sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Pomadas espirituais: placebo, fé ou cuidado integral?

De tempos em tempos, quem frequenta centros espíritas se depara com uma discussão delicada: as pomadas espirituais – como as de Vovô Pedro, Bezerra de Menezes e tantas outras – são só placebo?

Para quem não é espírita, é natural olhar com desconfiança para qualquer produto que traga o rótulo de “espiritual”.
Para quem é espírita, porém, essas pomadas fazem parte de uma vivência de fé, prece e cuidado.
Como conversar sobre isso sem brigar com a ciência, nem desrespeitar a crença de ninguém?


O que a ciência chama de placebo

Antes de tudo, é importante entender o que é placebo.
Na medicina, esse termo designa um recurso sem princípio ativo específico, mas que ainda assim pode produzir melhora em alguns pacientes.

Não se trata de “bobagem” ou “coisa de gente fraca”, e sim de um fenômeno sério, estudado em pesquisas científicas:

  • o cérebro recebe a mensagem de que está sendo cuidado;
  • emoções como confiança, esperança e acolhimento se ativam;
  • o corpo responde com mudanças reais, seja na dor, no humor ou em outros sintomas.

Ou seja: o placebo revela que corpo, mente e emoções estão profundamente ligados.


Onde entram as pomadas espirituais nessa história?

Do ponto de vista de quem olha apenas pela lente material, é fácil dizer:
“Se tem melhora sem princípio ativo conhecido, isso é placebo.”

Já para quem vive a experiência espírita, a lógica é outra:

  • a pomada é preparada dentro de um clima de prece;
  • há toda uma proposta de fluidificação e auxílio espiritual;
  • o uso é acompanhado de confiança em Deus, em Jesus e na equipe espiritual que ampara aquele trabalho.

Então, o que pode parecer “apenas” um produto simples, para o espírita é um símbolo concreto de cuidado espiritual – algo que toca o corpo, mas também o coração.


Placebo ou ponte para o espiritual?

Quando alguém pergunta se essas pomadas são placebo, talvez a melhor resposta não seja um “não” apressado, mas um olhar mais profundo:

  • Se entendermos “placebo” como essa força da mente, da esperança e da confiança…
  • E se aceitarmos que fé e emoção influenciam, de fato, o organismo…

Então podemos dizer que o terreno onde o placebo atua é justamente aquele onde a espiritualidade também encontra espaço para agir.

Para o materialista convicto, isso será “apenas efeito psicológico”.
Para o espírita, é efeito psicológico + ação espiritual, caminhando juntos.


Testemunho, e não prova de laboratório

Aqui mora um ponto honesto que precisa ser reconhecido:
não há exame de laboratório que comprove a existência de fluido espiritual numa pomada.

O que há são:

  • relatos de melhora;
  • experiências pessoais;
  • histórias de famílias que se sentiram amparadas, aliviadas, consoladas.

Do ponto de vista da fé, isso tem valor.
Do ponto de vista científico, isso é testemunho subjetivo, não prova.

Assumir essa diferença com sinceridade é melhor do que tentar forçar uma “cientificidade” que o recurso espiritual não tem – e nem precisa ter.


Fé não substitui médico

Outro cuidado essencial é evitar uma confusão perigosa:
pomadas espirituais não substituem tratamento médico.

É perfeitamente possível – e desejável – que alguém:

  • siga todas as orientações do médico;
  • use os remédios prescritos;
  • faça exames, fisioterapia, procedimentos necessários;
  • e, ao mesmo tempo, recorra à pomada espiritual como complemento, não como única solução.

Fé responsável não manda rasgar receita nem abandonar consulta.
Ela soma: ciência cuidando do corpo, espiritualidade consolando a alma.


Como conversar com quem não é espírita?

Talvez a chave não seja “convencer”, e sim dialogar com respeito.
Em vez de discutir quem está certo, dá para dizer algo assim, em termos simples:

  • Eu sei que, pra você, pode parecer só placebo.
  • Para mim, é uma forma de Deus e da espiritualidade me alcançarem também através desse cuidado.
  • Não tenho como te dar prova de laboratório; tenho minhas experiências.
  • Não peço que você acredite, só que respeite – e eu também respeito o seu olhar.

Esse tipo de postura:

  • não agride a razão do outro;
  • não se envergonha da própria fé;
  • convida ao diálogo, não à disputa.

Quando a cura não vem, o cuidado ainda pode vir

Outro ponto profundo é admitir que nem sempre a cura física acontece, com ou sem pomada, com ou sem tratamento.
Mas isso não significa que nada tenha mudado.

Muitas vezes:

  • a dor diminui;
  • o medo se apazigua;
  • a pessoa se sente abraçada por Deus, mais forte para enfrentar o que vier.

Em linguagem espírita, poderíamos dizer que nem sempre a matéria melhora como queremos, mas o espírito sempre pode ser auxiliado.
E, no caminho da fé, isso também é forma de cura.


Conclusão: entre o frasco e o invisível

As pomadas espirituais são um ponto de encontro entre dois mundos:

  • o mundo visível: o frasco, o toque, o cheiro, o ato de passar a pomada;
  • o mundo invisível: a oração, a confiança, a vibração, a presença amorosa de Deus e dos benfeitores.

Para alguns, isso será “só placebo”.
Para outros, será placebo + fé + cuidado espiritual.

No fim, mais importante do que ganhar uma discussão é viver o que se crê com responsabilidade, amor e respeito, entendendo que a verdadeira cura começa sempre na forma como olhamos para o outro – com julgamento ou com acolhimento.

E é justamente aí que a espiritualidade, silenciosa, continua trabalhando. 🕊️

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial. Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Fractais e Fluido Cósmico Universal: o Universo como um LEGO infinito

Existe alguma relação entre fractais — aqueles desenhos matemáticos cheios de repetições — e o fluido cósmico universal, que o Espiritismo apresenta como a matéria-prima de toda a criação?

A resposta é: sim, como analogia, e é mais simples de entender do que parece.

Imagine que o Universo inteiro é como uma imensa construção de LEGO, mas com peças invisíveis e infinitamente pequenas. A partir dessa imagem, conseguimos ligar matemática, natureza e espiritualidade de uma maneira surpreendentemente harmoniosa.


1. Antes de tudo: o que são fractais?

Fractais são estruturas formadas por padrões que se repetem em vários tamanhos.
Se você der zoom, o desenho aparece de novo, e de novo, e de novo.

Na natureza, vemos fractais em:

  • galhos das árvores
  • nuvens
  • linhas das montanhas
  • rios e seus afluentes
  • flocos de neve
  • até nos vasos sanguíneos humanos

E a ideia central é esta:

De regras simples, repetidas muitas vezes, surgem formas extremamente complexas.


2. E o que é o fluido cósmico universal?

Para o Espiritismo, especialmente em A Gênese e no Livro dos Espíritos, o fluido cósmico universal é:

A matéria-prima fundamental do Universo, criada por Deus.

Tudo — absolutamente tudo — nasce de transformações sucessivas desse fluido:

  • a matéria física
  • os fluidos espirituais
  • as forças e interações da natureza
  • os corpos dos seres vivos

Ele é como o “LEGO primordial” de que Deus dispõe para montar o Universo.


3. O LEGO: a ponte entre os dois mundos

Agora vem a analogia que une tudo:

Se o Universo fosse feito de LEGO…

  • Deus colocaria uma regra simples para a montagem das peças (como os fractais têm regras matemáticas simples).
  • Essas regras se repetiriam em muitos níveis diferentes, criando estruturas gigantescas (galáxias), estruturas médias (planetas), estruturas pequenas (células) e nanoestruturas (átomos).

É exatamente isso que os fractais fazem:
criam o enorme usando repetições do pequeno.

E o fluido cósmico seria o quê?

Seriam as peças de LEGO, mas num nível extremamente sutil — não feito de plástico, mas de energia primordial.


4. A lógica da criação: regras simples, beleza infinita

Quando pensamos no Universo como um LEGO regido por leis divinas, fica claro:

  • Fractais → regras simples gerando formas belíssimas.
  • Fluido cósmico → matéria-prima sutil organizada por leis divinas.

Os dois conceitos se encontram nesse ponto:

O simples, repetido com sabedoria e ordem, gera o complexo, o belo e o harmonioso.

Assim como:

  • uma montanha vista do alto lembra sua versão vista de perto,
  • uma árvore vista inteira lembra o desenho de cada ramo,
  • um átomo lembra o sistema solar na sua estrutura mais básica,

…no LEGO universal, cada “peça” carrega uma lógica que se repete em várias escalas.


5. Deus como o grande construtor

Se a natureza funciona com padrões fractais, e se tudo é estruturado a partir do fluido cósmico universal, então:

Deus seria o grande arquiteto, criando o todo a partir do mínimo, usando leis simples, perfeitas, constantes e harmoniosas.

Nada é aleatório.
Nada é desorganizado.
Tudo segue padrões de ordem, repetição e evolução.


6. O papel dos Espíritos: os “mestres construtores”

Kardec explica que os Espíritos superiores também atuam sobre o fluido cósmico universal, moldando, organizando, harmonizando.

No nosso LEGO-místico, eles seriam:

  • os construtores auxiliares,
  • os engenheiros espirituais,
  • os organizadores das formas e dos fenômenos.

A construção é divina, mas há cooperação inteligente em todos os níveis da existência.


7. Por que isso importa?

Essa analogia nos ajuda a olhar o Universo com novos olhos.

Mostra que a criação é inteligente.

Fractais revelam ordem matemática profunda.
O fluido cósmico revela ordem espiritual profunda.

Mostra que há unidade.

Do átomo à galáxia, tudo segue padrões.
O micro e o macro se espelham — como nas peças que se encaixam repetidamente.

Mostra que Deus não precisa de truques complicados.

Leis simples, combinadas com sabedoria infinita, constroem tudo.


8. Conclusão: um LEGO chamado Universo

Não estamos dizendo que o fluido cósmico é um fractal.
Mas que a maneira como o Universo se organiza — em padrões repetidos, harmoniosos, inteligentes — lembra muito a lógica dos fractais.

É uma ponte bonita que une:

  • ciência,
  • matemática,
  • filosofia,
  • espiritualidade.

E, principalmente, abre a mente de quem observa a criação com curiosidade e encanto.

Se o Universo é um grande LEGO, o fluido cósmico é a peça-base, e os fractais são o manual de instruções da beleza divina.

Referências bibliográficas:

Fluido Cósmico Universal (Espiritismo)


1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

Obra básica da Doutrina Espírita, especialmente as questões sobre a criação, os elementos gerais do universo e o fluido cósmico universal (ver, sobretudo, as questões em torno da matéria e dos fluídos, na primeira parte).


2. KARDEC, Allan. A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo.

Aprofunda o conceito de fluido cósmico universal, sua relação com a matéria e os fenômenos da natureza, trazendo uma visão filosófico-científica da criação e da ação divina sobre o universo.


3. KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns.

Embora o foco seja a mediunidade, há referências importantes ao papel dos fluidos espirituais e à ação dos Espíritos sobre o fluido cósmico, ajudando a entender a “moldagem” fluídica da realidade.



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📘 Referências sobre Fractais e Padrões na Natureza


4. MANDELBROT, Benoit. The Fractal Geometry of Nature.

Obra clássica em que o matemático Benoit Mandelbrot apresenta o conceito de fractais e mostra como estruturas complexas da natureza podem ser descritas por regras simples que se repetem em diferentes escalas.


5. FALCÃO, J. T.; LOPES, A. A. (orgs.). Fractais: uma nova geometria na sala de aula.

Livros e textos didáticos (há vários autores brasileiros) que explicam, em linguagem acessível, o que são fractais, como surgem a partir de equações simples e como aparecem em galhos de árvores, costas de continentes, nuvens, vasos sanguíneos etc.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.

Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

✨ Quando a Justiça é Injusta: As Violações da Lei Mosaica na Prisão e Execução de Jesus

A paixão de Jesus é, antes de tudo, uma narrativa espiritual. Mas também é um acontecimento histórico que revela como o amor divino se manifestou em meio à injustiça humana. Quando revisitamos os episódios que antecederam a crucificação, percebemos que a prisão e o julgamento de Jesus ocorreram em um cenário carregado de irregularidades, violações legais e distorções éticas — especialmente quando confrontados com a própria Lei Mosaica e com as normas do Sinédrio, o conselho religioso judaico da época.

Este artigo não se propõe a discutir a fé, mas a compreender o contexto jurídico e moral que envolveu os últimos passos de Cristo. E, a partir disso, refletir sobre o que Ele nos ensina quando enfrenta a injustiça com mansidão, coragem e fidelidade ao Pai.


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🌙 1. A prisão que não podia acontecer

A Lei judaica era clara: prisões não podiam ser realizadas à noite, a menos que se tratassem de crimes flagrantes — o que não era o caso de Jesus. Ainda assim, Ele foi capturado de madrugada, no silêncio do Getsêmani. Havia pressa em calá-lo, medo de sua influência e temor do povo que O seguia.

A captura às escondidas não é apenas um detalhe: ela simboliza o gesto de ocultar a verdade, de fugir da luz — justamente aquilo que Jesus sempre trouxe consigo.


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🏛️ 2. Um julgamento irregular em todos os sentidos

Jesus não recebeu um julgamento; Ele foi alvo de um ritual de condenação previamente decidido.

O Sinédrio, segundo a tradição, não podia se reunir à noite, não podia julgar na véspera da Páscoa, não podia condenar alguém no mesmo dia do julgamento, e não podia se reunir fora do Salão das Pedras Lavradas, o local oficial.

Nada disso foi respeitado.

A reunião aconteceu na casa do sumo sacerdote, durante a madrugada, às pressas, com testemunhas contraditórias e com a clara intenção de produzir uma sentença, não de buscar a verdade. É a demonstração máxima de um julgamento feito não pela Lei, mas pelo medo.


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🧾 3. Testemunhas falsas e autoincriminação forçada

A Lei Mosaica exigia duas testemunhas concordantes para que alguém fosse condenado à morte. As testemunhas vieram — mas suas versões não batiam. O Sinédrio, que deveria encerrar o caso diante da inconsistência, prosseguiu.

Pressionado, Jesus permaneceu em silêncio.
O sumo sacerdote, então, fez aquilo que a Lei proibia: forçou o acusado a falar contra si mesmo, exigindo que Ele declarasse se era o Cristo, o Filho de Deus.

Jesus respondeu com a verdade.

E foi essa verdade que usaram como “prova” para condená-lo.


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🕊️ 4. Entrega aos romanos: religião usada como política

A condenação final não veio da Lei judaica, mas do poder romano, que sequer aplicava crucificação para delitos religiosos. O Sinédrio precisava de uma acusação política para convencer Pilatos, e assim Jesus foi apresentado como alguém que ameaçava César — uma distorção completa do que Ele pregava.

A união entre religião e poder, usada para destruir um inocente, revela como corações endurecidos podem manipular leis para fins que nada têm a ver com justiça.


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✝️ 5. A injustiça que se transforma em redenção

Toda essa sequência de violações — prisão noturna, julgamento ilegal, testemunhas falsas, pressão para autoincriminação, sentença acelerada — aponta para uma realidade: Jesus foi condenado não pela Lei, mas pela inveja e pelo medo.

E, ainda assim, Ele segue até o fim com serenidade, misericórdia e entrega.
A injustiça humana não anulou a missão divina.
Pelo contrário: tornou mais clara a profundidade do amor que Ele carregava.

Ao enfrentar um tribunal marcado por ilegalidades, Jesus nos ensina que a dignidade de um espírito não depende das circunstâncias externas, mas da verdade que ele abriga.


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🌿 Reflexão Final

A paixão de Jesus não é apenas um relato de sofrimento, mas um convite à consciência.
Cada detalhe aponta para a força da verdade diante da pressão, para a mansidão diante do ódio e para a fidelidade diante da traição.

E também nos lembra de algo essencial:

A justiça humana pode falhar — e falha muitas vezes —, mas o amor que sustenta o Cristo nunca falha.
É nesse amor que somos chamados a caminhar.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

domingo, 9 de novembro de 2025

🌺 Maria Modesto Cravo: A dama da caridade de Uberaba

🌸 Uma vida dedicada ao amor em ação

Maria Modesto Cravo nasceu em 16 de abril de 1899, em Uberaba, Minas Gerais, e desde cedo demonstrou sensibilidade e compaixão. Filha de família simples e de fé, enfrentou a perda da mãe ainda adolescente, fato que aprofundou sua percepção sobre a dor humana e despertou nela o desejo de servir.

Casou-se aos 16 anos com Nestor Cravo e foi mãe dedicada de sete filhos, dos quais três desencarnaram ainda na infância — experiência que a aproximou ainda mais da espiritualidade. A dor, em vez de torná-la amarga, fez florescer nela a força que marcaria toda sua trajetória: a do amor que se transforma em serviço.


💗 A missão de amparar os sofredores

Em uma época em que pouco se falava de saúde mental, Maria Modesto Cravo fundou, em 1933, um sanatório em Uberaba destinado ao atendimento de pessoas com transtornos mentais e sofrimento espiritual. A iniciativa unia cuidados médicos e acolhimento fraterno, antecipando ideias que décadas depois seriam reconhecidas como essenciais à dignidade humana.

Mais tarde, em 1º de maio de 1949, criou o Lar Espírita Maria Modesto Cravo, abrigo para crianças, jovens e mães solteiras, oferecendo não apenas moradia e alimento, mas também evangelização, formação moral e profissional. O lar tornou-se referência em Minas Gerais, irradiando esperança e fé.


🌿 Um exemplo que atravessa o tempo

Desencarnada em 8 de agosto de 1964, Maria Modesto Cravo deixou um legado que ultrapassa as fronteiras do tempo. Diversas instituições e escolas levam seu nome, perpetuando sua presença por meio das sementes que plantou na terra fértil do bem.

Em Uberaba, sua memória é reverenciada com carinho — a mesma cidade que, anos depois, seria também o berço do trabalho de Chico Xavier, outro expoente da caridade cristã. Ambos transformaram a dor em instrumento de luz e compaixão.


🌻 Reflexão final

A vida de Maria Modesto Cravo é um convite à prática da caridade ativa, que não se limita a palavras ou intenções, mas se traduz em gestos concretos de auxílio.
Seu exemplo nos recorda que amar é servir, e que o verdadeiro espiritismo vive e respira na simplicidade do coração que acolhe, escuta e estende as mãos.

“A caridade é o amor em movimento.” — Maria Modesto Cravo


📚 Fontes consultadas


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sexta-feira, 7 de novembro de 2025

CALMA

Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.

Se a razão é a enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades apareceram, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema a serenidade é o teto da alma, pedindo serviço por solução.

Espírito: André Luiz.
Médium: Francisco Cândido Xavier.

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

06 de Novembro - Dia do Riso: Rir Com Respeito Também Eleva

O Dia Nacional do Riso, celebrado no Brasil em 6 de novembro, é um convite simpático para lembrarmos de algo simples e poderoso: a capacidade humana de sorrir, descontrair e partilhar leveza. A data reforça não apenas o bom humor, mas também os benefícios físicos e emocionais do riso, reconhecidos por diversos estudos e práticas terapêuticas.

Mas, para quem busca uma vivência espiritual mais profunda, o riso não é apenas uma explosão de euforia. É também um campo de responsabilidade moral. A mesma energia que alivia pode, se mal direcionada, rebaixar o padrão íntimo, ferir consciências e sintonizar ambientes com faixas vibratórias menos elevadas. A questão não é “rir ou não rir”, e sim “de que estamos rindo — e com quem estamos sintonizando quando rimos?”.

O riso como bênção

Rir faz bem — e isso não é apenas figura de linguagem.

Alguns efeitos reconhecidos do riso equilibrado e espontâneo:

  • Relaxa a musculatura e reduz a tensão.

  • Estimula a liberação de endorfinas, favorecendo sensação de bem-estar.

  • Contribui para a redução do estresse e da ansiedade.

  • Favorece a convivência, aproxima pessoas e cria vínculos de confiança.

  • Ajuda na ressignificação de dores e desafios, sem negá-los.

Estudos em psicologia e medicina psicossomática, assim como práticas como o “yoga do riso”, indicam que o riso saudável pode ser um aliado importante na promoção de saúde física e emocional. 

Do ponto de vista espiritual (em chave cristã-espírita ou ecumênica), a alegria limpa é sinal de gratidão a Deus, confiança na vida e abertura para o bem. A criatura séria não é a criatura carrancuda; é aquela que sabe sorrir sem perder o respeito, brincar sem ferir, aliviar sem humilhar.

Quando o riso deixa de ser luz

O riso, porém, pode se tornar porta de baixa sintonia quando:

  • zomba da dor alheia;

  • ridiculariza pessoas por causa de sua deficiência, raça, crença, corpo, condição social ou história;

  • transforma quedas morais em espetáculo;

  • normaliza a vulgaridade, o deboche sistemático, a crueldade “engraçada”;

  • alimenta ambientes espirituais densos, baseados em sarcasmo agressivo e humilhação.

Do ponto de vista da lei moral, esse riso não é neutro. Ele reforça padrões de pensamento que atraem influências espirituais compatíveis: irmãos ainda presos ao prazer de humilhar, ao desequilíbrio, à desordem moral. Não se trata de medo, mas de lucidez: toda vibração encontra companhia correspondente.

O “humor que derruba” costuma deixar um rastro: sensação de vazio, culpa, clima pesado depois da “brincadeira”, constrangimento de quem foi alvo. É o sinal de que já passou do ponto.

Alegria responsável: como rir sem perder a sintonia elevada

O desafio, especialmente em tempos de redes sociais, é cultivar um riso que cure, e não que contamine. Algumas chaves práticas:

  1. Critério no conteúdo
    Ria, compartilhe, produza humor — mas pergunte-se:
    “Se eu fosse o alvo dessa piada, como eu me sentiria?”
    Se só é engraçado porque humilha alguém, não é bom humor, é violência travestida de graça.

  2. Respeito aos invisíveis
    Piadas com pessoas com deficiência, minorias, vítimas de tragédia, pessoas em sofrimento psíquico ou espiritual não são “brincadeira”. São recusa de empatia. Cada vez que rimos disso, reforçamos um campo mental coletivo que banaliza a dor.

  3. Tom espiritual do ambiente
    Em lares que buscam oração, estudo, Evangelho, centramento, o clima de alegria é bem-vindo — músicas saudáveis, conversas leves, lembranças boas, histórias edificantes. O exagero na malícia, na gritaria, na bebida associada à zombaria, abre brechas vibratórias que depois exigem esforço para recompor a harmonia.

  4. Humor como caridade
    Há quem tenha o dom de fazer rir. Esse dom é sagrado. O comediante, o comunicador, o criador de conteúdo podem ser instrumentos de consolo, esperança e lucidez. Fazer alguém esquecer a dor por alguns minutos com uma boa gargalhada limpa é forma de amparo espiritual.

  5. Discernimento íntimo
    Cada consciência sente quando “passou da linha”. Se depois da piada vem o incômodo, é convite à revisão. Rir do erro, perceber o excesso, pedir desculpas quando necessário, também é crescimento moral.

Rir com o coração em Deus

No horizonte cristão-espírita, o convite é simples: manter o sorriso como expressão do bem que já queremos viver.

  • Rir com as pessoas, não das pessoas.

  • Usar o humor para construir pontes, não para cavar fossos.

  • Celebrar datas como o Dia do Riso lembrando que a verdadeira alegria fala a linguagem do respeito, da empatia e da responsabilidade espiritual.

O riso que nasce da gratidão, da amizade sincera, da convivência fraterna, harmoniza o ambiente, eleva o padrão vibratório e afasta naturalmente presenças espirituais que se alimentam do deboche, da discórdia e da maldade. É possível gargalhar e, ao mesmo tempo, manter o coração em boa sintonia — desde que a consciência permaneça acordada.

Que neste Dia do Riso e em todos os outros possamos escolher o tipo de alegria que deixaremos ecoar em nossa casa, no nosso trabalho, nas redes e, sobretudo, na nossa própria alma.


Referências sugeridas

Sobre o Dia do Riso e seus contextos

  • Agência Brasil. História Hoje: no Dia do Riso, entenda como rir é bom para a saúde. (06/11/2023). Agência Brasil

  • Portal C3. Dia Nacional do Riso. portalc3.net

  • Wikipédia (pt). 6 de novembro – registro das datas comemorativas no Brasil, incluindo o Dia Nacional do Riso. Wikipédia

Sobre benefícios do riso

  • MedAdvance. Você já ouviu falar na ‘ciência do riso’? Saiba como ela faz bem pra saúde. MedAdvance

  • Publicações em psicologia positiva e psiconeuroimunologia (ex.: artigos acadêmicos sobre laughter therapy e bem-estar emocional).

Para aprofundamento moral-espiritual (sem citação literal longa)

  • Allan Kardec – O Evangelho segundo o Espiritismo (cap. IX – Bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; cap. XVII – Sede perfeitos).

  • Emmanuel (psicografia de Francisco Cândido Xavier) – obras como Fonte Viva e Pão Nosso, que abordam alegria cristã, vigilância mental e responsabilidade dos pensamentos.

Texto e imagem produzidos com inteligência artificial.
Autor responsável: José Eduardo Thomé de Saboya Oliveira.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Os obreiros do Senhor

O Espírito de Verdade.

Paris, 1862.


Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.”


Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.”


(Kardec, Allan: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Capítulo XX - Os Trabalhadores da Úlima Hora)
Imagem produzida com inteligência artificial.


terça-feira, 4 de novembro de 2025

Erguer e ajudar

 

 “E ele, dando-lhe a mão, a levantou…” — (ATOS, 9.41)

Muito significativa a lição dos Atos, quando Pedro restaura a irmã Dorcas para a vida.

Não se contenta o apóstolo em pronunciar palavras lindas aos seus ouvidos, renovando-lhe as forças gerais.

Dá-lhe as mãos para que se levante.

O ensinamento é dos mais simbólicos.

Observamos muitos companheiros a se reerguerem para o conhecimento, para a alegria e para a virtude, banhados pela divina claridade do Mestre, e que podem levantar milhares de criaturas para a Esfera Superior.

 Para isso, porém, não bastará a predicação pura e simples.

 O sermão é, realmente, um apelo sublime do qual não prescindiu o próprio Cristo, mas não podemos esquecer que o Celeste Amigo, se doutrinou no monte, igualmente no monte multiplicou os pães para o povo esfaimado, restabelecendo-lhe o ânimo.

Nós, os que nos achávamos mortos na ignorância, e que hoje, por acréscimo da Misericórdia Infinita, já podemos desfrutar algumas bênçãos de luz, precisamos estender o serviço de socorro aos demais.

Não nos desincumbiremos, porém, da tarefa salvacionista, simplesmente pronunciando alguns discursos admiráveis.

É imprescindível usar nossas mãos nas obras do bem.

Esforço dos braços significa atividade pessoal.

Sem o empenho de nossas energias, na construção do Reino Espiritual com o Cristo, na Terra, debalde alinharemos observações excelentes em torno das preciosidades da Boa Nova ou das necessidades da redenção humana.

Encontrando o nosso irmão, caído na estrada, façamos o possível por despertá-lo com os recursos do verbo transformador, mas não olvidemos que, para traze-lo de novo à vida construtiva, será indispensável, segundo a inesquecível lição de Pedro, estender-lhe fraternalmente as nossas mãos.

Espírito: Emmanuel

Médium: Francisco Cândido Xavier.

Livro: Fonte Viva.

"Todo sofrimento é inerente à imperfeição." (Reflexão inspirada em Allan Kardec)

Na trajetória humana, o sofrimento é um dos grandes mestres. Ele surge como consequência natural das imperfeições que ainda trazemos em nosso íntimo — sejam elas morais, emocionais ou espirituais. Essa é a essência da frase de Allan Kardec: “Todo sofrimento é inerente à imperfeição.”

A raiz do sofrimento

Quando observamos as dores humanas, percebemos que grande parte delas não vem de fora, mas nasce de dentro: do orgulho ferido, do egoísmo, da inveja, da impaciência. São sentimentos que ainda carregamos e que nos fazem reagir de maneira desarmoniosa diante das provas da vida.


A dor, portanto, não é um castigo, mas um convite à evolução. Ela desperta a consciência, mostra-nos o que ainda precisa ser lapidado e nos conduz, pouco a pouco, à libertação interior.

A pedagogia divina

Na visão espírita, as dificuldades da existência fazem parte de uma pedagogia divina. Cada experiência dolorosa é uma lição — e não uma punição. Assim como o ouro é purificado pelo fogo, o Espírito se purifica pelas experiências da vida.


Deus, em Sua sabedoria, permite que enfrentemos certas provas para que aprendamos a superar nossas próprias limitações. É nesse movimento que a alma cresce, compreende, perdoa e se transforma.

Sofrer não é fracassar

Muitas vezes, confundimos sofrimento com derrota. No entanto, a dor pode ser uma expressão de força e de maturidade espiritual. Quando a suportamos com serenidade, confiança e fé, transformamos a dor em aprendizado e o pranto em luz.
O sofrimento, então, deixa de ser apenas uma experiência amarga e passa a ser uma ponte para a renovação moral.

A conquista da paz

À medida que nos libertamos de nossas imperfeições — que aprendemos a amar, compreender, perdoar e servir —, o sofrimento diminui. A paz interior surge quando não há mais luta entre o que somos e o que deveríamos ser.


Kardec nos convida, assim, à reforma íntima: um processo contínuo de autoconhecimento e melhoria moral. É nesse caminho que o Espírito encontra a verdadeira felicidade, não mais dependente das circunstâncias externas, mas firmada na harmonia interior.

Conclusão

Refletir sobre o sofrimento sob essa ótica é compreender que ele não é o fim, mas um meio. Ele existe para que despertemos, aprendamos e cresçamos. A dor é a lição; o amor, a resposta.


Referências bibliográficas:

domingo, 2 de novembro de 2025

🌷 Dia de Finados: A Vida que Continua

O Dia de Finados, para o Espiritismo, é muito mais do que um tributo aos que partiram.
É um chamado à esperança, um lembrete de que a vida prossegue além do corpo físico e de que o amor é o elo que une os mundos visível e invisível.

A Doutrina Espírita nos ensina que a morte não existe como fim, mas como transição natural entre duas formas de existência.
O Espírito, ao deixar o corpo, desperta para a verdadeira pátria, onde continua aprendendo, amando e evoluindo.
Assim, recordar nossos entes queridos não deve ser motivo de desespero, mas de oração, gratidão e serenidade.

Muitos Espíritos permanecem próximos de nós, acompanhando nossos passos e inspirando-nos silenciosamente nas lutas diárias.
Em contrapartida, nossas preces sinceras chegam até eles como bálsamo e luz, auxiliando-os na jornada de aperfeiçoamento.
Por isso, orar pelos mortos é um ato de amor e caridade — um intercâmbio de afeto entre os dois planos da vida.

A lembrança dos que amamos deve vir acompanhada de fé na imortalidade da alma, de confiança na justiça divina e de comprometimento com a própria melhoria moral.
Pois, se a vida continua, o reencontro também é certo — e quanto mais evoluirmos, mais próximos estaremos daqueles que partiram antes de nós.

> “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos.”
— Mateus 22:32



Neste Dia de Finados, em vez de lágrimas de dor, ofereçamos flores de prece e gestos de amor ao próximo.
É assim que transformamos a saudade em luz e o luto em renovação.


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📚 Referências Bibliográficas

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 81ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2009.
(Questões 149 a 165 — sobre a vida após a morte e a separação da alma e do corpo.)

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Tradução de Guillon Ribeiro. 86ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2013.
(Capítulo II — “Meu Reino não é deste mundo”; Capítulo XXVII — “Pedi e obtereis”.)

XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Lar. Pelo Espírito André Luiz. 67ª ed. — Rio de Janeiro: FEB, 2011.
(Capítulos 1 a 5 — sobre o despertar na vida espiritual e o reencontro com os afetos.)