A família de Bezerra de Menezes escandalizou-se ao saber que ele tornara-se Espírita. Escreveram, então, uma carta onde o acusavam de se entregar à religião dos demônios.
Bezerra respondeu com uma argumentação incrível onde usava a prece ‘Credo’ (Creio em Deus pai todo poderoso) como argumento, porém de forma diferente. modificando algumas palavras:
“Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da terra, creio em Jesus Cristo Seu direto filho nosso senhor e redentor. Creio que a igreja foi constituída por ele para ensinar a sua santa doutrina e que é assistida pelo espírito santo nesse santíssimo mistério.
Creio na comunhão dos santos, na ressurreição da carne, na vida eterna, não creio na lenda de anjos decaídos por que crer nisso valeria por negar a onipotência e onisciência do senhor.
Não creio que o mal possa vencer o bem eternizando-se como este no reino de Satanás, não creio que o espírito criado pelo senhor possa fazer lhe frente resisitir-lhe e destruir os planos e ver que o senhor permita isso, servindo-se do rebelde para castigar o rebelde por que nesse caso Deus não criou o homem para o bem e felicidade.
Não creio em penas eternas por que Deus é Pai, não creio na infalibilidade do Papa por que assim teríamos um Deus no céu e outro na terra, e a comunhão dos santos significa para mim a comunhão dos espíritos. Eis o meu Credo e digo-lhe que tenho fé viva e esperançosa, esperança firme de subir com ele à sociedade de Deus na eternidade.
Pouco nós resta de vida, a mim e a você, pouco nos falta para nos encontrarmos quando livres da obsessão da carne possamos conhecer se tenho ou não razão.
Paz e amor em Jesus Cristo nosso senhor.”
Adolfo Bezerra de Menezes.
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