"Faça-se contigo como queres." - (Mt: 15,28)
As palavras acima foram ditas por Jesus à pobre mulher cananeia, que suplicava pela cura da filha endemoninhada, e que, sob o endosso da própria fé, logrou o materno intento de vê-la curada.
Não nos esqueçamos, porém, de que, por vezes, a Lei igualmente permite que tudo se nos faça conforme queremos, mesmo sabendo que nem sempre estamos empenhados na obtenção do melhor.
Evitemos, pois, acalentar ardorosamente o que não nos convenha. Não mentalizemos o que, caso se concretize, nos trará imensos dissabores.
Se existem forças que concorrem para o nosso bem, existem aquelas que conspiram contra a nossa paz, e que, solícitas, acorrem à nossa menor inclinação ao mal.
De tanto insistirmos, a Lei Divina, não raro, delibera ceder ao nosso livre-arbítrio para que venhamos a aprender com as consequências da nossa insensatez.
Quantos, depois de obterem o que "pedem", se arrependem amargamente ! Quantos, sem poder, não gostariam de se livrar, de imediato, do que foram longe buscar com suas mãos!
Muitas vezes, não ter o que se quer é ser verdadeiramente feliz, e não alcançar o que se deseja é safar-se de perigo real.
A vida do homem é sempre escolhida previamente por ele, através do que deliberou fazer ou não fazer ou das circunstâncias imprescindíveis ao seu aprendizado.
O homem, na sua atual conjuntura evolutiva, deveria temer ouvir, da parte de Deus, o que costuma dizer um pai ao virar as costas ao filho rebelde aos seus alvitres:
- "Faça-se contigo como queres"!
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)
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