segunda-feira, 31 de março de 2014

Morte na História: MORTE DE ALLAN KARDEC

NOME:  Hippolyte Léon Denizard Rivail (64 anos)

QUEM FOI: Educador, escritor e tradutor francês. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador do Espiritismo. Kardec passou os anos finais da sua vida dedicado à divulgação do Espiritismo entre os diversos simpatizantes, e defendê-lo dos opositores através da Revista Espírita ou Jornal de Estudos Psicológicos.

NASCIMENTO: 3 de outubro de 1804 - Lyon, França.

MORTE: 31 de março de 1869 - Paris, França.

CAUSA DA MORTE: Aneurisma cerebral.

OBS: Em 31 de março de 1869 Allan Kardec e sua esposa estavam de mudança. A casa estava bastante bagunçada devido aos utensílios encaixotados para a mudança. Ao atender um caixeiro da livraria por volta de onze horas da manhã, caiu pesadamente ao solo, já morto. Sofreu um aneurisma cerebral fatal. A Sra. Kardec o colocou sobre dois colchões, entre os móveis encaixotados, junto à porta da saleta de jantar. A cabeça envolta por um lenço branco atado sob o queixo, deixava à mostra o rosto do codificador do Espiritismo, que estava tão sereno que parecia dormir suavemente. O corpo de Kardec está sepultado no Cemitério do Père-Lachaise, uma célebre necrópole da capital francesa. Junto ao túmulo, erguido como os dólmens druídicos, Acima de sua tumba, seu lema: "Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sem cessar, tal é a lei".



Trabalhador Voluntário


Se já podes sentir o hálito do amor do Cristo nos teus sentimentos, transforma-o em serviço ao teu próximo de maneira voluntária.
Não esperes recompensa de qualquer natureza, porque és tu aquele que pretende ajudar, e não receber socorro.
É natural que o bem, quando é executado, permeia de felicidade aquele que o pratica.
No entanto, o objetivo não é negociar com a ação fraternal, esperando benefícios e resultados maiores do que os esforços empregados.
A tua é uma doação valiosa, quando direcionada à vinha do Pai.
Servir é honra que te enriquece de vida e de responsabilidade, amadurecendo os teus sentimentos e enobrecendo-te interiormente.
Existem aqueles que desejam trabalhar voluntariamente, porém, impondo condições, paixões, comportamentos. Não são doadores, mas aproveitadores de ocasiões
para autobeneficiar-se.
O maior exemplo de trabalhador voluntário temos em Jesus que somente se dedicou a todos, sem qualquer pedido de retribuição.
Prometendo o reino dos Céus, modificou as paisagens da Terra.
Trabalhador sem cessar, confirmou que também o Pai até hoje trabalha.
Medita e considera a oportunidade que o Pai te concede desde há muito, e ainda não te decidiste por ir trabalhar na Sua vinha.
Assim, reflexionando, vai hoje...

(Obra: Libertação Pelo Amor - Divaldo Franco / Joanna de Ângelis)

terça-feira, 25 de março de 2014

LEALDADE


"Jesus, porém, lhe disse: Amigo, para que vieste? Nisto, aproximando-se eles, deitaram as mãos em Jesus, e o prenderam." (Mt: 26, 50)


É claro que Jesus sabia qual era a intenção de Judas, que guiava até Ele grande turba armada com espadas e cacetes, a fim de prendê-lo.
A pergunta que Ele endereça a quem o traía, soa aos nossos ouvidos como um lamento pela sua atitude infeliz: "Amigo, para que vieste?".
É que o Mestre conhecia as consequências que semelhante ação haveria de acarretar, através dos séculos, para o companheiro que se deixara envolver pela trama das trevas.
O questionamento em torno da motivação de Judas, ao procurar por Ele no Getsêmani, é equivalente à fraterna e discreta repreensão do Divino Mestre, que pode ser colocada em outras palavras: - Por que não ficaste onde estavas?
Por que vieste a mim com tal finalidade? Por que não pensaste mais no que estás fazendo? Por que, em relação a ti, assim me frustras as esperanças?...
Com qual propósito nos movimentamos na direção de Jesus? - eis que nos é, igualmente, oportuno interrogar a consciência neste instante.
O que pretendemos com a nossa espontânea adesão ao Evangelho?
Não ignoremos que o nosso encontro com o Senhor, seja em qualquer circunstância, nos cumula de tremenda responsabilidade.
Não estaremos, acaso, embora inconscientes, movidos pela mesma intenção que moveu Judas? Quantos de nós, por ele considerados amigos, após receber
o divino ósculo na face, não lhe traímos a confiança?...
Se não for para perfilarmos com lealdade ao lado do Cristo, melhor que, em nossa indigência espiritual, fiquemos onde estamos, até que, movidos por real sentimento de amizade, possamos, por quem, sem reservas, nos oferece a vida e o coração, nos incluir no rol de seus verdadeiros amigos.

(Obra: Saúde Mental À Luz do Evangelho - Carlos A. Baccelli/Inácio Ferreira)

quinta-feira, 20 de março de 2014

Diferenças

"Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." (Jo: 13, 35)

Nas variadas escolas do Cristianismo, vemos milhares de pessoas que, de alguma sorte, se ligam ao Mestre e Senhor.
Há corações que se desfazem nos louvores ao Grande Médico, exaltando-lhe a intercessão divina nos acontecimentos em que se reconheceram favorecidos, mas não passam das afirmativas espetaculares, qual se vivessem indefinidamente mergulhados em maravilhosas visões. São os simplesmente beneficiários e sonhadores.
Há temperamentos ardorosos que impressionam da tribuna, através de preleções eruditas e comoventes, em que relacionam a posição do Grande Renovador, na religião, na filosofia e na história, não avançando, contudo, além dos discursos preciosos. São os simplesmente sacerdotes e pregadores.
Há inteligências primorosas que vazam páginas sublimes de crença consoladora, arrancando lágrimas de emoção aos leitores ávidos de conhecimento revelador, todavia, não ultrapassam o campo do beletrismo religioso. São os simplesmente escritores e intelectuais.
Todos guardam recursos e méritos especializados.
Existe, no entanto, nos trabalhos da Boa Nova, um tipo de cooperador diferente.
Louva o Senhor com pensamentos, palavras e atos, cada dia.
Distribui o tesouro do bem, por intermédio do verbo consolador, sempre que possível.
Escreve conceitos edificantes, em torno do Evangelho, toda vez que as circunstâncias lho permitem.
Ultrapassa, porém, toda pregação falada ou escrita, agindo incessantemente na sementeira do bem, em obras de sacrifício próprio e de amor puro, nos moldes de ação que o Cristo nos legou.
Não pede recompensa, não pergunta por resultados, não se sintoniza com o mal. Abençoa e ajuda sempre.
Semelhante companheiro é conhecido por verdadeiro discípulo do Senhor, por muito amar.
(Chico Xavier / Emmanuel: Fonte Viva - FEB.)

quarta-feira, 19 de março de 2014

DESPERTAMENTO PARA A PERSEVERANÇA


Para perseverar na boa luta, faz-se necessário manter profunda união com os ensinamentos de Jesus Cristo.
O mundo terreno, tal como se apresenta, tem todas as chances para dominar os que só vêem montanhas à frente dos caminhos; para desesperar a quem
só enxerga violências nas estradas onde caminha; para desestimular os que identificam como opositores todos os que encontram pela frente, seguindo trilhos que não são os seus; para tirar o prazer de quem só conhece dores ao seu redor; para chumbar no leito da acomodação ao que se sente frágil, invariavelmente, para qualquer atitude diante da existência.
Somente quando a pessoa se der conta de que o Cristo deve ser a mais lúcida inspiração para a alma terrestre, começará a sentir forças novas  para superar óbices em seus caminhos; para alimentar esperanças de paz e harmonia; para saber ouvir reais adversários, extraindo o verdadeiro e o útil dos seus arrazoados; para aproveitar as chances de alegria pelo entendimento do significado espiritual do sofrimento, onde ele apareça; para erguer-se a cada manhã, com boa disposição de fortificarse com o elixires do trabalho e da fé, certo de que, conforme enunciou o Mestre Nazareno, só o que perseverar até o fim salvar-se-á.

(Obra: Em Serviço Mediúnico - J.Raul Teixeira/Hans Swigg)

sexta-feira, 14 de março de 2014

Caracteres da Perfeição



2. Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: "Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial", tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar. 
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: "Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem." Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.
Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: "Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial."

(Obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XVII

terça-feira, 11 de março de 2014

AÇÃO DA AMIZADE


A amizade é o sentimento que imanta as almas unas às outras, gerando alegria e bem-estar.
A amizade é suave expressão do ser humano que necessita intercambiar as forças da emoção sob os estímulos do entendimento fraternal.
Inspiradora de coragem e de abnegação. a amizade enfloresce as almas, abençoando-as com resistências para as lutas.
Há, no mundo moderno, muita falta de amizade!
O egoísmo afasta as pessoas e as isola.
A amizade as aproxima e irmana.
O medo agride as almas e infelicita.
A amizade apazigua e alegra os indivíduos.
A desconfiança desarmoniza as vidas e a amizade equilibra as mentes, dulcificando os corações.
Na área dos amores de profundidade, a presença da amizade é fundamental.
Ela nasce de uma expressão de simpatia, e firma-se com as raízes do afeto seguro, fincadas nas terras da alma.
Quando outras emoções se estiolam no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada dos homens que se estimam.
Se a amizade fugisse da Terra, a vida espiritual dos seres se esfacelaria.
Ela é meiga e paciente, vigilante e ativa.
Discreta, apaga-se, para que brilhe aquele a quem se afeiçoa.
Sustenta na fraqueza e liberta nos momentos de dor.
A amizade é fácil de ser vitalizada.
Cultivá-la, constitui um dever de todo aquele que pensa e aspira, porquanto, ninguém logra êxito, se avança com aridez na alam ou indiferente ao elevo da sua fluidez.
Quando os impulsos sexuais do amor, nos nubentes, passam, a amizade fica.
Quando a desilusão apaga o fogo dos desejos nos grandes romances, se existe amizade, não se rompem os liames da união.
A amizade de Jesus pelos discípulos e pelas multidões dá-nos, até hoje, a dimensão do que é o amor na sua essência mais pura, demonstrando que ela é o passo inicial para essa conquista superior que é meta de todas as vidas e mandamento maior da Lei Divina.

(Obra: Momentos de Esperança - Divaldo P. Franco/Joanna de Ângelis)

segunda-feira, 10 de março de 2014

OBSESSÃO


Filhos, não olvideis que os vossos afetos invisíveis do pretérito procuram interferir negativamente em vossos justos anseios espirituais do presente.
De todas as formas, eles buscarão se insinuar em vossos caminhos, impedindo a vossa desvinculação mental com o passado.
Pela afinidade natural que convosco estabeleceram em experiências pregressas, lograrão fácil acesso ao vosso psiquismo, articulando aos vossos ouvidos inaudíveis palavras de desalento.
Praticamente sem tréguas, insistirão convosco na descrença, armando-vos o espírito contra os companheiros que vos têm concitado à renovação.
Levantarão em vós suspeitas infundadas a respeito daqueles que podem vos influenciar para o bem.
Não raro, prepararão instrumentos para vossa queda no rol de vossas afeições mais íntimas.
Nos lábios dos que tenham alguma ascendência sobre vós, colocarão palavras que vos induzirão a reconsiderar atitudes e decisões no campo da fé.
Os irmãos consanguíneos do Mestre o tinham à conta de homem fora do seu juízo perfeito...
Quantos se fizeram cristãos nos primeiros tempos do Evangelho começavam a ser chamados ao testemunho no seio da própria família.
Os espíritos que lutam contra os propósitos de espiritualização das criaturas envidam esforços no sentido de que o seguidor de Jesus na Doutrina Espírita vincule a causa dos problemas materiais que enfrenta à sua nova opção de fé.
Por este motivo, os espíritas sempre facearão acirrada perseguição material por parte dos opositores da Terceira Revelação. Além de sustentarem lutas cármicas pessoais, defrontar-se-ão com os adversários da Causa que abraçaram.
No entanto o amparo espiritual não haverá de faltar a quem tome a decisão de renunciar às facilidades transitórias.
Filhos perseverai na Fé e triunfareis!

(Obra: Coragem da Fé - Carlos A. Baccelli / Bezerra de Meneses)


sexta-feira, 7 de março de 2014

O Minuto


A conduta indica a orientação espiritual da criatura.
Surge o ideal realizado, consoante o esforço de cada um.
Amplia-se o ensino, conforme a aplicação do estudante.
Eternidade não significa inércia, mas dinamismo incessante.
O caminho é infinito.
Quem estabelece a rota da viagem é o viajor.
Continua, pois, em marcha perseverante, gastando sensatamente o tesouro dos dias.
Em sessenta segundos, a lágrima pode transformar-se em sorriso, a revolta em resignação e o ódio em amor.
Nessa mínima parcela da hora, liberta-se o espírito do corpo humano, a flor desabrocha, o fruto maduro cai da árvore e a semente inicia a germinação da energia latente.
Analisa o que fazes de tão valiosa partícula de tempo.
Num só momento, o coração escolhe roteiro para o caminho.
Com o Evangelho na consciência, o lazer é tão-somente renovação de serviço sem mudança de rumo.
Não desprezes o tempo, em circunstância alguma, pois quem espera a felicidade se esmera em construí-la.
A hora perdida é lapso irreparável.
Dominar o relógio é coordenar os sucessos da vida.
Nos domínios do tempo, controlamos a hora ou somos ignorados por ela.
Por isso, quanto mais a alma se eleva em conhecimento, mais governa os próprios horários.
Lembra-te de que as edificações mais expressivas são formadas por agentes minúsculos e de que o século existe em função dos minutos.
Não faz melhor quem faz mais depressa, mas sim quem faz com segurança e disciplina, articulando ordenadamente os próprios instantes.
Observa os celeiros de auxílio de que dispões e não hesites.
Distribui os frutos da inteligência.
Colabora nas tarefas edificantes.
Estende a solidariedade a benefício de todos.
Fortalece o ânimo dos companheiros.
Não te canses de ajudar para que se efetue o melhor.
O manancial do bem não tem fundo.
A paz coroa o serviço.
E quem realmente aproveita o minuto constrói caminho reto para a conquista da vitória na Divina Imortalidade.

(VIEIRA, Waldo: Sol nas Almas -  Pelo Espírito André Luiz. CEC.)