Precisamos de muita paciência na especulação da alimentação, fornecendo ao complexo orgânico as coisas naturais e as forças da natureza, empregadas no amparo as nossas forças, para o bem da nossa própria vida.
A resignação em relação ao que aparece como problema no correr da existência é de grande utilidade, desde quando não faltem o amor e o bem-estar, que surge da alegria.
Procura alimentar-te nos moldes em que se mostra o equilíbrio, sem estimular a vontade exagerada; devemos comer para viver, e não viver para comer.
Não te deixes viciar no que tange à alimentação; procura triturar com perseverança a comida, retirando dela as substâncias da paz orgânica, buscando sempre, onde existem mais experiências, o que falta para enriquecer as tuas.
Alguns dizem que religião nada tem com a alimentação; como se enganam! Tem e muito! Devemos cuidar do corpo e do Espírito, para o equilíbrio interno. Tudo o que aprendemos de bom é útil a vida, como exemplos aos outros.
É justo que tenhamos constância em tudo o que é bom, favorecendo a harmonia, sendo porta aberta para a luz do entendimento. Sejamos pacíficos em tudo o que venhamos a fazer, porque essa tranqüilidade nos faz aceitar o amor e vivê-lo, nos faz aceitar a caridade e vivê-la, nos faz aceitar o perdão e vivê-lo. E esse conjunto de virtudes forma em nossa intimidade a paz, bem como estimula o coração, senão a consciência. Compete a cada um esforçar-se para alcançar o estágio da benevolência que alegra e nos faz crescer na luz de Deus.
O que se chama alimento para que possamos viver não é somente o pão de cada dia; a água é alimento, o ar o é também, como igualmente o amor.
Esses últimos se fazem diretamente sustento para a alma, como também para o corpo e as suas funções entre os dois mundos.
Sejamos ordeiros nas investidas do corpo para a alma e da alma para o corpo, meditando no que ocorre, no sentido de aprender a nos comportar, para melhor tirar proveito das lutas que sempre nos trazem um bom rendimento.
Tenhamos paciência no desenrolar do tempo, que somente assim nós crescemos, deixando fulcros de exemplos para os outros, colhendo os frutos da paz, aquela que o mundo não pode dar. As nossas vidas significam luta permanentemente, porque é no intenso trabalho para aprender que nós instruímos e enriquecemos as qualidades do coração.
Verificamos que, em tudo na vida, estamos nos alimentando; e a escolha é de grande utilidade, sendo que podemos viver bem ou mal, de acordo com o que escolhemos para nos alimentar.
Apaziguar o que vem a nós é o nosso dever, para que surja disso o maior dos ambientes da vida - o Amor.
(Obra: Cura-Te A Ti Mesmo - João Nunes Maia / Miramez).
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