quarta-feira, 25 de maio de 2011

ÚLTIMO DESAPEGO


"Pois ao que tem se lhe dará; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado."
(Mc: 4, 25)




Até determinado ponto da existência física, o homem, através do estudo e do trabalho, esforça-se para obter.

Está na construção da sua vida material, que lhe permite engajar-se no plano das convenções humanas.

De certa maneira, imbuído de tais preocupações, ele perde relativo contato com a sua origem espiritual...

Depois, porém, da referida fase, a situação se inverte, porque, querendo ou não, é chamado a gradativo exercício de desapego.

A ação inexorável do tempo haverá de compeli-lo a desapegar-se das coisas acumuladas inutilmente...

Muitos, inclusive, chegam a assistir à derrocada de verdadeiros impérios econômicos, que os herdeiros dissipam.

Todavia, por último, será constrangido a desapegar-se justamente do bem que ele mais procurou conservar: o corpo!

O espelho o convencerá, aos poucos, de que a "casa" que habita, imaginando-se eterno posseiro, está em ruínas...

Não mais a agilidade muscular e a prontidão intelectual de outrora.

Não mais os apelos da sensualidade que o organismo não se encontra apto a atender.

Então, da maneira que veio ao mundo ele haverá de partir, levando para onde retorna apenas e tão somente o somatório de tudo o que fez de si.

Porque não aceitam a realidade do crepúsculo da existência, muitos se deprimem e, em vão, se lamentam, pois, a cada dia, o abismo do túmulo, com as claridades da Vida Imperecível, se lhes escancara aos pés...

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 24 de maio de 2011

ABORTAMENTO

Dentre os crimes perpetrados contra a Humanidade, avulta-se, em gravidade, o abortamento delituoso.

Sejam quais forem as justificativas apresentadas para interromper-se a vida fetal em desenvolvimento - excetuando-se o aborto terapêutico para salva-se a vida da gestante -, quem se entrega ao nefando tratamento abortivo incide em delito grave de difícil recuperação.

A vida não é patrimônio da criatura humana, que apenas empresta ao Espírito o envoltório carnal transitório, não lhe cabendo, portanto, o direito de a fazer cessar.

Além disso, a interrupção da vida física de forma alguma anula a de natureza espiritual, que é a verdadeira, independente da organização material, não obstante, esta não subsista sem aquela.

A vida orgânica inicia-se no momento da fecundação, e qualquer medida de eliminação ou impedimento do seu finalismo significa crime, mesmo quando não considerado pelas legislações humanas...

Um filho, em qualquer circunstância, é compromisso assumido antes do berço pelos genitores, que responderão perante as Divinas Leis pelo comportamento a que se entreguem.

Em conseqüência, a união sexual não pode prescindir da responsabilidade nem do enobrecimento do amor, a fim de que não derrape na vulgaridade do instinto, dando curso a paixões dissolventes econstituido algema escravizadora, quando deveria ser emulação ao progresso, estímulo à felicidade e à paz.

Argumentos de natureza socioeconômico-cultural são colocados como mecanismo de evasão ao
compromisso perante a vida, gerados pelo egoísmo de quantos não desejam repartir os excessos de que desfrutam, transformando esses valores abundantes em empregos, escolas, oportunidades de dignificação social, de integração comunitária entre aqueles que padecem limite ou escassez...

Conceitos e enfoques apresentados como de direito da mulher ou do homem deliberar quanto ao prosseguimento ou não da gestação caracterizam-se pelo mesmo sentimento ególatra, que se alia ao utilitarismo e ao orgulho, para escapar-se da responsabilidade.

Justificativas de superpopulação carecem de legitimidade ante a prática do aborto, por não encontrarem apoio na ética-moral nem na religião, desde que a ciência moderna oferece alguns recursos e técnicas não criminosos para o planejamento familiar.

Diante da tentação do abortamento criminoso, opta pela oportunidade de manter o filho.
Ja que o não podes consultar se ele gostaria ou não de ser assassinado, faculta-lhe a bênção da reencarnação e ama-o, seja qual for a circunstância em que te chega.

Oferta-lhe carinho e ampara-o hoje, a fim de que ele te proteja amanhã.

E mesmo que o filho não te venha a amparar mais tarde, terás a consciência tranqüila, que te constituirá passaporte ante a aduana da vida espiritual que atravessarás, mais tarde, livremente, ante os códigos supremos da Divina Consciência, geradora e condutora da vida em todas as suas manifestações.

(Obra: Luz Viva - Divaldo Franco / Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

DIAS DIFÍCEIS

Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.

Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.

Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. Mesmo assim, admites que, logo, tudo se
alterará, melhorando as situações em torno.

Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma.

Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.

Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de autopiedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.

São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do MESTRE NAZARENO, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreende que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passando o momento difícil.

Há de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a DEUS por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da tua existências, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.

Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.

Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o CRISTO representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.

(Mensagem Psicografada em 30.12.2002 - Raul Teixeira / Camilo)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ORAR SOZINHO

E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho." (Mt: 14, 23)



Até Jesus experimentou necessidade de conversa mais íntima com Deus.

O que fazemos sem ninguém a nos observar é o que, realmente, nos caracteriza a personalidade.

Sobre o palco, o ator sempre se confunde com o personagem que representa - no camarim, longe da plateia, ele tira a maquiagem e se mostra sem subterfúgios.

Analisemos o teor dos nossos pensamentos, quando estamos a sós, e busquemos conhecer a
natureza das nossas mais veladas intenções.

O homem, para que possa acreditar em si e inspirar credibilidade aos outros, precisa ser sincero consigo.

A desonestidade também adoece o espírito.

Com as suas atitudes contraditórias, muitos, representando em público o que não são na intimidade, perdem totalmente a fé em si e terminam por ensandecer.

Como são vazias as palavras pronunciadas apenas com a boca, sem que nelas o coração tome parte!
A atitude de Jesus orando sozinho deve ser referencial de honestidade religiosa para os adeptos de todas as crenças.

Infelizmente, ainda soam atuais as palavras do Mestre repreendendo os escribas e fariseus: "...hipócritas ! porque devorais as casas das viúvas e, para justificá-lo, fazeis longas orações..."

Se, em nós, a fé em Deus se transformou em conveniência ou num jogo de interesses inferiores, cavamos, sem perceber, profundo abismo do qual haja tempo, e pranto, para dele nos resgatarmos.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

BUSQUEMOS O EQUILÍBRIO

"Aquele que diz permanecer nele, deve também andar como ele
andou." (I Jo: 2, 6)



Embora devas caminhar sem medo, não te cases à imprudência, apretexto de cultivar desassombro.

Se nos devotamos ao Evangelho, procuremos agir segundo os padrões do Divino Mestre, que nunca apresentam lugar à temeridade.

Jesus salienta o imperativo da edificação do Reino de Deus, mas não sacrifica os interesses dos outros em obras precipitadas.

Aconselha a sinceridade do "sim, sim - não, não", entretanto, não se confia à rudeza contundente.

Destaca as ruínas morais do farisaísmo dogmático, todavia, rende culto à Lei de Moisés.

Reergue Lázaro do sepulcro, contudo, não alimenta a pretensão de furtá-lo, em definitivo, à morte do corpo.

Consciente do poder de que se acha investido, não menospreza a autoridade política que deve reger as necessidades do povo e ensina que se deve dar "a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".

Preso, e sentenciado ao suplício, não se perde em bravatas labiais, não obstante reconhecer o devotamento com que é seguido pelas entidades angélicas.

Atendamos ao Modelo Divino que não devemos esquecer, desempenhando a nossa tarefa, com lealdade e coragem, mas, evitemos o arrojo desnecessário que vale por leviandade perigosa.

Um coração medroso congela o trabalho.

Um coração temerário incendeia qualquer serviço, arrasando-o.

Busquemos, pois, o equilíbrio com Jesus e fugiremos, naturalmente, ao extremismo, que é sempre o escuro sinal da desarmonia ou da violência, da perturbação ou da morte.

(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

terça-feira, 17 de maio de 2011

ABORTO DELITUOSO

Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.

Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...

Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o caminho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

(Obra: Religião dos Espíritos - Chico Xavier / Emmanuel)

domingo, 15 de maio de 2011

A VIAGEM



Composição : Cleberson Horsth - Aldir Blanc
Inérprete: Roupa Nova

Há tanto tempo que eu deixei você..
Fui chorando de saudade!
Mesmo longe, não me conformei.
(Pode crer,
Eu viajei contra a vontade!)

O teu amor chamou e eu regressei.
Todo amor é infinito!
Noite e dia no meu coração,
Trouxe a luz
Do nosso instante mais bonito!

Na escuridão, o teu olhar me iluminava
E minha estrela-guia era o teu riso!
Coisas do passado são alegres
Quando lembram, novamente,
As pessoas que se amam...

Em cada solidão vencida, eu desejava
O reencontro com teu corpo abrigo
Ah! Minha adorada...
Viajei tantos espaços
Prá você caber assim no meu abraço...
Te amo!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

OBSESSÃO

Filhos, não olvideis que os vossos afetos invisíveis do pretérito procuram interferir negativamente em vossos justos anseios espirituais do presente.

De todas as formas, eles buscarão se insinuar em vossos caminhos, impedindo a vossa desvinculação mental com o passado.

Pela afinidade natural que convosco estabeleceram em experiências pregressas,lograrão fácil acesso ao vosso psiquismo, articulando aos vossos ouvidos inaudíveis palavras de desalento.

Praticamente sem tréguas, insistirão convosco na descrença, armando-vos o espírito contra os companheiros que vos têm concitado à renovação.

Levantarão em vós suspeitas infundadas a respeito daqueles que podem vos influenciar para o bem.

Não raro, prepararão instrumentos para vossa queda no rol de vossas afeições mais íntimas.

Nos lábios dos que tenham alguma ascendência sobre vós, colocarão palavras que vos induzirão a reconsiderar atitudes e decisões no campo da fé.

Os irmãos consanguíneos do Mestre o tinham à conta de homem fora do seu juízo perfeito...

Quantos se fizeram cristãos nos primeiros tempos do Evangelho começavam a ser chamados ao testemunho no seio da própria família.

Os espíritos que lutam contra os propósitos de espiritualização das criaturas envidam esforços no sentido de que o seguidor de Jesus na Doutrina Espírita vincule a causa dos problemas materiais que enfrenta à sua nova opção de fé.

Por este motivo, os espíritas sempre facearão acirrada perseguição material por parte dos opositores da Terceira Revelação. Além de sustentarem lutas cármicas pessoais, defrontar-se-ão com os adversários da Causa que abraçaram.

No entanto o amparo espiritual não haverá de faltar a quem tome a decisão de renunciar às facilidades transitórias.

Filhos, perseverai na Fé e triunfareis!

(Obra: Coragem da Fé - Carlos A. Baccelli / Bezerra de Meneses)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

GUARDA A PACIÊNCIA

"Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a Vontade de Deus, possais alcançar a promessa." (HEBREUS, 10: 36)



Provavelmente estarás retendo, há muito tempo, a esperança
torturada.
Desejarias que a resposta do mundo aos teus anseios surgisse,
imediata, agasalhando-te o coração; entretanto, que paz desfrutarias no triunfo aparente dos próprios sonhos, sem resgatares os débitos que te encadeiam ao problema e à dificuldade?

Como repousar, ante a exigência do credor que nos requisita?

Descansará o delinqüente, antes da justa reparação à falta cometida?

Sabes que o destino materializar-te-á os planos de ventura, que a
vitória te coroará, enfim, a senda de luta, mas reconheces-te preso
ao círculo de certas obrigações.

O lar convertido em forja de angústia...

A instituição a que serves, onde sofres a intromissão da calúnia ou o golpe da crueldade...

O parente a que deves respeito e carinho, do qual recolhes menosprezo e ingratidão...

A rede dos obstáculos...

A conspiração das sombras...

A perseguição gratuita, a enfermidade do corpo, a imposição do ambiente...

Se as provas te encarceram nas grades constringentes do dever a cumprir, tem paciência e satisfaze as obrigações a que te enlaçaste!...

Não renuncies ao trabalho renovador!

Recorda que a Vontade de Deus se expressa, cada hora, nas circunstâncias que nos cercam! Paguemos nossas contas com a sombra, para que a Luz nos favoreça!

Em verdade, alcançaremos a concretização dos nossos projetos de felicidade, mas, antes disso, é necessário liquidar com paciência as dívidas que contraímos perante a Lei.

(Francisco Cândido Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

COMO QUEREMOS

"Faça-se contigo como queres." - (Mt: 15,28)



As palavras acima foram ditas por Jesus à pobre mulher cananeia, que suplicava pela cura da filha endemoninhada, e que, sob o endosso da própria fé, logrou o materno intento de vê-la curada.

Não nos esqueçamos, porém, de que, por vezes, a Lei igualmente permite que tudo se nos faça conforme queremos, mesmo sabendo que nem sempre estamos empenhados na obtenção do melhor.

Evitemos, pois, acalentar ardorosamente o que não nos convenha. Não mentalizemos o que, caso se concretize, nos trará imensos dissabores.

Se existem forças que concorrem para o nosso bem, existem aquelas que conspiram contra a nossa paz, e que, solícitas, acorrem à nossa menor inclinação ao mal.

De tanto insistirmos, a Lei Divina, não raro, delibera ceder ao nosso livre-arbítrio para que venhamos a aprender com as consequências da nossa insensatez.

Quantos, depois de obterem o que "pedem", se arrependem amargamente ! Quantos, sem poder, não gostariam de se livrar, de imediato, do que foram longe buscar com suas mãos!

Muitas vezes, não ter o que se quer é ser verdadeiramente feliz, e não alcançar o que se deseja é safar-se de perigo real.

A vida do homem é sempre escolhida previamente por ele, através do que deliberou fazer ou não fazer ou das circunstâncias imprescindíveis ao seu aprendizado.

O homem, na sua atual conjuntura evolutiva, deveria temer ouvir, da parte de Deus, o que costuma dizer um pai ao virar as costas ao filho rebelde aos seus alvitres:

- "Faça-se contigo como queres"!

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

terça-feira, 10 de maio de 2011

O Alimento que Ingeres

O alimento que ingeres é de grande utilidade quando bem orientado para o equilíbrio da saúde, conseguindo a paz interior. É bom que não te esqueças da escolha dos alimentos, consultando bons livros, em se referindo à comida.

Precisamos de muita paciência na especulação da alimentação, fornecendo ao complexo orgânico as coisas naturais e as forças da natureza, empregadas no amparo as nossas forças, para o bem da nossa própria vida.

A resignação em relação ao que aparece como problema no correr da existência é de grande utilidade, desde quando não faltem o amor e o bem-estar, que surge da alegria.

Procura alimentar-te nos moldes em que se mostra o equilíbrio, sem estimular a vontade exagerada; devemos comer para viver, e não viver para comer.

Não te deixes viciar no que tange à alimentação; procura triturar com perseverança a comida, retirando dela as substâncias da paz orgânica, buscando sempre, onde existem mais experiências, o que falta para enriquecer as tuas.

Alguns dizem que religião nada tem com a alimentação; como se enganam! Tem e muito! Devemos cuidar do corpo e do Espírito, para o equilíbrio interno. Tudo o que aprendemos de bom é útil a vida, como exemplos aos outros.

É justo que tenhamos constância em tudo o que é bom, favorecendo a harmonia, sendo porta aberta para a luz do entendimento. Sejamos pacíficos em tudo o que venhamos a fazer, porque essa tranqüilidade nos faz aceitar o amor e vivê-lo, nos faz aceitar a caridade e vivê-la, nos faz aceitar o perdão e vivê-lo. E esse conjunto de virtudes forma em nossa intimidade a paz, bem como estimula o coração, senão a consciência. Compete a cada um esforçar-se para alcançar o estágio da benevolência que alegra e nos faz crescer na luz de Deus.

O que se chama alimento para que possamos viver não é somente o pão de cada dia; a água é alimento, o ar o é também, como igualmente o amor.

Esses últimos se fazem diretamente sustento para a alma, como também para o corpo e as suas funções entre os dois mundos.

Sejamos ordeiros nas investidas do corpo para a alma e da alma para o corpo, meditando no que ocorre, no sentido de aprender a nos comportar, para melhor tirar proveito das lutas que sempre nos trazem um bom rendimento.

Tenhamos paciência no desenrolar do tempo, que somente assim nós crescemos, deixando fulcros de exemplos para os outros, colhendo os frutos da paz, aquela que o mundo não pode dar. As nossas vidas significam luta permanentemente, porque é no intenso trabalho para aprender que nós instruímos e enriquecemos as qualidades do coração.

Verificamos que, em tudo na vida, estamos nos alimentando; e a escolha é de grande utilidade, sendo que podemos viver bem ou mal, de acordo com o que escolhemos para nos alimentar.

Apaziguar o que vem a nós é o nosso dever, para que surja disso o maior dos ambientes da vida - o Amor.

(Obra: Cura-Te A Ti Mesmo - João Nunes Maia / Miramez).

segunda-feira, 9 de maio de 2011

JESUS E O MUNDO

Se Jesus não tivesse confiança na regeneração dos homens e no aprimoramento do mundo, naturalmente, não teria vindo ao encontro das criaturas e nem teria jornadeado nos escuros caminhos da terra.
Não podemos, por isso, perder a esperança e nem nos cabe o desânimo, diante das pequenas e abençoadas lutas que o Céu nos concedeu, entre as sombras das humanas experiências.
Da escola do mundo saíram diplomados em santificação Espíritos sublimes, que hoje se constituem abençoados patronos da evolução terrestre.
Não nos compete menosprezar o plano de aprendizagem que nos alimenta e nos agasalha, que nos instrui e aperfeiçoa.
Se o bom desampara o mau, a fraternidade não passaria de mera ilusão.
Se o sábio não ajuda ao ignorante, a educação redundaria em mentira perigosa.
Se o humilde foge ao orgulhoso, surgiria o amor por vocábulo inútil.
Se o aprendiz da gentileza menoscaba o prisioneiro da impulsividade, o desequilíbrio comandaria a existência.
Se a virtude não socorre às vítimas do vício e se o bem não se dispõe a salvar quantos se arrojam aos despenhadeiros do mal, de coisa alguma serviria a predicação evangélica no campo de trabalho que a Providência Divina nos confiou.
O Mestre não era do mundo, mas veio até nós para a redenção do mundo. Sabia que os seus discípulos não pertenciam ao acervo moral da Terra, mas enviou-os ao convívio com homens para que os homens se transformassem nos servidores devotados do bem, convertendo o Planeta em seu reino de Luz.
O cristão que foge ao contato com o mundo, a pretexto de garantir-se contra o pecado, é uma flor parasitária e improdutiva na árvore do Evangelho, e o Senhor, longe de solicitar ornamentos para a sua obra, espera trabalhadores abnegados e fiéis que se disponham a remover o solo com paciência, boa vontade e coragem, a fim de que a Terra se habilite para a sementeira renovadora do grande amanhã.

(Obra: Coragem - Chico Xavier/Emmanuel)

sábado, 7 de maio de 2011

O JOVEM JOÃO EVANGELISTA

Outro exemplo de jovem devotado ao Evangelho é o de João.
Quando foi chamado ao apostolado, João contava cerca de dezoito anos de idade e era o mais jovem dos companheiros de Jesus, convertendo-se num dos mais fiéis depositários de seus ensinamentos.

Somente ele estava com Maria, aos pés da cruz, no instante da crucificação.

Pelo Evangelho, sofreu as maiores humilhações, sem qualquer esmorecimento.

O quarto Evangelho, o que nos dá uma idéia da verdadeira dimensão espiritual do Cristo, é de sua autoria.

O Apocalipse foi também escrito por ele.

Como você vê, amigo, exemplos de vidas que se entregaram a Jesus na juventude, não nos faltam.

Citamos apenas dois: o de Timóteo e o próprio João, para que você perceba o que o jovem pode realizar, quando faz a opção certa.

Não creia você que os temas da religião devam interessar apenas os que já amadureceram na experiência física.

A fé é o pão da alma.

Os jovens que se distanciam da religião sentem, mais cedo ou mais tarde, uma
espécie de "vazio de Deus" no coração.

Vítimas de "angústia existencial", equivocam-se e recorrem às drogas, aceitando
essa oferta de ilusório refúgio que a irresponsabilidade de muitos lhe oferece,
aproveitando-se de sua fragilidade espiritual.

Não se deixe dobrar pelos argumentos dos que desejam viciá-lo.

Não experimente a droga, em hipótese alguma, pois o seu sabor é de uma amargura indefinível.

Mas se você já a experimentou, não mais recorra a elaNão acredite no "tabu" de que o toxicômano será sempre um toxicômano.

Em sua 1º epístola, João escreveu:

"... e esta é a vitória que vence o mudo: a nossa fé."


(Obra: Para Vencer as drogas - Carlos A. Baccelli / Odilon Fernandes)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

OBSTÁCULOS

Que admitisse no Espiritismo uma doutrina de acomodação com o menor esforço, na qual as inteligências desencarnadas devessem andar cativas aos caprichos dos homens, decerto vaguearia, irresponsável, à distância da Lei.

Descerrando o intercâmbio entre os dois mundos, a nossa fé não vem pulverizar os óbices do caminho que para todos nós funciona à conta de estímulo e advertência, amparo e lição.
Achamo-nos todos, encarnados e desencarnados, na sublime escola da vida.

Cada criatura estagia na experiência que abraçou ou na luta que preferiu.

Não seria lógico subtrair o remédio ao doente, o serviço ao trabalhador e o ensinamento ao aprendiz.

Somos prisioneiros de nossas próprias culpas, não burlaremos a justiça.

Todavia, pela nossa conduta no trilho espinhoso da regeneração, podemos conquistar amplo socorro da confiança divina.

Eis, porque, antes de pedir, devemos merecer, para que nossos apelos não se apaguem no clamor do petitório vazio e inútil.

Para rogar proteção é preciso também proteger.

Somos elos da imensa corrente da evolução que em se perdendo no abismo insondável das origens repousa, com segurança, nas mãos misericordiosas e justas de Deus.

Desse modo, suplicando auxílio aos Benfeitores que nos auxiliam, não nos esqueçamos de que é necessário auxiliar aos irmãos menos felizes que gravitam em torno de nossos passos.

Os obstáculos são bênçãos em que podemos receber e dar, conforme a nossa atitude perante a vida.

Recolhendo sem revolta as pedras do caminho e oferecendo ao espinheiro as flores de nossa fé, atraímos o concurso do Céu e inspiramos a paz e o perdão, a bondade e a renúncia àqueles que nos partilham as dificuldades e o sonho de cada dia.

Cada um de nós permanece, portanto, entre os instrutores do monte da luz e os necessitados do vale das trevas, com a possibilidade de amealhar as bênçãos do Alto e com a obrigação de distribuí-las.

Em razão disso, no estudo da assistência salvadora que nos é administrada, não nos esqueçamos de que outros irmãos, em problemas e lutas mais aflitivas que as nossas, estão esperando por nossa fraternidade e por nosso auxílio que somente ao preço de humildade e de amor conseguiremos distender.

(Obra: Doutrina de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

ESTÁS DOENTE?

"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará," (Ti:
5:15.



Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras,
abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram
à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de
tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.

Não manches teu caminho.

Serve sempre.

Trabalha na extensão do bem.

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.

(Francisco Cândido Xavier / Emmnanuel - Fonte Viva - FEB.

OBSTÁCULOS

Que admitisse no Espiritismo uma doutrina de acomodação com o menor esforço, na qual as inteligências desencarnadas devessem andar cativas aos caprichos dos homens, decerto vaguearia, irresponsável, à distância da Lei.
Descerrando o intercâmbio entre os dois mundos, a nossa fé não vem pulverizar os óbices do caminho que para todos nós funciona à conta de estímulo e advertência, amparo e lição.
Achamo-nos todos, encarnados e desencarnados, na sublime escola da vida.

Cada criatura estagia na experiência que abraçou ou na luta que preferiu.

Não seria lógico subtrair o remédio ao doente, o serviço ao trabalhador e o ensinamento ao aprendiz.

Somos prisioneiros de nossas próprias culpas, não burlaremos a justiça.

Todavia, pela nossa conduta no trilho espinhoso da regeneração, podemos conquistar amplo socorro da confiança divina.

Eis, porque, antes de pedir, devemos merecer, para que nossos apelos não se apaguem no clamor do petitório vazio e inútil.

Para rogar proteção é preciso também proteger.

Somos elos da imensa corrente da evolução que em se perdendo no abismo insondável das origens repousa, com segurança, nas mãos misericordiosas e justas de Deus.
Desse modo, suplicando auxílio aos Benfeitores que nos auxiliam, não nos esqueçamos de que é necessário auxiliar aos irmãos menos felizes que gravitam em torno de nossos passos.

Os obstáculos são bênçãos em que podemos receber e dar, conforme a nossa atitude perante a vida.

Recolhendo sem revolta as pedras do caminho e oferecendo ao espinheiro as flores de nossa fé, atraímos o concurso do Céu e inspiramos a paz e o perdão, a bondade e a renúncia àqueles que nos partilham as dificuldades e o sonho de cada dia.

Cada um de nós permanece, portanto, entre os instrutores do monte da luz e os necessitados do vale das trevas, com a possibilidade de amealhar as bênçãos do Alto e com a obrigação de distribuí-las.

Em razão disso, no estudo da assistência salvadora que nos é administrada, não nos esqueçamos de que outros irmãos, em problemas e lutas mais aflitivas que as nossas, estão esperando por nossa fraternidade e por nosso auxílio que somente ao preço de humildade e de amor conseguiremos distender.

(Obra: Doutrina de Luz - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 3 de maio de 2011

POR ENTRE OS DEDOS

"Pois que aproveitará o homem, se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma" (Mt: 16,26)



O que tudo quanto pudermos ter nos valerá, sem equilíbrio e discernimento?

O pouco bem-administrado é melhor do que o muito usufruído sem critério algum.

Muita gente anda no mundo com a cabeça trancada em um cofre forte... Outros emocionalmente se abalam, ao menor sinal de queda nas suas aplicações financeiras.

A nossa vida mental não pode repousar sobre o que é transitório, sujeito a mudanças que independem de nós.

Excetuando-se os valores do espírito, todos os demais não são, para sempre, desaparecendo com a fugacidade do minuto que passa.

O homem pode adormecer milionário e acordar completamente pobre.
Toda fortuna amoedada se mostra incapaz de evitar a reincidência de um tumor maligno, quando assim determina o carma.

Onde quer que vivamos, com fé ou sem fé, estamos à mercê da Misericórdia Divina muito mais que imaginamos.

Ninguém pode garantir que o seu coração continuará batendo, enquanto dorme.

Quem não encontra tempo para cuidar da sua saúde espiritual enfrentará a morte com maior pavor do que aqueles que nela temem o suposto nada.

Por mais faça para preservá-la, a vida do homem no corpo de carne lhe escapa por entre os dedos!

A própria imagem, que todos observam e admiram refletida no espelho, é um jogo de luzes, que desaparece a um simples toque no interruptor.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli / Inácio Ferreira)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Familiares Problemas

Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.

Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.

Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.

Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.

Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar-te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.

É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.

Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.

Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.

Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.

(Obra: Na Era do Espírito - Chico Xavier/Emmanuel)