terça-feira, 3 de maio de 2011

POR ENTRE OS DEDOS

"Pois que aproveitará o homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" (Mt: 16,26)



O que tudo quanto pudermos ter nos valerá, sem equilíbrio e discernimento?

O pouco bem-administrado é melhor do que o muito usufruído sem critério algum.

Muita gente anda no mundo com a cabeça trancada em um cofre forte... Outros emocionalmente se abalam, ao menor sinal de queda nas suas aplicações financeiras.

A nossa vida mental não pode repousar sobre o que é transitório, sujeito a mudanças que independem de nós.

Excetuando-se os valores do espírito, todos os demais não são, para sempre, desaparecendo com a fugacidade do minuto que passa.

O homem pode adormecer milionário e acordar completamente pobre.
Toda fortuna amoedada se mostra incapaz de evitar a reincidência de um tumor maligno, quando assim determina o carma.

Onde quer que vivamos, com fé ou sem fé, estamos à mercê da Misericórdia Divina muito mais que imaginamos.

Ninguém pode garantir que o seu coração continuará batendo, enquanto dorme.

Quem não encontra tempo para cuidar da sua saúde espiritual enfrentará a morte com maior pavor do que aqueles que nela temem o suposto nada.

Por mais faça para preservá-la, a vida do homem no corpo de carne lhe escapa por entre os dedos!

A própria imagem, que todos observam e admiram refletida no espelho, é um jogo de luzes, que desaparece a um simples toque no interruptor.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

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