quinta-feira, 31 de março de 2011

ATENDAMOS AO BEM

"Em verdade vos digo que quantas vezes o fizestes a um destes meus
irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes." - Jesus.(Mt: 25, 40)



Não só pelas palavras, que podem simbolizar folhas brilhantes sobre um tronco estéril.

Não só pelo ato de crer. que, por vezes, não passa de êxtase inoperante.

Não só pelos títulos, que, em muitas ocasiões, constituem possibilidades de acesso aos abusos.

Não só pelas afirmações de fé, porque, em muitos casos, as frases sonoras são gritos da alma vazia.
Não nos esqueçamos do "fazer".

A ligação com o Cristo, a comunhão com a Divina Luz, não dependem do modo de interpretar as revelações do Céu.

Em todas as circunstâncias do seu apostolado de amor, Jesus procurou buscar a atenção das criaturas, não para a forma do pensamento religioso, mas para a bondade humana.

A Boa Nova não prometia a paz da vida superior aos que calejassem os joelhos nas penitências incompreensíveis, aos que especulassem sobre a natureza de Deus, que discutissem as coisas do Céu por antecipação, ou que simplesmente pregassem as verdades eternas, mas exaltou a posição sublime de todos os que disseminassem o amor, em nome do Todo-Misericordioso.

Jesus não se comprometeu com os que combatessem, em seu nome, com os que humilhassem os outros, a pretexto de glorificá-lo, ou com os que lhe oferecessem culto espetacular, em templos de ouro e pedra, mas sim afirmou que o menor gesto de bondade, dispensado em seu nome, será sempre considerado, no Alto, como oferenda de amor endereçada a ele próprio.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 30 de março de 2011

TENTAÇÃO

"... onde permaneceu quarenta dias, sendo tentado por Satanás..." (Mc: 1,13)


É natural que o homem seja tentado em suas fraquezas e mazelas. Nem Jesus se furtou ao assédio do mal sobre a Terra.


Todavia, como fez o Mestre, é indispensável que perseveremos na resistência solitária, convictos de que o bem prevalecerá.


Não desanimemos de lutar contra o assédio de nossas imperfeições. Todo desafio é oportunidade de fortalecimento.


Quem cede, em si, o menor espaço às trevas termina por mergulhar na mais completa escuridão. Não nos deixemos convencer por qualquer argumento contrário ao que nos diz a consciência.


Quem não consiga lutar de pé, lute de joelhos, mas não se renda ao fracasso. Se ainda não nos sentimos suficientemente fortalecidos para atacar o cerne de nossas imperfeições, combatamo-las perifericamente.


O homem também carece de exercitar a paciência consigo. Em matéria de evolução espiritual, ninguém logra saltar etapas. Toda conquista definitiva é ardua e lenta.


Se Jesus foi tentado por quarenta dias, por que não poderemos sê-lo por quarenta anos ? A tentação não se faz sobre os débeis, mas, sim, sobre os que se tornam dignos dela. Os que se aproximam da luz são alvos preferenciais dos que jazem nas sombras. O mal não se preocupa com quem já se encontra no chão.


(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 29 de março de 2011

A lei de amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes. - Lázaro. (Paris, 1862.)

(Kardec, Allan: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XI)

segunda-feira, 28 de março de 2011

UMA MENSAGEM

Agradeço e peço licença para algumas palavras aos irmãos que tão fraternalmente me recebem.

Irmãos, a cultura espiritual, o estudo espírita são necessários. Porém, só se tornam imprescindíveis, quando o estudante alia tais estudos, tais conhecimentos adquiridos, a prática, isto é, ao corpo-a corpo na Caridade verdadeira que se realiza verdadeiramente quando o Bem é feito eivado de idealismo superior; quando a piedade, a compaixão, atuam na alma e no coração do Obreiro de Jesus, pois que estará-então, realizando o trabalho que o Cristo nos pede aqui na Terra e em toda parte onde estivermos, pois que nos constituímos seus Trabalhadores, levando conosco o Seu Programa Pedagógico de Amor e Paz.

Maria de Nazaré - Mãe Terrena de Jesus, Espírito da mais absoluta pureza, e piedosa, ao ponto de ser criadora no Mundo Espiritual, de hospitais, Postos de Socorro, Asilos e Casas de Apoio e Amparo a todos os sofredores, solicita -agora- atenção especial dos Espíritas-Cristãos, às Mães em geral e, mais especificamente, às Mães mais receptivas dos Espíritos reencarnantes e também aos que encarnam pela vez primeira na Terra, oriundos de Mundos Superiores á Terra, que vêm em missão de Trabalho na estruturação do Mundo de regeneração, neste planeta. Eles estão chegando em massa, do mesmo modo que outros estão saindo em massa da Terra para mundos inferiores, onde encontrarão, as dificuldades necessárias aos seus esforços evolutivos, nos árduos trabalhos, na busca da sobrevivência, ante natureza hostil, e a lei do mais fortes e do mais inteligente.

Mantenhamos nossa solidariedade para com eles e em nossas preces não os esqueçamos nunca. O que Mãe Maria solicita para com os nascituros e suas mãezinhas instaladas nos lugares mais pobres e sem recursos necessários à proteção de seus filhos com a educação moral, principalmente, além da alimentação e o agasalho. Tais Espíritos precisam do labor dos que falam que "FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO", pois são os "Concertadores do Mundo Novo".

(Mensagem de Espírito e Medium Amigos, Grupo Rumo à Paz, em 31.01.2011, no Paraná.)

domingo, 27 de março de 2011

ADULTÉRIO

Uma esposa ainda jovem confiara-nos seu caso. Achamos válido registrá-lo como elucidário para outros corações que atravessem idênticas situações.

Descobriu-se lesada afetivamente pela conduta menos responsável de seu marido e, amargurada, procurou, por várias vezes, consolar-se, buscando a presença amiga de Chico Xavier.

Houve um dia, porém, em que, sentindo-se em desventura maior, compareceu à reunião do Grupo Espírita da Prece, na esperança de encontrar alívio com aquele coração profundamente ligado ao Senhor.

Não foi sem mágoa que trouxe à memória a figura daquela que imprevistamente se impusera como rival. Diante do Chico, deixou que seus sentimentos afloressem e indagou, aflita:

- Chico, o que fazemos para aceitar as pessoas que entram violentamente no direito de felicidade nossa ?

- Minha filha, quando o Cristo nos exortou a perdoar setenta vezes sete vezes, não estava só nos dando um código de moral, mas também de saúde do corpo. Quem perdoa imuniza-se, cria anticorpos... Se o mal não está com você, não lhe dè cadeira!...

Confiou-me a estimada irmã que, quando o Chico lhe deu esta resposta, ela, antes, jamais se sentira envolvida por contagiantes vibrações de amor, carinho e compreensão. Saturara seu espírito de fluidos superiores, fortalecendo o coração para os duros embates da vida.

(Obra: Encontros com Chico Xavier - Cezar Carneiro de Souza)

sexta-feira, 25 de março de 2011

PROTEÇÃO DE DEUS

Clamamos pela proteção de DEUS, mas, não raro, admitimos que semelhante cobertura unicamente aparece nos dias de caminho claro e céu azul.

O Amparo Divino, porém, nos envolve e rodeia, em todos os climas da existência. Urge reconhecê-lo nos lances mais adversos.

Às vezes, o auxílio do Todo Misericordioso tão-somente se exprime através das doenças de longo curso ou das dificuldades materiais de extensa duração, preservando-nos contra quedas espirituais em viciação ou loucura. Noutros ângulos da experiência, manifesta-se pela cassação de certas oportunidades de serviço ou pela supressão de regalias determinadas que estejam funcionando para nós à feição de corredores para a morte prematura.

Proteção de DEUS, por isso mesmo, é também o sonho que não se realiza, a esperança adiada, o ideal insatisfeito, a prova repentina ou o transe aflitivo que nos colhe de assalto.

Encontra-se no amor de nossos companheiros , na assistência de benfeitores abnegados , na dedicação dos amigos ou no carinho dos familiares, mas igualmente na crítica dos adversários, no tempo de solidão, na separação dos
entes queridos ou nos dias cinzentos de angústia em que nuvens de lágrimas se nos represam nos olhos.

Isso ocorre porque a vida é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição, e todos nós com freqüência necessitamos do martelo do sofrimento e do esmeril do obstáculo para que se nos despoje o espírito dos envoltórios
inferiores.

Pensa nisso e toda vez que te sacrifiques ou lutes, de consciência tranqüila, ou toda vez que te aflijas e chores, sem a sombra da culpa, regozija-te e espera o melhor, porque a dor, tanto quanto a alegria, são recursos da proteção de DEUS, impulsionando-te o coração para a luz das bênçãos eternas.

(Obra: Rumo Certo - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Cada Qual

“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” - Paulo (I CORÍNTIOS, 12:4)



Em todos os lugares e posições, cada qual pode revelar qualidades divinas para a edificação de quantos com ele convivem.

Aprender e ensinar constituem tarefas de cada hora, para que colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e de amor.

Quem administra, mais freqüentemente pode expressar a justiça e a magnanimidade.

Quem obedece, dispõe de recursos mais amplos para demonstrar o dever bem cumprido.

O rico, mais que os outros, pode multiplicar o trabalho e dividir as bênçãos.

O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e da dignidade

O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.

O fraco, sem maiores embaraços, pode mostrar-se humilde, em quaisquer ocasiões.

O sábio, com dilatados cabedais, pode ajudar a todos, renovando o pensamento geral para o bem.

O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre a riqueza da boa-vontade.

O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.

O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência no ânimo geral.

Os dons diferem, a inteligência se caracteriza por diversos graus, o merecimento apresenta valores múltiplos, a capacidade é fruto do esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é substancialmente o mesmo.

Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em que nos encontramos.

Repara a posição em que te situas e atende aos imperativos do Infinito Bem. Coloca a Vontade Divina acima de teus desejos, e a Vontade Divina te aproveitará.

(Obra: Fonte Viva - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 22 de março de 2011

Os obreiros de Senhor

Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: "Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra", porquanto o Senhor lhes dirá: "Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!" Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: "Graça! graça!" O Senhor, porém, lhes dirá: "Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a estender-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celestes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra."

Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: "Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus."

O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)

(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XX)

segunda-feira, 21 de março de 2011

PROBLEMAS PESSOAIS

Os teus são problemas iguais aos de todas as pessoas. Por mais te creias infeliz, há outros que jazem em grabatos de maiores dores ou que estão encurralados em sombras mais espessas.

Mesmo que teimes em ignorar, desfilam ao teu lado na passarela da ilusão os campeões do infortúnio e brilham nas disputas sociais os ases do sofrimento sob cargas de desespero que não suportarias.

Os teus são os problemas do quotidiano, que todos experimentam, mas que se avolumam e agravam por leviandade ou rebeldia da tua parte.

Não desconheces que o renascimento é condição impostergável e que ele é exigido a todos os Espíritos endividados para benefício deles mesmos. Ao revés de punição é precioso auxílio que lhes faculta liberação dos pesados débitos
contraídos nos dias da ignorância.

Nenhum de nós tem estado isento de ressarcir... Trânsfugas da reta conduta, somos o que merecemos. A exceção única é Jesus, nosso Modelo e Guia. Mesmo assim, Ele enfrentou problemas sobre problemas até o triunfo na Ressurreição.

A semente que se beneficia e se desdobra no solo fértil enfrenta o problema da terra que a esmaga.

O rio contarolante, que esparze linfa preciosa para a manutenção da vida, experimenta o problema do leito em que corre.

A ave, que chilreia e adorna a natureza, padece o problema da subsistência e do agasalho.

A flor, que aromatiza, sofre o problema do inseto que lhe suga a vitalidade e a fecunda com outro pólen.

A vida em todas as manifestações é uma sucessão de testes e exames a que são submetidos os aprendizes da evolução.

Poupa os teus amigos à litania improdutiva dos teus problemas. Eles também os têm, conquanto não se queixem aos teus ouvidos.

Medita as lições evangélicas e supera-te, banhando teu espírito no precioso
lenitivo da mensagem sublime.

Quando, porém, as tuas dificuldades se fizerem maiores e os teus problemas se tornarem mais difíceis de serem suportados, em atitude de respeito ao teu amigo ou irmão, busca narrá-los com seriedade, sem as complicações
do pieguismo nem as rebeldias da alucinação, ouvindo-lhe, depois, os conselhos, as sugestões, as boas palavras. Se te convierem ou não as diretrizes recebidas toma o caminho que melhor te aprouver.

Evita azorrogar a bondade dos que te escutam com a imposição do que pensas ou a exigência do que desejas. Não desconsideres o teu interlocutor, gerando debate ou desídia. Teu ouvinte é, também, - não te esqueças, -,alguém que luta e sofre sob maior quota de resignação e paciência, digno, portanto, de ser amado e acreditando em ti.

Na via dolorosa, ante as mulheres que O choravam, Jesus advertiu: "Filhas de Jerusalém: não choreis por mim, mas chorai por vós mesmas e por vossos filhos...", caracterizando a necessidade da reflexão e do robustecimento de
ânimo de cada um para o invariável compromisso de enfrentar e liberar-se de problemas.

"No mundo tereis tribulações; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". - João: 16-33.

"O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes novos. Em vez dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida atual, que faz do instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir eterno, ele, o
Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da obra do Criador". - Cap. II - Item 7.

(Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis: Florações Evangélicas - Ed. LEAL).

NASCER DE NOVO

"Em verdade, em verdade, te digo que se alguém não nascer de novo,
não pode ver o reino de Deus." - João, cap.3 - v.3

"Nascer de novo" é tarefa para todos os dias.

Renascer dentro da própria existência física é mais importante do que ganhar corpo novo e simplesmente reencarnar.

A Criação Divina, a cada dia, expande-se e aperfeiçoa-se.

Renascer do erro é admiti-lo e começar a repará-lo.

O homem que, por orgulho ou comodismo, se cristaliza em suas opiniões, vai ficando à margem do dinamismo da Vida.

Disponhamo-nos a recomeçar sempre.

Voltar atrás em decisões equivocadas é prova de grandeza espiritual.

Sejamos como a gleba fértil e generosa que agasalha em seu seio toda boa semente e permite que ela germine...

Ninguém desfruta da saúde espiritual, se não tiver a humildade de reconhecer os seus limites e trabalhar para ampliar os horizontes pessoais.

Crescer não é superar os outros , mas tornar-se maior do que se é, conservando-se pequenino.

Quantos preferem sofrer no erro a serem felizes ao reconhecê-lo ?

O homem que perde a simplicidade é candidato ao desequilíbrio emocional.

Sejamos comedidos em tudo quanto fizermos.

E não ignoremos os companheiros de jornada que gemem, renteando conosco na difícil caminhada.

Quem ama, por mais complexa a decisão, acerta sempre.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sábado, 19 de março de 2011

Não separar o que Deus juntou

Indissolubilidade do casamento

1. Também os fariseus vieram ter com ele para o tentarem e lhe disseram: Será permitido a um homem despedir sua mulher, por qualquer motivo? Ele respondeu: Não lestes que aquele que criou o homem desde o princípio os criou macho e fêmea e disse: -Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se ligará à sua mulher e não farão os dois senão uma só carne? - Assim, já não serão duas, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus juntou.
Mas, por que então, retrucaram eles, ordenava Moisés que o marido desse à sua mulher um escrito de separação e a despedisse? - Jesus respondeu: Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres; mas, no começo, não foi assim. - Por isso eu vos declaro que aquele que despede sua mulher, a não ser em caso de adultério, e desposa outra, comete adultério; e que aquele que desposa a mulher que outro despediu também comete adultério. (S. MATEUS, cap. XIX, vv. 3 a 9.)

2. Imutável só há o que vem de Deus. Tudo o que é obra dos homens está sujeito a mudança. As leis da Natureza são as mesmas em todos os tempos e em todos os países. As leis humanas mudam segundo os tempos, os lugares e o progresso da inteligência. No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos, para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas, as condições que regulam essa união são de tal modo humanas, que não há, no inundo inteiro, nem mesmo na cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido mudanças. Daí resulta que, em face da lei civil, o que é legítimo num país e em dada época, é adultério noutro país e noutra época, isso pela razão de que a lei civil tem por fim regular os interesses das famílias, interesses que variam segundo os costumes e as necessidades locais. Assim é, por exemplo, que, em certos países, o casamento religioso é o único legítimo; noutros é necessário, além desse, o casamento civil; noutros, finalmente, este último casamento basta.

3. Mas, na união dos sexos, a par da lei divina material, comum a todos os seres vivos, há outra lei divina, imutável como todas as leis de Deus, exclusivamente moral: a lei de amor. Quis Deus que os seres se unissem não só pelos laços da carne, mas também pelos da alma, a fim de que a afeição mútua dos esposos se lhes transmitisse aos filhos e que fossem dois, e não um somente, a amá-los, a cuidar deles e a fazê-los progredir. Nas condições ordinárias do casamento, a lei de amor é tida em consideração? De modo nenhum. Não se leva em conta a afeição de dois seres que, por sentimentos recíprocos, se atraem um para o outro, visto que, as mais das vezes, essa afeição é rompida. O de que se cogita, não é da satisfação do coração e sim da do orgulho, da vaidade, da cupidez, numa palavra: de todos os interesses materiais. Quando tudo vai pelo melhor consoante esses interesses, diz-se que o casamento é de conveniência e, quando as bolsas estão bem aquinhoadas, diz-se que os esposos igualmente o são e muito felizes hão de ser.
Nem a lei civil, porém, nem os compromissos que ela faz se contraiam podem suprir a lei do amor, se esta não preside à união, resultando, freqüentemente, separarem-se por si mesmos os que à força se uniram; torna-se um perjúrio, se pronunciado como fórmula banal, o juramento feito ao pé do altar. Daí as uniões infelizes, que acabam tornando-se criminosas, dupla desgraça que se evitaria se, ao estabelecerem-se as condições do matrimônio, se não abstraísse da única que o sanciona aos olhos de Deus: a lei de amor. Ao dizer Deus: "Não sereis senão uma só carne", e quando Jesus disse: "Não separeis o que Deus uniu", essas palavras se devem entender com referência à união segundo a lei imutável de Deus e não segundo a lei mutável dos homens.

4. Será então supérflua a lei civil e dever-se-á volver aos casamentos segundo a Natureza? Não, decerto. A lei civil tem por fim regular as relações sociais e os interesses das famílias, de acordo com as exigências da civilização; por isso, é útil, necessária, mas variável. Deve ser previdente, porque o homem civilizado não pode viver como selvagem; nada, entretanto, nada absolutamente se opõe a que ela seja um corolário da lei de Deus. Os obstáculos ao cumprimento da lei divina promanam dos prejuízos e não da lei civil. Esses prejuízos, se bem ainda vivazes, já perderam muito do seu predomínio no seio dos povos esclarecidos; desaparecerão com o progresso moral que, por fim, abrirá os olhos aos homens para os males sem conto, as faltas, mesmo os crimes que decorrem das uniões contraídas com vistas unicamente nos interesses materiais. Um dia perguntar-se-á o que é mais humano, mais caridoso, mais moral: se encadear um ao outro dois seres que não podem viver juntos, se restituir-lhes a liberdade; se a perspectiva de uma cadeia indissolúvel não aumenta o número de uniões irregulares.

O divórcio

5. O divórcio é lei humana que tem por objeto separar legalmente o que já, de fato, está separado. Não é contrário à lei de Deus, pois que apenas reforma o que os homens hão feito e só é aplicável nos casos em que não se levou em conta a lei divina. Se fosse contrario a essa lei, a própria Igreja seria obrigada a considerar prevaricadores aqueles de seus chefes que, por autoridade própria e em nome da religião, hão imposto o divórcio em mais de uma ocasião. E dupla seria aí a prevaricação, porque, nesses casos, o divórcio há objetivado unicamente interesses materiais e não a satisfação da lei de amor.
Mas, nem mesmo Jesus consagrou a indissolubilidade absoluta do casamento. Não disse ele: "Foi por causa da dureza dos vossos corações que Moisés permitiu despedísseis vossas mulheres?" Isso significa que, já ao tempo de Moisés, não sendo a afeição mútua a única determinante do casamento, a separação podia tornar-se necessária. Acrescenta, porém: "no princípio, não foi assim", isto é, na origem da Humanidade, quando os homens ainda não estavam pervertidos pelo egoísmo e pelo orgulho e viviam segundo a lei de Deus, as uniões, derivando da simpatia, e não da vaidade ou da ambição, nenhum ensejo davam ao repúdio.
Vai mais longe: especifica o caso em que pode dar-se o repúdio, o de adultério. Ora, não existe adultério onde reina sincera afeição recíproca. É verdade que ele proíbe ao homem desposar a mulher repudiada; mas, cumpre se tenham em vista os costumes e o caráter dos homens daquela época. A lei moisaica, nesse caso, prescrevia a lapidação. Querendo abolir um uso bárbaro, precisou de uma penalidade que o substituísse e a encontrou no opróbrio que adviria da proibição de um segundo casamento. Era, de certo modo, uma lei civil substituída por outra lei civil, mas que, como todas as leis dessa natureza, tinha de passar pela prova do tempo.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXII)

sexta-feira, 18 de março de 2011

ADORAÇÃO

Vejamos a diretriz de Jesus na adoração ao Pai Celestial, para assegurarmos equilíbrio à própria fé.

Não observamos o Mestre extasiado na contemplação expectante, exaltando a grandeza de Deus,através da quietude.

Da manjedoura à cruz, anotamo-lo em ardentes demonstrações de trabalho, exemplificando o ideal dinâmico e a caridade sem lindes.

Manifesta veneração ao Supremo Senhor, respeitando as leis estabelecidas, louva-lhe a misericórdia, exercendo a bondade sem limites e permanece em comunhão com Ele, não apenas através da prece meditada no silêncio da natureza, mas também pelo serviço constante ao próximo, no vasto caminho da multidão,onde se destacam enfermos e dementados, desditosos e aflitos de todas as procedências...

Em nossa adoração ao Divino Amigo, não nos esqueçamos do culto incessante ao dever.

Nossos compromissos corretamente solucionados, ainda e sempre, são a melhor forma de consagração do nosso respeito à Providência Divina.

Lembremo-nos de que nos Planos Superiores, Jesus não nos acolherá na condição de adornos preguiçosos.

Estimar-nos-á a cooperação,sem desejar-nos escravos e receber-nos-á o carinho, sem querer-nos inúteis.

E porque nos aguarda na condição de instrumentos vivos e diligentes do Infinito Amor, saibamos adorá-lo, adorando a Deus, cumprindo fielmente nossas pequeninas obrigações de cada dia, de vez que dever bem cumprido na Terra é degrau de ascensão para o Céu.

(Obra: Mais Perto - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 16 de março de 2011

O AMOR NO LAR

Torna-se difícil fazer os corações do mundo entender com exatidão o que realemtne constitui o amor, no campo da atuação doméstica.

Há muitos que se estorcegam na tentavia de encontrar o amor e lançam-se às paixões tormentosas, impondo e ferindo, equivocados na paixão possissiva.

Inúmeros falam do amor, mergulhando na fossa do desejo de domínio inferior, que pouco ou nada tem que ver com a sublime virtude.

No lar, vezes sem conta, o arremedo do amor espalha irresponsabilidade por meio da desconsideração entre cônjuges, do desassisamento, da má condução da prole ou do excesso de dons materiais que osbtrui os canais da percepção do Espírito.

O amor, como ainda é encontrado no clima doméstico, mantém-se aturdido pelo ciúme e pelo egoísmo que desestruturam e congelam as relações, pela desconfiança e pelo fel que passam a porejar entre os seus elementos.

No comportamento de filhos e irmãos, o amor, quando mal entendido, há gerado a absurda competição, tangendo o círculo das vaidades que se aconselham com o orgulho soez.

Quando o amor verdadeiro adentra o lar, ilumina a família e torna-se possível a materialização da boa vontade, do espírito de cooperação, do entusiasmo com vitória do outro, da participação das lutas comuns.

O amor, entronizado no coração dos que amam, não padece de interesses mesquinhos, renuncia quando sabe que, assim, poderá melhor auxiliar.

O amor superior, no seio doméstico, sabe calar para apaziguar infrutíferas querelas ou consegue falar para esclarecer e enlevar, construir e abençoar.

Só no amor, como o apresentou Jesus, os rebentos receberão dos pais a orientação para a vida, como segurança e fidelidade ao vero bem.

E, com esse mesmo amor, na pauta familiar, os filhos se aperceberão que seus genitores são importantes vigilantes do criador, cuidando dos próprios irmãos, convertidos, temporariamente, em filhos da carne, a fim de que todos sejam alinhados nas hostes renovadoras por todos desejadas.

É no reduto doméstico, onde são permitidas tantas liberalidades, mas nem sempre a verdadeira liberdade, que se acha a escola sublime, capaz de estruturar os caracteres diversos, com as lições vividas de ação elevada, desde que o amor a tudo possa conduzir.

A partir desses exercícios de amor e dessa busca feliz, a alma do grupo familiar se distenderá a fim de que consiga estender os braços, com altruiísmo, para abraçar junto a si a família maior que Deus nos concede para o convívio social.

(Obra: Vereda Familia - Raul Teixeira / Thereza de Brito)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Os Outros

"Perguntou-lhe Natanael: De Nazaré pode sair alguma coisa boa?" (Jo: 1,46)



Não menosprezemos ninguém, pois em nada somos melhores do que ninguém.
Para realmente começarmos a sair de nossa mediocridade, convençamo-nos de
nossa insignificância.
Quem menospreza os outros, perseguindo e humilhando, adoece o próprio espírito - e
adoece gravemente !
Saúde mental é paz, e não há quem a possua sonegando oportunidade de ser feliz
aos semelhantes.
A doença que enche os consultórios psiquiátricos é ocasionada pelo remorso de se ter
sido injusto e ingrato, nesta ou em vidas pregressas.
Estendamos a mão e auxiliemos o crescimento do próximo.
Interessemo-nos por quem se encontra nas últimas fileiras e não temamos apagar-nos
para que outros brilhem.
Esqueçamo-nos desta questão do "eu primeiro", sobre tudo e sobre todos.
99% dos que adoecem mentalmente não se importam com o próximo. Nunca se ouviu
falar de um caso de perturbação consumada de quem estivesse empenhando-se no bem.
Ninguém sucumbe por verdadeiramente amar !
Ao contrário, o amor é abençoado cajado que levanta a quem se encontra no chão...
Não olhemos o próximo pelo que ele aparenta - nem pela cor de sua pele, pele sua crença
ou condição social.
De Nazaré, de onde nada de bom se esperava, é que Jesus saiu, e é possível que de onde
e de quem menos esperarmos a nossa bênção virá!

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

domingo, 13 de março de 2011

Confia e entrega

Confia. Confia no Mais Alto, sempre confia.
Confiar significa entregar, aceitar não ter o controle de tudo.
Há momentos em que precisamos deixar o barco correr sozinho, o trem seguir o seu rumo enquanto acompanhamos com os olhos, à distância, sabendo que, em um determinado momento, ele irá sumir do nosso campo de visão.

Mas devemos acreditar que o trem não sairá do trilho, que o barco vai seguir o rumo certo e chegará ao destino, ao porto seguro.

Por mais que o mar esteja revolto, confia e entrega.
Faz o que deve ser feito sem ansiedade, sem medo e entrega.
Este é o máximo que podes fazer.
Se algo não sair exatamente como deveria, aceita e prossegue.
Faz parte da caminhada.
Deus é Pai e saberá supri-lo de tudo o que é de fato imprescindível
para seguir viagem, a viagem da vida, do aprendizado, do crescimento.
A viagem do auto-conhecimento, do conhecimento do outro, do dar e receber,
do perdoar e ser perdoado. Do conquistar e se desprender do que foi conquistado.

O melhor da viagem não é a chegada ao destino, é o percurso, pois através dele é que adquirimos força e sabedoria para atravessar apesar das pedras, dos precipícios, das tentações e percalços.

Chegaremos, sim, ao porto seguro, mas saibamos dar cada passo com persistência, coragem e determinação, cientes de que a vitória é percorrer a estrada sem se desviar, sem voltar atrás, sem desistir, sem se entregar.

A vitória é continuar sempre e superar-se a cada dia.
Esta sim é a vitória a ser alcançada.

Luz e Paz!

(Espírito de Maria Rosa.
Mensagem psicografada pela médium Cristina Barude, em 26/11/2009.)

sexta-feira, 11 de março de 2011

CONTINUA SERVINDO

Supera todos os obstáculos e continua servindo.

Que a dor não te incomode além da justa preocupação.

Não repares, excessivamente, nos fenômenos que te acometem o corpo em
constante desgaste.

É natural que o tempo te imponha limitações aos movimentos.

Harmoniza os teus pensamentos e o teu espírito terá ascendência sobre a forma física em que te expressas.

Mesmo de saúde combalida, cumpre, na medida do possível, com as tuas
obrigações cotidianas.

A inércia voluntária costuma ser fator agravante das chamadas doenças
psicossomáticas.

Não repouses, pois, além do que te seja necessário ao pronto
restabelecimento.

Se for o caso, reduze, sim, as tuas atividades, mas não as deixes de todo.
Embora a passos vacilantes, caminha sempre.

O corpo acamado não te pode impedir de pensar no bem e de desejá-lo. O espírito consciente encontra mil modos de ser útil e dinamizar a própria Vida.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

quinta-feira, 10 de março de 2011

AVANCEMOS

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim," - Paulo, (FILIPENSES, 3:13 e 14,)



Na estrada cristã, somos defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da improdutividade, declarandose acidentados por desastres espirituais.
É alguém que chora a perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.
É o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.
É o missionário que se imobilizou à face da calúnia.
É alguém que lastima a deserção de um consócio da boa luta.
É o operário do bem que clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a dedicação afetiva.É o idealista que espera uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.
É o cooperador que permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às boas obras.
É a mulher que se enrola no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.
É o colaborador que se escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.
É alguém que deplora um erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.
O passado, porém, se guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para o futuro.
É imprescindível exumar o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham a alma.
A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.
Paulo de Tarso, que conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece roteiro seguro ao aprimoramento.
"Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam" - eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.
Centralizemos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem renovar-se.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

quarta-feira, 9 de março de 2011

GUARDEMOS ESPERANÇA

Jesus não nos desampara.

Haverá para nós suprimento do Céu, de acordo com as nossas necessidades.

Deus nos conhece as lutas e problemas e, por intermédio de toda uma infinita falange de abnegados servidores, nos atende e protege nos mais escuros caminhos do mundo.

O tempo correrá.

Transformam-se os dias rapidamente.

As flores da manhã são resíduos do jardim, ao entardecer.

Folhagens robustas, em algumas horas, se convertem no adubo que tornará ao seio do solo para fecundá-la.

A dor de hoje pode ser a bênção de amanhã.

Que as lágrimas nos visitem os olhos mas que a amargura não nos vença.

Aguardemos o bem, preparando o vaso do coração na oficina do trabalho e do amor, para recebê-lo.

Quem acompanha Jesus, jamais perde a esperança.

(Obra: Cartas do Coração - Chico Xavier/André Luiz)

terça-feira, 8 de março de 2011

ESPERANÇA NO FUTURO

Olha bem para essa linha do horizonte,
Onde o céu, encantado, encontra a Terra,
Onde o homem respira, e onde ele erra,
Tendo as marcas de Deus na própria fronte.

Olha, com atenção, esse futuro,
Que o ser humano aguarda, em plena luta,
Entre sorriso e pranto, e na labuta
Pelo império do Amor, lindo e maduro.

Jamais desprezes a tua existência,
Entregando-te à mágoa e ao desalento.
Acende a luz de Deus no pensamento
E serve-O com profunda reverência.

Viver no mundo em luta renitente
Confere-nos valores indizíveis,
Sob a ação do Bons Anjos que, invisíveis,
Dos céus trazem luz para toda a gente.

Aguarda no porvir, que já vislumbras,
A regeneração tão anelada.
Persiste íntegro e nobre na jornada,
E abre-te ao Sol, sem sombras nem penumbras.

Olha o horizonte onde deves chegar,
Após semeares bênçãos nas estradas.
Une-te às Almas Bem-aventuradas,
E deixa-te viver, servir e amar.

Busca manter alterada a tua confiança
Na vontade perfeita do Senhor,
E age no bem, com brio, com valor,
Empunhando o estandarte da esperança.

(Mensagem Psicografada em 21.06.2006 - Raul Teixeira / Rosângela C. Lima)

segunda-feira, 7 de março de 2011

OBJETIVO DE VIDA

"E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiram, disse-lhes: Que buscais ? Disseram-lhe: Rabi (que quer dizer Mestre) onde assistes?" (Jo: 1, 38)




A pergunta que Jesus endereçou a André e a João Evangelista, que, naquele instante,
representavam a Humanidade sem rumo, equivale a esta outra:

- Qual é o objetivo de vida ?

Porventura, já teremos indagado de nós o que buscamos na vida ? Quais, em suma, as
nossas aspirações ? Afinal, o que pretendemos ?
Ninguém logra viver com proveito sem perseguir um ideal de ordem superior.
O egoísmo é causa de inúmeras moléstias da alma.
Sendo filho de Deus, portador de genética divina, o homem que não se doa contraria
a própria natureza.
Não há quem esteja na Terra apenas para satisfazer-se e, não raro, satisfazer-se
ocasionando lesões afetivas a outrem.
A verdadeira felicidade não se alicerça na exploração dos sentimentos alheios.
Sem o mínimo de desapego, nada haveremos de conquistar que realmente valha
alguma coisa.
Que o homem derrame quantas lágrimas quiser, mas não faça ninguém chorar !
Um dos maiores carmas que podemos arranjar para nós mesmos será procurar colher
onde não vertemos uma só gota de suor digno.
A angústia de muita gente sem causa orgânica ou psicológica de fácil diagnóstico tem
sua origem na exploração desmedida a que submete o patrimônio da Vida sem
nada lhe dar em troca.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

quarta-feira, 2 de março de 2011

SE VOCÊ AJUDAR


Se você ajudar, tudo o que hoje parece ruína e fracasso surgirá amanhã renovado em
dons de renascimento e vitória.

A permanência na Terra é curso de melhoria.

Entretanto, como atingir o divino objeto, se você cristaliza o potencial da simpatia e daboa vontade, na expectativa inoperante em torno do gesto de seu irmão? Como alcançar a alegria se nos confiamos à tristeza, animar a outrem, se nos rendemos às sugestões do desalento e levantar a fé no coração do próximo, se estimamos a posição horizontal da preguiça interior na incerteza?

Se você ajudar, porém, o mau se fará melhor e o bom se revelará excelente; as mãos enrijecidas na avareza abrir-se-ão ao seu toque de bondade e o coração endurecido descerrar-se-á, de novo, à luz, diante de sua manifestação de assistência espontânea.

A gentileza é a filha dileta da renúncia e guarda consigo o dom de tudo transformar, em favor do infinito bem.

Não se mantenha sob o frio do desânimo ou sob a tempestade do desespero.

Venho para o clima da cooperação e da solidariedade e use a chave milagrosa do sorriso de entendimento, que auxilia para a felicidade alheia.

Ampare a você mesmo, auxiliando aos outros.

Você não deve exigir o socorro do mundo, quando a verdade é que o mundo nos tem dado quanto pode e hoje espera confiante o socorro nosso.

Creia, pois, no poder do serviço e da bondade e convença-se de que tudo se converterá hoje em alegrias e bênçãos para seu caminho se você ajudar.

(Obra: Nosso Livro - Chico Xavier / André Luiz)