segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MELANCOLIA

"Pululam em torno da Terra os maus Espíritos em conseqüência da inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços neste mundo." (A Gênese - Cap.XIV - Item 45 )

Expulsa a melancolia da tua alma, essa hóspede teimosa que te envolve no dossel de mil amarguras, segredando desânimo e desassossego.

Ninguém está a sós na sua dor.

Melancolia é também enfermidade ou síndrome de obsessão... Olhos vigilantes contemplam tua
aflição; ouvidos discretos registam os apelos da tua soledade.

Há muitos que, acompanhados, caminham em indescritível solidão e há solitários que, seguindo,
recebem a contribuição de acompanhantes afervorados.

Não suponhas que as lágrimas estanques em teus olhos afoguem todas as tuas esperanças,
considerando que muitos olhos incapazes de filtrar o raio luminosos se apagam, experimentando
nas lágrimas o doce banho de refazimento.

Sai do casulo do "eu" e analisa as chagas expostas da humanidade em desalinho e não te atrevas a
desconsiderar a misericórdia divina, que coloca bálsamo nas feridas ocultas do teu coração.

Estuga o passo na desabalada jornada do desespero.

Detém o corcel das tuas aflições e faze a viagem de volta ao oásis da confiança divina.

Além de ti, na véspera ensolarada, o lírio medra esguio e solitário, embalsamando o ar para sofrer o colibri aligeirado que lhe rouba néctar e conduz o pólen que o reproduz adiante!

Longe de tua dor há dores salmodiando sinfonias inarticuladas de resignação.

Se não podes submeter-te ao imperioso testemunho que te vergasta, dobra-te sobre o assoalho da paciência e aguarda a madrugada do porvir.

A noite que faz dormir os seareiros operosos, desperta vigilantes para as tarefas noctívagas.

Há esplendor em toda a parte para quem deseja descobrir tesouros nas estrelas fulgurantes no
crepe noturno.

Espera mais, alenta o bom ânimo!

A característica da fraqueza é a fragilidade de forças no ponto vulnerável do sofrimento.

Rogaste, antes do mergulho carnal, a alta concessão do testemunho em soledade, em abandono,
sem parentes.

Agora, lembra-te de Jesus, e em todas as tuas horas reparte da mesa rica das aflições as pequenas quotas dos teus rápidos sorrisos com aqueles cujo boca se entorpeceu na inanição e não n'a podem abrir para entoar melodias de alegre esperança.

Esparze a quota do teu suor, enxugando suores que não encontram sequer uma toalha gentil em mãos compassivas para lhes coletar as bagas.

Se desejas sucumbir, porém, ao peso egoísta da inflamação dos teus desencantos doa-te ao
Mártir Galileu e torna a tua vida, considerada morta, um verdadeiro sendeiro sublimante para aqueles que desejam viver e sobreviver e não possuem combustível que lhes alimente a chama da jornada carnal.

Enxuga as tuas lágrimas e busca aquele Consolador preconizado por Jesus, que viria restabelecer a verdade na Terra, e ficaria, em Seu nome, ao lado dos homens até a consumação dos evos.

Abraçado a esse sublime consolo da doutrina Espírita, que te amplia, além dos horizontes da vida, as perspectivas da eternidade, sonha com o teu amanhã ridente e confia no reencontro mais tarde, depois que as sombras da morte se abatam sobre tuas células cansadas e o sol glorioso da vida te aponte o céu sem fim da felicidade.

(Obra: ESPÍRITO E VIDA - Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis - Ed. LEAL).

JESUS VEIO

Ele veio e é a "luz do mundo".

Depois dEle, nunca mais a treva se fez vitoriosa.

Enquanto predominavam a violência, a agressividade, a escravidão dos vencidos, o vilipêndio dos valores morais a benefício da força e do orgulho, Jesus veio ter com os homens.

Toda a sua vida constitui até hoje a afirmação do espírito invencível sobre a precariedade das coisas utópicas do mundo.

Assinalando com a humildade o Seu berço, demonstrou que cada um é a soma das aquisições pessoais intransferíveis, que se sobrepõem às situações e enganosas distinções da vilegiatura física dos povos.

Nenhum estardalhaço em Seu ministério se registra, privilégio nenhum.

Caracterizado pela nobreza e elevação espiritual de que se encontrava investido, propôs o amor como terapêutica para a violência e o viveu integralmente.

Nunca traiu o postulado em que alicerçou a sua mensagem de esperança e paz.

Deu-se a si mesmo em todos os lances da vida, olvidando-se, intimorato, das próprias conveniências, pensando nas criaturas humanas e submisso às superiores determinações do Pai.

Exaltando o amor, como caminho único para alcançar a felicidade, tornou-se o amor, por enquanto ainda não amado.

Ele veio, e Sua vida mudou os rumos do pensamento, estabelecendo diferente diretriz histórica.

Com Ele surgiu o homem integral, protótipo perfeito que Deus nos "concedeu para servir de modelo e guia".

Identifica-te com Ele, deixando-te impregnar pelos Seus exemplos, a teu turno apresentando-O aos companheiros do processo evolutivo, em que te encontras.

Em situação alguma te afastes dEle.

Pensa no labor que Ele desenvolveu e aceita-lhe o convite para O seguir.

Hoje, mais do que nunca, quando novamente a violência e o crime se dão as mãos, a dor e o desespero explodem em todo lugar, vive Jesus, trazendo-O de volta, pelo teu exemplo aos que ainda não O conhecem devidamente.

Ele veio e nunca se apartou de nós.

Não importa que a data do Seu nascimento seja simbólica.

Inquestionável é o fato: Ele veio e ninguém conseguiu realizar até hoje o que Ele fez.

Faze a tua parte, e evoca-Lhe o Natal em todos os dias da tua vida, tornando-a sinfonia de feitos.

Se te parecer difícil lográ-lo, inicia, neste Natal, o dia novo da tua perfeita comunhão com Jesus, auxiliando o nascimento dEle em outros Espíritos e prosseguindo sem cansaço até o momento da tua libertação total.

Faze do dia de Natal o teu momento de paz, que se tronará um permanente compromisso com Jesus, em favor das criaturas para as quais Ele veio.

Obra: OFERENDA (Divaldo P. Franco / Joanna de Angelis) - Ed. LEAL).

REFLEXÕES

Dor alguma se eterniza.
Não há problemas sem soluções.
Toda prova é oportunidade de crescimento.
Sem luz própria, ninguém caminha.
Toda ascensão é solitária.
O testemunho é inevitável.
As ilusões passam.
A Verdade se impõe por si mesma.
O fruto amadurece na época propícia.
Tudo está previsto na Lei.
A ordem do Universo não se subverte.
Felicidade é conquista.

(Obra: Dias Melhores - Carlos A.Baccelli/Irmão José)

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

RENOVEMO-NOS DIA A DIA

"...Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis
qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus." - Paulo
(ROMANOS, 12:2)



Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.
Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.
Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida, e, com ela, o conhecimento da "perfeita vontade de Deus", a
nosso respeito.

(Obra: FONTE VIVA - Francisco Cândido Xavier / Emmanuel - Cap. 107 - FEB)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SIMPLICIDADE

Era Ele tão simples que nasceu sem a proteção das paredes domésticas.
Não encontrou senão alguns homens iletrados e rudes que lhe apoiaram o trabalho na construção da obra imensa.
Ensinava as revelações do Céu nas praias e nos campos, quando não estivesse em casas e barcos emprestados.
Conversou com mulheres anônimas e algumas crianças esquecidas.
Todos os infelizes se lhe fizeram a grande família.
Valorizava a amizade, com tanto devotamento, que chorou por um amigo
morto.
Alimentou os que tinham fome.
Restaurou os doentes e defendeu todos aqueles que se vissem humilhados pela injustiça.
Aconselhou o respeito para com as autoridades do mundo e a obediência perante as leis de Deus.
Pregou sempre o Amor e a Concódia, a solidariedade e o perdão, a paciência e a alegria.
Mas porque se abstivesse de partilhar o carro das vantagens terrestres, foi conduzido à cruz e a morte dele passou como sendo a de um malfeitor.
Entretanto, desde o extremo sacrifício, transformou-se no símbolo da paz e renovação para o mundo inteiro.
Este herói da simplicidade tem o nome de Jesus Cristo, seu poder cresce com os séculos e a sua mensagem, ainda hoje quanto sempre, é a esperança dos povos e a luz das nações.

(Obra: Seara da Fé - Chico Xavier / André Luiz)

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NA VIAGEM DA TERRA

O Plano Físico é comparável a um mar de inquietações e problemas, coalhado de embarcações, conduzindo passageiros diversos.

Do transatlântico de alto nível à piroga mais simples, quase todos eles enfrentam um oceano repleto de perigos; rochedos de incompreensão exigem cautela e entendimento; icebergs de indiferença provocam o naufrágio de muitos; ondas avassaladoras de ódio espalham desequilíbrio em múltiplas direções; a ventania da discórdia assopra a delinqüência, conturbando-lhes o clima espiritual; de quando a quando, surgem irmãos que enlouqueceram, transformando-se em piratas da violência e seres ocultos, nas profundezas das águas, rondam as naves no cotidiano, aguardando presas fáceis.

Se consegues mentalizar o quadro que apresentamos, sabes igualmente que a sinalização de Jesus continua funcionando corretamente, na garantia de todos os viajadores que lhe buscam as instruções na laboriosa travessia.

É por isso, coração fraterno, que te pedimos, por amor ao Celeste Amigo: onde estiveres e como estejas, como penses e como creias nos poderes do bem, auxilia aos companheiros do mundo e sê para eles uma benção de paz nas ilhas da esperança.


(Obra: Sinais de Rumo - Chico Xavier / Meimei)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AUTOLIBERTAÇÃO

"Nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada
podemos levar dele." - Paulo, (I TIMOTEO, 6:7.)



Se desejas emancipar a alma das grilhetas escuras do "eu", começa o
teu curso de auto-libertação, aprendendo a viver "como possuindo
tudo a nada tendo", "com todos e sem ninguém".
Se chegaste à Terra na condição de um peregrino necessitado de
aconchego e socorro e se sabes; que te retirarás dela sozinho,
resigna-te a viver contigo mesmo, servindo a todos, em favor do teu
crescimento espiritual para a imortalidade.
Lembra-te de que, por força das leis que governam os destinos, cada
criatura está ou estará em solidão, a seu modo, adquirindo a ciência
da auto-superação.
Consagra-te ao bem, não só pelo bem de ti mesmo, mas, acima de
tudo, por amor ao próprio bem.
Realmente grande é aquele que conhece a própria pequenez, ante a
vida infinita.
Não te imponhas, deliberadamente, afugentando a simpatia; não
dispensarás o concurso alheio na execução de tua tarefa.
Jamais suponhas que a tua dor seja maior que a do vizinho ou que as
situações do teu agrado sejam as que devam agradar aos que te
seguem. Aquilo que te encoraja pode espantar a muitos e o material
de tua alegria pode ser um veneno para teu irmão.
Sobretudo, combate a tendência ao melindre pessoal com a mesma
persistência empregada no serviço de higiene do leito em que
repousas. Muita ofensa registrada é peso inútil ao coração. Guardar o
sarcasmo ou o insulto dos outros não será o mesmo que cultivar
espinhos alheios em nossa casa?
Desanuvia a mente, cada manhã, e segue para diante, na certeza de
que acertaremos as nossas contas com Quem nos emprestou a vida e
não com os homens que a malbaratam.
Deixa que a realidade te auxilie a visão e encontrarás a divina
felicidade do anjo anônimo, que se confunde na glória do bem
comum.
Aprende a ser só, para seres mais livre no desempenho do dever que
te une a todos, e, de pensamento voltado para o Amigo Celeste, que
esposou o caminho estreito da cruz, não nos esqueçamos da
advertência de Paulo, quando nos diz que, com alusão a quaisquer
patrimônios de ordem material, "nada trouxemos para este mundo e
manifesto é que nada podemos levar dele".

Obra: FONTE VIVA (Francisco C. Xavier / Emmanuel) - FEB.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos

Que podem significar estas palavras: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"? As considerações precedentes mostram, em primeiro lugar, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais completo da vida espiritual podia tomar perceptível.
A vida espiritual é, com efeito, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta grosseira que temporariamente cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena, do qual se sente ele feliz em libertar-se. O respeito que aos mortos se consagra não é a matéria que o inspira; é, pela lembrança, o Espírito ausente quem o infunde. Ele é análogo àquele que se vota aos objetos que lhe pertenceram, que ele tocou e que as pessoas que lhe são afeiçoadas guardam como relíquias. Era isso o que aquele homem não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a verdadeira vida.


(O Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo XXIII)

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

COMO PERDOAR

Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre nos e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança se nos azeda no coração.

Isso acontece porque, geralmente, as magoas mais profundas repontam entre os Espiritos vinculados uns aos outros na esteira da convivencia.

Quando nossas relações adoecam, no intercambio com determinados amigos que, segundo a nossa opiniao pessoal, se transfiguram em nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: “como perdoar, se perdoar nao se resume a questão de labios e sim a problema que afeta os mais intimos mecanismos do sentimento?”.

Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as criaturas em desacerto pertencem a Deus e nao a nos; que tambem temos erros a corrigir e reajustes em andamento; que nao e justo rete-las em nossos pontos de vista, quando estao, qual nos acontece, sob os designios da Divina Sabedoria que mais convem a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. Em seguida, recordemos as bençãos de que semelhantes criaturas nos terao enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidao, conforme a vida nos preceitua.

Lembremo-nos tambem de que Deus ja lhes tera concedido novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que sera desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal da vida, quando o proprio Deus nao lhes sonega Amor e Confiança.

Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando os teus adversarios como autenticos irmaos teus, - tao necessitados do Amparo Divino quanto nos mesmos, penetraras a verdadeira significação das palavras de Cristo: “Pai, perdoa as nossas dividas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua propria alma.

Entao, saberas oscular de novo a face de quem te ofendeu, e quem te ofendeu encontrara Deus contigo e te dira com a mais pura alegria no coração: “bendito sejas...”.

(Obra: Alma e Coração - Chico Xavier / Emmanuel)

sábado, 4 de dezembro de 2010

BENS E MALES

Quase sempre, na Terra, muitos bens são caminhos a muitos males e muitos males são caminhos a muitos bens.
Por isso, muitas vezes, quem vive bem à frente dos preceitos humanos, pode estar mal ante as Leis Divinas.

A dor, sendo um mal, é sempre um bem, se sabemos bem sofrê-la, enquanto que o prazer, sendo um bem, é sempre um mal se mal sabemos fruí-lo.
Em razão disso, há muitas situações, nas quais o bem de hoje é o mal de amanhã, ao passo que o mal de agora é o bem que virá depois.

Muita gente persegue o bem, fugindo ao bem verdadeiro e encontra o mal com que não contava e muita gente se desespera, a fim de desvencilhar-se do mal que não consegue entender e acaba encontrando o bem por surpresa divina.

Há quem se ria no gozo dos bens do mundo para chorar nos males da Terra para colher os bens da Esfera Superior.

Não procures unicamente estar bem, porquanto no bem apenas nosso talvez se ache oculto o mal que flagela os outros por nossa causa e o mal que flagela os outros por nossa causa é mal vivo em nós mesmos, a roubar-nos o bem que furtamos do próximo..

Se desejas entesourar na estrada o em dos mensageiros do bem, atende, antes de tudo, ao bem dos semelhantes, sem cogitar do bem que se te faça posse exclusiva.

Recordemos o Cristo que, aparentemente escravo ao mal do mundo, era o Senhor do Bem, a dominar, soberano, acima das circunstâncias terrestres, e, tentando seguir-Lhe o passo, aceitemos com valor, no mal da própria cruz, o roteiro do bem para a Grande Vida.

(Obra: Passos da Vida - Chico Xavier / Scheilla)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CURA DO ÓDIO

“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de
fogo sobre a sua cabeça.” — Paulo.(ROMANOS, 12, 20)



O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras.
Às vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranqüilidade.

Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho.

Quase sempre, o aprendiz de boa-vontade desenvolve o máximo das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de amor passam por ele despercebidos.

Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não
convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-se a criatura bem-intencionada em gestos bajulatórios. Espere-se pela oportunidade
de manifestar o bem.

Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao amor, o serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal.
Um discípulo sincero do Cristo liberta-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito tempo, no endurecimento do coração. Eis o motivo pelo qual dar-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador sobre a sua cabeça, curando-lhe o ódio, cheio de expressões infernais.

(Francisco Cândido Xavier / Emmanuel: Pão Nosso - Cap. 166)

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

LUZ NO LAR

Organizemos o nosso agrupamento doméstico do Evangelho. O Lar é o coração do organismo social.
Em casa, começa nossa missão no mundo.
Entre as paredes do templo familiar, preparamo-nos para a vida com todos.
Seremos, lá fora, no grande campo da experiência pública, o prosseguimento daquilo que já somos na intimidade de nós mesmos.
Fujamos à frustração espiritual e busquemos no relicário doméstico o sublime cultivo dos nossos ideais com Jesus. O Evangelho foi iniciado na Manjedoura e demorou-se na casa humilde e operosa de Nazaré, antes de espraiar-se pelo mundo.
Sustentemos em casa a chama de nossa esperança, estudando a Revelação Divina, praticando a fraternidade e crescendo em amor e sabedoria, porque, segundo a promessa do Evangelho Redentor, "onde estiverem dois ou três corações em Seu Nome", aí estará Jesus, amparando-nos para a ascensão à Luz Celestial, hoje, amanhã e sempre.

(Obra: Luz no Lar - Chico Xavier / Scheilla)