- Senhor, há visitas. Do lado de fora estão Sua mãe e Seus irmãos procurando falar Contigo. Pode interromper a pregação para atendê-los?
Jesus prosseguiu, dividindo seu olhar entre os familiares e a multidão que o esperava. Sabia que sua missão estava acima dos próprios sentimentos e, apesar do desejo de ir ao encontro de sua mãezinha, precisava exemplificar.
Assim, atento às necessidades morais daqueles que o ouviram, certo de que suas palavras ficariam para a posteridade, manifestou-se elevando o tom de voz, com a intenção de ressaltar o ensinamento daquela ocasião.
- Olhe bem ao meu redor, está vendo estas pessoas? Então pergunto: quem é minha mãe? Quem são meus irmãos?
Diante do olhar de incompreensão e incredulidade do mensageiro, Jesus complementou, indicando o povo e seus apóstolos:
- Eis minha mãe, eis meus irmãos, porque todo aquele que fizer a vontade do Pai que está nos Céus, este será minha mãe, estes serão meus irmãos.
O Divino Mestre nos transmitia mais uma grandiosa lição de espiritualidade.
Não são os laços da carne que nos fazem uma família, mas as afinidades do espírito. Por isso enfatizou:
- Pois, todo aquele que fizer a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe.
No final do dia, Jesus reencontrou sua querida mãe e abraçou seus irmãos, mas apenas depois de concluída a palavra e após o atendimento a todos os necessitados.
Eles ainda não compreendiam a essência de Sua nobre missão.
(Obra: Jesus o Divino Amigo - Antonio Demarchi / Irmão Virgílio)
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