"Pois nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada se faz escondido senão para ser revelado." (Mc: 4, 22)
São muitas as pessoas que se especializam em vasculhar a vida alheia.
No intuito de ocultar as suas, querem expor, de público, as feridas morais que dizem
respeito às outras.
Não nos iludamos, porém. Um dia, tudo o que pretendemos esconder em nós, há, espontaneamente, de se revelar. E, então, clamaremos por complacência no
julgamento de que formos alvo.
Jesus, no texto em análise, não se referia apenas à revelação da Verdade pela Ciência,
que, gradativamente, solucionará os enigmas da vida no Universo. O sentindo profundo de suas palavras encontra aplicação em nosso mundo moral.
Sendo assim, não nos façamos agentes da desventura do próximo, espalhando conversas
sobre assuntos que, mesmo correspondendo à realidade, não nos cabe divulgar com o
propósito de desmerecê-lo.
Sejamos benevolentes para com as fraquezas de nossos semelhantes, recordando que,
não raro, o que censuramos em outros é passível de censura muito maior em nós mesmos.
Os que se empenham em destruir a vida de quem seja não sabem que trabalham na
destruição da sua.
Tudo, de bem ou de mal, que fazemos ao próximo, fazemos a nós, como, possivelmente,
também àqueles que mais amamos. Sim, porque o pensamento é irresistível força, atraindo
para o campo de nossa vida todos os acontecimentos, positivos ou negativos, que desejamos
aos outros. Quando não em si, muitos recebem de volta, em seus filhos e netos, a alegria
ou a tristeza, a vitória ou a derrota que fizeram questão de exaltar em alguém.
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)
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