terça-feira, 17 de julho de 2018

Falsas alegações


“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?
Peço-te que não me atormentes.” – (Lucas, 8:28.)

O caso do Espírito perturbado que sentiu a aproximação de Jesus, recebendo-lhe a presença com furiosas indagações, apresenta muitos aspectos dignos de estudo.

A circunstância de suplicar ao Divino Mestre que não o atormentasse requer muita atenção por parte dos discípulos sinceros.

Quem poderá supor o Cristo capaz de infligir tormentos a quem quer que seja?

E, no caso, trata-se de uma entidade ignorante e perversa que, nos íntimos desvarios, muito já padecia por si mesma.

A vizinhança do Mestre,contudo, trazia-lhe claridade suficiente para contemplar o martírio da própria consciência, atolada num pântano de crimes e defecções tenebrosas.

 A luz castigava-lhe as trevas interiores e revelava-lhe a nudez dolorosa e digna de comiseração.

O quadro é muito significativo para quantos fogem das verdades religiosas da vida,categorizando-lhe o conteúdo à conta de amargo elixir de angústia e sofrimento.

Esses espíritos indiferentes e gozadores costumam afirmar que os serviços da fé alagam o
caminho de lágrimas, enevoando o coração.

Tais afirmativas, no entanto, denunciam-nos.

Em maior ou menor escala, são companheiros do irmão infeliz que acusava Jesus por ministro de tormentos.

Espírito: Emmanuel
Médium: Francisco Cândido Xavier
Livro: Pão Nosso

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