sexta-feira, 28 de junho de 2013

À MARGEM DO SEXO


"Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou reprova o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos.
Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes anátema, tereis, quiçá, cometido faltas mais graves."  (Do item 16, do Cap. X, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".)

Companheiros da Terra, à frente de todas as complicações e problemas do sexo, abstende-vos de censura e condenação. Todos nós - ,os Espíritos em aperfeiçoamento nos climas do Planeta - estamos emergindo de passado multimilenar, em que as tramas da alma se entreteciam em labirintos de sombra, para que as bênçãos do aprendizado se nos fixassem no espírito.

Ainda assim, achamo-nos todos muito longe da meta por alcançar. Se alguém vos parece cair, sob enganos do sentimento, silenciai e esperai!

Se alguém se vos afigura tombar em delinqüência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!...

Sobretudo, compadeçamo-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. Calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrios dos outros. Somos todos peças integrantes de uma só família, operando em dois mundos, simultaneamente - aquele das inteligências corporificadas no plano físico e aquele outro das inteligências desencarnadas que se domiciliam nas regiões da mesma Terra que habitais, disputando convosco, tanto quanto igualmente entre si, a aquisição de recursos substanciais da evolução. Não dispomos de recursos para examinar as consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, em matéria de amor, reclamando compreensão. A vista disso, muitos de nossos erros imaginários no mundo são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!... Abençoai e amai sempre. Diante de toda e qualquer desarmonia do mundo afetivo, seja com quem for e como for, colocai-vos, em pensamento, no lugar dos acusados, analisando as vossas tendências mais íntimas e, após verificardes se estais em condições de censurar alguém, escutai, no âmago da consciência, o apelo inolvidável do Cristo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.

(Obra: Vida e Sexo - Chico Xavier / Emmanuel)

terça-feira, 25 de junho de 2013

CENTROS ESPÍRITAS VAZIOS?!

Companheiros encarnados, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados.
Evidentemente que não se pode generalizar, já que muitos outros Centros apresentam excelente média de frequentadores em suas concorridas reuniões.

Quais seriam, porém, os motivos de, talvez, a maioria dos grupos espíritas não estar conseguindo agregar, em suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares?

De minha parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto, naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar:
1 – Falta de exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm considerável distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.

2 – Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço para trabalhar àqueles que estão chegando agora.

3 – Reuniões excessivamente teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas assistenciais, que consideram secundárias.

4 – Ausência de intercâmbio com outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com opiniões divergentes de seus diretores personalistas.

5 – Falta de incentivo aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.

6 – Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina indispensável investimento humano e espiritual.

7 – Diretores que não se preocupam em formar novos colaboradores da Causa.

8 – Ingerência dos Órgãos Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam devidamente solucionados.

9 – Carência de verdadeira fraternidade nas reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.

10 – Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.

11 – Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece o Centro – foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!

12 – Tornar o próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por exemplo! Reunião espírita não é velório!

13 – Não falar em Kardec sem falar em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.

14 – Não pregar moralismo.

15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de colher.

Não podendo a referida falha estar na excelência da mensagem que, na revivescência do Evangelho, a Doutrina veicula, ela só pode estar com aqueles que não se mostram aptos para apresentá-la a quem por ela procura.
INÁCIO FERREIRA

 Uberaba – MG, 10 de junho de 2013.

Doze Razões para Continuar Sendo Espírita


Diante do moralismo e da intolerância de certos adeptos do Espiritismo, alguns companheiros chegam a cogitar de deixaram a Doutrina, como se ela devesse responder pela ignorância e arbitrariedade dos que se dizem seus seguidores.

Se você se encontra entre esses companheiros que, aborrecidos com a postura de certos irmãos de Ideal, planejam a própria deserção da seara espírita-cristã, com intuito de demovê-lo do equivocado intento, listarei abaixo 12 razões para que você, com inalterável alegria, persevere na fé libertadora que abraçou.
1 – O Espiritismo é uma doutrina livre, que não possui chefes e nem donos – nele, a única autoridade é a de Jesus Cristo.
2 – Para ser espírita ao seu modo, você não tem que dar satisfações a ninguém.
3 – Absolutamente, não existe a menor necessidade de que o seu grupo se filie a esse ou àquele Órgão centralizador, ao qual deva prestar obediência ou se sujeitar a inspeção.
4 – Para ser médium onde e como quer você não carece de outro aval que não seja o de sua própria consciência.
5 – A opinião de qualquer espírita em torno de seu trabalho diz respeito somente a ele, e, em essência, vale quase nada.
6 – A rigor, o espírita convicto não precisa se dizer tal nem em pesquisa do IBGE.
7 – Se não estiver satisfeito com o que acontece na casa que você frequenta, sem comunicar nada a quem seja, pode sair dela, alugar um barraco e fundar o “seu” próprio Centro Espírita.
8 – A quem, porventura, lhe rotule de antidoutrinário, você deve simplesmente ignorar em sua tola pretensão de patrulheiro doutrinário da conduta alheia.
9 - Não admita quem lhe queira ensinar técnicas específicas de transmissão do passe, porque isto é característica de cada um – o que conta é a simples imposição das mãos, sem necessidade de toque direto, e o desejo de ser útil.
10 – Não há necessidade de que você exiba atestado de santidade moral a quem, atrevidamente, lho peça.
11 – Kardec codificou a Doutrina, mas, em verdade, a Revelação Espírita está longe de ser concluída.
12 – Através das lentes da Fé Raciocinada, leia tudo, e não apenas Espiritismo, porque, em realidade, o Espiritismo não está contido apenas nas obras rotuladas de espíritas.

E, evidentemente, sem perder a linha, você poderá simplesmente dizer a quem lhe vier aporrinhar com o intuito de “enquadrá-lo” em suas ortodoxas concepções doutrinárias: - Não me venha ensinar o que você não sabe!...

INÁCIO FERREIRA
Uberaba – MG, 17 de junho de 2013.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Divaldo no Juventus

Segunda-Feira – 24 de Junho de 2013

A Associação de Desenvolvimento Espiritual Reencontro, do bairro da Mooca, em São Paulo, em comemoração aos 18 anos de fundação, realiza hoje, dia 24 de Junho, segunda-feira, a partir das 19h, uma palestra com o conferencista Divaldo Franco.

A participação artística ficará por conta do Coral Reencontro.

Divaldo Franco, juntamente com Nilson de Souza Pereira, Tio Nilson, fundou esta obra de amor e de fraternidade no dia 15 de agosto de 1952, na cidade do Salvador. O primeiro prédio da Mansão do Caminho, nome dado em homenagem à Casa do Caminho dos primeiros cristãos, situava-se na rua Barão de Cotegipe, n. 124, no bairro da Calçada, em Salvador. Todavia, foi somente no ano de 1955 que foi adquirido o terreno onde seria construída a Mansão do Caminho, localizada no bairro Pau da Lima, na cidade do Salvador. Começava a nascer, então, o que viria a ser uma dupla experiência: os lares-famílias, reprogramando o ambiente familiar com sábias orientações cristãs e espíritas, envolvidas pela ternura fraternal dos tios e das tias sempre sob a orientação de Divaldo Franco e de Tio Nilson. Assim, sob as luzes e as bênçãos da nobre Mentora Espiritual Joanna de Ângelis, esses lares floresceram contribuindo com o aprimoramento intelectual, moral e espiritual de milhares de crianças que receberam desta Colmeia de amor a oportunidade ímpar de uma existência digna e feliz.



Serviço
Local, Salão Nobre do Clube Atlético Juventus, Rua, 690, bairro da Mooca, zona leste de São Paulo.
Entrada franca.
Para mais Informações ligue (11) 2028-5222.


O AUTOCASTIGO


Deus não castiga o suicida, pois é o próprio suicida quem se castiga. A noção do castigo divino é profundamente modificada pelo ensino espírita. Considerando-se que o Universo é uma estrutura de leis, uma dinâmica de ações e reações em cadeia, não podemos pensar em punições de tipo mitológico após a morte. Mergulhado nessa rede de causas e efeitos, mas dotado do livre arbítrio que a razão lhe confere, o homem é semelhante ao nadador que enfrenta o fatalismo das correntes de água, dispondo de meios para dominá-las.
Ninguém é levado na corrente da vida pela força exclusiva das circunstâncias. A consciência humana é soberana e dispõe da razão e da vontade para controlar-se e dirigir-se. Além disso, o homem está sempre amparado pelas forças espirituais que governam o fluxo das coisas. Daí a recomendação de Jesus: “Orai e vigiai”. A oração é o pensamento elevado aos planos superiores – a ligação do escafandrista da carne com os seus companheiros da superfície – e a vigilância é o controle das circunstâncias que ele deve exercer no mergulho material da existência.
O suicida é o nadador apavorado que se atira contra o rochedo ou se abandona à voragem das águas, renunciando ao seu dever de vencê-las pela força dos seus braços e o poder da sua coragem, sob a proteção espiritual de que todos dispomos. A vida material é um exercício para o desenvolvimento dos poderes do Espírito. Quem abandona o exercício por vontade própria está renunciando ao seu desenvolvimento e sofre as consequências naturais dessa opção negativa. Nova oportunidade lhe será concedida, mas já então ao peso do fracasso anterior.
Cornélio Pires, o poeta caipira de Tietê, responde à pergunta do amigo através de exemplos concretos que falam mais do que os argumentos. Cada uma de nossas ações provoca uma reação da vida. A arte de viver consiste no controle das nossas ações (mentais, emocionais ou físicas) de maneira que nós mesmos nos castigamos ou nos premiamos. Mas mesmo no autocastigo não somos abandonados por Deus, que vela por nós em nossa consciência.
(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier/Herculano Pires)

sexta-feira, 21 de junho de 2013

HÁ MUITA GENTE

"Mas, se aquele servo disser consigo mesmo: Meu senhor tarda em vir e passar a espancar os criados e as criadas, a comer, a beber e a embriagar-se..." (Lc: 12, 45)


Há muita gente assim: cansada de esperar pelas promessas da fé, desmanda-se na incredulidade...
Verificando, equivocada, a inutilidade da crença religiosa que herdou de seus pais, rende-se aos vícios e aos prazeres em que se regala...
Porque não obtém, do Mundo Espiritual, as comprovações que exige da sobrevivência da alma para continuar no caminho reto, envereda por atalhos de difícil retorno...
Há muita gente no mundo trabalhando para, por fim, convencer-se de que todas  as suas expectativas de vida além da morte são vazias e de que, portanto, não vale  a pena viver com dignidade!
É que o homem quer viver segundo os seus interesses imediatos e não os interesses de Deus, que, por serem eternos, nem sempre lhe atendem os caprichos do momento.
Na cabeça do homem em que se extingue a ideia de Deus, apaga-se toda luz e fenece toda esperança.
Porque se desencanta com um religioso que lhe traiu a confiança, o homem encontra te pretexto para desistir de lutar por ser melhor.
Ninguém deve justificar os seus erros pelos erros que os outros cometem.
Quem deixa de seguir o Cristo, para seguir os cristãos, é evidente que, mais cedo ou tarde, se decepcionará.
Há muita gente querendo ser leviana, fugindo, porém, de arcar com a responsabilidade de sua leviandade.
Falta-lhes caráter e nobreza até para assumir as próprias fraquezas morais.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

quarta-feira, 19 de junho de 2013

COMO PERDOAR


Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre nos e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança se nos azedam o coração.
Isso acontece porque, geralmente, as magoas mais profundas repontam entre os Espiritos vinculados uns aos outros na esteira da convivencia.
Quando nossas relações adoecam, no intercambio com determinados amigos que, segundo a nossa opiniao pessoal, se transfiguram em nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: “como perdoar, se perdoar nao se resume a questão de labios e sim a problema que afeta os mais intimos mecanismos do sentimento?”.
Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as criaturas em desacerto pertencem a Deus e nao a nos; que tambem temos erros a corrigir e reajustes em
andamento; que nao e justo rete-las em nossos pontos de vista, quando estão, qual nos acontece, sob os desígnios da Divina Sabedoria que mais convém a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. Em seguida, recordemos as bênçãos de que semelhantes criaturas nos terão enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidão, conforme a vida nos preceitua.
Lembremo-nos também de que Deus já lhes terá concedido novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que será desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal da vida, quando o próprio Deus não lhes sonega Amor e Confiança.
Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando os teus adversários como autênticos irmãos teus, - tão necessitados do Amparo Divino quanto nos mesmos, penetraras a verdadeira significação das palavras de Cristo: “Pai, perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua própria alma.
Então, saberás oscular de novo a face de quem te ofendeu, e quem te ofendeu encontrará Deus contigo e te dirá com a mais pura alegria no coração: “bendito sejas...”.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

terça-feira, 18 de junho de 2013

ORAÇÃO PELA PAZ


Senhor!
Diante de Ti, trazemos a dor da humanidade, que luta e sofre em busca de paz.
Trazemos a angústia das vítmas da violência, da injustiça e da opressão.
Trazemos o desespero dos que perderam seus entes queridos em situações de conflito.
Trazemos também o nosso coração ferido, sedento de Tua Paz e do Teu Amor.
Queremos, ó Deus, consagrar o dia de hoje à causa da paz, para que chegue o tempo em que todos os dias serão dias de paz!
Dá-nos, Senhor, a Tua Luz, para construirmos a paz em nossos relacionamentos!
Dá-nos, Senhor, a Tua Paz para aprendermos a acolher sem preconceitos, a respeitar a dignidade de cada ser humano.
Dá-nos, Senhor, a Tua Paz para reconhecermos, em cada ser humano, o nosso semelhante; e, em toda a criação, o dom generoso do Teu Amor!
Transforma a violência e a injustiça que habitam dentro de nós em dom de amor e compaixão, que geram Paz!
Amém!

domingo, 16 de junho de 2013

Á Sombra da Figueira

Sob a sombra de uma figueira, o discípulo perguntou ao seu mestre:

 

-Mestre, o que é ser bom verdadeiramente?

 

-Ser bom verdadeiramente é ser bom por inteiro. Isso requer ferrenha luta para vencer o egoísmo.

 

-O egoísmo, porventura, é o maior inimigo da evolução humana?

 

-Sim, meu filho. O egoísta não divide o doce, nem o cobertor. No lar, é incentivado nas crianças. Em questão de trabalho, se for preciso acusar o colega para ter privilégios, isso é feito até publicamente. O egoísta considera-se o centro do mundo.

 

-Como vencer o egoísmo?

 

-Ele só é vencido com o lubrificante do amor, que se alimenta da caridade. Aí então, a alma brilha e se expande, numa identidade harmoniosa com Jesus, a trazer felicidade ao ser humano. É por isso que Jesus disse: se não nascerdes de novo não entrareis no reino dos céus.

 

-No nascer e renascer, o ser humano vai perdendo as imperfeições?

 

-Correto, meu filho... o aprendizado é difícil e longo, mas destinado a todos.

 

Erasto

Psicografia: Maria Nilceia

01/06/2013

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Que Farei?

"Que farei?" - Paulo. (Atos, 22:10).

Milhares de companheiros aproximam-se do Evangelho para o culto inveterado ao comodismo.
Como dominarei? - interrogam alguns.
Como descansarei? - indagam outros.
E os rogos se multiplicam, estranhos, reprováveis, incompreensíveis...
Há quem peça reconforto barato na carne, quem reclame afeições indébitas, quem suspire por negócios inconfessáveis e quem exija recursos para dificultar o serviço da paz e do bem.
A pergunta do apóstolo Paulo, no justo momento em que se vê agraciado pela Presença Divina, é padrão para todos os aprendizes  e seguidores da Boa Nova.
O grande trabalhador da Revelação não pede transferência da Terra para o Céu e nem descamba para sugestões de favoritismo ao seu círculo pessoal.
Não roga isenção de responsabilidade, nem foge ao dever da luta.
- Que farei? - disse a Jesus, compreendendo o impositivo do esforço que lhe cabia.
E o Mestre determina que o companheiro se levante para a sementeira de luz e de amor, através do próprio sacrifício.
Se foste chamado à fé, não recorras ao Divino Orientador suplicando privilégios e benefícios que justifiquem tua permanência na estagnação espiritual.
Procuremos com o Senhor o serviço que a sua Infinita Bondade nos reserva e caminharemos, vitoriosos, para a sublime renovação.


OBJETIVO DE VIDA


" E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiram, disse-lhes: Que buscais ? Disseram-lhe:
  Rabi (que quer dizer Mestre) onde assistes?" - João, cap. 1 - v. 38
 
 
A pergunta que Jesus endereçou a André e a João Evangelista, que, naquele instante,
representavam a Humanidade sem rumo, equivale a esta outra: 
 
- Qual é o objetivo de vida ?
 
Porventura, já teremos indagado de nós o que buscamos na vida ? Quais, em suma, as
nossas aspirações ? Afinal, o que pretendemos ?
Ninguém logra viver com proveito sem perseguir um ideal de ordem superior.
O egoísmo é causa de inúmeras moléstias da alma.
Sendo filho de Deus, portador de genética divina, o homem que não se doa contraria
a própria natureza.
Não há quem esteja na Terra apenas para satisfazer-se e, não raro, satisfazer-se
ocasionando lesões afetivas a outrem.
A verdadeira felicidade não se alicerça na exploração dos sentimentos alheios.
Sem o mínimo de desapego, nada haveremos de conquistar que realmente valha
alguma coisa.
Que o homem derrame quantas lágrimas quiser, mas não faça ninguém chorar !
Um dos maiores carmas que podemos arranjar para nós mesmos será procurar colher
onde não vertemos uma só gota de suor digno.
A angústia de muita gente sem causa orgânica ou psicológica de fácil diagnóstico tem
sua origem na exploração desmedida a que submete o patrimônio da Vida sem
nada lhe dar em troca.
 
(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

NÃO NOS ESQUEÇAMOS

 
 
Lembra-te de que tudo na vida é propriedade de Deus, a fim de que o egoísmo não te faça ver a ingratidão onde apenas se expressa a lei natural na marcha evolutiva. 
Recorda que o lar é um empréstimo precioso que nos cabe prestigiar com serviço e renúncia para que se transforme em templo de paz e luz; que o esposo e a esposa, o filho e o irmão, os pais e os companheiros, constituem depósitos do Senhor que nos compete valorizar sem prender e amar sem escravidão, de modo a restituí-los, um dia, à Infinita Bondade, enriquecidos por nosso amor; que as posses humanas são meros compromissos com o Céu que devemos mobilizar na extensão do bem, a fim de que o remorso não nos fira quando chamados a exame de Contabilidade Divina e que os dons da inteligência ou do equilíbrio físico, do verbo fácil ou do raciocínio brilhante são concessões do todo Misericordioso que nos cabe empregar na aquisição das riquezas incorrutíveis do espírito, através do exemplo edificante e do serviço invariável ao próximo. 
A rigor, se alguém existe com direito de queixar-se, de ingratidão, esse alguém seria o Criador, à cuja Misericórdia e Justiça tudo se nos tributa, entretanto, o Pai Celeste jamais racionou o Sol que nos ilumina ou o ar que nos sustenta, porque tenhamos abraçado atitudes infelizes à frente de Suas Leis. 
Aceita a luta que a Sabedoria da Vida te confere, sem exasperação e sem inveja, sem ciúme e sem mágoa, porque tudo o que te encanta os olhos e alimenta o coração, tudo o que te angaria o apreço dos outros e te consolida a própria dignidade vem de Deus que, através do tempo e da experiência, nos pedirá contas em momento oportuno. 
 
(Obra: Tocando o Barco - Chico Xavier/Emmanuel

terça-feira, 4 de junho de 2013

Não Tema


 O
“Não tema, creia somente” – diz o Senhor.
Creia na harmonia, na justiça, na verdade, no bem.
Somos livres, sob a proteção de leis vigilantes.
Deus não se ausenta.
Por isso, quanto nos aconteça é sempre o melhor do que nos mostremos capazes de receber.
Em muitas ocasiões a enfermidade inesperada no corpo é apoio antecipado às necessidades da alma; a afeição que nos deixa é amputação no mundo afetivo para que possamos sobreviver naquilo que estejamos fazendo de mais útil; o desejo contrariado é providência contra perigo invisível; a inibição orgânica é recurso para a condensação de nossas energias em auxílio à realização de tarefa determinada; o prejuízo é comunicado prévio para que não se caia em débitos insolvíveis; a penúria material é desafio a que nos levantemos para o trabalho.
Não desfaleça na prova que a vida lhe trouxe.
A Terra é um educandário em cujas lições somos todos alunos e examinadores uns dos outros.
Hoje é possível esteja sofrendo o cerco de numerosos problemas; entretanto, se você atende às instruções do amor, que nos traçam caminho certo entre as margens da humildade e do serviço, encontrará você o rumo exato de todas as soluções.
Para isso, porém, é necessário que você não permaneça no canto da inércia, colecionando pedras e espinhos que lhe pesem no coração ou lhe firam a alma.
Esqueça tudo o que foi tristeza ou desequilíbrio e entre no sistema da ação edificante que nos reforma o destino.
Todos os que lutaram e venceram, todos os que tombaram na sombra e se reergueram para a luz, sofrendo, lutando, construindo e renovando, nunca deixaram de trabalhar

 

(Obra: Astronautas do Além - Chico Xavier / André Luiz)