quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Lei do uso

“E quando estavam saciados, disse Jesus aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca.” – (João, 6:12.)


Observada a lei do uso, a miséria fugirá do caminho humano.

Contra o desperdício e a avareza é imperioso o trabalho de cada um, porque, identificado o equilíbrio, o serviço da justiça econômica estará completo, desde que a boa-vontade habite com todos. 

A passagem evangélica que descreve o trabalho de alimento à multidão assinala significativas palavras do Senhor, quanto às sobras de pão, transmitindo ensinamento de profunda importância aos discípulos. 

Geralmente, o aprendiz sincero, nos primeiros deslumbramentos da fé reveladora, deseja desfazer-se nas atividades de beneficência, sem base na harmonia real.

Aí temos, indiscutivelmente, louvável impulso, mas, ainda mesmo na distribuição dos bens materiais, é indispensável evitar o descontrole e o excesso.

O Pai não suprime o inverno, porque alguns dos seus filhos se queixam do frio, mas equilibra a situação, dando-lhes coberturas.

A caridade reclama entusiasmo, entretanto, exige também discernimento generoso, que não incline o coração à secura.

Na grande assembleia de necessitados do monte, por certo, não faltariam preguiçosos e perdulários, prontos a inutilizar a parte restante de pão, sem necessidade justa.

Jesus, porém, antes que os levianos se manifestassem, recomendou claramente:

 – “Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca.” 

É que, em todas as coisas, o homem deverá reconhecer que o uso é compreensível na Lei, desprezando o abuso que é veneno mortal nas fontes da vida.

Espírito: Emmanuel.
Médium: Francisco Cândido Xavier.
Livro: Pão Nosso.

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