sexta-feira, 29 de novembro de 2013

PACIFICAR

Não perturbe. Tranquilize.
Não Grite. Converse.
Não critique. Auxilie.
Não acuse. Ampare.
Não se irrite. Sorria.
Não fira. Balsamize.
Não se queixe. Compreenda.
Não condene. Abençoe.
Não exija. Sirva.
Não destrua. Edifique.
Recorde: a Humanidade é uma coleção de grupos e a paz do grupo de corações a que pertencemos começa de nós.



XAVIER, Francisco Cândido e André Luiz (Espírito): Respostas da Vida, IDEAL.  Capítulo 27.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

VIGILÂNCIA MENTAL


A vigilância é sempre a eterna âncora da alma, apoiada no fundo do mar tempestuoso da mente, a nos garantir a tranquilidade, disciplinando uma profusão de pensamentos diários, de maneira a serem úteis no seu campo de ação.

Sensibilizemos, pois, a consciência pela força da caridade, pelo ambiente da prece, na luz da fé, para que possamos sentir, antes de pensar, o teor das ideias.

Quando os pensamentos estão em projetos, nas profundezas da vida, é mais fácil consertá-los, ou desvencilharmo-nos deles com a simples borracha da disciplina; ao passo que, depois de concretizados, dando forma aos sentimentos, tornar-se-á mais difícil a sua remoção, mesmo no campo reversivo, dada à coesão ocorrida por junção protogenética, com sintonia profunda de elementos sutis.

Quando acontece à alma viver em plano superior das emoções, por descuido, formar pensamentos negativos, conhecendo o processo de desintegrá-los, tais pensamentos, ao se formarem, são fotografados pela mente em milhões de ângulos, impregnando todo o cosmo orgânico e psíquico.

O inconsciente demorará a acompanhar as vibrações escuras que viajam em todo o complexo humano, para desfazer-se das suas características malfazejas, bombardeando, aqui e ali, seus conglomerados de energias retardadas.

É bom notar o valor da vigilância, para que o corpo e a mente não sofram o castigo da imprudência.
Devemos nos manter diligentes frente aos impulsos mentais inferiores, pois eles nos causam distúrbios de difícil reparo.

Resguardo não é medo.
É bom senso a nos ajudar em ângulo diferente.
Copiemos a natureza da árvore, quando sofre um golpe de afiada lâmina que aparece no seu ciclópico tronco; a emoção da planta se agita bem antes de ser ferida e os recursos aparecem por vias inumeráveis a desfazer o perigo iminente.

A mente humana adestrada perceberá os pensamentos inferiores bem antes da sua formação conata e deverá procurar os recursos que a inteligência lhe capacitou e a evolução lhe garantiu, para que o trabalho não se torne mais difícil.

Em todos os casos, quem não se deu com a bênção da vigilância, procure fazer o melhor ao seu alcance.
Trabalhe, lute na limpeza da mente, arranque o joio e queime pelos processos alcançados. Mas não fique parado.

Se já despertastes do sono, esforçai-vos para vos absterdes dos vícios e hábitos incômodos.
É dignidade do espírito, não obstante, a sabedoria nos pede para que não deixemos seus lugares vazios.
A supressão requer algo no lugar do suprimido.

Se estais vos desvencilhando do ódio, colocai em sua área o amor.
Se a vingança já está se desfazendo em vosso coração, não vos esqueçais de alimentar o perdão.
Se a dúvida está desaparecendo dos vossos caminhos, tratai da fé com todos os seus recursos virtuosos.
Essa é a verdadeira vigilância do iniciado.

O resguardo sem fanatismo ambiente a alma para grandes voos espirituais, sem acobertar erros, nem exagerar na rota da perfeição sem preparo.

Sabeis por que aconselhamos a escolha das sementes, que deveis plantar na lavoura mental?
Achamos que estais conscientes do fato.
No entanto, é bom que falemos mais.
A repetição gera firmeza, principalmente no trato com a verdade.
O plantio invigilante de ventos dá nascimento a tempestades, que arruínam o próprio dono.

Meus filhos, se começais hoje na educação da mente, tereis certeza da reversão da própria natureza inferior.
Tereis que lutar com vós mesmos, muito, mas muito tempo, mas podeis carregar a convicção de que vencereis.
Já dizia Jesus aos seus discípulos: “Aquele que perseverar até o fim será salvo”.

Aquele que não esmorecer nesse empreendimento sagrado de educar a si mesmo, de limpar a mente, de criar nos campos férteis dos pensamentos áreas compatíveis com a luz, onde poderão nascer as mais belas diretrizes da alma, ajustando todas as emoções em uma dialética mental, conseguirá a transmutação dos desejos inferiores em sementes de luz, para que as plantas, flores e frutos sejam produtos do amor.
Meimei.

(Obra: “Horizontes da Mente” - João Nunes Maia / Miramez)
Colaboração: Renata Mendes Fonseca

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

NA DIFICULDADE


"E, vendo-os em dificuldade a remar, porque o vento lhes era contrário,  por
 volta da quarta vigília da noite, veio ter com eles, andando por sobre o mar... "
- Marcos, cap. 6 - v. 48
 
Jesus foi ao encontro dos companheiros no justo momento da dificuldade, quando
"o vento lhes era contrário"...
E, para tanto, na bela narrativa, não hesitou em andar sobre as águas do mar !
O Mestre, a fim de socorrer-nos na prova, transpõe os mais profundos abismos.
Não nos esqueçamos,  no entanto,  de detalhe importante nas anotações  do
Evangelista: os discípulos estavam a remar !
Não estavam eles inoperantes, aguardando que todo socorro lhes viesse do Alto
nem, tampouco, revoltados, maldizendo as adversidades.
Muitos, diante das lutas que enfrentam, chegam a pensar que não suportarão...
- Ah, desistirei, porque vou sucumbir mesmo ! - exclama um deles.
- Estou cansado de esperar pela intercessão que não vem ! - lamenta outro.
- Tenho orado inutilmente ! - blasfema mais um.
Quando nenhuma providência evidente estiver sendo tomada pelo Céu,  em
auxílio ao crente em apuros na Terra, é porque o Senhor considera que, no
momento, o melhor já está sendo feito.
Ou, talvez, esteja faltando da parte de quem se encontra quase a naufragar  o
esforço de continuar remando, para que, com base em sua própria iniciativa de
salvação, as Leis da Vida providenciem colocá-lo completamente a salva e em
segurança.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - (Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O Coração Não Envelhece


Você já ouviu dizer que "o coração não envelhece".
É verdade. O que envelhece é o corpo, não a alma.
Ainda que os anos tenham passado,
perceba como você pensa e sente do modo que sempre o fez.
Essencialmente, seus desejos e sonhos são os mesmos.
Talvez você não os possa realizar com a mesma desenvoltura de antes, e daí a necessidade de inteligentes ajustamentos.
Ajuste-se, então; mas não se anule.
Irradie juventude pelo seu bom sorriso, sua alegre disposição;
pelo calor do seu coração e o brilho do seu olhar;
pelo seu grande entusiasmo e pela sua paixão.
Ponha paixão em tudo o que você faz, e nunca se sentirá velho.

(Obrra: Gotas de Paz - Chico Xavier / Emmanuel)
Fonte: C.E.U. Centro Espírita Ubiratan

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Aliviar


É apenas uma frase que o nosso Emmanuel, presente, nos recomenda à atenção, quando Jesus disse: - "Vinde a mim todos vós que estais fatigados, eu vos aliviarei..."

É uma promessa que não envolve nenhum sentimento de prodígio ou de suposto milagre. "Vinde a mim" - Ele não cogitou da procedência dos viajores; se eram bons, se eram maus
querendo ficar bons, se eram meio bons... A marcha não ia parar...

"Vinde a mim" - nada de colocar um ponto final em sua marcha própria...

Não prometeu também retirar a carga de ninguém, não prometeu nada, apenas alívio para continuarmos a marcha. Aliviar para quê? Para continuar o serviço, para continuar a tarefa...

(Obra: O Evangelho de Chico Xavier - Carlos A.Baccelli)


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CANSAÇO


Se te sentes cansado, procura refazer-te em contato com a Natureza.
Haure em seus inesgotáveis mananciais as energias de que necessitas.
Não estabeleças, em teu corpo e em tua mente, um circuito fechado de forças que não se renovam.
Descerra-te em espírito, à semelhança da flor, que se abre aos vivificantes raios do sol.
Respira a longos haustos e absorve, por teus poros e narinas, os princípios vitais de que o próprio ar se balsamiza.
Contempla, com o enternecimento que te é possível, o ninho de um pássaro  sobre a folhagem.
Faze deslizar a mão sobre a cantante queda d'água que se te derrama aos pés.
Repara nas luzes do entardecer e no cintilar das primeiras estrelas que surgem no firmamento.
Descalça-te e mantém contato direto com o magnetismo da terra.
Acaricia o tronco robusto de uma árvore e procura sentir-lhe o pulsar da Vida.
Deleita-te com o majestoso espetáculo da chuva que cai na floresta.
E, assim, após te refazeres, continua a servir.

(Obra: Dias Melhores - Carlos.A.Baccelli/Irmão José)


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ELES VIVEM


Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimas sem consolo.
Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia, quando te afastas da confiança em DEUS.
Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do Espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam responder às interpelações que articulaste no auge da amargura.
Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tateias a lousa ou lhes enfeita a memória perguntando porque...
Pensa neles com saudade convertida em oração.
As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento, despertando-os para visões mais altas da vida.
Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir.
Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas atividades a que te prendem no mundo, para muitos outros deles és o apoio e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.
Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda as últimas relíquias da experiência no plano material...
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de novo despertar.

(Obra: Retornaram Contando - Chico Xavier/Emmanuel)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

O Óbolo da Viúva

"Assentado diante do gazofilácio, observava Jesus como o povo lançava ali o dinheiro."
(Mt: 12, 41)


Jesus não estava a observar o tamanho da doação que as pessoas se punham a lançar no esportulário.
Segundo o Evangelista, a sua atenção se prendia "ao modo" com que, independente de quantia, o dinheiro era ali depositado.
Vejamos que o Mestre se concentrava sobre a intenção que motivava o gesto e não sobre o gesto em si mesmo.
Foi aí que, aos seus divinos olhos, a oferta de anônima viúva, que oferecera, da sua pobreza, tudo quanto possuía, se destacou das demais.
O episódio nos leva, naturalmente, a indagar a respeito do modo com que, por nossa vez, temos praticado a caridade.
Não nos esqueçamos de que, para as Leis que nos espreitam os menores movimentos, o "como" é mais importante que o "quanto"...
Se o tamanho da dádiva material diz de nossas possibilidades extrínsecas, somente o modo com que dela nos desprendemos avalia a nossa capacidade de amar.
Será que a doação feita por aquela senhora promoveria alguma diferença à contabilidade do templo? A não ser o Cristo, quem seria capaz de lhe reparar na discreta atitude de quem até se envergonha por mais não ter para doar?
Por vezes, quem mais auxilia não é aquele que preenche o cheque mais substancioso, como aquele que menos auxilia não é quem se apresenta com as mãos sempre desprovidas de recursos.
Duas únicas moedas foram bastantes para imortalizar, nas páginas do Evangelho, a importância do gesto daquela pobre viúva que, mesmo sem ter nome para ser lembrado, jamais será esquecida como exemplo a ser citado onde quer que a virtude da caridade seja evocada pela palavra de alguém.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A.Baccelli/Inácio Ferreira)

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

UM MOMENTO


Antes de negar-se aos apelos da caridade, medite um momento nas aflições dos outros.
Imagine você no lugar de quem sofre.
Observe os irmãos relegados aos padecimentos da rua e suponha-se constrangido a semelhante situação.
Repare o doente desamparado e considere que amanhã provavelmente seremos nós candidatos ao socorro na via pública.
Examine o ancião fatigado e reflita que, se a desencarnação não chegar em breve, não escapará você da velhice.
Contemple as crianças necessitadas, lembrando os próprios filhos.
Quando a ambulância deslize rente ao seu passo, conduzindo o enfermo anônimo, pondere que, talvez um parente nosso extremamente querido, se encontre a gemer dentro dela.
Escute pacientemente os companheiros entregues à sombra do grande infortúnio e recorde que em futuro próximo, é possível estejamos na travessia das mesmas dificuldades.
Fite a multidão dos ignorantes e fracos, cansados e infelizes, julgando-se entre eles e mentalize a gratidão que você sentiria perante a migalha de amor que alguém lhe ofertasse.
Pense um momento em tudo isso e você reconhecerá que a caridade para nós todos é simples obrigação.

(Obra: Mãos Marcadas - Chico Xavier/André Luiz)

terça-feira, 5 de novembro de 2013

AUXILIA AGORA


Caminhando com Jesus numa das estradas que davam acesso a Jerusalém, Simão Pedro fora abordado por anônimo leproso que,  estendendo-lhe  as mãos em feridas, lhe rogava qualquer auxílio.

Temendo atrasar-se na marcha,  o inesquecível pescador falou-lhe,  de passagem, que, assim que retornasse de tarefa inadiável, haveria de parar para atendê-lo...

No entanto, o Mestre, que tudo percebera à distância, solicitou ao companheiro que diminuísse o passo, a fim de que Ele próprio pudesse alcançá-lo.

Pedro esperou por Jesus e, pondo-se a caminhar mais lento que o habitual, pode registrar de seus lábios divinos preciosa lição:

- Simão, não adies a hora de fazer alguém feliz...  Auxilia agora, enquanto a oportunidade te sorri !  Mais tarde, não saberás dizer se este nosso amigo ainda se encontrará nestas paragens, à espera de tua dádiva !...

Sem discutir com o Senhor, o devotado apóstolo voltou uns cinqüenta passos e entregou ao leproso o pão que levava envolto no próprio manto.

Chegaram a Jerusalém, pregaram na sinagoga, ensinaram na praça pública e, quase noite, Jesus retornava  com os apóstolos pela mesma estrada  quando,
ao longe,  avistaram dois piedosos homens cavando, à margem,  humilde sepultura.

Pedro aproximou-se e, surpreso,  viu que se tratava de um túmulo para o mendigo de horas antes, agora estendido sobre o pó...  Ao lado de seu corpo inerte, Simão ainda pode ver, semi-devorado, o pão que, por intercessão do Senhor, ele tivera a felicidade de doar, instantes atrás, ao infeliz e faminto leproso!...

(Obra: Perseverança - Carlos A.Baccelli/Alexandre de Jesus)