terça-feira, 25 de junho de 2013

CENTROS ESPÍRITAS VAZIOS?!

Companheiros encarnados, com justa razão, têm manifestado preocupação com alguns Centros Espíritas vazios, ou seja, pouco frequentados.
Evidentemente que não se pode generalizar, já que muitos outros Centros apresentam excelente média de frequentadores em suas concorridas reuniões.

Quais seriam, porém, os motivos de, talvez, a maioria dos grupos espíritas não estar conseguindo agregar, em suas reuniões, significativo número de frequentadores regulares?

De minha parte, apenas com o propósito de colaborar com os que vêm estudando o assunto, naturalmente preocupados com o futuro do Movimento, tomarei a liberdade de enumerar algumas das razões que consigo vislumbrar:
1 – Falta de exemplificação da Mensagem por parte de suas lideranças, que mantêm considerável distância dos frequentadores da Casa – às vezes, sequer os cumprimenta.

2 – Dirigentes centralizadores, que, por ciúme de seus cargos, não concedem espaço para trabalhar àqueles que estão chegando agora.

3 – Reuniões excessivamente teóricas, priorizando a prática mediúnica em detrimento à prática das tarefas assistenciais, que consideram secundárias.

4 – Ausência de intercâmbio com outros grupos e seareiros, na crítica sistemática contra médiuns e oradores com opiniões divergentes de seus diretores personalistas.

5 – Falta de incentivo aos jovens na Mocidade Espírita, que, praticamente, está se extinguindo.

6 – Pouco ou quase nenhum apoio à Evangelização Infantil, à qual não se destina indispensável investimento humano e espiritual.

7 – Diretores que não se preocupam em formar novos colaboradores da Causa.

8 – Ingerência dos Órgãos Unificadores que apontam o problema, mas não se dispõem auxiliar para que sejam devidamente solucionados.

9 – Carência de verdadeira fraternidade nas reuniões, promovendo necessária abertura aos companheiros que se dedicam à Arte Espírita, tornando a referidas reuniões menos cansativas e rotineiras.

10 – Falta de palestras doutrinárias cujos temas, deixando de ser maçantes e repetitivos, sejam apresentados com certa leveza, interessando a todos.

11 – Buscar a periferia, na certeza de que somente o trabalho na periferia fortalece o Centro – foi assim que o Espiritismo cresceu no Brasil!

12 – Tornar o próprio ambiente físico do Centro mais agradável – iluminado e florido, por exemplo! Reunião espírita não é velório!

13 – Não falar em Kardec sem falar em Jesus, e não falar em Jesus e Kardec sem falar em Chico Xavier.

14 – Não pregar moralismo.

15 – Semear e semear, incansavelmente, sem ter pressa de colher.

Não podendo a referida falha estar na excelência da mensagem que, na revivescência do Evangelho, a Doutrina veicula, ela só pode estar com aqueles que não se mostram aptos para apresentá-la a quem por ela procura.
INÁCIO FERREIRA

 Uberaba – MG, 10 de junho de 2013.

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