É um chamado à esperança, um lembrete de que a vida prossegue além do corpo físico e de que o amor é o elo que une os mundos visível e invisível.
A Doutrina Espírita nos ensina que a morte não existe como fim, mas como transição natural entre duas formas de existência.
O Espírito, ao deixar o corpo, desperta para a verdadeira pátria, onde continua aprendendo, amando e evoluindo.
Assim, recordar nossos entes queridos não deve ser motivo de desespero, mas de oração, gratidão e serenidade.
Muitos Espíritos permanecem próximos de nós, acompanhando nossos passos e inspirando-nos silenciosamente nas lutas diárias.
Em contrapartida, nossas preces sinceras chegam até eles como bálsamo e luz, auxiliando-os na jornada de aperfeiçoamento.
Por isso, orar pelos mortos é um ato de amor e caridade — um intercâmbio de afeto entre os dois planos da vida.
A lembrança dos que amamos deve vir acompanhada de fé na imortalidade da alma, de confiança na justiça divina e de comprometimento com a própria melhoria moral.
Pois, se a vida continua, o reencontro também é certo — e quanto mais evoluirmos, mais próximos estaremos daqueles que partiram antes de nós.
> “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos.”
— Mateus 22:32
Neste Dia de Finados, em vez de lágrimas de dor, ofereçamos flores de prece e gestos de amor ao próximo.
É assim que transformamos a saudade em luz e o luto em renovação.
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📚 Referências Bibliográficas
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 81ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2009.
(Questões 149 a 165 — sobre a vida após a morte e a separação da alma e do corpo.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 86ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2013.
(Capítulo II — “Meu Reino não é deste mundo”; Capítulo XXVII — “Pedi e obtereis”.)
XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. 67ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2011.
(Capítulos 1 a 5 — sobre o despertar na vida espiritual e o reencontro com os afetos.)
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