terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A morte

Porque a morte propicia tanto sofrimento e catadupas de pranto, acarretando desespero no mundo, é válido lembremos que: a semente morre para que surja a plântula tenra; transforma-se a ostra, de modo a produzir a pérola preciosa; estiola-se a flor, emurchecida, a fim de que provenha o fruto que guarda, na essência, o sabor; morre o dia nas tintas do poente, de modo que o véu cintilante da noite envolva a Terra;; morre a noite, entre as lágrimas do orvalho, para que o manto aurifulgente do dia consiga embelezar a amplidão;
o rio morre na exuberância do mar;
fana-se o homem para que se liberte o espírito, antes cativo.
À frente disso, vemos que a morte é sempre a chave que desata o perfume da vida. Não há morte, essencialmente. Tudo é transformação, tudo é recriação...
A lágrima de agora se tornará sorriso.
A dor atual prepara a ventura porvindoura.
A saudade que punge hoje, fomenta o sublime reencontro de logo mais.
Morte é vida, agora o sabemos...
Habitue-se, caro coração, a refletir a respeito da morte, com serenidade e confiança em Deus, porque você não ignora que, por mais se aturda, desarvore ou se inconforme, essa é a única regra para a qual não se conhece exceção.
Prepare-se, amando e trabalhando no bem grandioso, até que você, um dia, igualmente se transforme em ave libertada da prisão – escola corporal.
A morte tão somente revela a vida mais amplamente. Pense nisso.

(Mensagem Psicografada por Raul Teixeira/Rosângela)

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PERSEGUIÇÃO

"Se me perseguirem a mim, também perseguirão a vós outros..."
- João, cap. 15 - v. 20

Jesus, em seu Divino Ministério entre os homens, padeceu perseguição de toda ordem.
O Mestre começa sendo tentado no deserto pelas forças do mal e suporta, antes de
expirar no lenho, o escárnio da incompreensão humana.
Da manjedoura à cruz, sob o assédio de homens e espíritos, com o intuito de fazê-lo
fracassar, foi chamado a constantes testemunhos.
Por que haveria de não ser assim com os discípulos comuns do Evangelho ?
Quais são as nossas credenciais, para que nos isentemos das provas a que somos
submetidos pelos que almejam nos fazer recuar ?
Ninguém realmente decidido a seguir o Senhor deve esperar por facilidades na tarefa
de sua integração com Ele.
Lutas acerbas sempre nos permearão os caminhos.
É absoluta falta de senso esperar pelo reconhecimento de quem não nos pode entender
o ideal e nem nos acompanhar na áspera subida da própria ascensão.
Quem esteja, de fato, empenhado na renovação que lhe diz respeito, necessita se
habituar à conspiração das trevas para fazê-lo desistir do sublime tentame.
A ação dos algozes, visíveis e invisíveis, por vezes, é tão sutil e maquiavélica, que se,
porventura, denunciada a alguém, a vítima levantará suspeita em torno de sua
sanidade e equilíbrio.
Ante a sanha dos instrumentos do mal, o melhor que temos a fazer é guardar silêncio
e perseverar no cumprimento do dever, não concedendo atenção e tempo a quem nos
persegue, com o claro propósito de nos comprometer o aproveitamento na atual
experiência reencarnatória.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

AMIGOS


Quando Jesus entrou, vitorioso, em Jerusalém, houve um instante em que parou para
respirar livremente. Com ele, apenas Bartolomeu, apagado e discreto. O discípulo exultava.
Até eles chegavam os ecos do grande êxito. Hosanas ao Messias. Cânticos. Algazarra.
Perfumes no ar. Não longe, Simão Pedro, que negaria o Senhor. Judas, que o negociara.
Tomé, que o abandonaria. Tiago e João, que dormiriam descuidados, sem lhe perceberem a
angústia. E toda uma legião de admiradores que, no dia seguinte, se transformariam em
adversários.
Bartolomeu, feliz, observou a atmosfera festiva e disse, contente:
Oh! Mestre, quanta felicidade! Afinal! Afinal a glória, apesar dos perseguidores!
Notando que Jesus continuava em grave silencio, o aprendiz perguntou:
- Por que tristeza, Senhor, se estamos triunfando de tantos inimigos?
O Cristo, porém, meneou a cabeça e, fitando a turba próxima, falou sereno:
- Bartolomeu, Bartolomeu, vencer, mesmo tendo inimigos, é sempre fácil, porque os
inimigos se colocam a distancia, por si mesmos.
E profundamente desencantado:
- A batalha mais árdua é vencer com os amigos.

(Obra: A Vida Escreve - Waldo Vieira/Hilário Silva)

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A VIDA


A Vida no corpo físico é uma viagem cheia de surpresas, e nela não podemos
ficar alheios às leis de DEUS. Só o Amor nos dará condição do cumprimento
da tarefa. É uma viagem não muito longa. Cada passo, entretanto, deverá ser
dado com firmeza, pois as lembranças pretéritas, como uma areia movediça,
nos tentarão a cada minuto. A vida, por ser eterna, impõe-nos obrigações para
com ela. Como alunos, a qualquer desvio deveremos parar para acertar as
pontas e, nessas paradas obrigatórias, teremos tempo suficiente para conhecer
um pouco da própria vida. Em uma das minhas visitas encarnatórias, vivi em
uma pobre cabana, onde a fome me maltratou o corpo físico, mas me revelou
as verdades do espírito. Nenhuma situação má deve ser renegada. Tudo o que
nos chega é para nossa melhoria. Feliz do espírito que souber, com paciência,
separar grão por grão, dando fim naqueles que o caruncho das iniqüidades
tomou conta.

(De: Nasru)

(Obra: O Vôo Mais Alto - Irene Pacheco Machado/Luiz Sérgio)

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

SANTIFICAÇÃO MATERNAL

Nos termos da Doutrina Espírita, do demônio nasce o homem e do homem nasce o anjo.
Estamos todos no rumo da angelitude.
Nossa humanidade (nossa natureza humana) caracteriza-se pela imperfeição, pelo predomínio dos instintos, pelos resíduos da animalidade ainda atuantes em nossa constituição psicossomática.
Mas esses resíduos vão sendo eliminados na lapidação das vidas sucessivas.
E como somos conscientes do processo de lapidação a que estamos sujeitos, podemos e devemos ajudar esse processo.
Basta um olhar atento ao nosso redor para verificarmos a realidade dessa concepção.
As criaturas humanas estão dispostas numa escala progressiva que vai do bandido ao santo.
O malfeitor de hoje será o cidadão honesto do futuro.
E este, por sua vez, será o santo de amanhã, dependendo esse amanhã, em grande parte, do esforço evolutivo do interessado.
Porque o ser consciente apressa ou retarda a sua própria evolução.
O chamado para o serviço do bem é a oportunidade que Deus oferece à criatura imperfeita para acelerar a sua caminhada rumo à perfeição.
Quem não aproveita a oportunidade divina, apegando-se por comodismo ou displicência aos seus defeitos, desculpando-se com as imperfeições naturais que ainda carrega, furta-se ao cumprimento do dever espiritual.
Mas as leis da evolução não o deixarão parado por muito tempo.
Por isso ensinou Jesus: "Quem se apegar à sua vida perdê-la-á, mas quem a perder por amor a mim salvá-la-á".
O comodista será sacudido e alijado do seu comodismo, mais hoje, mais amanhã, pela vergasta da dor.
O sofrimento é tão grande na Terra porque maior é o comodismo dos homens.
A seara continua imensa e os trabalhadores ainda são tão poucos! Não somos anjos para ser perfeitos e puros, mas trazemos em nós as potencialidades da angelitude.
Se não acelerarmos a nossa lapidação pelo serviço, o lapidário oculto - e que está oculto em nós mesmos - agirá como convém para completar a sua obra.

(Obra: Legado Kardequiano - Divaldo Franco/Marco Prisco)

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

RUMO À ANGELITUDE

Nos termos da Doutrina Espírita, do demônio nasce o homem e do homem nasce o anjo.
Estamos todos no rumo da angelitude.
Nossa humanidade (nossa natureza humana) caracteriza-se pela imperfeição, pelo predomínio dos instintos, pelos resíduos da animalidade ainda atuantes em nossa constituição psicossomática.
Mas esses resíduos vão sendo eliminados na lapidação das vidas sucessivas.
E como somos conscientes do processo de lapidação a que estamos sujeitos, podemos e devemos ajudar esse processo.
Basta um olhar atento ao nosso redor para verificarmos a realidade dessa concepção.
As criaturas humanas estão dispostas numa escala progressiva que vai do bandido ao santo.
O malfeitor de hoje será o cidadão honesto do futuro.
E este, por sua vez, será o santo de amanhã, dependendo esse amanhã, em grande parte, do esforço evolutivo do interessado.
Porque o ser consciente apressa ou retarda a sua própria evolução.
O chamado para o serviço do bem é a oportunidade que Deus oferece à criatura imperfeita para acelerar a sua caminhada rumo à perfeição.
Quem não aproveita a oportunidade divina, apegando-se por comodismo ou displicência aos seus defeitos, desculpando-se com as imperfeições naturais que ainda carrega, furta-se ao cumprimento do dever espiritual.
Mas as leis da evolução não o deixarão parado por muito tempo.
Por isso ensinou Jesus: "Quem se apegar à sua vida perdê-la-á, mas quem a perder por amor a mim salvá-la-á".
O comodista será sacudido e alijado do seu comodismo, mais hoje, mais amanhã, pela vergasta da dor.
O sofrimento é tão grande na Terra porque maior é o comodismo dos homens.
A seara continua imensa e os trabalhadores ainda são tão poucos! Não somos anjos para ser perfeitos e puros, mas trazemos em nós as potencialidades da angelitude.
Se não acelerarmos a nossa lapidação pelo serviço, o lapidário oculto - e que está oculto em nós mesmos - agirá como convém para completar a sua obra.

(Obra: Na era do Espírito - Chico Xavier/Irmão Saulo)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O TOQUE DA CURA


"Mas Jesus disse: Quem me tocou ? Como todos negassem, Pedro [com seus companheiros] disse: Mestre, as multidões te apertam e te oprimem [e dizes: Quem me tocou ?]."  (Lc: 8, 45)

Assediado pela multidão, com certeza muitos eram os que, de maneira voluntária ou involuntária,
tocavam no Senhor...
Aquela pobre mulher, no entanto, lograra tocar-lhe apenas na orla da veste e ficara curada !
Qual a diferença que poderia haver entre o seu toque e o dos demais, talvez, como ela, portadoresa cura de enfermidades no corpo ou moléstias na alma ?
Por que motivo o Senhor nem sequer atinara com as outras mãos que o incomodavam, aflitas e
súplices, pousando-lhe sobre o corpo ?
O episódio, narrado por Lucas, é descrito com detalhes que não podem ser omitidos: aquele irmã,
que padecia de uma hemorragia havia doze anos, "veio pos trás" de Jesus, e , mesmo assim, não
passou ignorada pela sua divina percepção: "Alguém me tocou, porque senti que de mim saiu poder".
O toque da cura é o toque da fé !Quem se coloca em condições de receber, embora ignorado como o fenômeno se processe, ao simples ato de estender a mão naturalmente recebe.
A anônima mulher, dita hemorroísa, não havia se colocado nem mesmo dentro do campo visual do
Senhor, nem por Ele fora tocada em um só fio de seus cabelos, mas, num átimo, se viu integralmente
curada.
A cura para qualquer mal que nos atormenta, desde que, motivados pela fé, nos disponhamos a
movimentar os próprios recursos espirituais, está dentro de nós. Por isto, a quantos proporcionava a
bênção da cura, o Senhor, esquivando-se de todo mérito, repetia: "A tua fé te salvou" !

Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

COMPROMISSO ESPÍRITA


Eu vos saúdo em nome de Nosso Senhor Jesus-Cristo !

Todos vós, obreiros da Era Nova, não vos equivoqueis ! Chegado é o momento
da definição resoluta e terminante, no que tange a responsabilidades íntimas e
intransferíveis no campo do Senhor da Vida Total.
Aquinhoados, abundantemente, com a comunicação do Mundo Espiritual, sabeis
que o túmulo é porta de reingresso na vida, quanto o berço é clausura na jornada
da carne para refazer e para edificar.
Convocados ao ministério sublime da mediunidade socorrista, recebestes a semente
de luz para a plantação no solo do futuro, com vistas à Humanidade melhor do amanhã.
Se o óbice tenta obstacular-vos o avanço, não desanimeis; se o empeço arma difíceis
sedições pelo caminho, em forma de revolta íntima ou de revolta alheia, prossegui
intimoratos; se a impiedade zurze a chibata da incompreensão e semeia a vossos pés
o cardo, a urze e o pedregulho, não desanimeis; se vos ferirem, bendizei a oportunidade
de resgatar, considerando que poderíeis ser os criminosos que provocam dores; se a noite
de sombras espessas ameaçar o santuário da vossa fé, colocando cúmulos que dificultem
o discernimento nas telas da vossa mente, acendei a lâmpada clarificadora da prece para,
que a luz da compaixão e da misericórdia vos aponte rumos de segurança !
Em qualquer circunstância, amai ! Em qualquer situação, servi ! Em todo momento, crede !
O Senhor da Vida não nos abandona hora alguma e a sua misericórdia não nos deixa
nunca, fazendo que entesouremos, nos depósitos sublimes da alma, as moedas
luminescentes da felicidade total.
Dobrai-vos sobre as necessidades redentoras, marchai enxugando lágrimas com as mãos
suadas e envolvendo o coração na "lã do Cordeiro de Deus", confiai em que a senda
pavimentada com as pedras da humildade legítima vos conduzirá ao oásis refazente da paz,
em que a linfa cristalina e nobre do Evangelho estará cantando a melodia do reconforto
para vossas almas.
Exorando a Ele, o Excelso Benfeitor de todos nós, que nos abençoe e conduza, suplicamos
que nos não deixe nunca a sós, na obra com que nos dignifica a oportunidade e nos enseja
a ocasião de redenção interior !

(Obra: Depoimentos Vivos - Divaldo P.Franco/Eurípedes Barsanulfo

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Oportunidade

Meu Deus, quantos na Terra, levados pela cobiça, violentam a vida física de um espírito, praticando o aborto, de maneira brutal, apenas por alguns trocados ! E a mulher, desorientada diante da maternidade pratica o mais covarde dos crimes. Aqui, na Espiritualidade, entidades amigas lutam pela paz e pela felicidade de mães e filhos. Na Terra, com os pés atolados num amálgama de lodo, homens e mulheres usam e abusam do sexo, imaginando que só os seus sentimentos podem e devem ser respeitados; não se apercebem de que um espermatozóide, correndo pelo útero, encontra no óvulo a grande oportunidade dada pela Mãe Natureza, de formar um corpo físico que servirá de veste a um espírito necessitado de encarnar para pagar suas contas pretéritas. Cortar esta oportunidade acarreta na própria consciência de quem já a praticou um remorso demasiadamente dolorido. No dia em que a Doutrina dos Espíritos for melhor estudada e compreendida, a mulher lutará para não ser considerada apenas como um objeto de consumo, onde, levada pelo medo da sua desvalorização diante da sociedade, pratica ato tão covarde, como o de negar ao seu próprio coração a ventura de amar um espírito como filho.

Obra: O Vôo Mais Alto - Irene Pacheco Machado/Luiz Sergio)

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

NA CURA DA ALMA


"E é mais fácil passarem o Céu e a Terra do que cair um til sequer da lei."
- Lucas, cap. 16 - v. 17

É rematada loucura a tentativa de burlar a consciência, onde jaz esculpida a Lei Divina.
Tudo, certamente, está sujeito à mudança, menos a Lei de Deus que é a mesma, para
todos os mundos, desde os primórdios da Criação.
Em prejuízo de outrem, jamais haverá alguém de, realmente, lograr algum benefício para si.
A equanimidade que impera no Universo é incorruptível - e cada um, segundo as suas obras,
e nada mais.
O mérito é consequência do esforço e não da conquista indébita.
A Graça Divina é concessão aos justos, que sabem recebê-la com a devida humildade, e não
aos que a tomariam por endosso às arbitrariedades que cometem.
A Lei a ninguém favorece para que permaneça favorecido em regime de exclusividade.
A fonte que se nega a jorrar transforma-se em poça de lama.
A semente que não se torna fruto é frustação da espécie.
Doar-se é a vocação natural de tudo quanto existe.
Servir é irresistível anseio, o qual ninguém contraria sem atirar-se à vala da depressão e da
angústia.
Muita doença psiquica que obtém da ciência dos homens as mais complexas terminologias tem
sua causa profunda na falta da vivência do amor aos semelhantes.
Convençamo-nos, de uma vez por todas, de que nenhum remédio cura o que é da alma, e, para
saber disto, ninguém precisa ter diploma.


(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A ALEGRIA

A alegria começa no indivíduo, no momento em que ele se põe ansioso por propiciar felicidade aos outros.
Não se pode esquecer que, na memorável quão iluminativa expressão do Santo de Assis, é no ato de ofertar que o homem recebe, indubitavelmente.
Entretanto, o conceito de oferenda toma nova forma com Jesus e com a mensagem do Seu Evangelho, de vez que na doação de elementos passageiros, ajuntam-se as energias, as vibrações indestrutíveis oferecidas pela alma, na externalização do júbilo espiritual.
No pão que sacia a fome, quanto no amplexo que aproxima, eis a alegria.
Na dose de remédio como na vestimenta que agasalha, temos a alegria.
No carinho com que se cativa ou firmeza com que se orienta e corrige, vemos a alegria.
Alegria é franca exposição do amor de Deus, que se apresenta por meio dos filhos que se dispõem à oferta de si mesmos, como alguém que anela por ser como o óleo na lanterna que clareará o porvir, ou como o fermento de bênçãos a levedar a massa dos corações, na estrada da vida.
Você que afirma estar em busca de amor, engaje-se nele e doe alegria.

(Obra: Rosângela - Psicografia de J. Raul Teixeira/Espírito Rosângela)

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

AMOR

Devemos aprender a amar qualquer um dos filhos de Deus como se fosse o mais
querido de nossos irmãos !
Eu agradeço muito a consideração que os irmãos espíritas sempre demonstraram
por mim, mas eu não sou propriedade do Espiritismo ! Eu pertenço a Jesus, e a
vontade Dele deve ser a minha vontade ! Estarei onde Ele desejar que eu esteja -
fazendo o que Ele queira que eu faça ! E, como sei que Ele sempre está mais
perto de quem mais sofre, é justamente com os que choram que também
devo estar ! O Espiritismo praticado, Doutor - e não estou me referindo
a nenhuma prática de natureza mediúnica ! -, é a revivescência do Evangelho !
Imaginemos se o Divino Senhor tivesse se envolvido em intérminas discussões
teológicas com os doutores da lei - o que haveria de ser da Boa Nova ? As suas
passagens pelas sinagogas eram sempre muito rápidas, porque a multidão O
esperava lá fora - os famintos, os nus, os doentes, os perturbados de toda
espécie... Era o pai de um menino lunático, que um espírito, com a intenção de
matá-lo, ora o lançava sobre o fogo, ora sobre a água; o paralítico de Cafarnaum,
que se arrastava pelas ruas, ante a indiferença dos homens; o homem da mão
ressequida que, contrariando o dogmatismo dos fariseus. Ele curou num dia de
sábado; a filhinha da mulher cananeia, que O procurou e, em lágrimas, suplicou-lhe
compaixão; o pobre cego de Betsaida, a cujos olhos mortos Ele devolveu a
possibilidade de ver...
Jesus, sendo judeu de nascimento, não nasceu apenas para os judeus, porque, em
realidade, a Judeia é o mundo inteiro ! O sectarismo religioso é de funestas
consequências para o Amor a Deus e ao Próximo !
Não, Doutor - continuava o médium quase transfigurado em luz -, eu fui ao Espiritismo,
mas para que o Espiritismo vá ao povo ! A nossa Doutrina encerra a essência da
Verdade, mas a Verdade sem o Amor é um anjo desprovido de asas !
A Terra ainda é o meu lugar - estarei ao lado dos que sofrem, porque todos já
fomos o escriba e o fariseu que passaram ao largo, ignorando o homem caído na
estrada... O samaritano da Parábola não era espírita e nem médium - era
simplesmente um homem que se compadeceu !

Chico Xavier

(Obra: Trabalhadores da Última Hora - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

Você...?


Você que se diz cristão, pergunte-se a si mesmo há quanto tempo não visita um barraco, não vela a dor de um enfermo que não seja seu parente, não se aproxima de um miserável nas bordas dos lixões de sua cidade.
Você, que sonha tanto com a ajuda de Jesus, há quanto tempo tem deixado Jesus sozinho nos ambientes sórdidos da miséria?
Quantas vontades pessoais você deixou de realizar para fazer apenas um dos desejos do Cristo?
Pense, sem ter medo de se envergonhar, há quanto tempo você não faz alguma coisa a mais do que dar uns trocados para ajudar, há quanto tempo se limita a dar cestas de alimento a instituições sem levá-las aos famintos, há quanto tempo não vê uma criança pobre com o nariz escorrendo pedindo seu lenço, há quanto tempo só se limita a rezar em templos, em centros espiritas, a conversar com entidades, a esclarecer obsessores, a fazer da sua fé, apenas um momento limpo e perfumado, nos ambientes protegidos das instituições religiosas, em cerimônias suntuosas ou barulhentas?
Quando precisamos de Jesus sempre o localizamos. No entanto, por que, quando Ele precisa de nós, raramente nos encontra e quando nos acha, nunca estamos disponíveis?
Como desejamos encontrar Jesus se dificilmente andamos pelos mesmos caminhos que Ele anda, carregando a nossa cruz sem reclamar e ajudando os que precisam?

Isso não é ser cristão.
É apenas fantasiar-se de ...

Não nos esqueçamos:

Para os sepulcros caiados por fora, mas podres por dentro, haverá sempre pranto e ranger de dentes.


(Obra: Sob as Mãos da Misericórdia – André Luiz Ruiz/Pelo Espírito Lucius

ESMORECER NUNCA

Referes-te aos Mundos Superiores do Espaço Cósmico, qual se a Terra não
estivesse localizada nos Céus. E pensas nos Espíritos Angélicos, à feição de
inatingíveis ministros do Eterno, mensageiros de forças prodigiosas que jamais
alcançarás.
Entretanto, guardas contigo a mesma condição de imortalidade, tocada de dons
sublimes que podes claramente desenvolver ao infinito. Por essa razão, convéns
saibas que, por muito extensas se te façam as necessidades e as lágrimas,
carregas contigo o mais alto poder da vida.
Não creias compartilhem dele tão-somente os sábios e os justos, os santos e os
heróis. Por mais ínfima se te mostre a situação, ei-lo contigo por marca de tua
origem celeste.
Mesmo que estejas atravessando rudes e escabrosos caminhos de cinza e pranto,
para que te soergas de quedas clamorosas, exibindo sinais de poeira e fel,
ninguém te pode subtrair essa herança do Criador, de cujo hálito nasceste.
Detém-te a pensar nisto e nunca esmoreças.
Ainda que os imperativos da experiência humana te hajam arrojado de luminosas
eminências do serviço aos degraus mais obscuros do recomeço, mergulha o
próprio coração nas fontes da esperança e rejubila-te, porque Deus te dotou com
o Divino privilégio de trabalhar e auxiliar.

(Obra: Coragem - Chico Xavier/Meimei)