segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MELANCOLIA

"Pululam em torno da Terra os maus Espíritos em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo." (A Gênese - Cap.XIV - Item 45 )

Expulsa a melancolia da tua alma, essa hóspede teimosa que te envolve no dossel de mil amarguras, segredando desânimo e desassossego.

Ninguém está a sós na sua dor.

Melancolia é também enfermidade ou síndrome de obsessão... Olhos vigilantes contemplam tua
aflição; ouvidos discretos registam os apelos da tua soledade.

Há muitos que, acompanhados, caminham em indescritível solidão e há solitários que, seguindo,
recebem a contribuição de acompanhantes afervorados.

Não suponhas que as lágrimas estanques em teus olhos afoguem todas as tuas esperanças,
considerando que muitos olhos incapazes de filtrar o raio luminosos se apagam, experimentando
nas lágrimas o doce banho de refazimento.

Sai do casulo do "eu" e analisa as chagas expostas da humanidade em desalinho e não te atrevas a
desconsiderar a misericórdia divina, que coloca bálsamo nas feridas ocultas do teu coração.

Estuga o passo na desabalada jornada do desespero.

Detém o corcel das tuas aflições e faze a viagem de volta ao oásis da confiança divina.

Além de ti, na véspera ensolarada, o lírio medra esguio e solitário, embalsamando o ar para sofrer o colibri aligeirado que lhe rouba néctar e conduz o pólen que o reproduz adiante!

Longe de tua dor há dores salmodiando sinfonias inarticuladas de resignação.

Se não podes submeter-te ao imperioso testemunho que te vergasta, dobra-te sobre o assoalho da paciência e aguarda a madrugada do porvir.

A noite que faz dormir os seareiros operosos, desperta vigilantes para as tarefas noctívagas.

Há esplendor em toda a parte para quem deseja descobrir tesouros nas estrelas fulgurantes no
crepe noturno.

Espera mais, alenta o bom ânimo!

A característica da fraqueza é a fragilidade de forças no ponto vulnerável do sofrimento.

Rogaste, antes do mergulho carnal, a alta concessão do testemunho em soledade, em abandono,
sem parentes.

Agora, lembra-te de Jesus, e em todas as tuas horas reparte da mesa rica das aflições as pequenas quotas dos teus rápidos sorrisos com aqueles cujo boca se entorpeceu na inanição e não n'a podem abrir para entoar melodias de alegre esperança.

Esparze a quota do teu suor, enxugando suores que não encontram sequer uma toalha gentil em mãos compassivas para lhes coletar as bagas.

Se desejas sucumbir, porém, ao peso egoísta da inflamação dos teus desencantos doa-te ao
Mártir Galileu e torna a tua vida, considerada morta, um verdadeiro sendeiro sublimante para aqueles que desejam viver e sobreviver e não possuem combustível que lhes alimente a chama da jornada carnal.

Enxuga as tuas lágrimas e busca aquele Consolador preconizado por Jesus, que viria restabelecer a verdade na Terra, e ficaria, em Seu nome, ao lado dos homens até a consumação dos evos.

Abraçado a esse sublime consolo da doutrina Espírita, que te amplia, além dos horizontes da vida, as perspectivas da eternidade, sonha com o teu amanhã ridente e confia no reencontro mais tarde, depois que as sombras da morte se abatam sobre tuas células cansadas e o sol glorioso da vida te aponte o céu sem fim da felicidade.

(Obra: ESPÍRITO E VIDA - Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis - Ed. LEAL).

JESUS VEIO

Ele veio e é a "luz do mundo".

Depois dEle, nunca mais a treva se fez vitoriosa.

Enquanto predominavam a violência, a agressividade, a escravidão dos vencidos, o vilipêndio dos valores morais a benefício da força e do orgulho, Jesus veio ter com os homens.

Toda a sua vida constitui até hoje a afirmação do espírito invencível sobre a precariedade das coisas utópicas do mundo.

Assinalando com a humildade o Seu berço, demonstrou que cada um é a soma das aquisições pessoais intransferíveis, que se sobrepõem às situações e enganosas distinções da vilegiatura física dos povos.

Nenhum estardalhaço em Seu ministério se registra, privilégio nenhum.

Caracterizado pela nobreza e elevação espiritual de que se encontrava investido, propôs o amor como terapêutica para a violência e o viveu integralmente.

Nunca traiu o postulado em que alicerçou a sua mensagem de esperança e paz.

Deu-se a si mesmo em todos os lances da vida, olvidando-se, intimorato, das próprias conveniências, pensando nas criaturas humanas e submisso às superiores determinações do Pai.

Exaltando o amor, como caminho único para alcançar a felicidade, tornou-se o amor, por enquanto ainda não amado.

Ele veio, e Sua vida mudou os rumos do pensamento, estabelecendo diferente diretriz histórica.

Com Ele surgiu o homem integral, protótipo perfeito que Deus nos "concedeu para servir de modelo e guia".

Identifica-te com Ele, deixando-te impregnar pelos Seus exemplos, a teu turno apresentando-O aos companheiros do processo evolutivo, em que te encontras.

Em situação alguma te afastes dEle.

Pensa no labor que Ele desenvolveu e aceita-lhe o convite para O seguir.

Hoje, mais do que nunca, quando novamente a violência e o crime se dão as mãos, a dor e o desespero explodem em todo lugar, vive Jesus, trazendo-O de volta, pelo teu exemplo aos que ainda não O conhecem devidamente.

Ele veio e nunca se apartou de nós.

Não importa que a data do Seu nascimento seja simbólica.

Inquestionável é o fato: Ele veio e ninguém conseguiu realizar até hoje o que Ele fez.

Faze a tua parte, e evoca-Lhe o Natal em todos os dias da tua vida, tornando-a sinfonia de feitos.

Se te parecer difícil lográ-lo, inicia, neste Natal, o dia novo da tua perfeita comunhão com Jesus, auxiliando o nascimento dEle em outros Espíritos e prosseguindo sem cansaço até o momento da tua libertação total.

Faze do dia de Natal o teu momento de paz, que se tronará um permanente compromisso com Jesus, em favor das criaturas para as quais Ele veio.

Obra: OFERENDA (Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis) - Ed. LEAL).

REFLEXÕES

Dor alguma se eterniza.
Não há problemas sem soluções.
Toda prova é oportunidade de crescimento.
Sem luz própria, ninguém caminha.
Toda ascensão é solitária.
O testemunho é inevitável.
As ilusões passam.
A Verdade se impõe por si mesma.
O fruto amadurece na época propícia.
Tudo está previsto na Lei.
A ordem do Universo não se subverte.
Felicidade é conquista.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

RENOVEMO-NOS DIA A DIA

"...Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis
qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Paulo
(ROMANOS, 12:2)



Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.
Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.
Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida, e, com ela, o conhecimento da "perfeita vontade de Deus", a
nosso respeito.

(Obra: FONTE VIVA - Francisco Cândido Xavier / Emmanuel - Cap. 107 - FEB)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SIMPLICIDADE

Era Ele tão simples que nasceu sem a proteção das paredes domésticas.
Não encontrou senão alguns homens iletrados e rudes que lhe apoiaram o trabalho na construção da obra imensa.
Ensinava as revelações do Céu nas praias e nos campos, quando não estivesse em casas e barcos emprestados.
Conversou com mulheres anônimas e algumas crianças esquecidas.
Todos os infelizes se lhe fizeram a grande família.
Valorizava a amizade, com tanto devotamento, que chorou por um amigo
morto.
Alimentou os que tinham fome.
Restaurou os doentes e defendeu todos aqueles que se vissem humilhados pela injustiça.
Aconselhou o respeito para com as autoridades do mundo e a obediência perante as leis de Deus.
Pregou sempre o Amor e a Concódia, a solidariedade e o perdão, a paciência e a alegria.
Mas porque se abstivesse de partilhar o carro das vantagens terrestres, foi conduzido à cruz e a morte dele passou como sendo a de um malfeitor.
Entretanto, desde o extremo sacrifício, transformou-se no símbolo da paz e renovação para o mundo inteiro.
Este herói da simplicidade tem o nome de Jesus Cristo, seu poder cresce com os séculos e a sua mensagem, ainda hoje quanto sempre, é a esperança dos povos e a luz das nações.

(Obra: Seara da Fé - Chico Xavier / André Luiz)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NA VIAGEM DA TERRA

O Plano Físico é comparável a um mar de inquietações e problemas, coalhado de embarcações, conduzindo passageiros diversos.

Do transatlântico de alto nível à piroga mais simples, quase todos eles enfrentam um oceano repleto de perigos; rochedos de incompreensão exigem cautela e entendimento; icebergs de indiferença provocam o naufrágio de muitos; ondas avassaladoras de ódio espalham desequilíbrio em múltiplas direções; a ventania da discórdia assopra a delinqüência, conturbando-lhes o clima espiritual; de quando a quando, surgem irmãos que enlouqueceram, transformando-se em piratas da violência e seres ocultos, nas profundezas das águas, rondam as naves no cotidiano, aguardando presas fáceis.

Se consegues mentalizar o quadro que apresentamos, sabes igualmente que a sinalização de Jesus continua funcionando corretamente, na garantia de todos os viajadores que lhe buscam as instruções na laboriosa travessia.

É por isso, coração fraterno, que te pedimos, por amor ao Celeste Amigo: onde estiveres e como estejas, como penses e como creias nos poderes do bem, auxilia aos companheiros do mundo e sê para eles uma benção de paz nas ilhas da esperança.


(Obra: Sinais de Rumo - Chico Xavier / Meimei)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AUTOLIBERTAÇÃO

"Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada
podemos levar dele." - Paulo, (I TIMOTEO, 6:7.)



Se desejas emancipar a alma das grilhetas escuras do "eu", começa o
teu curso de auto-libertação, aprendendo a viver "como possuindo
tudo a nada tendo", "com todos e sem ninguém".
Se chegaste à Terra na condição de um peregrino necessitado de
aconchego e socorro e se sabes; que te retirarás dela sozinho,
resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em favor do teu
crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembra-te de que, por força das leis que governam os destinos, cada
criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência
da auto-superação.
Consagra-te ao bem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de
tudo, por amor ao próprio bem.
Realmente grande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a
vida infinita.
Não te imponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia; não
dispensarás o concurso alheio na execução de tua tarefa.
Jamais suponhas que a tua dor seja maior que a do vizinho ou que as
situações do teu agrado sejam as que devam agradar aos que te
seguem. Aquilo que te encoraja pode espantar a muitos e o material
de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.
Sobretudo, combate a tendência ao melindre pessoal com a mesma
persistência empregada no serviço de higiene do leito em que
repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil ao coração. Guardar o
sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivar
espinhos alheios em nossa casa?
Desanuvia a mente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de
que acertaremos as nossas contas com Quem nos emprestou a vida e
não com os homens que a malbaratam.
Deixa que a realidade te auxilie a visão e encontrarás a divina
felicidade do anjo anônimo, que se confunde na glória do bem
comum.
Aprende a ser só, para seres mais livre no desempenho do dever que
te une a todos, e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste, que
esposou o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos da
advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer
patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e
manifesto é que nada podemos levar dele".

Obra: FONTE VIVA (Francisco C. Xavier / Emmanuel) - FEB.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

Que podem significar estas palavras: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tomar perceptível.
A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.


(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXIII)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

COMO PERDOAR

Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre nos e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança se nos azeda no coração.

Isso acontece porque, geralmente, as magoas mais profundas repontam entre os Espiritos vinculados uns aos outros na esteira da convivencia.

Quando nossas relações adoecam, no intercambio com determinados amigos que, segundo a nossa opiniao pessoal, se transfiguram em nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: “como perdoar, se perdoar nao se resume a questão de labios e sim a problema que afeta os mais intimos mecanismos do sentimento?”.

Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as criaturas em desacerto pertencem a Deus e nao a nos; que tambem temos erros a corrigir e reajustes em andamento; que nao e justo rete-las em nossos pontos de vista, quando estao, qual nos acontece, sob os designios da Divina Sabedoria que mais convem a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. Em seguida, recordemos as bençãos de que semelhantes criaturas nos terao enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidao, conforme a vida nos preceitua.

Lembremo-nos tambem de que Deus ja lhes tera concedido novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que sera desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal da vida, quando o proprio Deus nao lhes sonega Amor e Confiança.

Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando os teus adversarios como autenticos irmaos teus, - tao necessitados do Amparo Divino quanto nos mesmos, penetraras a verdadeira significação das palavras de Cristo: “Pai, perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua propria alma.

Entao, saberas oscular de novo a face de quem te ofendeu, e quem te ofendeu encontrara Deus contigo e te dira com a mais pura alegria no coração: “bendito sejas...”.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

sábado, 4 de dezembro de 2010

BENS E MALES

Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens.
Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas.

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo.
Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois.

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina.

Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior.

Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo..

Se desejas entesourar na estrada o em dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva.

Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

(Obra: Passos da Vida - Chico Xavier / Scheilla)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CURA DO ÓDIO

“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de
fogo sobre a sua cabeça.” — Paulo.(ROMANOS, 12, 20)



O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras.
Às vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranqüilidade.

Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho.

Quase sempre, o aprendiz de boa-vontade desenvolve o máximo das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de amor passam por ele despercebidos.

Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não
convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura bem-intencionada em gestos bajulatórios. Espere-se pela oportunidade
de manifestar o bem.

Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao amor, o serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal.
Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio, cheio de expressões infernais.

(Francisco Cândido Xavier / Emmanuel: Pão Nosso - Cap. 166)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LUZ NO LAR

Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.
Em casa, começa nossa missão no mundo.
Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.
Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.
Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.
Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.

(Obra: Luz no Lar - Chico Xavier / Scheilla)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PASSO ACIMA

Burilamento moral e pratica do bem constituem o clima da caminhada para a
frente, no Reino do Espirito, mas nao podemos esquecer que todo obstaculo e marcador
de oportunidade do passo acima, na senda da elevacao.
Na escola, forma-se o aluno, teste a teste, para que se lhe garanta o
aprendizado cultural.

No educandario da vida, o espirito, de prova em prova, adquire o merito
indispensavel para a escalada evolutiva.
Toda licao guarda objetivo nobilitante, que se deve alcancar, atraves do estudo.
Qualquer dificuldade, por isso, se reveste de valor espiritual, que precisamos
saber extrair para que faca acompanhar do proveito justo.
Em qualquer estabelecimento de ensino, variam as materias professadas.
Em toda a existencia, as instrucoes se revelam com carater diverso.
E assim que a hora do passo acima nos surge a frente, com expressoes sempre
novas, possibilitando-nos a assimilacao de qualidades superiores, em todos os sentidos.

Tentação, ― degrau de acesso a fortaleza espiritual.
Ofensa recebida, ― ocasiao de ganhar altura pela trilha ascendente do perdão.
Violencia que nos fira ― ensejo para a aquisicao de humildade.
Sofrimento ― vereda para a obtenção de paciencia.
Necessidade no proximo significado em nos o impositivo da prestacao de
servico.

Quando a incompreensão ou a intolerancia repontam nos outros, tera chegado
para nos o dia de entendimento e serenidade.
Não te revoltes, nem te abatas, quando atribulações te visitem. Desespero e
rebeldia, alem de gerarem conflito e lagrimas, sao das respostas mais infelizes que
podemos dar aos desafios edificantes da vida.
Deus nao nos confiaria problemas, se os nossos problemas nao nos fossem
necessarios.
Todo tempo de aflição e tempo do passo acima. De nos depende permanecer
acomodados a sombra ou avancar, valorosamente, para a obtencao de mais luz.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

VIGIEMOS E OREMOS

"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação." - (Mt: 26,41)



As mais terríveis tentações decorrem do fundo sombrio de nossa individualidade, assim como o lodo, mais intenso, capaz de tisnar o lago, procede do seu próprio seio.
Renascemos na Terra com as forças desequilibradas do nosso pretérito para as tarefas do reajuste.
Nas raízes de nossas tendências, encontramos as mais vivas sugestões de inferioridade. Nas íntimas relações com os nossos parentes, somos surpreendidos pelos mais fortes motivos de discórdia e luta.
Em nós mesmos podemos exercitar o bom ânimo e a paciência, a fé e a humildade. Em contacto com os afetos mais próximos, temos copioso material de aprendizado para fixar em nossa vida os valores da boa-vontade e do perdão da fraternidade pura e do bem
incessante.
Não te proponhas. desse modo, atravessar o mundo, sem tentações. Elas nascem contigo. assomam de ti mesmo e alimentam-se de ti, quando não as combates. dedicadamente, qual o lavrador sempre disposto a cooperar com a terra da qual precisa extrair as boas sementes.
Caminhar do berço ao túmulo sob as marteladas da tentação é natural. Afrontar obstáculos, sofrer provações. tolerar antipatias gratuitas e atravessar tormentas de lágrimas são vicissitudes lógicas da experiência humana.
Entretanto, lembremo-nos do ensinamento do Mestre, vigiando e orando. para não sucumbirmos às tentações. de vez que mais vale chorar sob os aguilhões da resistência que sorrir sob os narcóticos da queda.

Obra: (Francisco Cândido Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

AGRADECIMENTO

Na vida terrestre, bem podemos entender que toda a relação entre os seres e
o Criador da Vida é demarcada pelo fenômeno do agradecimento.
A natureza sabe ser grata pelas ofertas do Criador, dando aos humanos
sublimados exemplos nesse sentido.
O solo costuma agradecer ao Pai do Céu pela confiança do lavrador, quando
guarda em seu seio as sementes prenhes dos recursos potencializados do
futuro vegetal. O agradecimento do solo, assim, é a promoção da germinação
da semente aninhada sob sua calidez.
O vegetal agradece a DEUS enfeitando-se de flores, muitas vezes detentoras
de raros perfumes e de cores exóticas. As flores, por sua vez, agradecem a
ramagem que as sustenta, homenageando a vida com a oferta de seus frutos.
A brisa rende graças ao Senhor por poder movimentar-se, celeremente, em todo
lugar, e, por isso beija as florações, refrescando-as, carinhosamente. As
florações são agradecidas à brisa refrescante embalsamando-a com seu
perfume.
A corrente fluvial agradece pelo leito em que se estira, no seu rumo para o
mar, fertilizando as suas margens, que se tornam áreas abençoadas pela
fertilidade.
As aves são gratas à vida e, por isso, emitem seu mavioso canto, enchendo de
sonora harmonia seus espaços.
O Sol é reconhecido ao Criador por sua natureza estelar, e, por esse motivo,
além de projetar seu brilho sobre o corpo lunar, opaco, tornando-o
formidável lâmpada que derrama prata sobre a imensidão, esparge sementes de
vida por todos os planetas que se lhe tornaram satélites.
A lua se mostra agradecida ao Supremo Pai e coopera grandemente para os
movimentos das marés, que, agitando a enorme massa líquida, contribui para o
equilíbrio planetário.
Como bem podemos ver, é verdade que tudo se une em agradecimento ao nosso
Pai Maior. Cada coisa ou cada ser, a seu modo, sabe ser penhorado.
Pense, então, a respeito das suas relações com a vida e sobre o modo como
tem se mostrado grato a DEUS. Importante é que, muito embora possamos orar a
DEUS, com entusiasmo ou com tristeza
n'alma, no cerne da nossa oração possamos não apenas pedir, mas, também,
louvar e agradecer ao Dispensador Absoluto, através de uma existência rica
de belezas, plena de construções nobilitantes, para que se estabeleça em
cada um de nós a sonhada ventura, patrimônio inalienável de quem aprende a
agradecer pelas bênçãos que recebe a cada momento, contribuindo com os
projetos do Pai pelos caminhos do mundo.

(Mensagem psicografada em 25.12.2002 - Niterói - RJ - Raul Teixeira/Rosângela)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ADVERSIDADES E PERCALÇOS

As adversidades são naturais no caminho evolutivo de todos os seres.
Aprende a enfrentá-las com tranqüilidade.
Não compliques o destino com a tua rebeldia e insensatez.
Administra os teus problemas - aqueles que criaste inadvertidamente e os que
te foram criados por outros.
O que te desafia a capacidade de solução e convivência é justamente o que te
faz ser mais do que és.
Ante qualquer impasse, asserena-te primeiro e age depois.
Não te aflijas hoje, pela dificuldade de amanhã.
Se é noite e desaba a tempestade, o dia pode amanhecer ensolarado.
Não tomes nenhuma decisão importante em clima psicológico e emocional
alterado.
Apenas a atitude correta não deve ser deixada para mais tarde.
A idéia do bem, quando surge, surge no tempo de sua imediata aplicação.
Adversidades e percalços são degraus de uma escada, cuja função precípua é a
de conduzir para o alto.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

Mensagem de Joanna de Ângelis

Dilui a queixa sistemática, que te torna uma pessoa de difícil convivência.

É muito desagradável a companhia de alguém que está sempre a reclamar, vendo defeitos em tudo e desejando que o mundo gire na sua órbita e de conformidade com a sua maneira de ver as coisas.

Não poderás modificar os outros, porém, deves empenhar-te para conseguir a própria transformação para melhor.

Se tudo te desagrada e estás, costumeiramente, reclamando, cuidado, porquanto esta é uma atitude de quem está de mal com a vida e vive mal consigo mesmo.

É necessário que te toleres, aprendendo a ser tolerante com o próximo.

domingo, 21 de novembro de 2010

PERANTE OS CAÍDOS

Tao facil relegar ao infortunio os nossos irmãos caidos!... Muitos passam por
aqueles que foram acidentados em terriveis enganos e nada encontram a fim de
oferecer-lhes, senão frases como estas: "eu bem disse", "avisei muito"...
No entanto, por tras da queda de nosso amigo menos feliz estão as lutas da
resistencia, que so a Justica Divina pode medir.
Este foi impelido a delinquencia e faz-se conhecido agora por uma ficha no
cadastro policial; mas, ate que se lhe consumasse a ruina, quanto abandono e quanta
penuria tera arrastado na existencia, talvez desde os mais recuados dias da infancia!...
Aquele se arrojou aos precipicios da revolta e do desanimo, abraçando o delirio da
embriaguez; contudo, até que tombasse no descredito de si mesmo, quantos dias e
quantas noites de aflição tera atravessado, a estorcegar-se sob o guante da tentação
para nao cair!... Aquela entrou pelas vias da insensatez e acomodou-se no poço da
infelicidade que cavou para si propria; todavia, em quantos espinheiros de necessidade e
perturbação ter-se-a ferido, ate que a loucura se lhe instalasse no cerebro
atormentado!... Aquele outro desertou de tarefas e compromissos em cuja execução
empenhara a vitoria da propria alma e resvalou para experiencias menos dignas,
comprometendo os fundamentos da propria vida; no entanto, quantas lágrimas vertido,
até que a razão se lhe entenebrecesse, abrindo caminho a irresponsabilidade e a
demencia!...
Diante dos companheiros apontados a censura, jamais condenes! Pensa nas
trilhas de provação e tristeza que haverão perlustrado ate que os pés se lhes
esmorecessem, vacilantes, na jornada dificil! Reflete nas correntes de fogo invisivel que
lhes terao requeimado a mente, ate que cedessem as compulsoes terriveis das trevas!...
Então, e so então, sentiras a necessidade de pensar no bem, falar no bem,
procurar o bem e realizar unicamente o bem, compreendendo, por fim, a amorosa
afirmacao de Jesus: "Eu nao vim a Terra para curar os sãos".

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Em família

Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” – Paulo (I Timóteo, 5:4)



A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos sinceros do Cristianismo.

Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.

O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas, entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las, aguardando a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se, por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas, ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas. Ninguém despreze, portanto, esse campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão. Constituiria falta grave esquecer-lhes as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a uma casa pequena – aquela em que a Vontade do Pai nos sitiou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa realização essencial.


Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier / Emmanuel – Ed.: FEB.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Aliança da Ciência e da Religião

A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana: uma revela as leis do mundo material e a outra as do mundo moral. Tendo, no entanto, essas leis o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se fossem a negação uma da outra, uma necessariamente estaria em erro e a outra com a verdade, porquanto Deus não pode pretender a destruição de sua própria obra. A incompatibilidade que se julgou existir entre essas duas ordens de idéias provém apenas de uma observação defeituosa e de excesso de exclusivismo, de um lado e de outro. Daí um conflito que deu origem à incredulidade e à intolerância.
São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo têm de ser completados; em que o véu intencionalmente lançado sobre algumas partes desse ensino tem de ser levantado; em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, tem de levar em conta o elemento espiritual e em que a Religião, deixando de ignorar as leis orgânicas e imutáveis da matéria, como duas forças que são, apoiando-se uma na outra e marchando combinadas, se prestarão mútuo concurso. Então, não mais desmentida pela Ciência, a Religião adquirirá inabalável poder, porque estará de acordo com a razão, já se lhe não podendo mais opor a irresistível lógica dos fatos.
A Ciência e a Religião não puderam, até hoje, entender-se, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, reciprocamente se repeliam. Faltava com que encher o vazio que as separava, um traço de união que as aproximasse. Esse traço de união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez comprovadas pela experiência essas relações, nova luz se fez: a fé dirigiu-se à razão; esta nada encontrou de ilógico na fé: vencido foi o materialismo. Mas, nisso, como em tudo, há pessoas que ficam atrás, até serem arrastadas pelo movimento geral, que as esmaga, se tentam resistir-lhe, em vez de o acompanharem. E toda uma revolução que neste momento se opera e trabalha os espíritos. Após uma elaboração que durou mais de dezoito séculos, chega ela à sua plena realização e vai marcar uma nova era na vida da Humanidade. Fáceis são de prever as conseqüências: acarretará para as relações sociais inevitáveis modificações, às quais ninguém terá força para se opor, porque elas estão nos desígnios de Deus e derivam da lei do progresso, que é lei de Deus.

(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo I)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

No Teu Interior

A rigor, sombra ou luz são estados de tua própria alma.
Alegria ou tristeza emergem do teu interior.
Toda criatura encerra consigo um poder transformador.
O teu sorriso é luz que acendes na face, iluminando a Vida.
Alivia o teu coração do peso de toda mágoa.
Experimenta sentir contigo a leveza do perdão.
Não vibres negativamente contra os teus semelhantes.
Nem te regozijes com o fracasso de teus desafetos.
O coração mais endurecido não resiste a um gesto de ternura.
Aproxima-te dos que se distanciam de ti, sem colaborares para que a distância se faça ainda maior.
Se da parte dos outros pode haver descaso, da tua pode existir indiferença.
Muitos têm inimigos, porque fazem questão de tê-los.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

domingo, 14 de novembro de 2010

COMEÇAR DE NOVO

Erros passados, tristezas contraidas, lagrimas choradas, desajustes cronicos!...
Às vezes, acreditas que todas as bencaos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas a necessaria renovacao!...
Esqueces-te, porem, de que a propria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada manhã.
Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiencia, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.
O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso nao é motivo para desgosto e autopiedade, porquanto, frequentemente, o malogro de nossos anseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminha para o êxito desejado.
Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possivel refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.
Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo.
O tempo nos permite começar de novo, na procura das nossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetiveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.
Desfacamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angustia, dos ressentimentos que nos alcancem e das magoas requentadas no peito! Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueca a casa intima.
Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e de aperfeicoamento se cumpra em todas as direcções.
Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las, mas nunca tarde demais.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Provações e Orações

Referimo-nos, muitas vezes, as circunstancias dificeis, como sendo obices insuperaveis, trazidos por forcas cegas do destino, arrasando- nos a coragem e a alegria de viver, simplesmente porque, em certas ocasioes, as nossas suplicas ao Ceu não adquiriram respostas favoraveis e prontas. Outro, porem, ser-nos-a o ponto de vista, se considerarmos que os acontecimentos criticos sao carreados ate nos pelos recursos inteligentes da vida, certificando-nos a capacidade de auto-superação.
Imaginemos o desmantelo e a desordem que levariam no mundo se todos os nossos desejos fossem imediatamente atendidos. Por outro lado, analisemos a mutabilidade de nossas situacoes e disposicoes, e verificaremos que muitas das providências solicitadas por nos ao Suprimento Divino, quando concedidas, em muitos casos, ja nos encontram em outras faixa de peticao.
Daí, o carater ilicito de nossas queixas, quando alegamos que o Senhor nem sempre nos ouve nos dias de angustia. Hoje, queremos isso ou aquilo, amanha ja nao queremos aquilo ou isso.
Disputamos a posse de objeto determinado e passamos a desinteressar- nos da concessao, depois de obtida.
Como esperar que a Divina Misericórdia nos suprima o amparo ou o remedio, o socorro ou a lição, se as horas dificeis sao os instrumentos de que carecemos para que se nos sulque convenientemente o espirito para as tarefas do necessario burilamento?
Se provacoes constrangedoras te alcancam a estrada, nao te permitas a omissão da luta, atraves de fuga ou desanimo. Persevera trabalhando na área em que te afligem, na certeza de que sao fatores de promocao a te elevarem de nivel.
Tolera as condicões desfavoráveis que te respondem na senda de cada dia, pois, se as aceitas, servindo e construindo, para logo observares que o amparo do Alto te sustenta na travessia de todas elas, porque em nenhum lugar e em tempo algum estaremos separados de Deus.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Felicidade que a Prece Proporciona

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os beneficios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.
Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai.

Santo Agostinho. (Paris, 1861.)

(Obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXVII)

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A MAIOR DAS TENTAÇÕES

A oração do Pai Nosso, a única que Jesus nos ensinou, fala-nos em um trecho, fonte de muitas meditações: "Não nos deixeis cair em tentação".

No Espiritismo sabemos que podemos receber influências de espíritos
ignorantes que tentam desviar-nos do caminho do bem, tentações que quase
sempre nos oferecem facilidades. E na Terra, principalmente nos dias de
hoje, as tentações encontram-se em toda parte: na publicidade, nos meios de
lazer, em companheiros encarnados, etc.

Mas, nossa maior tentação são nossos próprios defeitos e tendências. E são
estas também as mais difíceis de serem vencidas. Vencedores são aqueles que
vencem a si mesmos, conhecem seus defeitos e se esforçam por combatê-los. E
temos armas para os que querem vencer: oração, caridade, estudo do Evangelho e a leitura dos livros espíritas, nos quais achamos a consolação e o entendimento.

Há também a necessidade de vigiarmos nossos pensamentos. Os bons pensamentos nos iluminam, enquanto os maus pensamentos nos deixam à mercê dos maus espíritos.

Oremos o Pai-Nosso, peçamos com firmeza, mas tenhamos sempre o propósito de
melhorar, vencer as tentações, as facilidades do mundo atual, para que
possamos crescer espiritualmente.


Antônio Carlos
(Psicografada por Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Acorda e Ajuda

"Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os mortos."
(Mt: 8, 22)



Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse "aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres", e sim conferisse "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos".

Há, em verdade, grande diferença.

O cadáver é carne sem vida, enquanto um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.

Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se a partilhar a experiência comum.

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício de amargura e ilusão.

Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com que envolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio "eu".

Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade, mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos


(Obra: Fonte Viva - Chico Xavier / Emmanuel)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nos Momentos Graves

Use calma. A vida pode ser um bom estado de luta, mas o estado de guerra
nunca será uma vida boa.

Não delibere apressadamente. As circunstâncias, filhas dos Desígnios
Superiores, modificam-nos a experiência, de minuto a minuto.

Evite lágrimas inoportunas. O pranto pode complicar os enigmas ao invés de
resolvê-los.

Se você errou desastradamente, não se precipite no desespero. O reerguimento
é a melhor medida para aquele que cai.

Tenha paciência. Se você não chega a dominar-se, debalde buscará o
entendimento de quem não o compreende ainda.

Se a questão é excessivamente complexa, espere mais um dia ou mais uma
semana, a fim de solucioná-la. O tempo não passa em vão.

A pretexto de defender alguém, não penetre o círculo barulhento. Há Pessoas
que fazem muito ruído por simples questão de gosto.

Seja comedido nas resoluções e atitudes. Nos instantes graves, nossa
realidade espiritual é mais visível.

(Obra:Agenda Cristã - Chico Xavier/André Luiz)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A MORTE

Porque a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que:


  • a semente morre para que surja a plântula tenra;

  • transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa;

  • estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor;

  • morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;

  • morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;

  • o rio morre na exuberância do mar;

  • fana-se o homem para que se liberte o espírito, antes cativo.



* * *

À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...

* * *

Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.

(Rosângela - Mensagem psicografada pelo médium J. Raul Teixeira)

Perda de Pessoas Amadas e Mortes Prematuras

Quando a morte vem ceifar em vossas famílias, levando sem consideração os jovens em lugar dos velhos, dizeis freqüentemente: “Deus não é justo, pois sacrifica o que está forte e com o futuro pela frente, para conservar os que já viveram longos anos, carregados de decepções: leva os que são úteis e deixa os que não servem para nada mais; fere um coração de mãe, privando-o da inocente criatura que era toda a sua alegria”.

Criaturas humanas, é nisto que tendes necessidades de vos elevar, para compreender que o bem está muitas vezes onde pensais ver a cega fatalidade. Por que medir a justiça divina pela medida da vossa? Podeis pensar que o Senhor dos Mundos queira, por um simples capricho, infligir-vos penas cruéis? Nada se faz sem uma finalidade inteligente, e tudo o que acontece tem a sua razão de ser. Se perscrutásseis melhor todas as dores que vos atingem, sempre encontraria nela a razão divina, razão regeneradora, e vossos miseráveis interesses representariam uma consideração secundária, que relegaríeis ao último plano.

Acreditai no que vos digo: a morte é preferível, mesmo numa encarnação de vinte anos, a esses desregramentos vergonhosos que desolam as famílias respeitáveis, ferem um coração de mãe, e fazem branquear antes do tempo os cabelos dos pais. A morte prematura é quase sempre um grande benefício que Deus concede ao que se vai, sendo assim preservado das misérias da vida, ou das seduções que poderiam arrastá-lo à perdição. Aquele que morre na flor da idade não é uma vítima da fatalidade, pois Deus julga que não lhe será útil permanecer maior tempo na Terra.

É uma terrível desgraça, dizeis, que uma vida tão cheia de esperanças seja cortada tão cedo! Mas de que esperanças quereis falar? Das esperanças da Terra onde aquele que se foi poderia brilhar, fazer sua carreira e sua fortuna? Sempre essa visão estreita, que não consegue elevar-se acima da matéria! Sabeis qual teria sido a sorte dessa vida tão cheia de esperanças, segundo entendeis? Quem vos diz que ela não poderia estar carregada de amarguras? Considerais como nada as esperanças da vida futura, preferindo as da vida efêmera que arrastais pela Terra? Pensais, então, que mais vale um lugar entre os homens que entre os Espíritos bem-aventurados?

Regozijai-vos em vez de chorar, quando apraz a Deus retirar um de seus filhos deste vale de misérias. Não é egoísmo desejar que ele fique, para sofrer convosco? Ah! Essa dor se concebe entre os que não têm fé e que vêem na morte a separação eterna. Mas vós, espíritas, sabeis que a alma vive melhor quando livre de seu invólucro corporal. Mães, vós sabeis que vossos filhos bem-aventurados estão perto de vós: sim, eles estão bem perto; seus corpos fluídicos vos envolvem, seus pensamentos vos protegem, vossa lembrança os inebria de contentamento; mas também as vossas dores sem razão os afligem, porque revela uma falta de fé e constituem uma revolta contra a vontade de Deus.

Vós que compreendeis a vida espiritual, escutai as pulsações de vosso coração, chamando esses entes queridos. E se pedirdes a Deus para os abençoar, sentireis em vós mesmas a consolação poderosa que faz secarem as lágrimas, e essas aspirações sedutoras, que vos mostram o futuro prometido pelo soberano Senhor.

Texto retirado d´O Eangelho Segundo o Espiritismo” – Cap. V (Bem Aventurados os Aflitos)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ALTAR ÍNTIMO

"Temos um altar." - Paulo (HEBREUS, 13:10.)



Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor.
De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguemos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.
Materializado o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos à inspiração divina.
Realmente, toda movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Poder Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.
Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior.
O próprio Mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade.
E Paulo acrescenta que temos um altar.
A finalidade máxima dos templos de pedra é a de despertar-nos a consciência.
O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da perturbação, o bem à vista do mal.
Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe consagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.
Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se as ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.
Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.

Fonte: Livro Fonte Viva – Espírito Emmanuel
Psicografia: Francisco Candido Xavier

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meus Filhos

Existem duas forças em luta na Terra, onde Jesus está construindo o Reino de Deus. Essas forças são a do bem e a do mal que se manifestam por nossas mãos. Temos, assim, por onde passamos no mundo, as mãos iluminadas que estendem o amor e a paz, o trabalho e a alegria... E conhecemos as mãos espinhosas que fazem o ódio e o desespero, a preguiça e o sofrimento. Há mãos que sustentam a lavoura e o jardim, produzindo pão e felicidade. E vemos aquelas que se entregam à miséria e ao vício. Mãos que honram a indústria e o progresso. Mãos que arrancam lágrimas e multiplicam o infortúnio. Vemos braços que acariciam... Braços de mãezinhas abençoadas, de pais amigos, de obreiros da paz e da evolução, de enfermeiras abnegadas e de crianças generosas que asseguram na Terra o Serviço da Luz. E encontramos braços que ferem e amaldiçoam, que se entregam ao crime, que humilham os pobres e os pequeninos, que exercem a crueldade, e que violentam a Natureza, aniquilando as plantas e os animais prestimosos. Reparamos mãos preciosas que usam a enxada e a pena, auxiliando o celeiro e a educação. E surpreendemos mãos infelizes que roubam e matam, estendendo a perturbação e a morte. Mãos que levantam templos e lavres, escolas e hospitais. Mãos que destroem e dilaceram, enganam e apedrejam. Jesus veio ao mundo para que nossas mãos aprendam a servir à Luz do Bem, edificando a nossa própria felicidade. Com as d’Ele, curou os doentes, socorreu os fracos, amparou os tristes, limpou os leprosos, restituiu a visão aos cegos... Levantou os paralíticos, afagou os velhos e os deserdados, e abençoou as criancinhas... Filhos meus, não permitam que as garras da sombra lhes dominem as mãos na vida... Sigamos pelos caminhos da Luz, procurando a intimidade com os servidores do bem! Observem o brilhante lapidado e o diamante bruto. Ambos são filhos da terra. Um deles, porém, refulge, divino, retratando a beleza do céu, mas o outro jaz encarcerado nas trevas do cascalho contundente. Jesus é o lapidário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações. Obedeçamos a Ele, nosso Divino Mestre, buscando-lhe as lições e seguindo-lhe os exemplos, e o Cristo nos farão construtores do Reino de Deus no mundo, conduzindo-nos para a Glória Celestial.

(Obra: Cartilha do Bem - Chico Xavier / Meimei)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Professores Diferentes

O orientador que explicava as lições de Jesus, falou, rematando: -
- Quando vi o homem que odiava atacado de loucura, descobri o caminho do amor.Observando as criaturas vingativas, carregando as pesadas cadeias do ressentimento, achei a leveza do perdão.Anotando os espíritos invejosos no suplício da insatisfação, alentado por eles mesmos, aprendi a contentar-me com o que tenho para fazer o melhor de mim. E quando analisei as tribulações que explodem na senda de quantos se aliam à maldade, compreendi que devo procurar a paz e a felicidade na estrada dos bons...
- Instrutor - aparteou um aprendiz, aproveitando a pausa mais longa do sábio comentarista - quer dizer que Jesus...
E o orientador concluiu:
- Quando Jesus nos recomendou a oração por todos aqueles que nos perseguem e caluniam, não apenas nos induzia à bondade, mas também nos convidava à gratidão pelo amparo indireto desses professores diferentes aos quais nem sempre sabemos agradecer.

(Obra:Amizade - Chico Xavier/Meimei)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

AVANCEMOS

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim," - Paulo, (FILIPENSES, 3:13 e 14,)



Na estrada cristã, somos defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da improdutividade, declarandose acidentados por desastres espirituais.
É alguém que chora a perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.
É o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.
É o missionário que se imobilizou à face da calúnia.
É alguém que lastima a deserção de um consócio da boa luta.
É o operário do bem que clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a dedicação afetiva.É o idealista que espera uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.
É o cooperador que permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às boas obras.
É a mulher que se enrola no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.
É o colaborador que se escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.
É alguém que deplora um erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.
O passado, porém, se guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para o futuro.
É imprescindível exumar o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham a alma.
A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.
Paulo de Tarso, que conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece roteiro seguro ao aprimoramento.
"Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam" - eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.
Centralizemos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem renovar-se.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

DÁ SEMPRE

Ao pobre que te procure,

Pedindo um pouco de pão,

Dá também o bom sorriso

De piz do teu coração.


Um sorriso vale muito

Ao coração sofredor,

Como expressão de ternura,

Como migalha de amor.

Dá sempre. Quem pode dar

É rico como ninguém.

Feliz quem pode espalhar

As claridades do bem.


Acolhe a todos; aos fracos,

Aos pobres de alma ferida...

Às vezes, quem bate à porta

Foi teu pai numa outra vida.
(Obra: Cartas Do Evangelho - Chico Xavier / Casemiro Cunha)

sábado, 18 de setembro de 2010

CARTA AOS TRISTES

Alma irmã de nossas almas,
Por que vives triste assim?
Todos os males da Terra
Chegarão, um dia, ao fim.

Se tens o teu pensamento
Na idéia da salvação,
Já deves compreender
Que o mundo é de provação.

É justo que sintas muito
As lágrimas da saudade,
Que chores um ente amigo
Na senda da iniqüidade.

É certo que neste mundo,
Onde há espinho em toda a estrada
Não há lugar para o excesso
Do riso ou da gargalhada.

Mas, ouve. O amor de Jesus
É como um sol de harmonia.
Quem se banha em Sua luz
Vive em perene alegria.

Demasia de tristeza
É sinal de isolamento.
Quem foge à fraternidade
Busca a sombra e o desalento.

Guarda o bem de teus esforços
Num plano superior,
Não há tristeza amargosa
Para quem ama o labor.

Transforma as experiências
Pelas quais hajas passado,
Num livro fraterno e santo
Que ampare o mais desgraçado.

O serviço de Jesus
É tão grande, meu irmão,
Que não oferece ensejo
A qualquer lamentação.

O senso de utilidade
Deve sempre andar contigo.
Transforma em vaso de amor
Teu coração brando e amigo.

Dá sorrisos, esperanças,
Ensinos, consolação.
Espalha o bem que puderes
Na senda da redenção.

Enche a tua alma de fé,
De paz, de amor, de humildade.
Não há tristeza excessiva
Onde exista a Caridade.

Quando, de fato, entenderes
A caridade divina,
Tua dor será no mundo
Como fonte cristalina.

Dá sempre. Trabalha. Crê.
E a tua fonte de luz
Há de cantar sobre a Terra
Os júbilos de Jesus.

(Obra: Cartas do Evangelho - Chico Xavier / Casemiro Cunha)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

GRUPO EM CRISE

“Se permanecerdes em mim e a minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” - Jesus (João, 15:7)




Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas, a crise explode.

Desequilibra-se o clima das sãs obras e a tempestade ruge.

Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia quando mais necessária se faz a luz da harmonia.

Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras.

Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido.

Afastam-se companheiros de posições importantes deixando espaços difíceis de preencher.

Esses são os dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são, igualmente, os dias para a serenidade maior. Diante deles nada de irritação, nem desânimo.

Reunirmo-nos mais estreitamente uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de afastar perigos maiores, é o nosso dever.

Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para frente.

Nem acusações, nem lamentos.

Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem.

Restabelecer a união e avançar adiante.

Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas, precisamente, aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu.

Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos.

Sempre que chamados a servir é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer aos Desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.

(Obra: Segue-me - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

REERGUEI-VOS!

Filhos, reerguei-vos da queda em que, inadvertidamente, vos arrojastes.

Não permaneçais estirados no chão do desespero e da inércia, aguardando que mãos anônimas e abnegadas tomem por vós a decisão que vos compete de prosseguir caminhando com os próprios pés.

Levantai-vos e continuai, vacilantes embora.

Reconsiderai a trajetória e acautelai-vos contra possíveis novas quedas.

Mantende-vos o tempo todo vigilantes e não vos descureis um só instante da armadilha traiçoeira de vossas mazelas.

Apoiai-vos nos encargos que vos cabe cumprir, em relação ao próximo, e não vos concedais excessivo tempo nas necessidades pessoais.

Esquecei-vos, quanto puderdes, nas tarefas do bem.

Se magoastes o coração de alguém, não hesiteis em lhe pedir perdão sucessivas vezes, porquanto, se temos a obrigação de perdoar setenta vezes sete a quem nos ofenda, caso sejamos nós os algozes, peçamos às nossas vitimas um perdão ilimitado através de nossas atitudes de regeneração.

A verdade, não vos esqueçais disto, nunca está do lado de quem acusa e fere.

Humilhados por aqueles que vos conheçam os pontos vulneráveis da personalidade, aprendei a contar com a Compaixão Divina que vos ama como sois e não vos aponta o dedo em riste.

Sobre a Terra, a cavaleiro da situação que examina, não há quem possa censurar ninguém ou atirar a primeira pedra.

Por certo, na jornada que cumprimos, muitos tropeços ainda nos esperam, todavia não nos seja isto pretexto para contemporizarmos com o mal ou exercermos excessiva tolerância em causa própria, nos equívocos que perpetramos.

Filhos, que o Senhor vos abençoe e vos fortaleça.

Não olvideis que, se os homens são faltos de misericórdia para com os seus irmãos em Humanidade, Deus não se nega ao perdão a nenhum de seus filhos, mas concede sempre aos que se revelam mais débeis dentre eles a bênção do recomeço no clima da lição.

(Obra: A Coragem da Fé - Carlos A. Baccelli / Bezerra de Menezes)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

CADA DIA

Em tempo algum, não digas
Que não podes ser útil.
Faze do cada dia
um poema de fé.

Podes ser esperança
Dos que jazem na angústia.
Uma frase de luz
Ergue os irmãos caídos.

Terás, quanto quiseres,
A prece que abençoa.
Para espalhar o bem,
Basta o apoio de Deus.

(Obra: Tempo e Nós - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

NOSSO LAR - O Filme

Amigos, a pessoa que enviou o e-mail abaixo é assessora do produtor do filme NOSSO LAR (Luiz Augusto Queiroz). Pelas informações que ela nos passa - relativas ao campo da espiritualidade - se puder repassar este ao seus amigos espíritas você estará fazendo um grande bem.


O filme Nosso Lar está pronto. E ficou lindo! Uma
superprodução brasileira, ótimo elenco, música de tocar o coração e efeitos especiais como jamais visto em nosso cinema nacional... a gente percebe as mãos do Alto direcionando os acontecimentos: o filme do Chico, a novela das 18h e agora o filme!

Em reunião mediúnica ocorrida na Casa de Padre Pio dia 06
de agosto, onde trabalha o produtor executivo do filme, a
Espiritualidade presente revelou que falanges se preparam para descer a Terra e atuar durante cada sessão em que o filme passar: cidades espirituais serão esvaziadas,
tratamentos espirituais serão realizados, desligamentos de
processos obsessivos ocorrerão...tudo isso marcando uma Nova Era que se inicia nesse planeta abençoado...

E AGORA PRECISAMOS DE VOCÊS!

Pois a bilheteria do final de semana de estreía do filme determinará quanto tempo ele ficará em cartaz e aguçará
os olhos dos distribuidores internacionais. Para que esse filme
cumpra com o seu papel torna-se necessário que cada um de nós colabore, indo ao cinema, divulgando o filme para amigos, levando amigos...

É chegada à hora! Vamos ajudar?


Fraterno abraço,
Luiz Augusto Queiroz

As Pessoas Difíceis de Lidar

(John Maxwel)



As pessoas com as quais você tem grande dificuldade de lidar são também aquelas que podem ser os seus mais valiosos mestres.

Isso porque os problemas que você tem com elas não são necessariamente em função da maneira como essas pessoas são ou agem, mas sim, da maneira que você reage a elas.

Aprenda a lidar com pessoas difíceis e você irá aprender valiosas lições a respeito de si mesmo. Aprenda a se relacionar positivamente com pessoas difíceis e você irá desenvolver habilidades que podem muito lhe ajudar em muitas outras situações desafiadoras.

As pessoas são aquilo que são. Desista de tentar mudá-las, julgá-las ou condená-las e olhe pelo valor que elas podem oferecer. Algumas vezes esse valor é algo que está profundamente oculto e quando você o encontra você acaba descobrindo um tesouro precioso; algo que pouquíssimas pessoas investem um bom tempo em descobrir.

As pessoas com as quais você interage são espelhos que ajudam a ver algumas coisas dentro de você. Com algumas pessoas, esse espelho pode ser difícil de olhar, porém, quando você tem a coragem de faze-lo, as recompensas podem ser maravilhosas.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não reclames!

Agradece a Deus a oportunidade de seres aquele que exemplifica entre lágrimas o
que os outros fruem, por enquanto, entre sorrisos.

O dia de todos sempre chega, convidando, uma a uma, as criaturas, à reflexão e ao
fenômeno de amadurecimento.

E a morte, que a ninguém poupa, chamar-te-á e a todos os homens ao despertamento,
para aferição de valores diante da consciência, sob a vigilância do amor de Deus.

Nunca te queixes nem relaciones ingratidões.

O ingrato sabe que o é. Amargurado, autopunese. Infeliz, aflige-se.

Quanto a ti, segue adiante.

Jesus, que é Perfeito, experimentou entre os homens o sarcasmo, a desolação,
a negativa e a traição, ensinando-nos que o Amor, para ser verdadeiro, é paciente,
tolerante, compreensivo, jamais reclamando, pois que Ele sabia que a Terra é
ainda escola de redenção, e os homens que a habitam encontram-se em processo
de aprendizagem e complementação espiritual.

Não reclames, pois, nunca mais !

(Obra: Desperte e Seja Feliz - Divaldo P. Franco / Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

PARENTES

"Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel." — Paulo. (I timóteo, 5:8.)



A casualidade não se encontra nos laços da parentela.
Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações consanguíneas.
Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos que nos imanam a alguns corações, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.
Inútil é a fuga dos credores que respiram conosco sob o mesmo teto, porque o tempo nos aguardará implacável, constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos.

Temos companheiros de voz adocicada e edificante na propaganda salvacionista, que se fazem verdadeiros trovões de intolerância na atmosfera caseira, acumulando energias desequilibradas em torno das próprias tarefas.
Sem dúvida, a equipe familiar no mundo nem sempre é um jardim de flores. Por vezes, é um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Contudo, embora necessitemos de firmeza nas atitudes para temperar a afetividade que nos é própria, jamais conseguiremos sanar as feridas do nosso ambiente particular com o chicote da violência ou com o emplastro do desleixo.

Consoante a advertência do Apóstolo, se nos falha o cuidado para com a própria família, estaremos negando a fé.
Os parentes são obras de amor que o Pai Compassivo nos deu a realizar. Ajudemo-los, através da cooperação e do carinho, atendendo aos desígnios da verdadeira fraternidade. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências.

(Francisco Cândido Xavier / Emmanuel : FONTE VIVA, p. 151)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Disseram...

Que não vencerás em teus empreendimentos;
que o teu doente querido está no clima da morte;
que atravessarás longa noite de provações;
que não mais encontrarás o trabalho que mais desejas;
que não te recuperarás de certas perdas sofridas;
que não realizarás os sonhos que acalentas;
que os entes amados distantes de ti nunca mais te voltarão ao convívio;
que o desgaste do corpo físico não mais te permitirá as realizações que tanto almejas;
que, por essa ou aquela falta, andarás sobre a Terra constantemente sobre pedras e espinhos.

Tudo isso disseram...
Entretanto, continua agindo e servindo, orando e esperando, porque as opiniões de Deus são diferentes.

(Obra:Momentos de Paz - Chico Xavier/Emmanuel)

sábado, 31 de julho de 2010

Culto do Evangelho no Lar

O Culto do Evangelho em casa, pelo menos uma vez por semana, servos-á uma fonte de alegrias e bênçãos.Renovemos o contato com os ensinamentos de JESUS, tanto quanto nos seja possível, e não somente o lar que nos acolhe se transformará em celeiro de compreensão e solidariedade, mas também a própria vida se nos fará luminoso caminho de ascensão à felicidade real.



(Obra: Mais Luz - Chico Xavier/Batuíra)

quinta-feira, 22 de julho de 2010

PERDÃO

Perdão é a possibilidade de trabalhar no resgate de nossas próprias
faltas, é a luz do arrependimento que nos clareia a estrada ainda mesmo
depois de nos arrojarmos às trevas interiores, é o ar que respiramos,
generoso e puro, mesmo além do nosso gesto que maculou a simplicidade da
Natureza.

O Pai desculpa os filhos proporcionando-lhes novo ensejo á
corrigenda e à santificação, e, se o Todo-Compassivo nos tolera em
semelhante clima construtivo, cabe-nos igualmente esquecer todo mal, na
consideração dos próprios males que já praticamos, aproveitando todas as
horas de nossa experiência no tempo para engrandecer a bondade, sem a qual
não seguiremos para a frente.

A justiça funciona até que o amor tome posse do coração e da vida.

Onde há fraternidade, há compreensão. E onde há entendimento, há
perdão com absoluto olvido da ofensa e trabalho espontâneo a benefício do
ofensor, com as melhores vibrações de simpatia.

Enquanto alimentamos as pequenas discórdias, colaboramos com as
grandes guerras, e, enquanto sustentamos adversários, garantimos focos
infecciosos de raios mentais destruidores contra nós.

Recordemos o Cristo e lembremo-nos de que o Senhor silenciou perante
a justiça. Seu Espírito Divino pairava acima de todas as disputas humanas e,
por isso mesmo, descerrando o coração cheio de amor, converteu-se, na cruz,
em lâmpada celeste acesa no mundo para todos os séculos da Humanidade,
indicando-nos o glorioso roteiro da Vida Eterna.


(Obra: Escrínio de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)

segunda-feira, 19 de julho de 2010

AÇÃO DA AMIZADE

A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.

A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.

Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.

Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!

O egoísmo afasta as pessoas e as isola.

A amizade as aproxima e irmana.

O medo agride as almas e infelicita.

A amizade apazigua e alegra os indivíduos.

A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.

Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.

Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.

Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.

Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.

Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.

A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.

A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

(Obra: Momentos de Esperança - Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

PAGAR ATÉ O ÚLTIMO CEITIL

“Digo-te que dali não sairás enquanto não tiveres pago até o último ceitil!”



O Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e as conseqüências desastrosas de atos irrefletidos, quando assim falou.

Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos atos bons, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.

É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça.

Bem sabeis que, primitivamente, a palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno considerado sem fim.

Entretanto, agora que a luz da Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois planos.

Em nossa época, repetimos, é imenso o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a idéia de um castigo sem remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e punir.

Hoje porém, temos os olhos mais abertos para o amor de Deus.

Como não cessa Ele de distribuir prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem abençoar e sem conduzir para caminho reto, quando se trata de ação d’Ele desviada.

Elevemos o coração ao Pai com gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a Divina Justiça, venham fazê-lo em breve tempo.

Assim seja!

(Obra: Visão Nova - Chico Xavier/Bezerra de Menezes)

domingo, 31 de janeiro de 2010

LIÇÃO EM JERUSALÉM

Muito significativa a entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém, de que o texto evangélico nos fornece a informarão. A cidade conhecia-o, desde a sua primeira visita ao Templo, e muita gente, quando de sua passagem por ali, acorria, pressurosa, a fim de lhe ouvir as pregações. O povo judeu suspirava por alguém, com bastante autoridade, que o libertasse dos opressores. Não seria tempo da redenção de Israel? A raça escolhida experimentava severas humilhações. O romano orgulhoso apertava a Palestina nos braços tirânicos. For isso, Jesus simbolizava a renovação, a promessa. Quem operara prodígios iguais aos dele? Profeta algum atingira aquelas culminâncias. A ressurreição de Lázaro, enfaixado no túmulo, com sinais evidentes de decomposição cadavérica, espantava os mais ilustres descendentes de Abraão. Nem Moisés, o legislador inesquecível, conseguira realização daquela natureza. E o povo, naqueles dias de festa tradicional, se dispôs a homenageá-lo, em regra. Receberia o profeta com demonstrações diferentes. Mostraria aos prepostos de César que Jerusalém não renunciava aos propósitos de libertação, ciosa de sua autonomia, e, agora, mais que nunca, possuía um chefe político à altura dos acontecimentos.

Jesus, certamente, não atenderia às imposições dos sacerdotes e nem se submeteria ao suborno, ante as promessas douradas dos áulicos imperiais.

Em vista disso, quando o Mestre saiu de Betânia, a caminho da cidade, alinharam-se fileiras de populares, saudando-o festivamente.

Anciães de barbas encanecidas acompanhavam o coro dos jovens: – “Hosanas ao filho de David!” As mulheres gritavam, entusiasticamente, amparando criancinhas a sustentarem, com graça, verdes ramos de palmeira.

Os discípulos, ladeando o Mestre, sentiam o efêmero júbilo provocado pelo mentiroso incenso da multidão. Os fiéis galileus, guindados inesperadamente ao cume da popularidade, inclinavam-se com desvanecimento, embriagados pelo triunfo.

De espaço a espaço, esse ou aquele patriarca fazia sinais a Pedro, Filipe ou João, convidando-os a se pronunciarem discretamente:

– Quando se manifestará o Messias?

Os interpelados assumiam atitude de orgulhosa prudência e respondiam, quase sempre, a mesma coisa:

– Estamos certos de que a homenagem de hoje é decisiva e o Messias dar-nos-á a conhecer o plano das nossas reivindicações.

Jesus agradecia aos manifestantes de Jerusalém com o olhar, mostrando, porém, melancólicos sorrisos.

Demonstrando compreender a situação, logo após convocou os discípulos para uma reunião mais íntima, em que lhes diria algo de grave.

Interpelados por alguns amigos, Tiago e João, filhos de Zebedeu, informaram quanto ao anúncio do Mestre. Discutiria as questões do presente e do futuro, e, possìvelmente, seria mais claro nas definições políticas da ação renovadora.

Por esse motivo, enquanto o Cristo e os companheiros tornavam a refeição frugal do cenáculo, verdadeira multidão apinhava-se, discreta, nas adjacências. O povo aguardava informações do colégio apostólico, entre a ansiedade e a esperança.

Finda a reunião, e enquanto Jesus e Simão Pedro se demoravam em confidências, seis discípulos vieram, cautelosos, à via pública. A fisionomia deles denunciava preocupações e desencanto.

Começaram os comentários, entre os intelectualistas de Jerusalém e os pescadores da Galiléia.

– Que disse o profeta? – perguntou o patriarca, chefe daquele movimento de curiosidade – explicou-se, afinal?

– Sim – esclareceu Filipe com benevolência.

– E a base do programa de nossa restauração política e social?

– Recomendou o Senhor para que o maior seja servo do menor, que todos deveremos amar-nos uns aos outros.

– O sinal do movimento? – indagou o ancião de olhos lúcidos.

– Estará justamente no amor e no sacrifício de cada um de nós – replicou o apóstolo, humilde.

– Dirigir-se-á imediatamente a César, fundamentando o necessário protesto?

– Disse-nos para confiarmos no Pai e crermos também nele, nosso Mestre e Senhor, – Não se fará, então, exigência alguma?

– exclamou o patriarca, irritado.

– Aconselhou-nos a pedir ao Céu o que pôr necessário e afirmou que seremos atendidos em seu nome – explicou Filipe, sem se perturbar.

Entreolharam-se, admirados os circunstantes.

– E a nossa posição? – resmungou o velho – não somos o povo escolhido da Terra?

Muito calmo, o apóstolo esclareceu:

– Disse o Mestre que não somos do mundo e por isso o mundo nos aborrecerá, até que o seu Reino seja estabelecido.

Espoucaram as primeiras gargalhadas.

– Mas o profeta – continuou o israelita exigente – não assinou algum documento, nem se referiu a qualquer compromisso com as autoridades?

– Não – respondeu Filipe, sincero ingênuo –, apenas lavou os pés dos companheiros.

Oh! para os filhos vaidosos de Jerusalém era demais. Surgiram risos e protestos.

– Não te disse, Jafet? – falou um antigo fariseu ao patriarca. – Tudo isso é uma farsa.

Um moço pedante afiançou, depois de detestável risada:

– Muito boa, esta aventura dos pescadores!

Dentro de alguns minutos, via-se a rua deserta.

Desde essa hora, compreendendo que Jesus cumpria, acima de tudo, a Vontade de Deus, longe de qualquer disputa com os homens, a multidão abandonou-o. Os discípulos, reconhecendo também que êle desprezava todos os cálculos de probabilidade do triunfo político, retraíram-se, desapontados. E, desde esse instante, a perseguição do Sinédrio tomou vulto e o Messias, sozinho com a sua dor e com a sua lealdade, experimentou a prisão, o abandono, a injustiça, o açoite, a ironia e a crucificação.

Essa, foi uma das ultimas lições d’Êle, entre as criaturas, dando-nos a conhecer que é muito fácil cantar hosanas a Deus, mas muito difícil cumprir-lhe a Divina Vontade, com o sacrifício de nós mesmos.

(Obra: Lázaro Redivivo - Chico Xavier/Irmão X)

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

COMEÇAR DE NOVO

Erros passados, tristezas contraídas, lágrimas choradas,desajustes crônicos!...
Às vezes, acreditas que todas as bênçãos jazem extintas, que todas as portas se mostram cerradas à necessária renovação!...

Esqueces-te, porém, de que a própria sabedoria da vida determina que o dia se refaça a cada manhã. Começar de novo é o processo da Natureza, desde a semente singela ao gigante solar.
Se experimentaste o peso do desengano, nada te obriga a permanecer sob a corrente do desencanto. Reinicia a construção de teus ideais, em bases mais sólidas, e torna ao calor da experiência, a fim de acalentá-los em plenitude de forças novas.

O fracasso visitou-nos em algum tentame de elevação, mas isso não é motivopara desgosto e autopiedade, porquanto, freqüentemente, o malogro de nossosanseios significa ordem do Alto para mudança de rumo, e começar de novo é o caminha para o êxito desejado.

Temos sido desatentos, diante dos outros, cultivando indiferença ou ingratidão; no entanto, é perfeitamente possível refazer atitudes e começar de novo a plantação da simpatia, oferecendo bondade e compreensão àqueles que nos cercam.

Teremos perdido afeições que supúnhamos inalteráveis; todavia, não será justo, por isso, que venhamos a cair em desânimo. O tempo nos permite começar de novo, na procura dasnossas afinidades autênticas, aquelas afinidades suscetíveis de insuflar-nos coragem para suportar as provações do caminho e assegurar-nos o contentamento de viver.

Desfaçamo-nos de pensamentos amargos, das cargas de angústia, dos ressentimentos que nos alcancem e das mágoas requentadas no peito!

Descerremos as janelas da alma para que o sol do entendimento nos higienize e reaqueça a casa íntima. Tudo na vida pode ser começado de novo para que a lei do progresso e de
aperfeiçoamento se cumpra em todas as direções.

Efetivamente, em muitas ocasiões, quando desprezamos as oportunidades e tarefas que nos são concedidas na Obra do Senhor, voltamos tarde a fim de revisá-las e reassumi-las,
mas nunca tarde demais...


Emmanuel
(Do livro "Alma e Coração", Francisco Cândido Xavier)