, entretanto, não percebem que isto ocorre, porque permanecem dormindo, vítimas de paralisia das faculdades superiores.

Na maioria das ocasiões, os convites divinos passam por eles, sugestivos e santificantes; todavia, os companheiros distraídos interpretam-nos por cenas sagradas, dignas de louvor, mas depressa relegadas ao esquecimento.

O coração não adere, dormitando amortecido, incapaz de analisar e compreender.

A criatura necessita indagar de si mesma o que faz, o que deseja, a que propósitos atende e a que finalidades se destina.

Faz-se indispensável examinar-se, emergir da animalidade e erguer-se para senhorear o próprio caminho.

Grandes massas, supostamente religiosas, vão sendo conduzidas, através das circunstâncias de cada dia, quais fileiras de sonâmbulos inconscientes.

 Fala-se em Deus, em fé e em espiritualidade, qual se respirassem na estranha atmosfera de escuro pesadelo.

 Sacudidas pela corrente incessante do rio da vida, rolam no turbilhão dos acontecimentos, enceguecidas, dormentes e semimortas até que despertem e se levantem, através do esforço pessoal, a fim de que o Cristo as esclareça.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio





terça-feira, 27 de maio de 2025

Tenhamos Paz

“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I Ts: 5, 13)

Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável que o aprendiz procure a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.

Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.

Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem, então a guerra será banida do Planeta.

Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.

Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.

Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial.

Registramos certas informações longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas.

Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência.

Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.

Eis por que, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.

Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.

Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.


Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio



segunda-feira, 26 de maio de 2025

Melhor sofrer no bem

“Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal.” 


Para amealhar recursos financeiros que será compelido a abandonar precipitadamente, o homem muitas vezes adquire deploráveis enfermidades, que lhe corroem os centros de força, trazendo a morte indesejável.

Comprando sensações efêmeras para o corpo de carne, comumente recebe perigosos males que o acompanham até aos últimos dias do veículo em que se movimenta na Terra.

Encolerizando-se por insignificantes lições do caminho, envenena órgãos vitais, criando fatais desequilíbrios à vida física.

Recheando o estômago, em certas ocasiões, estabelece a viciação de aparelhos importantes da instrumentalidade fisiológica, renunciando à perfeição do vaso carnal pelo simples prazer da gula.

Por que temer os percalços da senda clara do amor e da sabedoria, se o trilho escuro do ódio e da ignorância permanece repleto de forças vingadoras e perturbantes?

Como recear o cansaço e o esgotamento, as complicações e incompreensões, os conflitos e os desgostos decorrentes da abençoada luta pela suprema vitória do bem, se o combate pelo triunfo provisório do mal conduz os batalhadores a tributos aflitivos de sofrimento?

Gastemos nossas melhores possibilidades a serviço do Cristo, empenhando-lhe nossas vidas.

A arma criminosa que se quebra e a medida repugnante consumada provocam sempre maldição e sombra, mas para o servo dilacerado no dever e para a lâmpada que se apaga no serviço iluminativo reserva-se destino diferente.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.
Áudio



quinta-feira, 22 de maio de 2025

Herança divina

"Mas, se sois filhos, sois logo herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo."
Paulo (Romanos, 8:17)

O pensamento de Paulo de Tarso, nesse versículo, não deixa qualquer dúvida quanto ao sublime destino das criaturas.

Muitos aprendizes do Evangelho desanimam na luta redentora, declarando-se fracos e inferiores. Alegam impossibilidade de aproximar-se da luz e receiam as tentações do caminho. Não compreendem que semelhante atitude mental é um desacato ao Pai Amoroso que nos concedeu a vida.

Quando o homem afirma não poder vencer as fraquezas próprias, quando declara que o bem é impraticável na Terra, está inconscientemente blasfemando.

Se existe uma herança divina para os homens, é imprescindível que todos se disponham a recebê-la. Como filhos de Deus, devem cultivar a esperança, trabalhar com alegria, combater as próprias imperfeições e prosseguir confiantes.

O Pai não lhes teria outorgado tarefa superior às suas forças.

Cada espírito possui o seu patrimônio de possibilidades divinas. É indispensável desenvolvê-lo para alcançar a herança imortal que Jesus legou.

Espírito: Emmanuel.
Medium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Caminho, Verdade e Vida.

Lógica da Providência

“Depois que fostes iluminados, suportastes grande combate de aflições.” – Paulo. (Hebreus, 10:32.)



Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores.

Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círculos religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais.

Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-se, espetacularmente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade.

 O fenômeno, entretanto, é natural, porquanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento.

O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclarecimentos.

A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcende à compreensão humana.

O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados.

Só após aprenderem a ver com o espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes.

 Nascer-lhes-á nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições.

Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências, são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania.

Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto.

Só a luz espiritual garante o êxito nas provações.

Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças.

Espírito: Emmanuel.
Nédium:  Emmanuel/Chico Xavier.
Do livro Pão Nosso.

quinta-feira, 15 de maio de 2025

Em Cadeias

“Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.” (Efésios: 6, 20.) 


Observamos nesta passagem o apóstolo dos gentios numa afirmativa que parece contraditória, à primeira vista.

Paulo alega a condição de emissário em cadeias e, simultaneamente, declara que isto ocorre para que possa servir ao Evangelho, livremente, quanto convinha.

O grande trabalhador dirigia-se aos companheiros de Éfeso, referindo-se à sua angustiosa situação de prisioneiro das autoridades romanas; entretanto, por isto mesmo, em vista do difícil testemunho, trazia o espírito mais livre para o serviço que lhe competia realizar.

O quadro é significativo para quantos pretendem a independência econômico-financeira ou demasiada liberdade no mundo, a fim de exemplificarem os ensinamentos evangélicos.

Há muita gente que declara aguardar os dias da abundância material e as facilidades terrestres para atenderem ao idealismo cristão.

Isto, contudo, é contrassenso.

O serviço de Jesus se destina a todo lugar.

Paulo, entre cadeias, se sentia mais livre na pregação da verdade.

Naturalmente, nem todos os discípulos estarão atravessando esses montes culminantes do testemunho.

Todos, porém, sem distinção, trazem consigo as santas algemas das obrigações diárias no lar, no trabalho comum, na rotina das horas, no centro da sociedade e da família.

Ninguém, portanto, tente quebrar as cadeias em que se encontra, na mentirosa suposição de que se candidatará a melhor posto nas oficinas do Cristo.

Somente o dever bem cumprido nos confere acesso à legítima liberdade.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Pão Nosso.

Áudio

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Divaldo Franco: Gratidão e Luz na Despedida de um Missionário do Amor

Na noite de 13 de maio de 2025, desencarnou, aos 98 anos, o médium e líder espírita Divaldo Pereira Franco, uma das maiores referências do espiritismo no Brasil e no mundo. O falecimento ocorreu em Salvador, Bahia, na Mansão do Caminho, instituição que ele próprio fundou e onde dedicou grande parte de sua vida à caridade e à educação.

Divaldo Franco nasceu em 5 de maio de 1927, em Feira de Santana (BA), sendo o caçula de 13 irmãos. Desde cedo, manifestou sua mediunidade, relatando experiências espirituais desde os quatro anos de idade. Ao longo de quase um século de vida, Divaldo tornou-se um dos maiores divulgadores da Doutrina Espírita, realizando mais de 20 mil conferências em 71 países e publicando mais de 260 livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas. Suas obras, psicografadas de mais de 200 autores espirituais, levaram consolo, esperança e esclarecimento a milhões de pessoas.

Além de seu trabalho como médium e escritor, Divaldo foi um notável educador e filantropo. Em 1952, fundou a Mansão do Caminho, em Salvador, que se tornou referência em assistência social, educação e promoção humana. A instituição acolheu milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade, oferecendo-lhes oportunidades de estudo, formação profissional e, sobretudo, amor e dignidade.

Divaldo também foi reconhecido internacionalmente como um embaixador da paz, promovendo valores como a tolerância, o respeito e a solidariedade. Recebeu centenas de homenagens e prêmios por sua atuação humanitária e por seu compromisso com a construção de um mundo melhor.

Sua partida deixa uma lacuna imensa no movimento espírita e no coração de todos que tiveram o privilégio de acompanhar sua trajetória. Seu exemplo de dedicação, humildade e amor ao próximo permanece como inspiração para todos nós.

Agradecemos profundamente a Divaldo Pereira Franco por toda a luz, amor e trabalho que dedicou à humanidade. Que os amigos espirituais o acolham com carinho e paz, e que seu legado continue a iluminar caminhos e corações por muitas gerações.

Foto: G1

Texto produzido com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Preserva a ti próprio


“Vai, e não peques mais.” (João, 8:11.) 


A semente valiosa que não ajudas, pode perder-se.

A árvore tenra que não proteges, permanece exposta à destruição.

A fonte que não amparas, poderá secar-se.

A água que não distribuis, forma pântanos.

O fruto não aproveitado, apodrece.

A terra boa que não defendes, é asfixiada pela erva inútil.

A enxada que não utilizas, cria ferrugem.

As flores que não cultivas, nem sempre se repetem.

O amigo que não conservas, foge do teu caminho.

A medicação que não respeitas na dosagem e na oportunidade que lhe dizem respeito, não te beneficia o campo orgânico.

Assim também é a Graça Divina.

Se não guardas o favor do Alto, respeitando-o em ti mesmo, se não usas os conhecimentos elevados que recebes para benefício da própria felicidade, se não prezas a contribuição que te vem de cima, não te vale a dedicação dos mensageiros espirituais.

Debalde improvisarão eles milagres de amor e paciência, na solução de teus problemas, porque sem a adesão de tua vontade, ao programa regenerativo, todas as medidas salvadoras resultarão imprestáveis.

“Vai, e não peques mais.”

O ensinamento de Jesus é suficiente e expressivo.

O Médico Divino proporciona a cura, mas se não a conservamos, dentro de nós, ninguém poderá prever a extensão e as consequências dos novos desequilíbrios que nos sitiarão a vigilância.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

quinta-feira, 8 de maio de 2025

Vós, entretanto


 “Mas nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.” (Romanos,15:1.)


Com que objetivo adquire o homem a noção justa da confiança em Deus?

Para furtar-se à luta e viver aguardando o céu?

Semelhante atitude não seria compreensível.

O discípulo alcança a luz do conhecimento, a fim de aplicá-la ao próprio caminho.

Concedeu-lhe Jesus um traço do Céu para que o desenvolva e estenda através da terra em que pisa.

Receber o sagrado auxílio do Mestre e subtrair-se-lhe à oficina de redenção é testemunhar ignorância extrema.

Dar-se a Cristo é trabalhar pelo estabelecimento de seu reino.

Os templos terrestres, por ausência de compreensão da verdade, permanecem repletos de almas paralíticas, que desertaram do serviço por anseio de bem-aventurança. 

Isto pode entender-se nas criaturas que ainda não adquiriram o necessário senso da realidade, mas vós, os que já sois fortes no conhecimento, não deveis repousar na indiferença ante os impositivos sagrados a luz acesa, pela infinita bondade do Cristo, em vosso mundo íntimo.

É imprescindível tome cada um os seus instrumentos de trabalho, na tarefa que lhe cabe, agindo pela vitória do bem, no círculo de pessoas e atividades que o cercam.

Muitos espíritos doentes, nas falsas preocupações e na ociosidade do mundo, poderão alegar ignorância.

Vós, entretanto, não sois fracos, nem pobres da misericórdia do Senhor.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.



quarta-feira, 7 de maio de 2025

Quando orardes


"E, quando estiverdes orando, perdoai.” (Marcos, 11:25.)


A sincera atitude da alma na prece não obedece aos movimentos mecânicos vulgares.as operações da luta comum, a criatura atende, invariavelmente, aos automatismos da experiência material que se modifica de maneira imperceptível, nos círculos do tempo; todavia, quando se volta a alma aos santuários divinos do plano superior, através da oração, põe-se a consciência em contacto com o sentido eterno e criador da vida infinita. 

Examine cada aprendiz as sensações que experimenta ao se colocar na posição de rogativa ao Alto, compreendendo que se lhe faz indispensável a manutenção da paz interna perante as criaturas e quadros circunstanciais do caminho.

A mente que ora permanece em movimentação na esfera invisível.

As inteligências encarnadas, ainda mesmo quando não se conhecem entre si, na pauta das convenções materiais, comunicam-se através dos tênues fios do desejo manifestado na oração.

Em tais instantes, que devemos consagrar exclusivamente à zona mais alta de nossa individualidade, expedimos mensagens, apelos, intenções, projetos e ansiedades que procuram objetivo adequado.

É digno de lástima todo aquele que se utiliza da oportunidade para dilatar a corrente do mal, consciente ou inconscientemente.

É por este motivo que Jesus, compreendendo a carência de homens e mulheres isentos de culpa, lançou este expressivo programa de amor, a benefício de cada discípulo do Evangelho:

– “E, quando estiverdes orando, perdoai.”

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro Pão Nosso.



segunda-feira, 14 de abril de 2025

A marcha


“Importa, porém, caminhar hoje, amanhã e no dia seguinte.” (Lucas, 13:33) 


Importa seguir sempre, em busca da edificação espiritual definitiva.

Indispensável caminhar, vencendo obstáculos e sombras, transformando todas as dores e dificuldades em degraus de ascensão.

Traçando o seu programa, referia-se Jesus à marcha na direção de Jerusalém, onde o esperava a derradeira glorificação pelo martírio.

Podemos aplicar, porém, o ensinamento às nossas experiências incessantes no roteiro da Jerusalém de nossos testemunhos redentores. 

É imprescindível, todavia, esclarecer a característica dessa jornada para a aquisição dos bens eternos. 

Acreditam muitos que caminhar é invadir as situações de evidência no mundo, conquistando posições de destaque transitório ou trazendo as mais vastas expressões financeiras ao círculo pessoal.

Entretanto, não é isso.

Nesse particular, os chamados “homens de rotina” talvez detenham maiores probabilidades a seu favor.

A personalidade dominante, em situações efêmeras, tem a marcha inçada de perigos, de responsabilidades complexas, de ameaças atrozes.

A sensação de altura aumenta a sensação de queda.

É preciso caminhar sempre, mas a jornada compete ao Espírito eterno, no terreno das conquistas interiores.

Muitas vezes, certas criaturas que se presumem nos mais altos pontos da viagem, para a Sabedoria Divina se encontram apenas paralisadas na contemplação de fogos-fátuos.

Que ninguém se engane nas estações de falso repouso.

Importa trabalhar, conhecer-se, iluminar-se e atender ao Cristo, diariamente.

Para fixarmos semelhante lição em nós, temos nascido na Terra, partilhando-lhe as lutas, gastando-lhe os corpos e nela tornaremos a renascer.

Espírito: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro Pão Nosso

quarta-feira, 9 de abril de 2025

Saúde e Espiritualidade: Conselho de Medicina Estabelece Nova Comissão para Explorar a Conexão

O Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil deu um passo significativo ao criar a Comissão de Saúde e Espiritualidade, com o objetivo de explorar a relação entre espiritualidade e saúde. Esta decisão reflete um interesse crescente pela interação entre fé e bem-estar físico e emocional, um tema que ganha espaço tanto na comunidade médica quanto entre o público geral.

A comissão, formada por médicos e pesquisadores de diversas áreas e crenças, não focará em religião específica, mas investigará como práticas espirituais como oração e meditação podem complementar tratamentos convencionais, potencialmente beneficiando os processos de recuperação e prevenção de doenças. Estudos já indicam que tais práticas podem liberar neurotransmissores que promovem bem-estar, além de reduzir a incidência de depressão e ansiedade entre pacientes.

A espiritualidade é vista não como um substituto, mas como um complemento que pode ser integrado à orientação médica, enfatizando uma abordagem mais holística e humanizada no tratamento médico. A Comissão também planeja realizar um fórum nacional para discutir suas descobertas e promover um diálogo mais amplo sobre o papel da espiritualidade na medicina moderna.

Este movimento do CFM alinha-se com as perspectivas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que já reconhece a espiritualidade como um fator importante na saúde dos indivíduos, sugerindo uma mudança paradigmática em como a medicina pode abordar o cuidado ao paciente de maneira mais integrativa e respeitosa às suas crenças e práticas pessoais.


Texto e vídeo produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Antes de Servir

“Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir.” 
 (Mateus, 20:28.)


Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados.

 A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta.

Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo.

 A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza.

Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos.

Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos.

O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir.

Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da 

moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal.

Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando.

 Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente.

Podes começar hoje mesmo.

Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início.

Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.


Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: Pão Nosso 

 

quarta-feira, 12 de março de 2025

Rogar

“Não se faça a minha vontade, mas a tua.” — JESUS (Lucas, 22.42)



1 É comum a alteração de votos que formulamos, de planos que fazemos.

2 Vários propósitos que se nos erigiam na alma, por anseios aflitivos do sentimento, caem, após realizados, nos domínios do trivial, dando lugar a novos anseios.

3 Petições que endereçamos à Vida Maior, em muitas ocasiões, quando atendidas, já nos encontram modificados por súplicas diferentes. 4 O que ontem era importante para nós costuma descer para as linhas da vulgaridade e o que desprezávamos antigamente, não poucas vezes passa à condição de essencial.

5 Forçoso, desse modo, rogar com prudência as concessões da vida.

6 Poderes superiores velam por nossas necessidades, facultando-nos aquilo que nos é efetivamente proveitoso.

7 Em circunstâncias diversas, acontecimentos que nos parecem males são bens que não chegamos a entender, de pronto, e basta analisar as ocorrências da vida para percebermos que muitas daquelas que se nos afiguram bens resultam em males que nos dilapidam a consciência e golpeiam o coração.

8 Todos possuímos amigos admiráveis que se comovem à frente de nossas rogativas, empenhando influência e recurso por satisfazer-nos, prejudicando-se, frequentemente, em nome do amor, por nossa causa, de vez que nem sempre estamos habilitados a receber o que desejamos, no que se refere a conforto e vantagem.

9 Aprendamos, assim, a trabalhar, esperando pelos desígnios da Justiça Divina sobre os nossos impulsos.

10 Importante lembrar que o próprio Cristo, na fidelidade a Deus, foi constrangido também a dizer: “Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua.”

Espíriro: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: Palavras de Vida Eterna (151)


quinta-feira, 6 de março de 2025

Bases

“Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu não te lavar, não tens parte comigo.” — (JOÃO, 13.8)



1 É natural vejamos, antes de tudo, na resolução do Mestre, ao lavar os pés dos discípulos, uma demonstração sublime de humildade santificante.

2 Primeiramente, é justo examinarmos a interpretação intelectual, adiantando, porém, a análise mais profunda de seus atos divinos. É que, pela mensagem permanente do Evangelho, o Cristo continua lavando os pés de todos os seguidores sinceros de sua doutrina de amor e perdão.

3 O homem costuma viver desinteressado de todas as suas obrigações superiores, muitas vezes aplaudindo o crime e a inconsciência. Todavia, ao contato de Jesus e de seus ensinamentos sublimes, sente que pisará sobre novas bases, enquanto que suas apreciações fundamentais da existência são muito diversas.

4 Alguém proporciona leveza aos seus pés espirituais para que marche de modo diferente nas sendas evolutivas.

5 Tudo se renova e a criatura compreende que não fora essa intervenção maravilhosa e não poderia participar do banquete da vida real.

6 Então, como o apóstolo de Cafarnaum, experimenta novas responsabilidades no caminho e, desejando corresponder à expectativa divina, roga a Jesus lhe lave, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça. ( † )

Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Caminho, Verdade e Vida (Capítulo 5).

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Opiniões Convencionais

“A multidão respondeu: Tens demônio; quem procura matar-te?”  (Jo: 7, 20)


Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. O convencionalismo e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.

Se toleras ofensas com amor, chama-te covarde.

Se perdoas com desinteresse, considera-te tolo.

Se sofres com paciência, nega-te valor.

Se espalhas o bem com abnegação, acusa-te de louco.

Se adquires características do amor sublime e santificante, julga-te doente.

Se desestimas os gozos vulgares, classifica-te de anormal.

Se te mostras piedoso, assevera que te envelheceste e cansaste antes do tempo.

Se adotas a simplicidade por norma, ironiza-te às ocultas.

Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualifica-te de bajulador.

Se reverencias a Lei, aponta-te como medroso.

Se és prudente e digno, chama-te fanático e perturbado.

No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais, ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. 14 Em seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o reinado da compreensão.


É indispensável suportar-lhe a inconsciência para atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.


Não te irrites, nem desanimes. O próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública.


Espírito: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier

Livro: Caminho, Verdade e Vida (177)

Sempre Agora

“… eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.” (Segunda Epístola de Paulo aos  Coríntios, capítulo 6. versículo 2.)


Há também uma sinonímia para as estâncias da vida e oportunidades da alma.

Todas as circunstâncias significam ocasiões para o cultivo de valores do espírito, como sejam:

  • saúde — edificação;
  • moléstia — aprimoramento;
  •  juventude — preparo;
  • madureza — juízo;
  •  prosperidade — construção;
  • penúria — diligência;
  • êxito — serviço;
  • fracasso — experiência;
  • direção — exemplo;
  • subalternidade — cooperação;
  • regozijo — prudência;
  • tristeza — coragem;
  • liberdade — disciplina;
  • compromisso — fidelidade;
  • casamento — aprendizado;
  • celibato — abnegação;
  • trabalho — dever;
  • repouso — proveito.

As mais diversas situações do cotidiano expressam a vinda de momento adequado para que venhamos a realizar o melhor.

Não te ponhas, assim, a aguardar o futuro para atender à procura da verdade e à lavoura do bem.

O apóstolo Paulo, profundo conhecedor das necessidades humanas, indica acertadamente o tempo da elevação espiritual como sendo sempre agora.


Espírito: Emmanuel.

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Palavras de Vida Eterna (Lição 150).

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Não basta ver

“E logo viu, e o foi seguindo, glorificando a Deus. E todo o povo, vendo isto, dava louvores a Deus.” -(Lucas, 18:43.)


A atitude do cego de Jericó representa padrão elevado a todo discípulo sincero do Evangelho.

O enfermo de boa-vontade procura primeiramente o Mestre, diante da multidão. Em seguida à cura, acompanha Jesus, glorificando a Deus.

 E todo o povo, observando o benefício, a gratidão e a fidelidade reunidos, volta-se para a confiança no Divino Poder.

A maioria dos necessitados, porém, assume posição muito diversa. 

Quase todos os doentes reclamam a atuação do Cristo, exigindo que a dádiva desça aos caprichos perniciosos que lhes são peculiares, sem qualquer esforço pela elevação de si mesmos à bênção do Mestre.

Raros procuram o Cristo à luz meridiana; e, de quantos lhe recebem os dons, raríssimos são os que lhe seguem os passos no mundo.

Daí procede a ausência da legítima glorificação a Deus e a cura incompleta da cegueira que os obscurecia, antes do primeiro contacto com a fé.

Em razão disso, a Terra está repleta dos que crêem e descrêem, estudam e não aprendem, esperam e desesperam, ensinam e não sabem, confiam e duvidam.

Aquele que recebe dádivas pode ser somente beneficiário.

O que, porém, recebe o favor e agradece-o, vendo a luz e seguindo-a, será redimido.

É óbvio que o mundo inteiro reclama visão com o Cristo, mas não basta ver simplesmente; os que se circunscrevem ao ato de enxergar podem ser bons narradores, excelentes estatísticos, entretanto, para ver e glorificar o Senhor é indispensável marchar nas pegadas do Cristo, escalando, com Ele, a montanha do trabalho e do testemunho.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Vinha de Luz

sábado, 22 de fevereiro de 2025

Mediunidade e Genética: O Que Dizem as Pesquisas Científicas?

A relação entre mediunidade e genética tem despertado o interesse de cientistas e estudiosos da espiritualidade há décadas. Embora a mediunidade seja historicamente vista como um fenômeno espiritual, algumas pesquisas recentes têm buscado investigar possíveis bases biológicas para essa capacidade, especialmente no campo da neurociência e da genética. Mas será que a mediunidade pode ser herdada? Há evidências científicas que sustentam essa ideia?

O Que é Mediunidade?

A mediunidade, segundo a Doutrina Espírita codificada por Allan Kardec, é a capacidade de intermediar a comunicação entre o plano espiritual e o material. Ela se manifesta de diversas formas, como a psicografia, a psicofonia, a clarividência e a incorporação. Embora seja mais estudada dentro do Espiritismo, fenômenos semelhantes também são relatados em outras tradições religiosas e místicas.

Estudos Científicos sobre Mediunidade e Genética

Pesquisas sobre a mediunidade têm se concentrado principalmente na área da neurociência, buscando identificar padrões cerebrais associados a experiências mediúnicas. No entanto, algumas investigações tentam compreender se há um fator hereditário envolvido.

1. Estudos sobre Hereditariedade

Diversos médiuns relatam que outros membros da família também possuem faculdades mediúnicas, o que levanta a hipótese de que possa haver um componente genético. Um estudo conduzido pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), por meio do Núcleo de Pesquisa em Espiritualidade e Saúde (NUPES), analisou a atividade cerebral de médiuns em transe psicográfico e identificou padrões diferentes de funcionamento cerebral durante essas experiências. Embora o estudo não tenha investigado diretamente a genética, ele sugere que a mediunidade envolve processos neurológicos distintos.

Outros estudos analisam se determinadas famílias apresentam maior predisposição à mediunidade. No entanto, até o momento, não há um mapeamento genético conclusivo que demonstre uma correlação direta entre herança genética e mediunidade.

2. Genes Associados à Espiritualidade

Pesquisas sobre espiritualidade e genética identificaram genes que podem estar relacionados a experiências transcendentais. O gene VMAT2, apelidado de "gene de Deus" por alguns cientistas, tem sido estudado por seu possível papel na predisposição à espiritualidade e experiências místicas. No entanto, ele não pode ser considerado um gene da mediunidade, pois suas influências são muito mais amplas e envolvem percepções subjetivas de conexão espiritual.

Outro aspecto analisado é o papel da serotonina e da dopamina, neurotransmissores que regulam a percepção, emoções e estados alterados de consciência. Algumas pesquisas indicam que pessoas com habilidades mediúnicas podem ter padrões específicos nesses sistemas de neurotransmissão, mas ainda não há uma explicação definitiva.

3. Mediunidade e Epigenética

Uma abordagem interessante para compreender a mediunidade no contexto biológico é a epigenética, que estuda como fatores ambientais podem influenciar a expressão dos genes. Alguns estudiosos sugerem que experiências espirituais, práticas meditativas e até mesmo o ambiente familiar podem ativar ou desativar determinados genes ligados à sensibilidade e à percepção extra-sensorial.

O Que Diz a Doutrina Espírita?

No Espiritismo, a mediunidade é vista como uma faculdade inerente ao espírito, que pode ser desenvolvida ao longo das reencarnações. A hereditariedade genética pode, no máximo, influenciar condições físicas e psicológicas que facilitam ou dificultam sua manifestação, mas a mediunidade em si seria uma característica da alma, não do corpo físico.

Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, explica que a mediunidade não depende de fatores materiais, embora algumas condições orgânicas possam torná-la mais ou menos ativa em determinado indivíduo. Dessa forma, mesmo que a ciência venha a encontrar correlações genéticas, o Espiritismo ainda sustentaria que sua origem é espiritual.

Conclusão

As pesquisas científicas sobre mediunidade e genética ainda estão em estágios iniciais. Embora haja indícios de que fatores biológicos possam estar associados à predisposição mediúnica, não há provas conclusivas de que a mediunidade seja determinada geneticamente. O estudo desse fenômeno continua a ser um desafio tanto para a ciência quanto para a espiritualidade, abrindo espaço para novas investigações e diálogos entre esses campos do conhecimento.

Para os espíritas, a mediunidade continua sendo uma faculdade do espírito, enquanto a ciência busca compreender os mecanismos cerebrais e biológicos que possam estar envolvidos. Seja qual for a origem, a mediunidade segue sendo uma ponte entre o material e o espiritual, desafiando nossa compreensão sobre os limites da existência humana.