quinta-feira, 21 de outubro de 2010

ALTAR ÍNTIMO

"Temos um altar." - Paulo (HEBREUS, 13:10.)



Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor.
De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguemos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.
Materializado o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos à inspiração divina.
Realmente, toda movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Poder Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.
Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior.
O próprio Mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade.
E Paulo acrescenta que temos um altar.
A finalidade máxima dos templos de pedra é a de despertar-nos a consciência.
O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da perturbação, o bem à vista do mal.
Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe consagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.
Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se as ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.
Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.

Fonte: Livro Fonte Viva – Espírito Emmanuel
Psicografia: Francisco Candido Xavier

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meus Filhos

Existem duas forças em luta na Terra, onde Jesus está construindo o Reino de Deus. Essas forças são a do bem e a do mal que se manifestam por nossas mãos. Temos, assim, por onde passamos no mundo, as mãos iluminadas que estendem o amor e a paz, o trabalho e a alegria... E conhecemos as mãos espinhosas que fazem o ódio e o desespero, a preguiça e o sofrimento. Há mãos que sustentam a lavoura e o jardim, produzindo pão e felicidade. E vemos aquelas que se entregam à miséria e ao vício. Mãos que honram a indústria e o progresso. Mãos que arrancam lágrimas e multiplicam o infortúnio. Vemos braços que acariciam... Braços de mãezinhas abençoadas, de pais amigos, de obreiros da paz e da evolução, de enfermeiras abnegadas e de crianças generosas que asseguram na Terra o Serviço da Luz. E encontramos braços que ferem e amaldiçoam, que se entregam ao crime, que humilham os pobres e os pequeninos, que exercem a crueldade, e que violentam a Natureza, aniquilando as plantas e os animais prestimosos. Reparamos mãos preciosas que usam a enxada e a pena, auxiliando o celeiro e a educação. E surpreendemos mãos infelizes que roubam e matam, estendendo a perturbação e a morte. Mãos que levantam templos e lavres, escolas e hospitais. Mãos que destroem e dilaceram, enganam e apedrejam. Jesus veio ao mundo para que nossas mãos aprendam a servir à Luz do Bem, edificando a nossa própria felicidade. Com as d’Ele, curou os doentes, socorreu os fracos, amparou os tristes, limpou os leprosos, restituiu a visão aos cegos... Levantou os paralíticos, afagou os velhos e os deserdados, e abençoou as criancinhas... Filhos meus, não permitam que as garras da sombra lhes dominem as mãos na vida... Sigamos pelos caminhos da Luz, procurando a intimidade com os servidores do bem! Observem o brilhante lapidado e o diamante bruto. Ambos são filhos da terra. Um deles, porém, refulge, divino, retratando a beleza do céu, mas o outro jaz encarcerado nas trevas do cascalho contundente. Jesus é o lapidário do céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações. Obedeçamos a Ele, nosso Divino Mestre, buscando-lhe as lições e seguindo-lhe os exemplos, e o Cristo nos farão construtores do Reino de Deus no mundo, conduzindo-nos para a Glória Celestial.

(Obra: Cartilha do Bem - Chico Xavier / Meimei)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Professores Diferentes

O orientador que explicava as lições de Jesus, falou, rematando: -
- Quando vi o homem que odiava atacado de loucura, descobri o caminho do amor.Observando as criaturas vingativas, carregando as pesadas cadeias do ressentimento, achei a leveza do perdão.Anotando os espíritos invejosos no suplício da insatisfação, alentado por eles mesmos, aprendi a contentar-me com o que tenho para fazer o melhor de mim. E quando analisei as tribulações que explodem na senda de quantos se aliam à maldade, compreendi que devo procurar a paz e a felicidade na estrada dos bons...
- Instrutor - aparteou um aprendiz, aproveitando a pausa mais longa do sábio comentarista - quer dizer que Jesus...
E o orientador concluiu:
- Quando Jesus nos recomendou a oração por todos aqueles que nos perseguem e caluniam, não apenas nos induzia à bondade, mas também nos convidava à gratidão pelo amparo indireto desses professores diferentes aos quais nem sempre sabemos agradecer.

(Obra:Amizade - Chico Xavier/Meimei)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

AVANCEMOS

"Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição, mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, avanço para as que se encontram diante de mim," - Paulo, (FILIPENSES, 3:13 e 14,)



Na estrada cristã, somos defrontados sempre por grande número de irmãos que se aquietaram à sombra da improdutividade, declarandose acidentados por desastres espirituais.
É alguém que chora a perda de um parente querido, chamado à transformação do túmulo.
É o trabalhador que se viu dilacerado pela incompreensão de um amigo.
É o missionário que se imobilizou à face da calúnia.
É alguém que lastima a deserção de um consócio da boa luta.
É o operário do bem que clama indefinidamente contra a fuga da companheira que lhe não percebeu a dedicação afetiva.É o idealista que espera uma fortuna material para dar início às realizações que lhe competem.
É o cooperador que permanece na expectativa do emprego ricamente remunerado para consagrar-se às boas obras.
É a mulher que se enrola no cipoal da queixa contra os familiares incompreensivos.
É o colaborador que se escandaliza com os defeitos do próximo, congelando as possibilidades de servir.
É alguém que deplora um erro cometido, menosprezando as bênçãos do tempo em remorso destrutivo.
O passado, porém, se guarda as virtudes da experiência, nem sempre é o melhor condutor da vida para o futuro.
É imprescindível exumar o coração de todos os envoltórios entorpecentes que, por vezes, nos amortalham a alma.
A contrição, a saudade, a esperança e o escrúpulo são sagrados, mas não devem representar impedimento ao acesso de nosso espírito à Esfera Superior.
Paulo de Tarso, que conhecera terríveis aspectos do combate humano, na intimidade do próprio coração, e que subiu às culminâncias do apostolado com o Cristo, nos oferece roteiro seguro ao aprimoramento.
"Esqueçamos todas as expressões inferiores do dia de ontem e avancemos para os dias iluminados que nos esperam" - eis a essência de seu aviso fraternal à comunidade de Filipos.
Centralizemos nossas energias em Jesus e caminhemos para diante.
Ninguém progride sem renovar-se.

Do livro FONTE VIVA
FRANCISCO CANDIDO XAVIER
DITADO PELO ESPÍRITO EMMANUEL